Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, setembro 29, 2003

Exército na rua? Pára com isso

Tem gente q acha q vive na Colômbia. Aqui né Colombia nao, mané. Aqui é Rio de Janeiro, Brasil. Tá rolando uma história aí de por os pés pretos na rua pra tomar conta da segurança pública. Eu, hein. Segurança pública é tarefa do estado, nao da União.

Exército tem funçao de manter a soberania nacional, nao de cuidar da segurança de cidados dentro das cidades. Em lugar de dar um upgrade nos papa mikes, querem botas os soldados, cara. Q parada bizarra.

Noa levam em conta q o principal problema é a corrupção. Q os papa mikes têm a mesma origem q a galera do mal. A mesma origem e o mesmo ambiente. Diga-se de passagem, a mesma dos soldados tb. O q garante q os pés pretos sao incorruptíveis?

É certo q a hierarquia no Exército é mais rígida e mais respeitada, mas é bom lembrar q o tráfico costuma recrutar os soldados tb. E aí? Quem é melhor?

Sei nao, mas acho q essa nao é uma soluçao.
E os caminhões?

Q ódio. P q os caras surtam em andar na pista de velocidade da via expressa? P q? E nao tem um furingudo dum Policial Militar, um Guarda Municipal ou agente da CET-Rio pra tirar os caras de lá! Mas seu eu faço cagada... Pinta os três juntos.

Hoje, na mesma Avenida Brasil, fui fechado por um singelo caminhao q transportava areia. O bichão entrou na minha frente as uns 90km/h. O q caiu de grãos no meu vidro foi um espetáculo. Espero q a mãe do furingudo esteja bem, lembrei muito dela nesse momento
Perrengue matinal de segunda-feira

Mané q sou tinha esquecido q rolava uma reunião hoje as 9h. No horário ainda tava em Bangu. 9h30 saí de casa. Peguei Ervilhao e segui para a Brasil. Com pressa, optei por nao colocar combustível. Passei batido no posto onde meninas bundudas e simpáticas atendem a gente.

A meta era chegar ao destino em meia hora. Algo possível se nao tem engarrafamento. Mas existiam dois... Levei mais de uma hora no trajeto.

Um engarrafamento me fez parar de Iarajá a Parada de Lucas. Outro, me quizumbou da Penha até Bonsucesso.

É enervante, na mesma pista onde se anda a 100 km/h (é permitido, é uma via expressa), ficar parado ou andar no máximo a 40km/h.

Carros da frente andam, passa-se a primeira marcha... carros continuam andando... passa-se a segunda marcha... oba, parece q agora vai andar... Não. As luzes de freio do carro da frente se acendem... Tudo pára outra vez.

Q ódio.

Mas o pior ainda estava por vir... O mané do ponteirinho do combustível tá parecendo estar sendo puxado pela gravidade. O bichinho tava caindo, caindo, caindo... Em pouco tempo chegou até o vermelho. Só faltava o combustível acabar comigo num engarrafamento na Brasil e atrasado para uma reunião.

A impressao q eu tinha era q aquele ponteiro no vermelho era um dedo apertando um botão pro carro parar. Nao ia rezar pra Deus multiplicar os poucos litros de gasolina pq acho q tem coisas mais importantes e nao ia ficar apelando por conta de erros particulares, né. Mas q deu medo, deu.

No fim das contas, cheguei ao desticom com o bafo da gasolina.
Há uns dias eu nao postava, voltei pilhado.
E os camaradas?

Cassano casou, cara. Engraçado q ele começou a namorar a sua esposa quando ela ainda era estudante e era estagiária do lugar onde eu e Sodré trabalhávamos. Legal ver até odne a coisa chega. Fico feliz. No seu casório estávamos eu, Sodré, Breguelé, Anderson Ortiz e até Marquito (q veio de Brasília só para o evento!). Todos com suas respectivas.

Depois ainda estiquei. O casório foi em Olaria, a festa foi no Engenho de Dentro e fui no open house de um camarada muito querido, Cristian, o excêntrico. Outra galera foi encontrada. Como eu fico feliz em ver que os caras tão andando pra frente. Há dez anos erámos calouros de Comunicaçao, hoje somos jornalistas ou relaçoes públicas (ao menos só de formaçao). Cada um se virando de seu próprio jeito, mas de uma forma geral bem. Que continue assim.

Em tempo, como tenho uma imagem a zerlar. Tirei o paletó, a gravata e a camisa no carro e pus uma mais descoalda q havia levado. Ia dar esse mole pros meus camaradas sacarem o Vicente de terno? É ruim, hein.
Eu tenho! Eu tenho!

Antes de usar o terno, fui viabilizar um cinto preto pra usar, né. Eu tinha um, mas nao sei q fim levou. Como havia desovado Irmão-Léo nas cercanias de Madureira, caí na besteira de ir até o shopping. Claro q me arrependi, pq nao achava nada q servisse lá. Até q... tcharan!!! Deparei com a loja de CDS da Furacão 2000!!! Entrei, claro. Se nao entrasse naquele momento ia levar uma outra vida pra passar naqueles arredores e ter outra chance.

Entrei e, na lata, pedi o "Furacão 2000 30 anos Nacional". A vendedora perguntou qual deles. Qual deles?! Ela me mostou dois CDs!! Claro q levei os dois.

O segundo nem tem tantas perólas, mas o primeiro... O primeiro é SENSACIONAL!!! Tem todos os funks q cresci ouvindo. Claro, nao tme proibidao algum. Nao adianta escrever nome deles pq eu nunca sobre nome algum dessas músicas.

Tem coisas como:

"Moro em São Gonçalo/ gosto de Niterói./ Curtimos os bailes do Rio./ Fazenda somos nós";

"Massa funkeira nao me leve a mal/ Vem com paz e amor curtir o festival/. O festival daqui é muito bom. / O festival é um jogo de emoção";

"Gata, eu nao vim para lhe criticar,/ Pelo contrário, eu vim para relembrar/ Os momentos juntos q passamos/ E todos os dias q a gente namoramos";

"Foi num baile funk, um baile do Borel/ Q conheci alguém com a boca de mel".

Tem até MC Magalhães e sua música q virou clássico por ter uma versao a cada vez q ele cantava. E, por conseguinte, em cada gravaçao.

Todas elas meio q fazem sentido pra gente q é da minha geraçao e cresceu no Grande Rio, mas fora da Zona Sul. Irmao-Léo levou um susto quando viu o CD, mas ficou tõa fã quanto eu. No período q as músicas foram originamente gravados, o funk era mais discriminado, nao tinha qq penetraçao na classe média.

O grande barato? É q ali está registrado como essa galera se vê e fala de si mesma. Grandes aquisiçoes para minha discoteca.
Sim, eu usei terno

Para alegria do meu camarada candango Fábio Lino eu vesti terno. Na boa, como me senti ridículo. Mas... fazer o q? Camaradas casam... a gente se fantasia pra fazer uma boa figura em sinal de respeito aos caras...
Fugiu!

Sexta-feira, 26 de setembro, foi aniversário da minha amiga dotora Luciane. Pra variar, liguei pre ela e nao tive sucesso duas vezes. Pergunta se o Vicente ligou pela terceira? To pra ligar até agora. Mas bom menino q sou, vou resolver isso. Na realidade o post nao tem nada a ver com a amiga dotora. Tem a ver com a véspera do dia 27 de setembro, dia de São Cosme e São Damião, entidades católicas também cultuados pela umbanda, se nao me engano. Só nao lembro quais seus nomes na referida religiao afro.

Bom, o quadro é esse. Nessa mesma sexta-feira, Irmão-Léo vinha de Iraja já pra lá das 21h. Era ali perto do ponto final do 685 (Irajá-Algum Lugar do Rio). Meu irmao caminhava rumo a Avenida Brasil para voltar pra casa quando, ao passar por um esquina, vê um vulto branco e baixinho passando por ele.

"Pensei q fosse um gato", disse ele. Não era. Era bíbede. Gato tem quatro pernas, aquele bicho tinha duas. Irmão-Léo voltou e olhou direito a criatura vazando ao longe. Parecia uma galinha.

Pra confirmar, perguntou ao despachante do ponto final do 685. "O q foi aquilo?". E o despachante respondeu dizendo q era uma galinha q ia servir num trabalho q estavam pra fazer ali na frente... "A galinha se safou", disse o cara.

É, blogue, acho q as entidades nao tavam na pilha de receber a galinha no trabalho q tava pra rolar. Sorte da penosa. Só que, na boa, dando mole por ali vai acabar virando canja logo, logo.
Tem umas histórias q preciso escrever antes q me esqueça.

sexta-feira, setembro 26, 2003

Programa vermelho para o domingo

América e Cabofriense, às 16h, no aprazível Estádio Giulite Coutinho, em Edson Passos.

Se o América vence vai para sete pontos e deixa a Cabofriense para trás. Fica mais perto da classificaçao.

Sim, eu vou mermo e daí?
Por quê?

Por que nenhum camara me liga pra me convidar pra tomar leite? Tomar chá?

Sempre tem o mané chamando para cerveja! Quando nao é cerveja... tcharan... é Chope!

Tô perdido assim...

Em tempo, se alguém me liga chamando pra tomar leite ou chá eu nao vou mermo. Vou achar q é pegadinha.

quinta-feira, setembro 25, 2003

Tiro o chapéu

Vi no JH uma materinha rapidinha q me chamou atençao. Um grupo de pilotos do exército de Israel q se negou a bombardear alvos civis palestinos. Clap, clap, clap, clap. Bato palmas e tiro o chapéu.

É óbvio q esse preto, pobre e suburbano q sou tem simpatia pela causa palestina. Sao pobres, excluídos e massacrados por um país novo, porém estabelecido graças ao apoio do capital predador estadunidense (o único lugar do mundo q tem mais judeus q Israel).

Tenho nada contra os judeus nao. Minto, tenho sim. Tenho a crítica sobre o tratamento q dao aos palestinos.

Bom, voltando aos milicos, é esperado que a cúpula militar dos caras caia de pau sobre eles. Mas, na boa, é sabido q vivem uma verdadeira guerra, mas ter respeito a vida humana nao cai mal, né. Eu ainda acho essencial.
Amina

Pois é. Agora q neguinho (neguinho mermo, afinal a Nigéria é o único país q tem mais nego preto q o Brasil) limpou a barra da Amina Lawall, espero parar de receber zilhoes de correntes inúteis.

Po, toda semana chegava uma lista de assinaturas e tal. Tipo 'assine e passe adiante, quando chegar ao número tal, envie para não sei quem'. Sei lá, acho q esse tipo de mobilizaçao pela internet não funciona.

Nao é q eu tenha cagado para o drama da nigeriana, muito pelo contrário, mas nao entro numa de ficar investindo tempo em algo q acho q vai dar em lugar algum. Um e apenas um e-mail desses chegou com uma boa idéia, apontava direto para o site da Anistia Internacional onde tinha o relato da história dela e era possível assinar, deixar comentário e tal. Aí já acho q é uma mobilizaçao q pode funcionar, nao as intermináveis listas de assinaturas onde eu mesmo posso assinar trocentas vezes.

Ah, sei lá. Sorte pra Amina q escapou de levar pedrada no cucuturo até o melado descer. Vida longa pra ela e pro seu filho q foi o 'causador' de todo o drama.
É líder!!!

Enquanto o Mais Querido continua fazendo a alegria dos outros quando joga fora (nem quando o péla-saco do Edílson faz gol a coisa funciona), o América começa a dar o ar da graça e já é líder no seu grupo, ali na Terceirona.

Ontem a noite, enfim, o time vermelho mandou um a zero na Cabofriense, lá em Cabo Frio. Gol de Ricardo Boiadeiro. Ah, muleque. Agora temos quatro pontos e entramos no bolo.

Domingo é dia de América e Cabofriense de novo, só q em Edson Passos. CLARO q eu vou. Uma vitória deixa a gente melhor classificado e na ponta.
Eu, hein

As vezes me surpreendo com minha camaradagem. Na noite de terça-feira rolou um singelo e surpreendente diálogo com Ana Paula PL.

PL: sonhei q vc morria com um tiro na cabeça! eu via o sangue na parede!

PPS: Q bom. Ao menos nao sinto dor.

PL: acho q nao. nao sei como eh morrer com um tiro na cabeça.

PL:Tenho sonhado com doença, com morte. acho q "peguei vc pra cristo" por causa de sexta. fiquei, literalmente, com vc na cabeça.

PPS: Po, me mata nao.

PL: mas eu nao queria te matar. "queria" matar alguem para ter um sonho bem angustiante e acabei colocando vc no lugar do morto.

PPS: Ah, muito obrigado. Fico feliz por tao honrosa lembrança.

(...)

PPS: Cada coisa boa, hein. Só espero q Zé Maria nao se inspire com esse papo e me erre por um bom tepmo.

PL: ah, filho, foi mal. mas era vc quem estava a mao... (...)

PL: vai te errar, vai te errar...
dizem que sonhar com morte do outro eh saude para ele.

PPS: Ah, tá. Obrigado por tanta saúde.

PL: eh.
bom, vou nessa pq estou aqui faz tempo e amanha acordo cedo. bjs.

PPS: Valeu, moça. E se sonhar comigo, me mata nao, tá.

PL: hhahaha falou. :)


É, né. E eu achava q as conversas alopradas só rolavam com a Roberta...

quarta-feira, setembro 24, 2003



Tuninha me mandou um link pra uma página onde estão informações sober um vinilzão q a bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel gravou nos idos de 74, ainda com o lendário Mestre André.

Um dia, quem sabe, encontro esse LP pra eu ter tb. Tem tb o texto da contra-capa do disco. É bem datado, mas é interessante. A Mocidade só seria campeão pela primeira vez cinco anos após isso, na época, era a escola q se garantia apenas na sua brilhante bateria.

Essa é a contra capa:


E esse é o texto dela:
Em 1952 um grupo de rapazes resolveu criar um time de futebol ao qual foi dado o nome de Independente Futebol Clube, e para alegria levavam alguns intrumentos de percussão. Como o time sempre ganhava, na volta a alegria era tal que mais parecia um bloco de carnaval, chamando a atenção de todos a maneira harmoniosa com que a bateria apresentava o ritmo de samba.

Bem vai pra lá, vem pra cá, a moçada resolveu transformar o time de futebol em bloco carnavalesco. Lá pelo idos de 1955, apresentado-se em um desfile pelas ruas do bairro de Padre Miguel por ocasião do caranval daquele ano, promovido pelo falecido político Waldemar Vianna de Carvalho.
Como um outro bloco, Unidos de Padre Miguel, também se apresentou para o desfile, o Sr. Waldemar Vianna de Carvalho, impossibilitado de dar o 1º para os dois blocos: Unidos de Padre Miguel e Independente, encontrou uma solução inteligente. Deu o primeiro lugar para o Independente considerando-o como Escola de Samba e o 1º lugar para o Unidos de Padre Miguel como bloco. Foi assim que o time de futebol passou a ser Escola de Samba.

Bem, após receber os ares de Escola de Samba, apresentou seu 1º enredo em 1956 com CASTRO ALVES. Em 1957 a então Confederação Brasileira das Escolas de Samba, colocando-se em 5º lugar no desfile do 2º Grupo na Praça XI. Entretanto em 1958, sagrou-se campeã na Praça XI, quando só existiam 2 grupos oficiais. Daí em diante, ou seja, no ano de 1959, passou para o 1º Grupo, figurando entre as tradicionais Escolas de Samba do antigo Destrito Federal e atual Estado da Guanabara.

ALGUNS DADOS:

1- O patrimônio da Escola foi comprado na administração do Sr. José Pereira da Silva, o conhecido Mestre André
2- A melhor classificação da Escola foi em 1970 - 4º lugar com o enredo "Meu Pé de Laranja Lima".
3- O 1º presidente da Escola foi o Sr. Silvio Trindade, já falecido.
4- A Bateria da escola figurou o filme "Orfeu do Carnaval" e a Telenovela "O Espigão".
5- Foi a única Bateria de Escola de Samba que conseguiu associar-se com a Orquestra Sinfônica do 1º Exército, para uma apresentação pública.
6- Foi a única Escola de Samba que recebeu do Presidente da Academia Brasileira de Letras, elogio público e Oficial.
7- Tem o título invejável, O Pandeiro de Ouro do 4º Centenário do Rio de Janeiro.
8- Conseguiu em 1974, três Estandartes de Ouro: Samba, Bateria e Comunicação
9- A Bateria da Escola que ficou consagrada como Bateria Nota 10, já internacional, notabilizou-se pelas paradinhas delirantemente aplaudidas pelo público. Convém ressaltar que o estilo da bateria e suas evoluções foram criações do consagrado Mestre André, o único que consegue de ouvido organizar diferentes sons com trezentas pessoas.
10- A Mocidade era uma Escola de Samab sem penetração nos órgãos de divulgação, não conseguindo ganhar a simpatia da classe A e B, pois sendo na Zona Oeste, os seus associados eram apenas pessoas do subúrbio. Com a atual administração de Osman Pereira Leite, o mais jovem presidente de Escola de Samba do 1º grupo, esta Escola ganhou fórum de grande Escola de Samba, dado a maneira educada, simpática e acolhedora com que o presidente recebe a todos.


E esse é o link de onde sairam as informaçoes e q me foi enviado pela Tuninha.
http://www.tamborins.com.br/arquivo.htm


É muita maldade

Foi aprovado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio, a Alerj, que o desgoverno estadual, conduzido pelos Garotinho tire 25% da verba da saúde e os desvie para seus programas assisntencialistas.

Foram 37 votos a favor e 16 contra... Tâmu lascado na maos desses deputados...

Como é q alguém tenha a pachorra de tirar recursos da saúde? Nao acredito, nao me conformo. Tem um mundo de gente aqui nesse estado batendo cabeça pra conseguir uma merreca duma consulta e nao consegue. Nao tem médico, nao tem remédio, nao tem aparelho. Nao tem josta nenhuma.

Mesmo assim, vao lá os caras tirarem 1/4 dos trocados da saúde pra levar pra cheque cidadão e o escambau. Tô bolado. Tô muito bolado. É levar ao extremo muito radical esssa coisa populista.

E qual o argumento? Q as pessoas melhor alimentadaas, vao procurar menos a saúde!!! Melhor alimentadosas com o q vai do cheque cidadao?! Uma cesta básica?!

Nao pode ser assim. Alguém tem q fazer alguma coisa. Imprensa, Ministério Público, Ongs. Sei lá, alguém! Alguém!

Logo mais nao existirao hospitais públicos, só programas assistencialistas desse casal de capetas.

terça-feira, setembro 23, 2003

Esse blogue tá muito diariozinho de adolescente. Tenho q lembrar de postar, aidna essa semana, histórias subterrâneas e violentas da realidade paralela e periférica carioca. Já escolhi até, as do motorista quebra-côco.
Chicoteia ele

Sabadao foi aniversário da Maria Cristina no sábado e acabei esqueci. Chicote no lombo dessa criança. Invocada q é, a menina um dia vai ler isso e vai escrever cobras e lagartos... Xi...
Adeus, inverno, adeus!

Hoje já é primavera. Ah, muleque... O risco daquele frio polar que chegou a tomar a santa cidade de São Sebá do RJ já vazou. Q alívio.

Mesmo tendo nascido no longíquo inverno de 76, gosto mais do verão. Sol, calor, todo mundo na praia, cerveja gelada, escolas de samba, feriados... e eu amarradão.
Pra constar

Domingo foi dia de América e Bangu, no campo do América. 1 a 1. O América consegue ser o lanterna de um grupo com quatro equipes, sendo q as demais sao Olaria e Cabofriense. Blz. Ainda existem 12 pontos a serem disputados. Sanguê!
Quem manda conhecer gente demais?

Ontem o molecular tocou (meu toque é da dança do chapéu mexicano, mas já foi o Bolero de Ravel).


PPS: Alô.
Voz feminina: Oi, Vicente, sabe quem está falando?
PPS pensando: odeio quando acontece isso, a chance de errar é enorme. P q diabos todo mundo tem voz igual no celular?
PPS chutando: Fulana?
Voz feminina: Não.
PPS chutando mais longe: Asdrubalina?
Voz feminina: Não, Vicente, é sua gerente.


Graça a Deus, que é um cara maneiro, fui dotado de uma estranha cara de pau para momentos como esse e nao perdi a pose. Emendei um caô básico e fomos em frente conversando.

Agora, tenho q me adestrar para dizer de cara "nao sei" e parar com essa de ficar chutando um bando de nomes até acertas. Mas as pessoas bem q podiam nao me submeter a esse tipo de situaçao... Que feio, Vicente...

segunda-feira, setembro 22, 2003

Mas nao terminou em derrota

Após a amarga experiência, rolava forrozinho pé-de-serra. Fazer o q? Dançar, mané. O sol raiou e estávamos lá, dançando amarradões. O vazare (expressao q signfica 'a partida') só rolou após as 6h. Há muiiiiito tempo eu nao amanhecia dançando forró.

Digo com toda propriedade q a Feira de São Cristóvão, a famosa feira dos nordestinos, oferece uma dos melhores fins de noite dessa cidade.
Experimentei

Furingudos, os dois amigos pediram Nova Xinxariol pq eu nao queria tomar batida. A latinha chegou na mesa e me deu um certo medo. Nao consegui abri-la. Só Mariana resolveu o problema. Abriu a mané da lata.

Mesmo assim eu ainda tava bolado. Nao dava pra colocar. Tava travado. Tava imaginando toda a feira virar pra mim e começar a grita "É pegadinha! É pegadinha!". Pois, eu pus no copo. E justo nesse momento toda a galera q estava diante do palco soltou uma sonora vaia: UUUUUUUHHHHHH. Era um sinal. Aquilo nao devia estar certo.

Mas eu experimentei assim mesmo. Na boa, quero tomar de novo nao. Quero minha Skol.
"Vou te jogar uma real"

Fomos para a Barraca do Zacarias. Mariana e Arthur pediram batida de pêssego e morango após algumas tentativas fracassadas de comunicaçao. Eu estava concentrado procurando fazer a sede passar.

Como a intenção era algo gelado, e as batidas vieram sem gelo, Arthur pediu ao companheiro q trabalha no local um pouco de gelo.

O sujeito chegou na mesa, curvou, olhou na cara do Arthur e direto como um soco disse:

"Vou te jogar uma real. Tô com a mão suja de trabalhar o dia todo e mexendo com dinheiro. Tu vai querer mermo o gelo?"

O q fazer diante de tanta gentileza? Arthur, cordialmente achou a batida muito melhor na temperatura ambiente.
Em busca de uma bebida gelada

Tudo o q se ambicionava naquele momento era bebida geladinha. Só q um problema grave era enfrentado. Já estava perto das 4h e nenhuma barraca perto dos palcos tinha lugar. NENHUMA!

Mariana avistou uma barraca com mesas. Sentamos. Arthur esticou as pernas sobre as cadeiras e veio um sujeito. Perguntamos o q tinha pra beber. "Só refrigerante, respondeu". Arthur, nao acreditanto, chegou a futucar o cara, "nem vodca?". É, nem vodca. A soluçao foi levantar e vazar. Por isso a barraca tava vazia.
A música da feira

A feira ta legal, tem um palco em cada um dos dois extremos. Rolava forró do momento q a gente entrou até o momento em q a gente saiu. Uma das coisas mais divertidas de lá é a música. Entramos e, de cara, nos deliciamos com “Amor de Rapariga”, música dos recifenses “Ovelha Negra”. O Arthur até desencavou a música, mas eu só lembro do verso que diz “tire o meu nome da sua boca”. Causou sensação.

Outra pérolas do cancioneiro popular tb chamaram atençao como um versão em forró para "Egüinha Pocotó" e várias músicas buscadas no fundo do baú causaram furor com suas roupagens em forró-pop-brega. Rolou uma q falava dos peitinhos da cabrita q nao consigo lembrar de jeito algum... Que ódio.

Top dos tops da noite foi uma lembrança de "Nega do cabelo duro", cantada por Luiz Caldas, aquele baiano q cantava descalço nos programas de televisao há mais de dez anos. A tal lembrança pôs na música um batom de cor coral q rimava com nao sei o q. Eu, menino família q sou, fiquei chocado.
De cara, uma constatação chocante. Os Xinxariol compraram a feira. As cervejas ao alcance da mão eram Primus e Nova Xin, qq outra marca NÃO EXISTIA no interior do Centro de Tradiçoes Nordestinas Luiz Gonzaga.

Momentos depois isso me rendeu uma experiência da qual nao me orgulho...
Ramalhos

O show q contou com Elba Ramalho, Zé Ramalho, Agnaldo Timóteo Ramalho e não sei mais quem e acabou por volta das 2h. Perfeito, a gente chegou lá por volta das 3h. Ia dar para estacionar e até pra circular.

Até deu, mesmo assim tava um muvucão sinistro. Fiquei com medo de imaginar como estaria aquele lugar uma hora e meia antes com o show ainda rolando.

Deu medo ver a invasão dos táxis. Eu odeio taxista. Odeio esses caras com todas as minhas forças e ver tantos, inúmeros e diversos carrinhos amarelos com faixas azuis me deram um profundo desconforto.

Mas já do lado de lá dos muros, um novo mundo nordestino se abriu. Confesso não ter me acostumado bem com as novas feições da feira. Mariana disse preferir a zona. Hmmm... Estranho. A Zona era ali perto, a Vila Mimosa, mas achei melhor ficar na feira mesmo.
Vâmu pra feira

Mas como a instabilidade voltou, o q fazer? Pegar a pista para Feira de São Cristóvão. Seucarlosmóvel partiu para a Zona Norte com Mariana e a Arthur, onipresença de Ramos. Na mesma noite rolara show para celebrar a passagem da feira para dentro do antigo Pavilhão de São Cristóvão, um antigo centro de convenções não mais utilizado q ficava ao lado da antiga feira.

O show q contou com Elba Ramalho, Zé Ramalho, Agnaldo Timóteo Ramalho e não sei mais quem e acabou por volta das 2h. Perfeito, a gente chegou lá por volta das 3h. Ia dar para estacionar e até pra circular.

Até deu, mesmo assim tava um muvucão sinistro. Fiquei com medo de imaginar como estaria aquele lugar uma hora e meia antes com o show ainda rolando.

Um registro: companheiro Marcelo Pentimentos amarelou bisonhamente diante da possibilidade. Saiu da saundisbrâbou e disse q ia pra casa nanar... Eu, hein. Deve ser a idade... heeh.
Saundisbrâbou

Chegamos a Festa Saundisbrâbou (o nome de verdade é Soundtrack). A festa tinha um grande potencial, os caras tiveram uma boa idéia, mandar só músicas de trilhas sonoras de filmes. Só que na minha humilde opinião, deu muito certo não. Os caras não conseguiram manter um crescente na pista, foram muitos altos e baixos.

O momento alto merece registro, rolava na pista “Twist and shoult”, do Beatles, música usada na trilha do filme Curtindo a vida adoidado, q fez todo sujeito da minha geração se imaginar com o figuraça desbundado Ferris Bueller. Cenas do filme rolavam no telão enquanto o público dançava e relembrava a adolescência. Ao menos foi o q aconteceu comigo.
Desfalque, nao tive Ervilhao

Sabadão, seguindo a corrente q tem me impedido de ficar em casa, fui a festa Saundisbrâbou, na Nautilus, ali no Catete. Não exatamente ao lado de Bangu. A pedida era com Mariana e ele, a onipresença, Arthur.

Após uma ligeira furada de olho de Irmão-Léo q ia ali com Ervilhão e até a hora deu vazar não tinha aparecido, fui obrigado a pegar a pista com Seucarlosmóvel, o carro do papai.
Mudou

Nandão deixou um post choramigoso ontem dizendo que o blogger.com.br deu-lhe uma pernanda de anõa e o tirou do ar. E agora Nandão, que é tres vezes o meu tamanho, tá com endereço novo. É esse aqui, http://www.opinnando.weblogger.com.br .
Medo

As vezes eu fico com medo dessa brincadeira de blogue. Tem momentos em q chega alguém e diz, "ah, esse é o Vicente daquele blogue, o Preto, pobre e suburbano". Não!!! Não!!! Não!!! Eu nao sou o Vicente do blogue. O blogue que é meu!!! Nao gosto de inverter essa ordem.

domingo, setembro 21, 2003

Acabou o saco pra postar. Depois escrevo de como foi dar as caras na festa saundisbrâbou e vazar para a divertidíssima Feira de São Cristóvão, já as 3h e amanhecer dançando forró.
Em cima

Tia Ana deu-me um singelo puxão de orelha por eu cismo em escrever encima.

No fim da noite, discretamente, veio ela e disse: "Vicente, em cima é separado. Eu quero te dizer isso há quase um ano".

Quem manda eu ser burro? Pior, burro é o cara q sabe q tá errado e vai lá e erra de novo e de novo e de novo e de novo e de novo.

Juro q a partir de agora vou fazer um mega esforço pra nao escrever encima, mas em cima.

Um dia eu vou tomar vergonha na cara e vou reler os posts antes de mandar pro ar... Mas enquanto nao tomo vergonha, vais mais esse pro ar assim mermo.
Último estágio da sexta: festa do Vítor

Ciente de q a festa do Vítor rolaria nas proximidades do Casarão Hermê, lugar já conhecido, lá fui eu. Só q nunca havia dado as caras na casa do cara, era tudo novidade. Fui procurar a parada e já passava de 1h.

Passei por um prédio onde havia vários carros parados, mas como havia visto um número diferente, passei batido. Fui a frente e retornei com Ervilhão. Tinha uma galera na porta, entrando e perguntei. "É a festa do Vítor?" E responderam "Sei nao, acho q é de um cara q faz teatro". Elucidativa resposta...

João-sem-braço
Como, aparentemente, nao rolava mais outra festa na rua, sem contar com o Casarão Hermê. Fui dar uma de 'joão-sem-braço'. Parei o carro na calçada e fui lá ver.

Cansei de descer escada. O cara disse q seu apartamento era no subsolo, mas fala sério, eram uns quatro lancesd e escada. Cheguei na festa. Apartamento totalmente apagado. Só velas. Muitas velas e calçados espalhados pelas escadas. Só era pra entrar descalço, entao tá.

Pé no chão
É ruim q entrei descalço assim. Fui procurar o cara pra me certificar de q ali realmente ali. Agora, na boa, procura um sujeito num apartamento super lotado que tem vários quartos e corredores e escadas? Missão impossível.

Tá, tá bom. Encontrei o sujeito. Era realmente a festa. Pouco antes de encontrá-lo, dei de cara com Marcelo e Tia Ana. Fui gentilmente convencido a tirar a singela botininha q usava. Tb, pudera, ia ser um massacre eu pisar naqueles pés desprotegidos.

Cochilo
Voltei a Grande Ervilha, deixei a parada lá e voltei. Festa divertida. Gente divertida. Valeu, valeu, valeu.

Só foi sinistro voltar pra casa. Cochilei duas vezes no volante, na Avenida Brasil, mas sacomé, né. Quando nõa tá na hora, o próprio Zé Maria vem e cutuca o ombro pra nao passar dessa. Quer dizer, vou parar de escrever essas paradas pra nao deixar o anjo da guarda bolado, esse sim deve ficar estressado.

Em tempo
Ah, em tempo. No fim da festa encontrei Ervilhao com o vidro aberto (porém trancado). Algum péla-saco fez o favor de abaixá-lo, mas como nao tem rádio mermo, só um rombo no painel. Deixaram quieto.

Ah, em tempo 2. A cerveja q comprei tava intacta no porta-malas... Nada a declarar sobre isso.
O q fazer diante disso?

Uma amiga já havia me ligado, quando eu tava na Brasil, perguntando se eu iria ao show do Mundo Livre, no Rival (!!!). Eu nao ia, mas como eu nao conseguiria fazer Ervilhão voar, liguei pra ela do carro e disse que, como já tava na pista mermo, ia ao show só rolaria as 22h, dava tempo de sobra.

E, na boa, quero ver alguém me segurar equipado com meu indefectível celular (com bateria) e Ervilhão, carro e parceiro.

O programa no Teatro Carlos Gomes ,na Praça Tiradentes, já tava perdido. Eu já falara com Ana Paula para adiantar o ingresso pq nao ia dar tempo pra mim.

Situaçao perrengue, mas nao deu nem medo. Procurei passar num posto de conveniência pra comprar cervejap ra festa onde eu daria as caras horas depois, aniversário do Vítor Mala, em Santa Teresa.

O tal posto fica perto da Ambev, em São Cristóvao, custava nada ligar para Minduím, meu grande parceiro q trabalha pra cervejaria. Minduba é, na realida a figura que alimenta de Antártica e Bohemia vários bares de Botafogo a Santa Teresa. O cara é bom.

Liguei e, claro, recebi um convite para, tcharan, tomar cerveja! Foi só um esquenta. O bicho é um máquina de sorver o líquido. Dá até medo. Em pouco menos de meia hora tombaram várias garrafas. Meu fígado é um órgao muito prezado, tive q fugir e pegar o caminho do Rival.

Cheguei antes da Ana, nao é a Ana Paula, essa é outra, Ana Cristina. Nos encontramos e mais cerveja até descermos a escadaria do Rival. Curiosamente o preço do ingresso do show era o mesmo do teatro. Eu chamaria isso de perfeita coincidência.

O show? Ah, o show foi maneiro. Já vi shows do Mundo Livre melhores, muito melhores. Era o lançamento do último CD dos caras, segundo o próprio 04, o "mais conceitual" dos caras. Fico meio bolado com essas histórias de CDs conceituais, mas... vou acabar agregando a minha discoteca.
Saindo para a Ópera do Malandro

Durante a semana, Ana Paula PL ligou pro Vicente dizendo q tinha um ingresso pra 'Ópera do Malandro' sobrando. Combinando de ir com ela. Na oportunidade, eu conheceria parte da sua família q tantos posts rende no blogue da menina. Pena q nao ia conhecer sua sobrinha, a qual chamo de 'Joelhinho', mas q a essa altura deve ser um fêmur inteiro nem seu Zaratrusta, o pai de PL.

Pois é, conheceria os personagens... Como já disse Bezerra da Silva: "Malandro é malandro e mané é mané." E eu fui mané. Saí de casa com mais de hora de antecedência. Só q o trânsito da Avenida Brasil não tava na pilha de me ajudar. Carros a vera, caminhões na pista de velocidades, blitz, trânsito lento, obras na pista, congestionamento na entrada das Linhas Vermelha e Amarela. Enfim, liguei para PL para dizer "Ó, vou conseguir chegar a tempo nao. :-(".

Que óidio. Combinados q ela venderia o ingresso e ainda nao falei com ela depois.

sexta-feira, setembro 19, 2003

Carranca no Ervilhão

Meu humilde golzinho bolinha verdinho está tendo pequenos perrengues seguidos. Seguindo a cultura popular, acredito q deva ser olho grande. Mas q mané olho grande um carro mil, hein. Td bem, tb seguindo as crendices popular resolvi apelar. Galho de arruda fica estranho, né. Daí a idéia, por uma carranca como chaveiro. Agora tá lá. O chaveiro de Ervilhão tem uma simpática Carranca-chaveiro q eu trouxe... acho q da Bahia... Ah, sei lá. O q importa é q agora Ervilhudo está protegido contra os maus fluidos.

Carranca está página 249 do Dicionário do Folclore Brasileiro, de Câmara Cascudo. Lá, ele diz q é a explicação da palavra está em Cabeça de Proa. Expressão encontrada na página 203 do referido dicionário q diz o seguinte:

“Costumam os barqueiros do Alto São Francisco colocar em suas embarcações, curiosas figuras de proa que se tornaram tradicionais com seu estilo grotesco e origina, fisionomias leoninas e humanas ao mesmo tempo, entalhadas na madeira e grosseiramente coloridas, cujos autores são anônimos artistas ribeirinhos da grande artéria fluvial... O característico de tudo é sua expressão leonina, mas em alguns o tipo animal se afirma com mais força, enquanto em outras se vê justamente o contrário – a afirmação antropomórfica. (...)”.
Que situação...

Olha só o q a gente vê por aí nessas visitas a casa de amigos. Essa história me veio a cabeça agora, sabe-se lá porquê.

Em uma dada noite estávamos na casa de uma figurinha conversando amarradões, felizes, sorridentes e um pouco encervejados... Em um dado momento, um casal de namorados resolve q ia dormir e vai pro quarto. Normal, já devia ser algo perto de 3h.

Na sala, continuam pessoas felizes, sorridentes e conversativas procurando músicas q fujam da normalidade. Surge um CD de música baiana com o genial Durval e seu Asa de Águia, tinha até raggamuffin baiano e aquelas bandas de samba-axé. Fiquei prestando atenção na marcaçao desses samba-axés, q é bem peculiar, é do samba de roda baiano. Por mais q se faça bico pro axé, a base rítmica desses sambas soam muito bem aos meus ouvidos.

Tava lá, rindo e me divertindo. Tinha gente lembrando coreografias dessas músicas (!!!) e tal. Quando a porta do quarto se abre, e já ia pra mais de 20 minutos q o casal tinha se recolhido, e surge uma cabeça da fresta criada. A cabeça, ornamentada com uma bandana preto e branca (só nao procuro entender pq alguém vai dormir de bandana), reclama:

"Pô, vcs estão escutando Terrassamba. Tem gente batendo palminha e dançando aqui dentro."

O q eu ia falar diante disso? Falei nada... mas fiquei com a barriga doendo de tanto rir da situação...
Diálogo entre aluno e professor

Professor: Vicente, vc continua sendo um homem sem horna?
Vicente (mastigando a pergunta entre os dentes até entendê-la): É professor, ainda não fiz mestrado.
Professor: Então salve essa sua alma de jornalista. Como vc não fez Relações Pública, ainda há tempo de se salvar fazendo o mestrado.


É, faz sentido. Eu quase prometi q voltaria pra universidade pra fazer RP. Nao voltei, mas acho q se aproxima um retorno pra levar o mestrado a sério.
Velho

Vicente caminha pelo corredor da faculdade onde se formou. Um sujeito se levanta e vem na direção. Depois de poucos segundos o reconheço, é o Zé, meu pós-calouro (foi calouro dos meus calouros). Aí, eu pergunto: "Tá fazendo o q aí, se nao tá tendo aula?" E ele responde, "Tenho sim, aulda da pós".

É, blogue. Se o cara q é pós calouro tá na pós... eu tô velho mermo.

quinta-feira, setembro 18, 2003



Essa é a prova do crime. Ontem, tarde de quarta-feira, tempo nublado no Rio. O q fazer? Correr pra Rua Bariri, onde fica o estádio do Olaria pra assisitir a estréia do América na Terceirona.

O horário do jogo: 15h. Só vagabundos, estudantes, profissionais liberais e similares poderiam assistir. Quem estava lá? Arthur, Daniel Hermanos e eu. Todos juntos, claro.

Eu com minha camisa XG do América, Arthur (de camisa emprestada) e o incasável retratista Daniel Hermanos, q por conta da sua barba matagal ainda foi qualificado de forma nao muito carinhosa por uma meia dúzia de torcedores do Olaria como Bin Laden. É, né, é forçoso, mas até cabe como o Bin Laden da Bariri.

Torcer pelo time de Campos Sales é muito divertido e curioso. Enquanto vc está na torcida do Flamengo, vc se sente em uma verdadeira nação. E equanto se está na torcida do América, estamos em uma família. Diria até uma confraria. É agradável. Mas a paixão é a mesma.

Fala q eu te escuto
A Rua Bariri é um lugar de folclore no futebol do Rio. É, ao lado de Conselheiro Galvão - do Madureira, um dos alçapões mais famosos do Estado. O campo é ruim, os times tb eram ruins, mas lá é possível algo q nao sao todos os estádio q permitem. Tu grita e o jogador escuta. Tu fica atrás do banco e dá esporro no técninco. Ele ouve. É sensacional.

Boa parte do jogo eu gritava para o número cinco do time do Olaria. "Cinco! Vou pegar a tua camisa! Tu tá marcado, não tem pra onde correr. Vou pegar a tua camisa!". O melhor? Eu ouviu claramente e mesmo nao olhando, sabia q era com ele.

Alfredo Sampaio, o incompetente técnico do América, tb teve q aturar. Primeiro pq estava de azul, cor do adversário. Lembro q eu tava gritando pra ele e o bichinho fez com a mao um gesto meio q pedindo pra esperar. Eles devem ficar louco em jogar lá.

Personagens
A Bariri, vulgo Estádio Mourão Filho, reúne tb personagens curiosos. Uma mulher absolutamente de vermelho, algo meio pomba-gira ou cigana Carmen torcia. Um sujeito igual ao Jorge Ben tb torcia. E a torcida do Olaria? Zoada pela americana por ser pequena! Eu juro. Eu vivi pa ver isso. A torcida do América chamando outra de menor. Tive a impressao de ter mais faixas (duas) q torcedores organizados.

Li numa faixa "Filé e Jovem". Li errado, era "Fiel e Jovem". Os integrantes da torcida? Dois tb. Fortalecidos por uma molecada q tinha saído da aula na Escola Municipal ao lado.

Constatação sinistra
O banheiro da Bariri é o pior q existe na história da humanidade. É como uma caverna e tem um futum de inutilizar qq nariz.

O jogo? O jogo foi horroroso. Arthur ainda deu uma esperança quando a gente chegou e viu os times no gramado. Ao ver o uniforem do América com grandes detalhes brancos na latera, o q me desanimou, ele mandou "Parece o uniforme do Arsenal". Pena q lembrava muito de longe.

Restulado: Olaria 2 x 0 América.

Ah, na boa. Eu vou continuar indo da mesma forma. Existe mais cinco jogos, logo, 15 pontos possíveis. SanguÊ.

Foto dos tres personagens na arquibancada da Bariri
Daniel Bin Laden, Arthur (q cara é essa, Arthur?!) e eu.


A fotos foram tiradas pelo Daniel e roubadas, após publicação, no blogue do Arthur. Eu, aba q sou, só peguei tudo pronto.


Hoje o querido América Futebol Clube, a mais simpática agremiação clubística esportiva desse estado completa 99 anos. No senso comum da cidade do Rio, todos têm ele como seu segundo time. É algo meio de carinho e admiração. Longa vida ao América e q nao se deixe ficar no burando onde se enfiou.

Parabéns aê.
Mais Cuca

Esse é o segundo dia em q a música nao sai da minha cabeça... Desse ser proximidade da loucura.

quarta-feira, setembro 17, 2003

Hoje cedo falei com Catirina que me comunicou do ocorrido. Santa Cruz mandando bem na Segundona. Ganhou do Ceará, de virada, com gol no finzinho da partida lá no Colosso do Arruda. Como estou futebolístico, na custa na postar. Sinceramente queria ver o tricolor pernambucano detonar o Palmeiras... Veremos, veremos...

Segundona
Santa Cruz vence e está a um passo da próxima fase
16/Set/2003 22h35


Do JC OnLine
Com informações da Rádio Jornal

O Santa Cruz venceu o Ceará por 2x1, na noite desta terça-feira, e praticamente garantiu a classificação para a próxima fase da Série B do Campeonato Brasileiro. O Tricolor pernambucano agora tem 35 pontos, ocupa a quarta colocação na tabela, e espera somente um tropeço do Avaí para efetivar a passagem à etapa decisiva.

O jogo começou tenso para o Santa, que perdeu o jogador Fabrício logo aos 5 minutos da partida, por ter cometido falta violenta contra um atleta do Ceará. Os times só ficaram em igualdade numérica aos 24 minutos, quando o jogador Roberto recebeu o segundo cartão amarelo por um carrinho considerado muito forte pela arbitragem.

O primeiro gol foi dos cearenses, aos 8 minutos do segundo tempo. A defesa do time pernambucano cochilou e Sérgio Alves não perdeu tempo, marcando para a equipe visitante.

Pouco depois de marcar, o Ceará perdeu o lateral-esquerdo Marcelo Santos, o que ampliou as chances de um empate por parte do Santa Cruz. O gol, no entanto, só veio aos 29 minutos, marcado por Élder.

A virada do Santa poderia ter vindo mais cedo: aos 30 minutos, o juiz invalidou um gol de cabeça feito por Aílton, alegando impedimento.

A situação do Ceará ficou ainda mais díficil quando o juiz expulsou Roberto Santos, ficando com apenas oito jogadores no gramado.

Com dois jogadores a mais, o Santa Cruz era todo ataque e a virada tardou, mas não falhou. O gol aconteceu já nos descontos do juiz, num pênalti anotado aos 48 minutos do segundo tempo. Ériverton sofreu a penalidade e ele mesmo bateu.

A partida teve uma renda total de R$ 52.866 e um público de 30.127 pessoas.
É hoje!



Após esperar alguns meses, temos hoje a grande e sensacional estréia da Série C. América e Olaria, na Bariri, e Bangu e Cabofriense, aqui em Bangu. Como sou mais América, vou ao jogo do time rubro largar a garganta com seu grito de guerra "SAAAAANGUÊÊ!!!". Arthur das Firulas, disse q vai comigo e teve uma idéia q beira a genialidade. Invadir o gramado e tomar, de forma ordeiras e gentil, camisas do Olaria. Muito bom.

O q pega é o horário, 15h. Horário para desocupados mermo. Mas como só tenho compromisso às 18h30... Demorô!

PS: Antes q um sujismundo-furinugo pergunte q estrela amarela é aquela no escudo, respondo. É referente ao título de Campeão dos Campeões.
"Cuidado q a Cuca te pega
Te pega dali
Te pega de cá".

terça-feira, setembro 16, 2003

Fascista?

Blogue, na boa, o q faz um sujeito me chamar de fascista? O cara vem, discorda do q eu falo e me chama de fascista? Td bem q acho q isso é uma democracia, que acho q todo mundo tem o direito de se manifestar (sem agredir os demais, é bom q se diga), mas é demais pra minha paciência ter q aturar uma péla-saquice dessas.

Se nao concorda, comente, ora. Os comentários tão aí pra isso. Agora, vir tacar pedra em mim nao rolar mermo. E nao vai rolar pq o cara diz isso e nao assina , só poe apelido. Eu assumo minhas opinioes e meus comentários. Tem meu nome e minha cara aí nessa josta de blogue. Nao rola vergonha alguma do penso e assumo a responsabilidade sobre o q escrevo.
Situação curiosa

Quando um ex-professor da faculdade te convida para trabalhar com ele é sempre muito legal. Vc acha "pô, até q não fui um aluno tão mal assim". Mas rola uma situação meio estranha, sabe. A impressão de que vc pode estar sendo avaliado e tal. Será q vou ganhar nota no fim?

Já aconteceu de cruzar com ex-professores já como um jornalista sério e não como o conhecido (ao menos da FCS/UERJ) estudante falador, pidão e negociador. Mas ali era cada um por si. Agora é meio diferente. Pô, sei lá. Mas acho q eles vão perceber q aprendi direitinho a fazer as paradas (mesmo q eu tenha aprendido boa parte fora).


Amanhã começa a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. O jogo q vou? América e Olaria na Rua Bariri, campo do Olaria.

Já fui a jogos do América lá, na Bariri, tb valendo pela Série C. América e Anapolina, de Goiás, se nao me engano.

E até já vi América e Olaria, jogo q me traz boas recordaçoes. Nele pude gritar olé com o estádio Giulite Coutinho lotado. Foi um jogo do campeontao fluminense (e nao carioca, pq nao reúne só times da cidade do Rio de Janeiro). Foi 3 a 0. Até me emocionei ao ver o estádio todo cantando o hino do clube.

Algums colegas jornalistas disseram q estao na pilha de ir. Veremos. Se neguinho for mermo vou sugerir a criaçado da Sangue-prensa.

Boa sorte ao América e q consiga voltar a Segundona.

E detalhe, quinta-feira é aniversário do próprio América. Mas na quinta eu posto parabéns pra vc.

segunda-feira, setembro 15, 2003

O fim

Pouco antes de ser completarem doze horas que eu havia saído de casa na noite anterior, encaixei a grande ervilha mecânica da garagem e subi para dormir. Um sono bom, das 11h às 18h.

Agora, na boa, como é q eu ia imaginar q a noite q começou friorenta e chuvosa ia ser assim?
Perto do fim

Próxima parada? Sei lá onde era. Eu já dormia no carro enquanto a dulpa Arthur e Jairzinho cantavam e lembravam das coreografias dos pagodes q a FM O Dia tocava aquela hora. Só dei por mim quando chegamos a Matriz da Firula, em Ramos. Jairzinho havia sido desovado em casa. Daniel Hermanos desovou as pessoas (Arthur e eu) e pronto. Firuleiro subiu para dormir enquanto PPS guerreiro ainda encararia a boa e velha Avenida Brasil na direção Santa Cruz.
O inesperado

O bar fechou. Que mane bar fechar. Só mesmo em Nichteroy para fazerem isso com a gente. Disseram que cantávamos muito alto. Bom, eu não escutei nada demais. Solução? Marianíssima disse que o Select do posto ali perto tava aberto. Então ta, né. Chegamos lá e tava fechado pra limpeza? Q judaria, maluco. Como é q fecham uma parada dessas as 5h da manhã pra limpeza? Fiquei bolado.

Agora, na boa. O posto tinha um segurança que se disse torcedor do Gama. Torcedor do Gama que mora em Niterói??? Pára o mundo que eu quero descer!!!

Após muito esforço, pessoas lembraram q tinham q ir embora. Eu ainda tinha q pegar Ervilhao, carro e parceiro, em Ramos e voltar para Bê ene gê – Bangu.

Na volta para o carro, o primeiro café. Pessoas se amontoaram no bar, tomaram café, mastigaram alguma coisa enquanto eu fui falar com o senhor com cara de português pedir para usar seu banheiro. Mamífero tem q marcar território.

Nisso, Los Quevedos vazaram, Marianíssima tb vazou e o bonde dos demais partiu pro Rio. Pra casa? Claro que não. Quando dei por mim, já umas 8h da manhã, tomava Skol e comia biscoito Globo (patrimônio cultural carioca) em Copacabana! Ah, era o momento Desovativo de Bebel, the camel.
Estranhices

Imagina, numa mesa com personagens curiosos, vc olha para a mesa da frente e... João Kleber? Pára, pára, pára, pára, pára! Que susto. Aí, olha pro balcão. Renato Aragão!? Alguma coisa estava fora da ordem. Ou a cabeça ou essas figuras.
As peças já no tabuleiro


Aqui temos Los Quevedos como seguranças da galera. Quevedo Quevedo está de verde e a cabecinha q surge é de Orwaldo. Arthur faz firula com seu cigarro. Daniel Hermando mostra pq tb é banda, com sua barba. Marianíssima sorridente e eu. PPS de verde.

Nichteroy é um lugar curioso. As pessoas marcam com a gente em bares q não freqüentam. Marcam, nos encontram e passamos para o bar do lado. Vá entender essa mecânica? Eu nem tento, deixo correr quietinho, quietinho.

Devidamente instalados e com o time completo, contando com Los Quevedos (dupla de mexicanos ‘made in’ Niterói e q dever lido com sotaque, entenda-se Quebedos) e Marianíssima, uma doce menina q quebra narizes quando está entediada. Ah, e bom q se diga. Fazia frio a vera. Mas ele não chegou até a mesa do bar.

Ali, os personagens mostraram a q vieram. Los Quevedos não bebem, mas são figuras assim mesmo. Quevedo Quevedo cismou q tenho cara de peruano e começou a fazer uma caricatura com touca inca. Pô, neguinho quizumba com minha imagem. Depois q disseram na Lapa que imaginavam um PPS afetado, que o mesmo Quevedo Quevedo me chamou de PPP (preto, pobre e paraíba), confesso ficar com medo de imaginar o q poder vir pela frente.

Os outros 50% de Los Quevedos, Orwaldo, disse uma frase q me fez pensar profundamente e rever meus valores musicais. A cria de Niterói disse que Wando é o Barry White brasileiro. Blogue, nunca ninguém pensou nisso. É chocante de tão próximo q chega da realidade... Estou bolado com isso até agora.

Enquanto isso, Daniel Hermanos (como Los Quevedos disseram, ele é regra 3 da banda) largava o dedo na sua Mavica. Blogue, o cara me fotografou de todos os jeitos possíveis com um copo de cerveja na mão. A cada foto, lá ia olhar e tava eu com o copo. O q vão pensar de mim? Tenho uma reputação de bom menino a zelar ou, ao menos, a cultivar. Reza a lenda que foram tiradas 30 fotos. Daniel Hermanos, só confirmando sua figurisse, utilizada um disquete de declaração do Imposto de Renda de 2000. Eu, hein.

Enquanto isso, Bebel só secava copos. É de um talento interessante para esse tipo de atividade. Disse-lhe q parecia uma camela. Ela não gostou muito da idéia, mas Arthur, sacando uma firula do fundo do maço de cigarros, emendou uma versão.

"Depois da última noite de chuva
Bebendo e esperando
O bar fechar...
O bar fechar...

Mas eu tenho medo é do seu olhar
Quando a Skol seca e você não percebe
Quando a Skol secaaaaaaa

Camela ah...
Camela..."


Para terminar, Arthur e Jairzinho, digo, Magro, a revelação da noite. Os caras têm o maior repertório pop brega meloso com coreografia q Nichteroy já viu. Fiquei emocionado em ver tantas canções de derreter ouvido vindo dos caras. Claro q já foi formado o Jackson Trhee (leia-se Diéquissan Tri). Eles dois e eu, enturmado q já era.

De Marianíssima eu não falo. Sacomé, né. Posso falar alguma coisa q não agrade e corro o risco de levar lambada. Como ela mesma disse, “foi um ano de boxe tailandês”. Equanto ela não me confundir com um tailandês, o q depois de confundido com um peruano, pode acontecer a qq momento, estou safo.
Fase dois

Após cansar de fazer cagada, acertei o caminho. Encontrei personagens em aquecimento no bar da esquina. Desovei Ervilhudo e peguei o bonde do Daniel Hermandos

Com a chamada completa no veículo automotor de Daniel Hermanos, estavam lá dentro esse PPS q escreve, Arthur, Magro Jairzinho e Bebel. O destino? Um bar entre Icaraí e Santa Rosa.
A Vila

Engraçado, a comunidade é Vila do João pq foi inaugurada já uns 20 anos simplesmente pelo então presidente da República, seu João Baptista de Oliveira Figueiredo. Estranhão, não consigo imaginar a cena.
O perdido

Quando chegava na boquinha da Linha Amarela, molecular toca.

Molecular: Alô.
PPS:Alô.
Molecular:Vai fazer o q?.
PPS: Já to na pista, vou encontrar um camarada.
Molecular: Blz. Depois a gente se fala. Inté.


Conversa rápida e tranqüila. Seria indolor se não tivesse desviado minha atenção, feito o Vicente perder a entrada da Linha Amarela na direção Barra. Peguei na direção da Linha Vermelha, o q me leva necessariamente para dentro da Vila do João.

Vila do João é uma das trocentas comunidades do Complexo da Maré, tido como uma dos q tem a chapa mais quente no Rio ultimamente. Fui andando no sapatinho, passei por um simplório grupo de papa mikes armados com canhões de mão, vestindo coletes a prova de bala e até pensei q presenciaria um festival de pipocos.

Só pensei. Liguei para personagem q se encontrava em Ramos e bati a real. “Ó, to na do João”. A veio a resposta instantânea “Então vaza logo daí”. Vicente, arisco que é, vazou.
Um sábado q de perdido, passou a ser ganho de goleada

Frio e chuva têm o estranho poder de desanimar os seres humanos q habitam a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ou mesmo os demais companheiros da Região Metropolitana.

A chuva vinha e ia enquanto eu conversava via messenger com Arthur, o Firuleiro de Ramos. Arthur punha pilha para pegarmos a pista e irmos até Nichteroy (lê-se Nicteroi). Só q havia uma ligeira problemática: Vicente estava durango, rolava festa em casa e a chuva não parava de cair. A distância entre Bangu e o bairro destino em Nichteroy são singelos 50 quilômetros (só de ida, a volta tem mais 50). Desanima qq mortal.

Quando já era por volta das 22h, formou a parada. Cismei q ia. Enquanto isso, no terraço, uma festa de queijos e vinhos dos amigos de Seu Carlos e Dona Glória me fez ouvir “Fuliculí Fuliculá” cerca de DEZ vezes.

Discretamente entrei em Ervilhão, carro e parceiro, e rumei para Ramos, ponto de encontro com Arthur, também conhecido como O cara. A parada era fácil, só sair da Avenida Brasil no início da Linha Amarela, pegar a segunda saída, seguir a preferencial e pegar a primeira direita após o posto BR. Merreca pá nós. Merreca se eu tivesse acertado.
Aniversário

HOje é aniversário da minha sertaneja favorita. Mulher q me abrigou e me aturou em Brasília. Infelizmente nao foi possível sair do Rio e ir até a capital federal para sua festa de aniversário q deve ter sido sensacional. Clarissa-lindona avisou q seria só black music... Ai, ai. P q a distâncias tem q ser trao grandes, nesse país, né? Reles mil quilômetros pra ir e outros milzinho pra voltar.

Uma pena. Queria dar um abraço de verdade nela. Pior, mané q sou ainda nem liguei pra sujeita, mas já resolvo isso.
Nessa segunda tenho q postar a sensacional ida a aprazível cidade irmão Nichteroy. Perrengues, alegria, frio, chuva e cerveja. É o que há. Não posso me esquecer. Sabe aquela coisa de amarrar fitinha no dedo? Pois é. Esse post é uma coisa parecida.
Porque funk é legal

Muita gente torce a cara pro funk que chacoalha a molecada no Rio de Janeiro. Diz-se que não é funk de verdade, diz que faz apologia ao sexo, diz-se que é de mal gosto, diz-se q é coisa de pobre, diz-se q é coisa de preto. Bom, com as duas últimas coisas eu até concordo, mas quero q alguém me convença q funk não é legal.

Existe uma má vontade inerente ao ritmo pq é música de preto e favelado. E é mermo. É música q vem do morro, dos buracos paupérrimos dessa metrópole que é o Rio. É uma evolução dos antigos bailes ‘black’ q tomavam os subúrbio dessa cidade, da batida do Miami Bassa que chegou ao Rio no início dos anos 80, se não me egano. Funk tb é ‘black music’, só lhe foi tirado todo o charme por q seus freqüentadores são pobrinhos. Mais q eu até.

Excluídos
Não saco da história do ritmo com grande precisão, não li o livro do Hermano Viana sobre o assunto, mas é inegável q esse mesmo funk seja carregado de valor. É como esses excluídos falam de si, falam da sua realidade e procuram se divertir.

A temática não tem limite. Como seu meio fanqueiro é marginalizado constantemente, pq fazer música q todo mundo faz? Os caras escancaram e fazem músicas tão marginais quanto. Algumas abusam da citações sexuais, outros (menos consumidos) fazem apologia ao tráfico de drogas. Na realidade é própria galera fanqueira traficante q grava.

Guetos
O q pega é q essas músicas são feitas voltada para um público específico. Voltado pros mesmos guetos onde vivem os funqueiros. Mas a mídia, q é oportunisma meijmo, vai lá e pega os caras. Leva pra tevê, leva pro rádio. Leva pra fora do Rio, onde o funk não faz o mesmo sentido q aqui.

Fora daqui é só uma música pop. No Rio, é uma forma de expressão q vem sendo discriminada e combatida desde q me entendo por gente. E fora do Rio ganha ainda mais esse estigma de coisa de preto e pobre. Mesmo assim, nos subúrbios cariocas e nas favelas mostra um vigor invejável. E p q? Pq é a música q fala a língua dos caras.

Barato
No Rio o funk domina as áreas pobres, é diversão barata e acessível, ao contrário dos outras coisas destinadas aos jovens, com custo q só a classe média pode atingir.

E o batidão? Dentro de um baile de verdade ninguém, mas ninguém mesmo consegue ficar parado. Parece até piada, mas o corpo vibra sozinho. Na primeira vez q a fui a algo desses fiquei impressionado e mesmo não sendo um adepto de carteirinha me rendi a força (literal) q o ritmo tem.

domingo, setembro 14, 2003

Cenas que chamaram atenção

No telão da Girus rolavam intermináveis cenas de pegas. Carros dando cavalos de pau, borrachões. Adolescentes e jovens enlouquecidos vibravam nas imagens com as manobras arriscadas. Sei lá... pra mim isso é apologia a esse tipo de coisa, né...

Mas o melhor veio no fim. Tava lá eu saindo do recinto, o aprazível Girus, quando vejo dois policiais militares. Normal, eles deveriam estar ali pra cuidar da segurança pública. Deveriam... Um deles segurava, todo sorridente, uma simpática e gelada latinha de Skol. Isso aí. Isso que é trabalhar com gosto.
PPS só no batidão

Há tempos Irmão-Léo fala q tenho q ser apresentado ao Via Show. Uma casa que fica em Nova Iguaçu, na beira da Dutra, onde a molecada da ZO, da Baixada e da ZN vão se esbaldar ao som da marcação do funk, do pagode pop e do axé. Na qualidade de curioso, claro me dispus.

Sábado seria o dia. Seria. Tínhamos combinado de ir com uma prima de Santa Cruz. Ela sairia de lá com umas amigas e nos encontraríamos já em Nova Iguaçu. Só q, encima da hora, a carona delas furou. Aí, prima vem e liga pro Vicente pedindo pra ir lá buscar. Fazer o q, né? Vou negar? Fomos lá, Irmão-Léo, Vicente e Ervilhão.

Agora, na boa. É ruim de eu ir de Santa Cruz pra NovaI e depois voltar a Santa Cruz. O dia em q eu mijar no tanque e o carro andar, faço isso. Enquanto não rolar essa solução, lamento.

Qual a solução? Procurar algum lugar nos arredores. Onde fui parar? Num lugar chamado Girus! No Rio da Prata, láááááááá no fundo de Campo Grande. Mas no fundo mesmo.

Mulés entram ‘digrátis’ até meia noite e meia e marmanjos pagam cincorreal. Muito bom. Quando chegamos parecia um baile charme. Hip hop rolando discretinho, daqueles q facilitam dançar de jeito desencanado e devagar.

Mas quando começa o batidão. Sai de baixo. O pancadão faz a moçada ficar loucamente rebolativa. Eu nem lembrava q ainda sabia dançar funk. Segundo Irmão-Léo “Ih, Vicente perdeu a linha”. Hehe. Ta no sangue, ta no sangue. Eu devo ser um fanqueiro enrustido.

E nao desisti da ida ao Via Show... A Força estará comigo, estou certo.

sábado, setembro 13, 2003

Montanha russa climática

Eu não seguro essa onde de mudanças bruscas de temperatura. Eu quero sol, quero calor. Esse frio não tava no esquema. Mas como brigar com a segunda frente fria q chega a cidade na mesma semana? Sem chance. Chove horrores lá fora e faz um frio polar (pra realidade carioca). Pena já estar de noite. Amanhã vou fazer a dança do sol no terraço pra ver se a frente fria vai embora e só sobra as aprazíveis massas quentes que tanto alegram a população desse lugar onde vivo.

sexta-feira, setembro 12, 2003

Ontem, lá se foi Vicente tomar cerveja com Mariana. Fomos ao baixo Méier. O lugar escolhido foi onde? Em frente ao um templo da Assembléia de Deus. Td bem q a porta do templo parecia ser de um salão de beleza. Pô, sei lá. Achei a situaçõa meio estranha.
Só um comentário:

EU NÃO ESTOU ENTENDENDO NADA!!!
Eu e meus radicalismos

Ontem foi 11 de setembro. Dia q neguinho insiste em dizer q é um marco e tal. Um dia disso e daquilo. Um dia triste e o escambau. Na boa, CAGUEI!!! Caguei! Caguei! Caguei!

Fico de saco cheio em ter q aturar (na verdade eu nao aturo) essa pelaçao de saco de dois anos dos atentados em Nova Iorque. Caguei pra Nova Iorque! Caguei pros prédios q foram abaixo. Morreu mó galera? Morreu. Antes eles do q eu. Foram seres humanos? Foram. Mas foram seres humanos q sustentam e defendem esse meio de produção q mela a vida de centenas de milhares de pessoas em redor do mundo.

Ninguém leva em conta o desespero q esse ato representou. Ninguém leva em conta os motivos q levaram a criaçao de uma forma de pensar q levou essas pessoas (os extremistas) a fazerem algo tão brutal.

Nao acho justo, nao acho nada disso justo. Mas acho absurdo q se dê mais importancia praquilo.

Tô sendo radical? To sim. E daí? Esse blogue é meu e escrevo o q quero.
Muito mais importante pra história desse planeta azul e o q esses mesmos furingudos, pela-sacos da América do Norte fizeram no mesmo 11 de setembro (só q antes mesmo de eu nascer) jogando pro alto (e depois pra vala) uma experiência de governo popular e democrático q dava certo. A história do Chile (da América Latina e quem sabe do mundo) foi mudada quando o péla-saco-mór Pinochet (patrocidado pelos estadunidenses e até mesmo pelo governo militar desse país q me pariu) cagou na cabeça de um povo inteiro. Pegou Salvador Allende e vlau. Quebraram o cara. Jogaram a democracia no lixo e seus condutores na vala. P q? Só pq acharam q aqueles paisinhos do sul poderiam se desenvolver.

Esse ato foi só uma coisa q serve pra mostra q o tao propalado 11 de setembro novaiorquino nao é nada diante do q as tais 'vítímas' fizeram e fazem com o mundo.

Sabe o 'se colhe o q se planta'? Pois é, né...

Na realidade dia 11 de setembro é o dia depois do aniversário da Kelly, minha amiga-caxiense-maluca-q-faz-mestrado-em-Buenos-Aires e mais um dia esqueci de escrever pra ela. Sou péla-saco esquecido mermo.

quarta-feira, setembro 10, 2003

Pronto, acabou o surto preguiçoso e bloguento.
Preguiçoso à vera, fui lá no saltitante Arnaldo e roubei logo duas figuras.

Uma inspirada nas avançadas técnicas de abordagem e persuasão dos papa mikes flumineses (fluminense é do Estado do Rio, carioca é da cidade do Rio. Entendeu, mané?)



A outra é inspirada numa dessas correntes q postei aí no alto.

Correntes

Recebi essas correntes aqui por conta dessa pelação de saco que passaram a fazer com o dia 11 de setembro. Como as pessoas têm boa vontade, vou reproduzir os e-mail abaixo.

Libere um LIVRO!

O dia 11 setembro agora não será mais um aniversário
fúnebre,e sim um dia de troca de energia e doação.Juntos, transformaremos esta data em um ato de criatividade e generosidade.

Na manhã de 11 setembro 2003 não se esqueça de sair
munido de um livro que seja importante para você.
Um livro que tenha mudado sua maneira de ver o mundo. Ou que você acredite que possa mudar a vida de alguém, de alguma forma.Escreva uma dedicatória... e o libere!

Libere-o na via pública, sobre um banco, no metrô, no
ônibus, em um café... a mercê de um leitor desconhecido.
E você? Adotará um livro que esteja em seu caminho, caso ele surja.

A mobilização será geral em Bruxelas, Paris, Florença e
São Francisco.

Vamos fazer isso também em nossas cidades aqui no Brasil.

Nas cidades citadas,um grupo de escritores, leitores e
amantes dos livros em geral, liberará seus livros, em
lugar público.

Engaje-se nessa idéia também!E faça circular essa
informação!


e

Venho através desse pedir que no dia 11.09.2003 você coloque-se disponível para participar de uma corrente de intenção pela transformação planetária.

É simples! Apenas sinta-se junto de muitos brasileiros, de mãos dadas, em torno de todo território nacional.

Juntos nessa corrente, emanando os seus corações a Luz da Consciência Divina, formando no centro uma grande Flor de Lótus cristalina, vibrando PAZ, AMOR e HARMONIA. Não é necessário esforço, apenas intenção de estar nessa corrente. Contamos com sua presença divina.

Se você possui um grupo de amigos oriente-os ou estejam juntos vibrando por esse momento planetário.

Estaremos reunidos a partir das 19:00hs até às 23:30hs (pedindo pela espiritualidade) pela manhã do dia 11 (quinta-feira).

Ofereça essa Intenção de estar na corrente pela transformação e paz do Planeta Terra.

Gratidão profunda, estaremos juntos.


Essa última veio da dona de uma pousada de Alto Paraíso de Goiás, onde fiquei quando estava indo pra Chapada do Veadeiros no início desse ano. Daí seu matiz místico.

Preguiçoso à vera que estou, vi no blogue da Marinilda link pra uma matéria que me chamou a atenção. É essa aqui, Chomsky chama povo americano a aprender com o brasileiro, publicada no site do PCdoB.


Imagem roubada do blogue da Chris.
Preto, pobre, suburbano e praieiro

Após uma infeliz gripe q me pegou pelo pé no fim semana, lá fui eu pra praia hoje. Claro q devido a minha pretitude nao será possível perceber mudança na coloraçao. Mas eu, enfim, voltei ao bom e velho ambiente praieiro.

Nada é mais relaxante nesse mundo do q pisar na areia fininha e branquinha e ouvir o som das ondas. Ai, ai. Como é bom morar numa cidade litorânea. Tive q ligar pra Clarissa, que está em Brasília, pra comentar com ela.

Pena q uma frente fria chegou. Sem galho. Espero e logo mais ela vai embora, afinal de contas ainda estamos no inverno mesmo.
Ruminando

Ainda nao consegui entender o porquê de a gente receber umas grosserias quando menos se espera. Pior, sem qq motivo aparente. Vá entender.


Imagem enviada por minha sertaneja favorita, Clarissa.

A foto diz tudo, nao precisa nem de legenda. Mas é bom q se diga q respeito todos os credos e até a ausência de alguma crença. Mas respeito pelo próximo é essencialmente necessário. SEMPRE necessário.

terça-feira, setembro 09, 2003

Coisas q pintam na internet quando a gente menos espera

Ontem, enquanto tentava mostrar pra Mariana q sou um jornalista q pode até ser sério, procurava na internet fazendo busca pelo meu nome de guerra.

Claro q só apareceu coisa de blogues e blogues. Mas uma me chamou atenção. Um post antigo, bem antigo, com mais de um ano feito pelo companheiro Gustavo Almeida, vulgo Chucky, do Blogus.

Um sujeito misterioso
Se eu disser que sou amigo dele, assim, direto, vou estar mentindo. Afinal, pouco conversamos, fizemos matérias juntos por jornais diferentes, e não tivemos convívio. Mas assino qualquer declaração dizendo que o cara é gente finíssima: o jornalista Vicente Magno. Chegamos até a tentar trabalhar no Metro, eu dei uma força, mas a editora na época, uma maluca de carteirinha, não quis o cara (mesmo ele sendo talentoso) por alguma babaquice - no mínimo algo a ver com o tom da roupa dele ou coisa parecida.
Ele já tinha inclusive a experiência de ter encarado uma outra chefe de reportagem, completamente insana (essa, caso para internar e jogar a chave fora), durante alguns meses.
Só que eu também assinaria qualquer declaração dizendo que o cara é um mistério completo. Recebo na noite de domingo um email dele (para um grupo) dizendo que vai para Recife, ficar até o final do ano. E que tem despedida na quarta, na Cobal do Humaitá. Bom, eu não vou poder ir de jeito nenhum, afinal trabalho em um jornal de esportes e na quarta a Seleção joga no Brasil pela última vez.
Mas além do fato do cara ir para Recife assim, do nada, sem nunca ninguém ter falado sobre isso, ainda diz que é no domingo de Páscoa - só que no blog da Roberta tem um post dizendo que a despedida é no sábado.
Em suma, já não entendo mais chongas. Ainda bem que essa semana para mim vai ser curta.
posted by Gustavo de Almeida
Segunda-feira, Março 25, 2002
..


Engraçado, né. É verdade, a gente se conhece, mas nunca foi mais próximo. Fico feliz em saber q tenho uma imagem positiva nesse sentido. Mas misterioso? Eu? Q doideira, né. O post é anterior a minha ida pra Recife e, conseqüentemente, anterior ao nascimento do meu primeiro blogue, o Enfiado na Lama. Surpresas q a internet traz. Aí, Gustavo, valeu aê.

Detalhe, nao achei nada pra mostrar pra Mariana, vou ter q levar as coisas q tenho clipadas pra ela acreditar q, além de bloguento, sou um jornalista com momentos sérios.
Esse mundo é ovo

Incialmente eu achava isso por coisas tipo estar no carnaval de Olinda, em Pernambuco, usando um das minhas camisas do América (Sanguê!!!) e ser surpreendido por um torcedor do clube. O cara sacou uma carteira da Leões Rubros (torcida organizada do América) e cantamos, emocionados, o hino americao. Aquele q começa com "hei de torcer, torcer, torcer!/ Hei de torcer até morrer, morrer, morrer!/ Pois a torcida americana é toda assim/ a comerçar por mim/ a cor do pavilhão é cor do nosso coração/" E lá vai o hino...

Após isso, de novo em Pernambuco, mas já quando eu morava na cidade, estou eu em uma festa. Era a 'Quinta NP', festa que rolava no Recife Antigo. Estava lá com Mestre Afonso quando vi um sujeito passar. Pô, o cara pareceu conhecido. Fui lá e perguntei : "Tu nao é de Inhaúma?". Em tempo, Inhaúma é um nome estranho, mas é o nome de um bairro da Zona Norte da cidade. O sujeito, Guto, grande figura, tinha sido meu veterano na FCS/Uerj quase 10 anos antes... Hehe.

Aí, ontem ou hoje de madrugada, sei lá. Conversava com Arthur (cara, sempre ele! e o cara vem me dizer que nao é onipresente!) q disse estar conversando com uma amiga pernambucana (sempre com alguma coisa daquela terra!). Ela passou meu contato pra ela, a Baratinha, e começamos a conversar.

Aí veio o susto. Baratinha conhece minha família pernambucana. Há tempos conhece o safado do Senhor do Teu Anel há anos, conhece RMRO e, pior, é prima de Renata Casaquinho, adorável pernambucana (q tb conheço, óbvio), e que hoje habita o aprazível bairro de Copacabana. Fiquei chocado com as coincidências desse mundo.

segunda-feira, setembro 08, 2003

Joana e o azul

A predileção da menina pela cor começou a aparecer na Lapa, na quinta-feira passada. Joana, ela é Ana e nao pode negar, estava com um grupo de amigos procurando se divertir pelo bairro, conhecido e democrático reduto da boêmia carioca.

Todos ficaram chocados com a situaçao do lugar, a prefeitura proibiu q os bares ponham suas cadeiras na rua, várias viaturas policiais ficam paradas no lugar levando a um clima de suspeição constante. Estranho, muito estranho.

Diante desse quadro, optou-se por sair dali, passar sob os arcos e sentar-se no bar Arco-Íris, um simpático pé-sujo. Dentro do estabelecimento, as pessoas (seis na realidade) tomam suas cervejas, conversam e riem. E aí começa a aparecer o azul na história.

Joana se levantou, foi ao banheiro fazer o q todos fazem após alguma quantidade de cerveja e voltou para a mesa. E aí veio seu comentário:

"Minha calcinha está do avesso".

Tá bom, né.

Um dos presentes, Arthur, perguntou:

"P q nao acerta entao?"

E Joana respondeu:

"Não, dá azar."

Azar? Azar pra quem? Bom, ela nao explicou com muita clareza. Já devia ser o pão líquido fazendo efeito.

Inspirado pela situaçao, Arthur, firuleiro e figura, começou a cantarolar:

"calcinha do avesso
dá azar em geral
prende a periquita
pre-pre-prende a periquita
e não deixe entrar o p...".

É melhor gravar isso logo antes que comece a tocar nos bailes e ele deixe ganhar um qualquer.

Mas nao é só isso!
Joana, q garantiu nao sofrer de amnésia alcólica, ficou só por aí na quinta-feira. Mas só na quinta-feira! Sábado ela, q também garantiu nao ser o umbido do mundo, voltou a se manifestar.

Era uma reunião de amigos, no aprazível bairro do Méier, subúrbio carioca, terra de Nandão, João Goiano, João Nogueira, Mariana e outros personagens.

Era o Festival Gastronômico das Anas, com direito a Bia e Marianíssima, sem contar com Andrezeeenho, Arthur (sempre presente), Secretária e esse PPS q tudo relata. Joana comportou-se bem até dado momento quando algumas pessoas começaram a ir embora, pelos idos das 3h da manhã.

Joana, que já se progamara para dormir na casa da anfitriã, foi tomar banho e trocou de indumentária. Chegou vestida tal qual a loira do Tchan, num shorte e numa blusa azuis. Obviamente não ia prestar. Pouco antes, Irmão-Léo havia ido até Ervilhão, onde sacos de dormir haviam sido estrategicamente colocados. Pq beber e dirigir nao é pra mim mermo.

Nossa heroína, ou anti-heroína, tanto faz já a essa altura, viu um dos sacos de dormir. Todo em azul. E não se conteve. Gritou:

"Eu nunca entrei num negócios desses!".

E passando por cima de todos se enfiou lá dentro. Fechou tudo o q pode fechar. Parecia uma feliz lagarta, tb azul. Saco de dormir nao é exatamente a coisa mais confortável do mundo e Joana começou a se debater. A menina foi se arrastando pelo recinto como um bichinho... Que fofo, né.

Mas aí veio outro surto. Da mesma forma q queria entrar, queria sair. Eu, hein. As pessoas que assistiam foram até lá e 'salvaram' a pbore Joana.

E ainda não acabou! Eu pensava q isso tudo pudesse ter sido causado pelo vinho. O mesmo vinho que me fez optar por dormir por lá tb poderia ter levado Joana a ter esse tipo de comportamento.

Quando tudo parecia dentro dos conformes. Outra de Joana. A menina cismou q que ia dormir de sutiã (!!!). Como assim, Joana? A menina disse que ia pegar um sutiã e por na cara para dormir. Td bem, como diz Roberta, nao é errado ser assim. A menina se levantou, correu até o quarto, sacou uma peça dessas, deitou-se e pôs o famigerado sutiã no rosto.

Na realidade, a menina parecia um inseto. Lá, deitada no chão com aquela de roupa na cara, o q remetia aqueles q presenciaram tudo ao olhos de uma mosca...

Ainda houve mais pequenos surtos. Ela negou ter feito tudo na manhã seguinte. Se foi esquecimento causado pelo vinho? Acho que nao, acho que é só ver algo azul por perto q ela perde o controle.

Acabei de escrever essa bironga, to com preguiça de reler. Vou postar assim mermo e depois eu leio pra ver se faz sentido e se tem atrocidades contra a língua portuguesa.
Ser mané é

Sair com o irmão para uma festa de família em Guadalupe. Apressar o irmão. Pegar o carro, dirigir de Bangu até a Vila Militar, pôr combustível e perceber q está sem o documento de Ervilhao, após estar as dois quilômetros do destino ter q voltar até Bangu pra pegar o maldito papel.

Esse vai na conta de Irmão-Léo. Mané!
Preparo físico e porque acho que a Secretaria de Segurança Pública deve pedir ajuda a Comlurb

Esse fim de semana, após recuperar Ervilhão, tava com Irmão-Léo dentro do carro quando ficamos atrás de um 'carro de perfume', essa é a denominação que damos aos caminhões q fazem a coleta do lixo. O 'carro de perfume' andou pra frente enquanto os garis ficaram para trás catando os sacos de lixo. Nisso, o lixeiro deu uma arrancada sinistra. Ignorou o peso q carregava, alcançou o caminhou, jogou a parada q carregava lá dentro e voltou a correr. Fiquei boquiaberto com a explosão física do cara.

Aí Irmão-Léo manda "tu já viu lixeiro barrigudo?". Não, vi não. "É só atleta, mané", concluiu meu irmão. E não é verdade. Eu fiquei acompanhando o trabalho dos caras, quanta disposiçao.

Engraçado q hoje no telejornal da hora do almoço teve matéria mostrando as provas físicas q os candidatos a garis tem q fazer. Na boa, sinistro. O cara pra ser gari tem q estar muito bem fisicamente. Jogar contra o time de futebol dos lixeiros dever complicado, os caras correm fácil.

Só q, enquanto isso, blogue, o preparo físico dos policiais... Dá pena. Parece que pra ser papa mike ou papa charles os caras têm de ser dotados de barriga. Os papa mikes ainda carregam seus indefectíveis bigodes. Os caras não devem agüentar um piquezinho básico. Olha, eu já acompanhei operação da Polícia subindo morro e deu pena de alguns bidogudos, digo, policiais nas ladeiras. Pior q os caras ainda têm q carregar seu aparato com direito a arma, coturno e tudo mais.

Hehe. Acho q a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio devia era procurar auxílio nesse sentido com a Companhia de Limpeza Urbana da Cidade do Rio. Quem sabe um convênio não ia fazer os policiais ficarem menos barrigudos?

domingo, setembro 07, 2003

A música q faz sentido no momento

Canta! Canta Minha Gente
Martinho da Vila

Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte canta alto
Que a vida vai melhorar
Cantem o samba de roda
O samba-canção e o samba rasgado
Cantem o samba de breque
O samba moderno e o samba quadrado
Cantem ciranda e frevo
O coco, maxixe, baião e xaxado
Mas não cantem essa moça bonita
Porque ela está com o marido do lado
Canta, canta minha gente
Deixa a tristeza pra lá
Canta forte canta alto
Que a vida vai melhorar
A recuperação, Ervilhão, a calcinha azul e outras coisas

Coisas simples recuperam o humor da gente. Quinta, meio q na marra, fui a Lapa. Companheiro-firuleiro Arthur chamou. A proposta seria beber e conversar na companhia de Moraesão, Autoritária (vulgo de Mestre Lu), Secretária e as Baronesas.

Como o alcaide proibiu que os bares mais freqüentados pelas molecada coloquem mesa na rua, prejudicando o ponto de encontro mais democrático dessa cidade, as cabecinhas acabaram optando por passar por baixo dos arcos e se aboletarem no bar Arco Íris.

Lá, fiquei sabendo da imagem louca que criaram a meu respeito, mas já desfeita. Mas o melhor foi a declaração de uma das presentes dizendo que acabar de perceber que sua calcinha azul estava do lado avesso. Hehe. E só percebeu a noite no bar? Como estava essa alma?

Arthur sacou um firula do bolso e mandou um funkezinho pra relaxar. Pena q esqueci a letra agora na hora de postar. Assim q lembrar rola uma atualização básica com os sensacionais versos.

Ervilhão e Amaralândia
No dia seguinte, sexta-feira, Ervilhudo voltou. Ervilhudo é um singelo apelido para o gol bolinha que me leva e traz por aí, o sensacional Ervilhão.

Já no sabadão, o território de Amaralão de lugar ao estrogonofe das Anas, o Fest Grastrô das meninas. Todas as Anas, Secretária, o onipresente Arthur, seu escudeiro Andrezeeenho, Irmão-Léo e as niteroienses Marianíssima e Bia deram as caras. Legal. Legal. Legal. Pena eu ter passado mal com uma crise de gripe. Devo ter parecido um vegetal que vez por outro espirrava, mas as lágrimas que desceram causaram um boa impressão nas meninas que viram que brucutu tb lacrimeja, mesmo q seja por conta de gripe.

Escutei a voz de todo mundo, menos a de Psiquê (que já desconfio não ter cordas vocais) e descobri que Marianíssima quebra narizes masculinos por hobby.
Gripe

Tremendo sol na cidade, praia rolando solta e o Vicente gripado de molho em casa... Ontem já não rolou Portelão e hoje deixei de ir a roda de samba no Viva Rio... Odeio gripe. Odeio com todas as forças.
Cada idéia q as pessoas fazem

Tenho nada contra as bibas. Existem algumas q são amigos queridos. Mas me surpreendo quando sugerem que esse PPS escorrega no quiabo. Quinta-feira passada na Lapa, tava com Arthur, Séc, Moraesão e as Baronesas da Ralé. E não é que uma das Baronesas, Carmem Valentina, eu acho, chega e manda na lata: "Eu imagina vc de sobretudo vermelho e purpurinado".

Eu, hein. Eu? De sobretudo vermelhoe e purpurinado? Ah, e de boá rosa (!!!) segundo a viagem da companheiro. Mas nem no carnaval me veriam assim. Pior, nem meus amigos bibas usariam algo assim.

Essa coisa de blogue é estranha. Quem não conhece forma a imagem que quer na cabeça a seu respeito. Essa foi insuperável. Mas eu juro não entender como é que alguém vai achar que um sujeito preto, pobre e suburbano como eu vai ser baitôla.
Na hora da tosa

De 20 em 20 dias Vicente vai fazer a tosa, reca o cucuruto com máquina três. Na última experiência, chego eu ao barbeiro, salão ou seja lá q nome mereça, onde o companheiro q providencia o corte atendia outro indivíduo.

Fico na minha, sentado, meio disperço, limpando os óculos e meio assistindo televisão enquanto espero minha vez. Eis q surge a seguinte frase q chama minha atenção:

Sujeito: "Ó, já experimentei maconha, cocaína, mas isso não."

Peraí. Q parada é essa q o cara não experimentou? Já me perguntava.

Sujeito: "Pô, exame de toque não é comigo. Nem nada lá. Já teve uma menina que quis fazer fio-terra comigo, mas sei lá. Deixei ela."

Hehe. Cada papo q neguinho tem quando corta o cabelo... O pior é que é divertido. Nessa de abrir o verbo o cara mal sabe que já ta ficando fichado...

Mal sabe ele também que ao falar “pô, já to ficando velho. Quem diz q faz bonito em casa nessa idade ta mentindo”, está dando munição pro inimigo. Assim q ele saiu, o barbeiro falou “é mole? O cara vem falando isso e mal sabe que tem mó galera de olho na mulher dele”.

Me perguntou se eu a conhecia, mas não sei quem é. Mas ele explicou.

Barbeiro: Ah, não é possível. Todo mundo sabe quem é. Ela é dona da maior bunda dessa rua aí.

Pronto, fiquei até curioso, mas continuei sem saber. Certo é q falei pouco, muito pouco sentando ali. Eu, hein. Vai ver que to fichado tb.
Convite para casamento

Toca meu celular. Uma voz do outro lado diz: "É o número do Vicente?"

Sim, respondi.

"Aqui é da Agência Puro Milk. Estamos procurando modelos albinos para uma propaganda de leite", continuou.

Me acabei de rir, né.

Esse foi o início do diálogo entre eu e Cassano que me convidava para seu casório...

Minha pretitude está em baixa... Mas com esse sol aí, ah, muleque, quero ver alguém questinó-la.
A boa vontade voltou. Após momentos de recuperação do bom humor com uma ida a Lapa na quinta-feira e um singelo encontro na noite de sábado entre várias figuras na Vila Olímpica Amaralão, no Méier, cá está o Vicente voltando a postar.

Some-se a isso os puxões de orelha via icq, messenger, e-mail e até alguns feitos pessoalmente, além de algumas mensagens deixadas no próprio blogue.

É isso, valeu aê ao firuleiro Arthur e Mariana que me fizeram siar de casa.

Tamos aí.


HINO NACIONAL BRASILEIRO

Poema de: Joaquim Osório Duque Estrada
Música de: Francisco Manoel da Silva

I

OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS

DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,

E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,
,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.


SE O PENHOR DESSA IGUALDADE

CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM BRAÇO FORTE,

EM TEU SEIO, Ó LIBERDADE,

DESAFIA O NOSSO PEITO A PRÓPRIA MORTE!


Ó PÁTRIA AMADA,

IDOLATRADA,

SALVE! SALVE!


BRASIL, UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO

DE AMOR E DE ESPERANÇA À TERRA DESCE,

SE EM TEU FORMOSO CÉU, RISONHO E LÍMPIDO,

A IMAGEM DO CRUZEIRO RESPLANDECE.

GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA,

ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO,

E O TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA.

TERRA ADORADA,

ENTRE OUTRAS MIL,

ÉS TU, BRASIL,

Ó PÁTRIA AMADA!

DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,

PÁTRIA AMADA,

BRASIL!


II

DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO,

AO SOM DO MAR E À LUZ DO CÉU PROFUNDO,

FULGURAS, Ó BRASIL, FLORÃO DA AMÉRICA,

ILUMINADO AO SOL DO NOVO MUNDO!


DO QUE A TERRA MAIS GARRIDA

TEUS RISONHOS, LINDOS CAMPOS TÊM MAIS FLORES;

"NOSSOS BOSQUES TEEM MAIS VIDA",

"NOSSA VIDA" NO TEU SEIO "MAIS AMORES".


Ó PÁTRIA AMADA,

IDOLATRADA,

SALVE! SALVE!
.

BRASIL, DE AMOR ETERNO SEJA SÍMBOLO

O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO,

E DIGA O VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA

- PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO.


MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE,

VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,

NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE.


TERRA ADORADA

ENTRE OUTRAS MIL,

ÉS TU, BRASIL,

Ó PÁTRIA AMADA!


DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,

PÁTRIA AMADA,

BRASIL!

quinta-feira, setembro 04, 2003

Sabe um momento ruim? Um momento triste? Um momento chato? Pois é, tô nele. O sinistro é que ele pinta quando vc menos espera.

Acabou vontade de postar, de escrever as asneiras que ponho aqui. Acho q o PPS vai ficar no limbo até segunda ordem, até a boa e velha alegria do Vicente resolver dar as caras.

terça-feira, setembro 02, 2003

Isso não é jornalismo

Tava assistindo ao Jornal Hoje quando entrou uma matéria de Salvador que falava da manifestação dos estudantes em relação ao aumento de 15% no preço das passsagens.

Aí vem o senhor Giacomo Mancini, repórter da antigas e o repórter de rede da capital baiana, cobrindo a pauta. A matéria começou mostrando o caos no trânsito e o transtorno ao transeuntes causados pelos estudantes.

Rolaram declaraçoes de pessoas que queriam chegar a sua casa, ao trabalho. Mostraram um senhor amputado descendo de um coletivo, uma mulher grávida passando mal no chão. Filas e filas de carros parados...

Mas, em momento algum, procurou-se falar com os causadores da manifestaçao. Em momento algum! Em momento algum chegou-se a um estudante e se pergunto a ele qual o impacto q esse tipo de ato causa na sua vida. Em momento algum levantaram quanto vai custar pra um moleque de baixa renda ir e voltar da escola durante um mês com o tal aumento.

Em lugar disso, procurou-se mostrar a estudantada como vândalos e baderneiros. Isso me irrita profundamente. Lamento, mas isso nao é jornalismo, mas nao é mermo.

Pra nao dizer que tb sou caozeiro como o Mancini, ninguém entrou em contato com as empresas de ônibus para defender o aumento.

Mas, na boa, foi a clássica matéria capenga que procura simplesmente queimar o filme dos manifestantes, quase sempre, os pobre da histórias. E pra q isso? Pra jogar a opiniao pública contra aqueles que botam a boca no trombone. A gente já cansou de ver isso com o MST, só nao imaginei ver com estudantes soteropolitanos.
Semana da pátria

Por mais furingudo e interesseiro que Dom Pedrinho I (leia-se primeiro) tenha sido, foi ele q bateu o pé com seu papai e fez isso aqui um país independente, lá nos idos de 1822. Muita água rolou, a família real dançou e perdeu a bocada administrando o pedaço de terra que Pedrinho tinha arrumado pra ele e esse país, que virou uma naçao com identidade e tudo. A nação ainda leva lambada e muito chute na canela vindo do hemisfério norte do planeta. Mesmo assim é o meu país e vai continuar sendo até o fim da vida. Não custa nada lembrar a tal semana entao.

segunda-feira, setembro 01, 2003

Bicha Sapatão

RMRO bateu no blogue dela que a Bicha, amigo querido de Pernambuco, tá pegando mulezinha. Hoje encontrei a mesma bicha no messenger e perguntei se tava pegando mulé mermo. E não foi q confirmou!

Sente só o diálogo:

Bicha: Elas tão me agarrando.
PPS: Então quando eu voltar aí a gente vai sair junto pra pegar mulezinha, pode ser?
Bicha: Pode.
PPS: Combinado.
Bicha: Ó, mas não mudei de opção não, hein.


Tá, tá bom. E viva a diversidade. É por isso q eu gosto dos meus amigos.
“Mãe é aquilo que, quando pinta, rola aquela coisa toda...*”

Dona Glória, que nunca foi conhecida pelos seus dotes democráticos, veio com duas coisas para assustar qq filho.

De cara chegou dizendo “vou tirar a mesa do se quarto”. Peraí, como assim? A mesa é do MEU QUARTO.

Dona Glória ainda jogou um caô mais forte: “ela serve como depósito de coisas. Vou colocar um sofá”. Hein? Sofá? No meu quarto? Como assim? Com o aval de quem? Sai pra lá, a mesa fica.

Eu tava crente que o surto mãe-chefe tinha passado quando ela saca uma garrafa de DOIS LITROS de cloro e fala “isso aqui é pra jogar no seu box. Ta muito sujo, tu vai pegar uma doença”. Mãe, por mais autoritária que seja, é mãe, né.

Vou providenciar um paleativo, jogar o cloro no box e pronto. Mas será que ela acha que o chão vai ficar menos verde com isso? Bom, não sei, mas o piso do chão do meu banheiro já foi bege um dia.

* A frase é de uma antiga propaganda das Sendas na proximidade do dia das mães. A propaganda tem quase 20 anos, mas a emblemática frase não sai da minha cabeça quando penso em algo relacionado a mãe.