Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, setembro 19, 2003

Que situação...

Olha só o q a gente vê por aí nessas visitas a casa de amigos. Essa história me veio a cabeça agora, sabe-se lá porquê.

Em uma dada noite estávamos na casa de uma figurinha conversando amarradões, felizes, sorridentes e um pouco encervejados... Em um dado momento, um casal de namorados resolve q ia dormir e vai pro quarto. Normal, já devia ser algo perto de 3h.

Na sala, continuam pessoas felizes, sorridentes e conversativas procurando músicas q fujam da normalidade. Surge um CD de música baiana com o genial Durval e seu Asa de Águia, tinha até raggamuffin baiano e aquelas bandas de samba-axé. Fiquei prestando atenção na marcaçao desses samba-axés, q é bem peculiar, é do samba de roda baiano. Por mais q se faça bico pro axé, a base rítmica desses sambas soam muito bem aos meus ouvidos.

Tava lá, rindo e me divertindo. Tinha gente lembrando coreografias dessas músicas (!!!) e tal. Quando a porta do quarto se abre, e já ia pra mais de 20 minutos q o casal tinha se recolhido, e surge uma cabeça da fresta criada. A cabeça, ornamentada com uma bandana preto e branca (só nao procuro entender pq alguém vai dormir de bandana), reclama:

"Pô, vcs estão escutando Terrassamba. Tem gente batendo palminha e dançando aqui dentro."

O q eu ia falar diante disso? Falei nada... mas fiquei com a barriga doendo de tanto rir da situação...