Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, setembro 19, 2003

Carranca no Ervilhão

Meu humilde golzinho bolinha verdinho está tendo pequenos perrengues seguidos. Seguindo a cultura popular, acredito q deva ser olho grande. Mas q mané olho grande um carro mil, hein. Td bem, tb seguindo as crendices popular resolvi apelar. Galho de arruda fica estranho, né. Daí a idéia, por uma carranca como chaveiro. Agora tá lá. O chaveiro de Ervilhão tem uma simpática Carranca-chaveiro q eu trouxe... acho q da Bahia... Ah, sei lá. O q importa é q agora Ervilhudo está protegido contra os maus fluidos.

Carranca está página 249 do Dicionário do Folclore Brasileiro, de Câmara Cascudo. Lá, ele diz q é a explicação da palavra está em Cabeça de Proa. Expressão encontrada na página 203 do referido dicionário q diz o seguinte:

“Costumam os barqueiros do Alto São Francisco colocar em suas embarcações, curiosas figuras de proa que se tornaram tradicionais com seu estilo grotesco e origina, fisionomias leoninas e humanas ao mesmo tempo, entalhadas na madeira e grosseiramente coloridas, cujos autores são anônimos artistas ribeirinhos da grande artéria fluvial... O característico de tudo é sua expressão leonina, mas em alguns o tipo animal se afirma com mais força, enquanto em outras se vê justamente o contrário – a afirmação antropomórfica. (...)”.