Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, setembro 14, 2003

PPS só no batidão

Há tempos Irmão-Léo fala q tenho q ser apresentado ao Via Show. Uma casa que fica em Nova Iguaçu, na beira da Dutra, onde a molecada da ZO, da Baixada e da ZN vão se esbaldar ao som da marcação do funk, do pagode pop e do axé. Na qualidade de curioso, claro me dispus.

Sábado seria o dia. Seria. Tínhamos combinado de ir com uma prima de Santa Cruz. Ela sairia de lá com umas amigas e nos encontraríamos já em Nova Iguaçu. Só q, encima da hora, a carona delas furou. Aí, prima vem e liga pro Vicente pedindo pra ir lá buscar. Fazer o q, né? Vou negar? Fomos lá, Irmão-Léo, Vicente e Ervilhão.

Agora, na boa. É ruim de eu ir de Santa Cruz pra NovaI e depois voltar a Santa Cruz. O dia em q eu mijar no tanque e o carro andar, faço isso. Enquanto não rolar essa solução, lamento.

Qual a solução? Procurar algum lugar nos arredores. Onde fui parar? Num lugar chamado Girus! No Rio da Prata, láááááááá no fundo de Campo Grande. Mas no fundo mesmo.

Mulés entram ‘digrátis’ até meia noite e meia e marmanjos pagam cincorreal. Muito bom. Quando chegamos parecia um baile charme. Hip hop rolando discretinho, daqueles q facilitam dançar de jeito desencanado e devagar.

Mas quando começa o batidão. Sai de baixo. O pancadão faz a moçada ficar loucamente rebolativa. Eu nem lembrava q ainda sabia dançar funk. Segundo Irmão-Léo “Ih, Vicente perdeu a linha”. Hehe. Ta no sangue, ta no sangue. Eu devo ser um fanqueiro enrustido.

E nao desisti da ida ao Via Show... A Força estará comigo, estou certo.