Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, setembro 08, 2003

Preparo físico e porque acho que a Secretaria de Segurança Pública deve pedir ajuda a Comlurb

Esse fim de semana, após recuperar Ervilhão, tava com Irmão-Léo dentro do carro quando ficamos atrás de um 'carro de perfume', essa é a denominação que damos aos caminhões q fazem a coleta do lixo. O 'carro de perfume' andou pra frente enquanto os garis ficaram para trás catando os sacos de lixo. Nisso, o lixeiro deu uma arrancada sinistra. Ignorou o peso q carregava, alcançou o caminhou, jogou a parada q carregava lá dentro e voltou a correr. Fiquei boquiaberto com a explosão física do cara.

Aí Irmão-Léo manda "tu já viu lixeiro barrigudo?". Não, vi não. "É só atleta, mané", concluiu meu irmão. E não é verdade. Eu fiquei acompanhando o trabalho dos caras, quanta disposiçao.

Engraçado q hoje no telejornal da hora do almoço teve matéria mostrando as provas físicas q os candidatos a garis tem q fazer. Na boa, sinistro. O cara pra ser gari tem q estar muito bem fisicamente. Jogar contra o time de futebol dos lixeiros dever complicado, os caras correm fácil.

Só q, enquanto isso, blogue, o preparo físico dos policiais... Dá pena. Parece que pra ser papa mike ou papa charles os caras têm de ser dotados de barriga. Os papa mikes ainda carregam seus indefectíveis bigodes. Os caras não devem agüentar um piquezinho básico. Olha, eu já acompanhei operação da Polícia subindo morro e deu pena de alguns bidogudos, digo, policiais nas ladeiras. Pior q os caras ainda têm q carregar seu aparato com direito a arma, coturno e tudo mais.

Hehe. Acho q a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio devia era procurar auxílio nesse sentido com a Companhia de Limpeza Urbana da Cidade do Rio. Quem sabe um convênio não ia fazer os policiais ficarem menos barrigudos?