Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, setembro 29, 2003

Perrengue matinal de segunda-feira

Mané q sou tinha esquecido q rolava uma reunião hoje as 9h. No horário ainda tava em Bangu. 9h30 saí de casa. Peguei Ervilhao e segui para a Brasil. Com pressa, optei por nao colocar combustível. Passei batido no posto onde meninas bundudas e simpáticas atendem a gente.

A meta era chegar ao destino em meia hora. Algo possível se nao tem engarrafamento. Mas existiam dois... Levei mais de uma hora no trajeto.

Um engarrafamento me fez parar de Iarajá a Parada de Lucas. Outro, me quizumbou da Penha até Bonsucesso.

É enervante, na mesma pista onde se anda a 100 km/h (é permitido, é uma via expressa), ficar parado ou andar no máximo a 40km/h.

Carros da frente andam, passa-se a primeira marcha... carros continuam andando... passa-se a segunda marcha... oba, parece q agora vai andar... Não. As luzes de freio do carro da frente se acendem... Tudo pára outra vez.

Q ódio.

Mas o pior ainda estava por vir... O mané do ponteirinho do combustível tá parecendo estar sendo puxado pela gravidade. O bichinho tava caindo, caindo, caindo... Em pouco tempo chegou até o vermelho. Só faltava o combustível acabar comigo num engarrafamento na Brasil e atrasado para uma reunião.

A impressao q eu tinha era q aquele ponteiro no vermelho era um dedo apertando um botão pro carro parar. Nao ia rezar pra Deus multiplicar os poucos litros de gasolina pq acho q tem coisas mais importantes e nao ia ficar apelando por conta de erros particulares, né. Mas q deu medo, deu.

No fim das contas, cheguei ao desticom com o bafo da gasolina.