Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, setembro 08, 2003

Joana e o azul

A predileção da menina pela cor começou a aparecer na Lapa, na quinta-feira passada. Joana, ela é Ana e nao pode negar, estava com um grupo de amigos procurando se divertir pelo bairro, conhecido e democrático reduto da boêmia carioca.

Todos ficaram chocados com a situaçao do lugar, a prefeitura proibiu q os bares ponham suas cadeiras na rua, várias viaturas policiais ficam paradas no lugar levando a um clima de suspeição constante. Estranho, muito estranho.

Diante desse quadro, optou-se por sair dali, passar sob os arcos e sentar-se no bar Arco-Íris, um simpático pé-sujo. Dentro do estabelecimento, as pessoas (seis na realidade) tomam suas cervejas, conversam e riem. E aí começa a aparecer o azul na história.

Joana se levantou, foi ao banheiro fazer o q todos fazem após alguma quantidade de cerveja e voltou para a mesa. E aí veio seu comentário:

"Minha calcinha está do avesso".

Tá bom, né.

Um dos presentes, Arthur, perguntou:

"P q nao acerta entao?"

E Joana respondeu:

"Não, dá azar."

Azar? Azar pra quem? Bom, ela nao explicou com muita clareza. Já devia ser o pão líquido fazendo efeito.

Inspirado pela situaçao, Arthur, firuleiro e figura, começou a cantarolar:

"calcinha do avesso
dá azar em geral
prende a periquita
pre-pre-prende a periquita
e não deixe entrar o p...".

É melhor gravar isso logo antes que comece a tocar nos bailes e ele deixe ganhar um qualquer.

Mas nao é só isso!
Joana, q garantiu nao sofrer de amnésia alcólica, ficou só por aí na quinta-feira. Mas só na quinta-feira! Sábado ela, q também garantiu nao ser o umbido do mundo, voltou a se manifestar.

Era uma reunião de amigos, no aprazível bairro do Méier, subúrbio carioca, terra de Nandão, João Goiano, João Nogueira, Mariana e outros personagens.

Era o Festival Gastronômico das Anas, com direito a Bia e Marianíssima, sem contar com Andrezeeenho, Arthur (sempre presente), Secretária e esse PPS q tudo relata. Joana comportou-se bem até dado momento quando algumas pessoas começaram a ir embora, pelos idos das 3h da manhã.

Joana, que já se progamara para dormir na casa da anfitriã, foi tomar banho e trocou de indumentária. Chegou vestida tal qual a loira do Tchan, num shorte e numa blusa azuis. Obviamente não ia prestar. Pouco antes, Irmão-Léo havia ido até Ervilhão, onde sacos de dormir haviam sido estrategicamente colocados. Pq beber e dirigir nao é pra mim mermo.

Nossa heroína, ou anti-heroína, tanto faz já a essa altura, viu um dos sacos de dormir. Todo em azul. E não se conteve. Gritou:

"Eu nunca entrei num negócios desses!".

E passando por cima de todos se enfiou lá dentro. Fechou tudo o q pode fechar. Parecia uma feliz lagarta, tb azul. Saco de dormir nao é exatamente a coisa mais confortável do mundo e Joana começou a se debater. A menina foi se arrastando pelo recinto como um bichinho... Que fofo, né.

Mas aí veio outro surto. Da mesma forma q queria entrar, queria sair. Eu, hein. As pessoas que assistiam foram até lá e 'salvaram' a pbore Joana.

E ainda não acabou! Eu pensava q isso tudo pudesse ter sido causado pelo vinho. O mesmo vinho que me fez optar por dormir por lá tb poderia ter levado Joana a ter esse tipo de comportamento.

Quando tudo parecia dentro dos conformes. Outra de Joana. A menina cismou q que ia dormir de sutiã (!!!). Como assim, Joana? A menina disse que ia pegar um sutiã e por na cara para dormir. Td bem, como diz Roberta, nao é errado ser assim. A menina se levantou, correu até o quarto, sacou uma peça dessas, deitou-se e pôs o famigerado sutiã no rosto.

Na realidade, a menina parecia um inseto. Lá, deitada no chão com aquela de roupa na cara, o q remetia aqueles q presenciaram tudo ao olhos de uma mosca...

Ainda houve mais pequenos surtos. Ela negou ter feito tudo na manhã seguinte. Se foi esquecimento causado pelo vinho? Acho que nao, acho que é só ver algo azul por perto q ela perde o controle.

Acabei de escrever essa bironga, to com preguiça de reler. Vou postar assim mermo e depois eu leio pra ver se faz sentido e se tem atrocidades contra a língua portuguesa.