Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, fevereiro 27, 2003

A gambiarra baiana

Na ausência de rádio, visto que foi afanado há duas semanas, e após minha desistência de comprar um novo (pq achei muito caro) já tinha me convencido que viajaria para o Rio ouvindo apenas buzinas de caminhão. Mahatma Baiano teve a idéia de conectar o seu Discman no lugar do rádio. E não é que deu certo? Td bem que o som não tem a mesma potência, mas já garente uma companhia sonora, um fundo musical pra viagem. Não dá pra encarar trocentas horas de pista com 50 CDs ao lado e não poder escutar algum.
Considerações sobre Brasília

É um lugar estranho verdadeiramente. Acho horroroso quando alguém vem me falar que é fácil andar aqui pq é uma cidade cartesiana. Quero mais é que Decartes se rasgue! Aos meus olhos de haole, Brasília fica chata por ser muito igual. Toda hora vc tem a impressão que está passando no mesmo lugar.

Eu, que fui criado, em meio ao relevo carioca acho muito estranho olhar no horizonte e não ver um morrinho sequer. Em compensação, quando o sol nasce e se põe é uma coisa muito bonita. Disseram que no período da seca, quando as partículas de poeira ficam em suspensão deixam o sol avermelhado. Bom, vai demorar pra ver isso.

Outra coisa é o trânsito. Vc vê placas dos lugares mais inusitados do mundo. Tem carro com placa de cada município. Esses dias eu vi um carro com placa de Manaus e até Boa Vista! Vi carro de Teresina e de municípios impronuciáveis do interior da Baia, Minas, São Paulo, Goiás, Matro Grosso e até Tocantins. É verdade. Todos esses lugares existem e tem gente morando, ao menos tem carros registrados por lá. No meu prédio tem gente de Campina Grande, na Paraíba, e até de Lins, no interior de São Paulo.

As placas indicando velocidade realmente devem ser obedecidas, pq existe de pardal por essas vias é um absurdo. Dá nos nervos andar a 60km/h em pistas largas e lisinhas... Algo que me surpreendeu e tiro o chapéu é a educação dos motoristas qeu páram para os pedestres atravessarem as ruas sobre as passarelas, até lembrei de Floripa.

Embora as pessoas sejam calorosas umas com as outras em grupos de amigos, vc não vê gente andando pelas ruas. Tremendo domingão, sol, calor e todo mundo dentro de casa. Não há interação nas ruas como no Rio. Não há nada parecido com o que vi no Rio. Aqui tb não é muito comum a cultura da carona. Cada um vai no seu próprio carro.

Pra minimizar a falta de coisas para fazer, existem zilhões de bares e cinemas, mas sei lá. Não acho suficiente.
A prova do crime
Essa era a varanda de Clarissão no início do evento na tarde do último sábado. Vicente é aquele rapaz de verde com uma camisinha na cabeça e uma máscara, o 'camisinha mascarado'.


Se um dia Luciane me mandar a foto da sua festa à fantasia de aniversário onde estou de presidiário eu tb publico. A proposta é: se vamos pagar mico, então vamos pagar o mico direito.
Pragas que não pegaram

Mara, querida leitora daqui de Brasília, e Taís, respectiva de Marquitous, falaram que eu não voltaria para o Rio. Que eu me apaixonaria por uma brasiliense e pela cidade, pois bem, não aconteceu. Volto para minha cidade, cheio de saudade, mas confesso que vou sentir saudade das pessoas que conheci aqui. Da cidade? Da cidade, com certeza, não. Como eu havia dito anteriormente, Brasília tem o estranho talento de agregar gente legal. Boa sorte pros amigos que ficam. Um dia eu volto.
Até mais, Bsb


Isso vai demorar a acontecer de novo. Brasília vai ficar sem ver o sorriso cínico do Vicente, ao menos por algum tempo. Nas primeiras horas de sexta-feira, lá estarei eu encarando a BR-040 do início ao fim, 1.100 quilômetros de pista. Se Deus quiser, na noite de amanhã estarei no Rio. A foto foi Tirada pela Tuninha, dia 1º de janeiro, na posse do Lula. Essa aí é Esplanada dos Ministério e, ao fundo, o Congresso Nacional.

quarta-feira, fevereiro 26, 2003

Irresponsabilidade do prefeito

Fiquei chocado com as declarações do prefeito, senhor Cesar Epitácio, dizendo que mandaria matar os caras do CV que detonaram o povo TC durante rebelião no Complexo Penitenciário de Bangu. E que, sendo governador, mandaria a polícia invadir o presídio largando o dedo sobre os presos. Acho que ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de tirar a vida do outro, sendo em caso de vingança ou por castigo. Como pode o prefeito de uma cidade tão pra frente como o Rio defender idéias como essa, que me parecem tão retrógradas? É mais inteligente isolar verdadeiramente os caras, que os coloque em solitárias ou algo parecido, mas matar? Matar não soluciona nada. Menos pontos para Cesar Epitácio, o alcaide.
O guia

Tô impressionado com a quantidade de gente que me liga e manda e-mail dizendo que quer me acompanhar no carnaval. Até parece que sou o folião-mor. Td bem que pilha nao falta, que conhece e já esteve ao lado do Vicente nesses períodos sabe, mas daí pra galera ficar entrando em contato comigo dizendo que quer estar comigo, sei lá. Daqui a pouco vou tirar a chave da cidade da mão do momo e ficar com ela. Bom, espero não decepcionar os amigos pondo a galera em furada.
'Parceiragem'

Esse carnaval pretendo unir toda a parceiragem, ou seja, todos os parceiros de fé. São três ao todo: Minduím, Emerson e Baiano. Quero ver que bicho vai dar.
Começaram os preparativos

Na madrugada de quinta para sexta, Ervilhão - tripulado por mim, Baiano e João Nicolão - vai partir de Brasília rumo a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e o seu carnaval. Se Deus quiser, tudo vai correr bem (inclusive o carro) e vamos chegar na noite de sexta. A intenção é conseguir pegar o Carmelitas, em Santa Teresa. Se nao der, td bem. Durmo cedo e já acordo pilhadaço pro Cordão do Bola Preta. Esse carnaval vai ser maneiríssimo.

Ontem, inclusive, voi meu bota-fora e aniversário do companheiro Baiano. Mais um gente boa que faz aniversário em fevereiro.
Caco e Caquinho

Meus populares sapos de pano vieram comigo para a agência e causaram frisson. Eles são simpatissíssimos. Tem gente que já falou que é meio freak tê-los. Mas e daí? Ser normal é muito chato.

terça-feira, fevereiro 25, 2003

Convite pro Que merda é essa?

Ontem a noite recebi esse singelo convite pro Que merda é essa?. Resolvi publicar e lá embaixo tem o serviço do bloco. Agradeço o convite, mas já me comprometi em ir ao Maracanão no mesmo horário. Se eu mudar de idéia e desisitir do jogo até lá, já tenho destino certo.

Caríssimo Senhor,
através destas mal traçadas linhas venho convidá-lo para participar do desfile, no próximo sábado de carnaval, o honradíssimo e
respeitabilíssimo bloco carnavalesco "Que merda é essa", que, como todos os anos, perfilará elegantemente pelas ruas suscintas do bairro de Copacabana.
Recomendamos trajes apropriados para o festejo.
Obs.: Como filho de um dos fundadores do bloco, sou responsável pela ala "Berro d'água". Caso queira perfilar na mesma, sinta-se à vontade. Como estarão todos bebados, a evolução é livre e a demarcação dependerá das condições etílicas de seus componentes.

atenciosamente
Marco


Que Merda É Essa?

Há nove anos animando as ruas de Ipanema, o bloco tem por tradição adotar temas políticos em seus desfiles, sempre com muita sátira.

Local: Ipanema

Saída: dia 2 de março, às 17h

Concentração: esquina das ruas Garcia d'Ávila e Barão de Jaguaribe, no restaurante Paz e Amor, a partir das 15h

Itinerário: Rua Garcia d'Ávila, Avenida Vieira Souto em direção ao Arpoador, até o quiosque Quase 9, perto da Rua Vinícius de Moraes

Ensaios: O primeiro acontece no dia 1º de fevereiro, às 18h, na Rua Garcia Dávila. No dia 15, no mesmo horário e local, será escolhido o samba do bloco.
Homônimo

RMRO e o safado do STA vieram me falar que agora têm um alecrim chamado Vicente. Obrigado por ser homenageado dessa forma tão fofo, queridos. Fico profundamente lisonjeado em ter um vegetal tão simpático com o meu nome. Em homenagem ao meu xará vou postar uma singerla música:

"Alecrim
Alecrim dourado
Que nasceu no campo sem ser semeado
Foi meu amor que me disse assim,
Que a flor do campo é o alecrim".
Porque eu prefiro a Portela


Desfile da Portela ano passado.

É bem usual ver quem não entende lhufas de samba, quem é de fora do Rio e tal dizer "eu sou Mangueira desde pequenininho" achando que a escola é o que há em termos de samba e tradição no carnaval carioca. Discordo em gênero número e grau. Não quero, em momento algum, desvalorizar a escola que é um dos principais referenciais culturais da minha cidade, mas não vejo nela os grandes símbolos que essas pessoas enxergam.

Na minha humilde concepção a maior de todas as escolas de chama Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela e se localiza no bairro de Oswaldo Cruz, entre Madureira e Bento Ribeiro. Entendo que a preferência pelas escola das cores verde e rosa vem de duas coisas: a proximidade da Zona Sul e da parte da Zona Norte onde vive a classe média formadora de opinião, pq neguinho só sabe chegar na quadra da Mangueira, presunçosamente chamada de Palácio do Samba, e, no mááááximo até a do Salgueiro, que fica longe do morro do Salgueiro, inclusive.

Outra coisa que surge farvorável a escola é Cartola, um grande nome, não só para a música carioca, mas a música do Brasil. Cartola, mesmo sem instrução, fez o que quis suas letras e melodias, conquistando ouvidos e corações e até mais adeptos para o samba. Mesmo assim, com todo o respeito, Cartola não é o samba. É parte importante dele, mas nao é o samba.

Blog companheiro, agora vou te explicar porque prefiro a azul e branco de Oswaldo Cruz. De início, a Portela não ganha um título há 22 anos e mesmo assim ainda tem mais títulos que a co-irmã Mangueira. Foi da Portelinha (antiga quadra) e do Portelão (a atual) de onde saíram as maiores cabeças compositoras de samba, além do que foi de lá tb de onde saiu o maior nome do mundo do samba. Vamos por partes, né. Da velha guarda da Mangueira qual é o nome mais conhecido? Nelson Sargento, né. Carlos Cachaça, se foi há poucos anos e o Cartola há mais tempo ainda. E na da Portela? Manacéia, Casquinha e aquele que é conhecido como 'a voz do samba', Monarco. Nem vou futucar numa galera mais antiga e muito menos falar de portelenses do naipe dos falecidos Zé Ketti e João Nogueira, de Zeca Pagoinho, de Paulinho da Viola e seu padrinho Elton Medeiros.

Nesse passado, eu vou puxar o maior nome do mundo do samba chamado Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela. Esse sim é o cara. O indivíduo que fez a escolas de samba chegarem até uma unidade de organização e fez o governo municipal engolir e gostar dessa parada que era profundamente discriminada pela classe média nos idos dos anos 50, as escolas de samba. Paulo da Portela é o principal personagem que todas as agremiações do mundo do samba devem reverenciar para sempre.

A meu ver, tanto a Portela quanto o Império Serrano perdem espaço para a Mangueira unicamente por conta da distância da quadra das escolas para onde vive a classe média. Em termos de qualidade dos compositores, qualidade dos sambas, história e velhas guardas, não há como apontar vantagem alguma para a Mangueira. Bom, sei que vai ter gente tacando pedra na minha forma de pensar, mas é o que acho. E penso isso tendo crescido entre um pai portelense desde moleque e uma mãe mangueirense desde criança. Mesmo assim sou Mocidade e não abro mão, mas isso é outra história.

segunda-feira, fevereiro 24, 2003

Fim de domingo

Terminar o domingo estirado no chão e vendo Zeca Pagodinho tomando cerveja e cantando pagode na televisão foi bom.
E não esqueci o Flamengo. Quarta tem jogo contra o Olaria. Uma vitória por um bom saldo deixa o time benzão na fita pra jogar contra o bacalhau no sábado. Flamengo e vasco, eu vou!!!
E o América ainda pode se classificar!

O único time que pode vencer o Flamengo é o América. Eu torço pelo América nesses jogos. Agora, o time vermelho tem que ganhar os três jogos que faltam pra se classificar. Tá bom, eu sei que é pedir muito, mas eu peço mermo e daí? Dos três jogos, dois são contra concorrentes diretos na classificação: o Americano que está em quarto e o Botafogo que está em quinto. A equipe rubra vem em sexto. O próximo jogo é quarta, contra o Bangue, em Edson Passos. Ah, se eu estivesse no Rio... juro que carregava uma galera pro estádi comigo pra torcer gritando Sanguê!


Esse é o Marcelo Cardoso comemorando o primeiro gol da virada do América sobre o Mais querido.
Pronto, seu Roberto me lembrou Bangu, que lembrou futebol. O time do meu bairro, e para o qual meu avô torcia, empatou ontem com o bacalhau na colina. Empatou com uma sinistra ajuda do péla-saco do Ubiraci Damásio. Validou um gol impedido do Valdir (o primeiro gol de empate do vasco) e ainda esticou o jogo até quase 50 torcendo pro time os portugueses empatassem. Canalha. Juiz assim tem é que levar lambada pra aprender. Mané.


Fabiano comemora o segundo gol do Bangu. O primeiro foi do China, de falta.
A banda

Hoje é um dia curioso. Lembro do meu avô seu Roberto, ídolo maior desse jornalista suburbano que insiste em mater esse blog. Seu Roberto, pai de D. Glória, além de divertido, figuraça e mestre funileiro, tinha algumas paixões. Além da família da qual era patriarca; gostava do Bangu (time para o qual torcia), acompanhava todos os jogos pelo seu indefectível radinho de pilha; mas a coisa que ele mais curtia era a banda marcial da qual fazia parte, o Grêmio Musical 24 de Fevereiro, lá de Santa Cruz, bairro onde se criou.

É uma tradição que se perdeu nos dias de hoje, mas toda a vez que vejo uma bandinha sobre um coreto lembro do meu avô. Quantas vezes fui acompanhá-lo muito moleque para ver as apresentações da banda "24" como ele chamava. Eu nunca gostei desse tipo de música, mas ele adorava. Hoje em dia, toda a vez que ouço, lembro dele, que até ganhou uma música com seu irmão, "Irmãos Tala" é o nome dela. Meu avô, figuraça que foi, ainda tinha um irmão gêmeo, Tio Alberto, que ainda anda por Santa Cruz, acho que ainda está por lá, pela "24". Mesmo estando em Brasília, sei que está vivo. Mês que vêm o tio fará 84 anos, meu avô nao.

A última lembrança que tenho da banda não é dela tocando, mas do velório do meu avô que, obviamente foi lá. A recordação não é triste, mas mesmo assim me emociona um pouco. Salve Seu Roberto.
O guerreiro jamais foge à luta, mas quase dorme na rua

Após a esbórnia profissa ainda encarei um segundo turno. Rolou uma festa no Lago Norte e lá fui eu, em companhia de Sílvio e Ana Helena. Na hora de voltar, já 3h da manhã e com a bateria avisando que estava no fim, desovei ambos onde foi combinado e chegando na base, onde horas antes havia rolado a prévia carnavalesca, quem disse que consegui abrir a porta? Clarissa fez o favor de deixar a chave por dentro, o que impedia a minha de entrar e abrir a porta. Malandro que sou, saquei o celular e liguei cheio de vontade e vontade de mijar. Ouvia os telefones (fixo e celular) se jogando contra a parede do lado de dentro, se descabelando em fazer trim e NADA de alma mover um dedo. Diante do momento de desespero, saí de casa e fui pensar mijando na árvore do outro lado da rua e em frente ao prédio. Tive uma brilhante idéia, e liguei para Ana Helena pra, humildemente, pedir um cantinho na sala para dormir. Ela estava acordada e disse estar com impressão que isso ia acontecer. Acho que vou me intitular 'o invasor de salas', é o que melhor faço em Brasília. Engraçado que eu tb havia posto dentro do carro a parafernália para tirar as lentes de contato e os óculos. Nunca faço isso. Bom, parece que foi o anjo da guarda que mandou. Eu nao digo que bêbado e criança Deus protege? Protegeu de novo.
Se num güenta por que veio?

Uma faixa com essa frase recepcionava todos os maluquinhos que foram a nossa prévia carnavalesca no Sudoeste, no último sábado. Bebida, comida, decoração, Clarissa animadíssima fantasiada de coelhinha, gente pintada, frevo e samba. Foi sensacional. Pernambucanos, mineiros, baianos, brasilienses, paulistas, gaúchos, capixabas, autoridades, desempregados, empregados e figuraças de todos os tipos deram as caras.

A brincadeira começou às 14h e foi até às 23h. Vou lembrar desse dia ao lado de Clarissa. Diversão a toda prova. Até eu que não sou de me fantasiar ganhei uma 'máscara de camisinha' que usei durante todo o dia e vai comigo pro carnaval carioca.

Claro que o síndico reclamou com o volume do som. Claro que todo mundo cagou e andou, visto que eram 16h de um sábado e o mané devia estar na pilha de encher o saco de alguém. O furingudo, que quis ser o fura-olho mor, ligou para o pai da menina que aluga o apartamento pra dizer chegavam pessoas com caixas de cerveja e gelo. Ahan. Sabe o pai da meina disse? "Legal, vou ver se logo mais vou pra aí tb". Espetáculo. Quem contou foi a irmã dessa menina que foi a primeira a chegar na festa e a última a sair.

Engraçado que mesmo acabando relativamente cedo, às 23h, foi de ótimo tamanho. Corpos têmulentos ficaram jogados pela casa assim como confetes e serpentinas espalhados por todos os cômodos, até dentro do box. A nítida impressão que tive era que um bloco tinha passado por ali. Até os carros embaixo da varanda estavam cheios de serpentina.

Todo mundo saiu feliz e ainda restou cerveja. Não podia ser mais perfeito.

Baiano é o cara
Nessa brincadeira toda o som de Clarissão começou a vacilar e, quando a gente menos esperava, vacilou mesmo e subiu no telhado. Poucos instantes antes, super Baiano (praticamente uma entidade de proteção) já tinha vazado rumo a Asa Norte buscar um novo som. E quando o som da pernambucana jazia falecido, surgiu um pandeiro do nada que fez com que os alucinados que lá estavam não deixassem a peteca cair nem ritimo diminuir. Nunca vi tanta gente cantar com tanta vontade. Até Fábio Lino (que pediur pra ser figura no vale do eco e é do contra por hobby e diversão) cantou com os personagens da festa.

Baiano chegou com o som e garantiu a continuidade da esbórnia. E antes do fim ainda, enfermeiro que é, ainda ajudou uma alma que chapou bonito. Socorreu e providenciou até soro.
Carnaval no sambódromo, carnaval de rua e de praia

Podem falar o que for, mas a cidade é maravilhosa. Uma semana antes do carnaval e ter 40 mil pessoas pulando na rua é o que há. Dez mil no Suvaco do Cristo, que ficou fazendo doce e não disse que hora ia sair. E as outras 30 mil no Leblon com Pedro Luís e o seu Monobloco.

O carnaval do Rio ficou meia bomba nos anos 90, é verdade. Mas ele vem tomando força, ganhando corpo e ficando purrado. Esse ano eu vou engrossar o caldo dos que querem pular ao som das marchinhas e sambas. E salve a Mocidade.


Monobloco pela Delfim Moreira, no Leblon. E eu? Eu tava de bob aqui em Brasília.
É à vera

Começa minha última semana em Bsb. Ao fim da semana estarei baixando na cidade natal, no bairro natal, pra ver meu time do coração e minha escola desfilar. É perfeito. O horário de partidada do Ervilhão ainda nãoi foi definida. A ala baiana do bonde ainda deve definição do horário. Mas que sábado de manhã, às 8h, eu estarei na Cinelândia, ah vou estar...

sexta-feira, fevereiro 21, 2003

Anakin

Anakin na parada!!! Hoje, minha sensacional capivara de pelúcia veio trabalhar comigo. É um espetáculo de popularidade. Tudo bem que já disseram que parece um cachoro, um anta e até um furão, mas Anakin tem jogo de cintura e se saiu bem. Só achei de muito mau gosto dizer que parece com Fábio Lino. Isso eu acho apelação. E como diz o personagem do folclore local, "apelou, perdeu".

Semana que vem Caco e Caquinho virão.
Robertácea de aniversário

Hoje é aniversário da cachorra. Jacaré ligou o celular? Nem ela. Após dez ligações, desisti. Robertão, sinto muito. Tu nao ajuda a ser encontrada.
Começando a entrar no clima de carnaval e futucando o site da minha escola encontrei a foto das baianas de Padre Miguel.

Espetáculo em verde e branco.



(Havia postado ontem, mas resolvi passar pra hoje).
Uma sensação boa
Depois de passar alguns dias meio angustiado e desanimado, me rendi - principalmente - à pilha de Clarissa. A empolgação da pernambucana para a festa de amanhã me contagiou. É verdade. E uma boa verdade.

Para ajudar na festa D. Glória enviou do Rio alguns CDs com sambas-enredo. Agora temos pérolas do carnaval carioca, como TODOS os sambas campeões da Mocidade, sambas clássicos da Imperatriz, da Portela, Mangueira, Império Serrano e Salgueiro. Vai ser perfeito.

Fora isso, a certeza de que terei companhia da viagem para a cidade natal é um alento. Baiano, que foi adotado pelos meus pais na última ida ao Rio, se habilitou a passar pela primeira vez o carnaval por lá. Melhor, vou levá-lo ao Maracanã (no sábado de carnaval) e o companheiro vai poder conhecer toda a magia da torcida rubro-negra. Aposto que ele vai se apaixonar.

quinta-feira, fevereiro 20, 2003

Para que serve um blog?

Pra nada.
Pra falar asneiras.
Pra mostrar dotes literários.
Pra fazer piada.
Pra conhecer gente.
Pra pegar mulezinha.
Pra fazer social.
Pra escrever do jeito que quiser.
Pra escrever sobre o que gosta.
Pra mostrar que está vivo.
E sei lá mais o quê.

Eu faço pra blog como um diário do exílio, comecei por sugestão de duas pessoas: Patrícia Tesch e Robertuda. Tudo começou em PE onde foi criado o Enfiado na Lama, blog onde eu registrava meus perrengues e choques culturais. O blog morreu quando deixei as terras pernambucanas e voltei pro Rio. Após e-mails e cobranças, optei por criar outro blog, o Preto, Pobre e Suburbano que aqui está.

Essa semana, por conta dessas idas e vindas um camarada - sangue bom toda a vida - encontrou meu blog (através do Tudo Palhaço e o da Roberta) e me enviou um e-mail dizendo que tinha baixado na capital federal. A peça foi coleguinha de redação no Rio e veio se assessor de um deputado federal. Acabamos nos encontrando, falando de blogs e colegas e profissão e redação e cerveja e... sei lá mais o quê.

Foi bom, muito maneiro.

E boa sorte ao companheiro (que me deixou me roendo de inveja pq volta hoje ao Rio) na sua vida dentro da política Câmara Federal.

Obrigado meninas e obrigado ao PPS.

Pra que serve um blog? Pra ser encontrado até em Bsb. :-)
Paixão pelo carnaval

Eu sou apaixonado pelo carnaval pelo simples fato de ser a festa onde boa parte da cultura popular desse país mostra a cara e seu valor. Herdei o gosto por esse evento dentro de casa, por influência basicamente de D. Glória. Que, por sua vez, parece ter herdado de meu avô, Seu Roberto, que já andou pelo barracão da Acadêmicos de Santa Cruz como aderecistas nas horas vagas.

D. Glória nunca desfilou, mas adora a Mangueira da mesma forma que eu adoro a Mocidade. No caso de estar em casa, ela faz questão de acordar, na hora que for, para assistir o desfile da verde e rosa. Infelizmente, mesmo com essa paixão pelo carnaval, ela me proibiu há quase 20 anos de entrar na escolinha de mestre-sala da Mocidade. A alegação: "não quero que vc viva dentro da favela". Foi uma grande tristeza na época e que me deixou com uma verdeira frustração até os dias de hoje. Não que eu quisesse estar desfilando hoje em dia como mestre-sala 'defendendo o pavilhão da escola', mas é a parte de todas as escolas de samba que mais emociona. Eu fico babando vendo as evoluções, a proteção da porta-bandeira, os passos... Bom, D. Glória não fez por mal, só não queria que seu filho primogênito deixasse de estudar (pois é, estudei e virei jornalista. nao adiantou muito o zelo), mas continua amante do carnaval.

Uma das características da respectiva progenitora é ser uma mulher extremamente religiosa. Lá em Bng Bangu, Seu Carlos, Irmão Léo e Vicente PPS costumam dizer que a mulher é uma beata. Todo domingo, sem falta, ela vai a missa. É cheia de compromissos religiosos, inclusive como catequista. Mas é só alguém convidá-la para um retiro espiritual durante carnaval pra ver a resposta. Uma singela negativa e a explicação de que prefere aproveitar a festa a se trancar pra ficar rezando, visto que faz isso o ano inteiro. Show de bola.

Esse mês, D. Glória aprontou uma para a qual tiro o chapéu. Pegou seus alunos do catecismo e após uma aula sobre carnaval propôs, organizou e fez uma 'baile' de carnaval pra garotada, com batalha de confete e serpentina no terraço lá de casa. Com direito a marchinha de carnaval e muito samba. Não presenciei, mas depois que fiquei sabendo, morri de vontade de estar lá e vê-la procurando disseminar sua paixão pelo carnaval entre os mais novos. Espero que alguns se rendam a isso e abrace ma causa como eu.

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

São quase duas de la mañana de quarta-feira e a gravação dos CDs para o nosso Grito de Carnaval estão em fase final de preparação.

Essa parada vai ser legal. Brasília vai se lembrar desse dia por muito tempo.
São por essas coisas que me ufano de ser preto e bangüense:


Raquel, fruto de terras bangüenses (já publiquei uma vez, mas nao faz mal. Publico de novo).


Como diria Irmão-Léo, que 'mulatança'.
Coisas loucas do carnaval

Na tarde de ontem eu estava lendo que o jogo entre Flamengo e vasco está marcado para a tarde do sábado de carnaval?! Peraí, como assim? Vou mandar um e-mail pro Chiquinho da Mangueira, presidente da Suderj, perguntando isso. Será que alguém vai ao jogo? Cara, um jogo em Flamengo o time da colina é sempre algo sério, mas sábado de carnaval (que só rola uma vez por ano) é mais sério ainda!

terça-feira, fevereiro 18, 2003

Eu nunca havia pego qq imagem do Kibe Loco, mas essa eu achei que valia.

Após xingar esse furingudo de tudo quanto é nome, agora tenho que ver a peça no Mais Querido. Bom, ao menos tá convencendo.

Tô tomado por um desânimo ímpar, que nao condiz com a proximidade do carnaval.
E escreveu a letra do seu favorito que vou postar tb;

Mas o meu preferido é:
"Ai ai, saudade
Saudade tão grande
Saudade que eu sinto do Clube das Pás, do Vassouras
Passistas traçando tesouras
Das ruas repletas de lá
Batidas de bombo
São maracatus retardados
Chegando à cidade cansados
Com seus estandartes pro ar
De que adianta
Se o recife está longe
E a saudade é tão grande
Que eu atéme embraçado
Parece que eu vejo Valfrido, cebola no passo
Aroldo, Fatia, Colaço
Recife está perto de mim
Parece que eu vejo
Valfrido, cebola no passo
Aroldo, Fatia, Colaço
Recife está dentro de mim"

Esse ´de Antônio Maria. Chama-se "Frevo nº 01 do Recife". Na voz de Maria Bethania então é uma loucura!!!!!!!!!!!
Colaboradores entendidos é outra coisa. RMRO comentou no post aí encima o seguinte:

"Voltei Recife
Foi a saudade que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente Vassouras na rua passando
Tomar umas e outras e cair no passo
Cadê Toureiros, kd Bola de Ouro
O Das Pás, os Lenhadores
O Bloco Batutas de São José?
Quero sentir
A embriaguez do frevo
Que entra na cabeça,
Depois pelo corpo
E acaba no pé"
(São todos nomes de antigos blocos de carnaval. Alguns deles já extintos, inclusive)
Enquanto isso, tem outros dois que tb não saem da cabeça tb...

"De chapéu de sol aberto, pelas ruas eu vou
A multidão me acompanha, eu vou...
Eu vou e venho, pra onde nao sei.
Só sei que carrego alegria pra dar e vender".
Esse eu aprendi com Antônio Nóbrega cantando Capiba.

"Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente Vassouras na rua passando
Tomar umas e outras e cair no passo".
Esse outro faz parte dos cinco ou seis frevos que tocam no carnaval pernambucano 24 horas por dia e todo mundo acha bom e pede mais.
Engraçado, esses singelos versos não saem da minha cabeça desde ontem. É o refrão que puxa o Cordão do Bola Preta sábado de carnaval pela Avenida Rio Branco. E quem tem empurrados nos últimos anos é a Bateria da Portela.

"Quem nao chora não mama,
Segura, meu bem, a chupeta.
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta"

segunda-feira, fevereiro 17, 2003

Ao menos isso

Pra amenizar minha situação de ódio, vou registrar três que me deixaram feliz: as vitórias do Flamengo sobre o Botafogo (4 a 2), do América sobre o Madureira (1 a 0) e do Santa Cruz sobre o Sport (2 a 1).


Athirson comemorando o primeiro gol. Ao menos Felipe e Fernando Baiano já começam a me convencer que podem vestir o manto sagrado.


Acho essa camisa do Santa Cruz, de litras verticais, maneiríssima. Ainda vou ter uma.
Começo essa segunda meio entristecido. Após uma tarde feliz no Calaf e uma noite maneiríssima no Gate's, na ilustre companhia de Iuri e Fábio Lino, era noite de Tributo a The Clash. Chegou ao Ervilhão e vejo que meu rádio foi roubado. Que ódio, que ódio. É triste chegar no seu carro, qeu vc procura manter com carinho e ver o buraco no console, fios espalhados pelo chão. Tudo causado por essa juventude brasiliense, gente que é bem nascida, mas cultiva o vandalismo como um estranho prazer. Pior, encontrei o carro trancado como eu o havia deixado. Não houve arrombamento, o que me leva a crer que foi obra de alguém que tinha uma chave-mestra ou algo parecido. Sei que já abriram Ervilhão no Rio, quando eu ainda estava no Rio, com a ajuda de uma chave dessas. Não futucaram mais nada, meu casaco azul felpudo que tanto sucesso faz com o público feminino continua lá, os óculos de sol tb, os CDs, intactos. Deve ter sido algo encomendado. Só perdi o do Trio Mocotó.

O que mais me incomoda é saber que o cara que fez isso tá agora cheirando pó com os parcos trocados que conseguiu a vender o meu rádio. Provavelmente recebeu uns 100, 150 contos por um rádio que me custou três vezes isso. Fico, é verdade, com vontade de destruir um moleque que fez algo assim. Quebrar os dentes, o nariz, cortar fora o dedo mindinho. Deixar alguma coisa que não o permita esquecer. Mas é certo? Sei lá...

Pior é saber que esse é o crime mais normal de Brasília. Todo mundo já teve seu carro arrombado, mas isso não é justificativa pra eu ficar melhor. O ódio contiua aqui dentro, ó, pulsando.

Hoje de manhã ao entrar no carro, o simples fato de olhar pro estrago já me deixou mal. Agora vou ter que segurar a onde e viabilizar outro aparelho desses.

Menos pontos pra Brasília, que sempre alardearam pra mim como um lugar com qualidade de vida por conta da segurança... tô vendo...


Acabei de ver no blog da Adriana que, por sua vez, pegou do blog da Cora.

sexta-feira, fevereiro 14, 2003

O HTP tá quase lá. Aí, gente, vota nelas. Eu vou cobrar comissão por colocar essa parada firuleira no meu blog.

Jameson


Pequenas coisas fazem nossa alegria. Ontem, após comprar algumas coisinhas, no mercado veio o surto. Passei por uma garrafa de Jameson, olhei pra ela. Ela olhou pra mim e sorriu. Foi na mesma hora e sem pensar duas vezes. Levei a criança. Está lá no Sudoeste. Levei pra Clarissão. Tava com vontade de comprar um há uns dois meses, já. É o uísque mais gostoso que já tomei, não é escocês, mas irlandês. Mas vale da mesma forma. Foi lá em Recife que fui apresentado a ele. Valeu, RMRO.
Carnaval? Onde?

Fico lendo os jornais do Rio e os blogs dos conhecidos cariocas dizendo que vão ao lugar tal, fazer isso e aquilo. Todos os eventos são relativos a carnaval. RMRO dá a lista de coisas que ela tem pra fazer nesse período pré-carnavalesco. Tuninha diz que vai ao Monobloco e, com todo o respeito, não acho que Pedro Luís mereça 20 contos de cada um todo o sábado. Tem baile no Armazém 5 de Suvaco do Cristo e Simpatia é Quase Amor. Tem ensaio das escolas de samba. Falando com meu pai essa semana, ele comentou que a quadra da minha escola tem andado lotada. Ai, ai... mesmo com aquele samba ruim e o enredo complicado sobre doação de órgãos a galera da zona oeste ainda veste a camisa verde e branco da nossa Mocidade.

Mas e aqui? AQUI NÃO TEM NADA! Nada que lembre que o carnaval rola daqui a duas semanas. Absolutamente nada. Dá uma sensação de vazio, uma tristeza enorme. Ao menos amanhã vou com a família brasiliense ao samba pra afogar essa angústia. EU QUERO CARNAVAL!!! Esse ano, se JC quiser, eu vou chegar inteiro ao Rio pra aproveitar a maior manisfestação popular desse país. Salve a alegria do carnaval, e do carnaval carioca - que eu nao vejo há alguns anos.
Em defesa de mim mesmo

Fala sério. Neguinho vem me quizumbar com os nomes dos meus companheiros cariocas que me acompanham nessas terras.Sai pra lá. Isso, só pq ganhei dois sapos de pano (quer dizer, um eu meio que afanei do sobrinho da minha ex-namorada, que na época tinha poucos meses) e ganhei outro. Logo, tenho dois sapos verdes de pano. Caco e Caquinho. Tudo gente boa que me faz companhia desde Recife. Voltaram comigo de PE para o Rio e vieram de lá para Bsb. Caco, o mais velho, já foi comigo para o trabalho e já foi até ao cinema. Se nao me engano, assistiu comigo "O Fabuloso Destino de Amelie Poulan". Caco se amarrou.

Ano passado, pintou Anakin, capivara de pelúcia que me acompanhou dirigindo para Bsb. Foi ao Rio e voltou no Natal. Ficando sempre no mesmo lugar, entre o console e o pára-brisas, bem na frente do motorista. Uma espécie de carranca da fauna da brasileira, só que de pelúcia.

E o Ervilhão, personagem chave de toda a história. Ervilhão é o veículo automotor que me pertence, me trouxe para o Planalto Central, me levou ao Rio e me trouxe de volta. O carro, um gol bolinha verde (daí Ervilhão), é o que há. Show de bola e companheiro. Nunca me deixou na pista. Se Deus quiser, ainda vai levar de volta pra cidade natal.

O pior é que ainda teve gente dizendo que era freak fazer isso. Fala sério. Que mané freak. Eu faço, acho bonito e conto mermo.

PS: As vezes eu me impressiono com tanta besteira que escrevo.

quinta-feira, fevereiro 13, 2003

Fevereiro

O mês é realmente cheio de aniversários de gente boa. Começou como o da Tuninha (minha respectiva), depois veio o da RMRO, aí veio do meu amigo Luciano(que nunca acessou essa josta de blog), eu juro que eu sei que tem alguém que fez aniversário dia 11, mas fui incapaz de lembrar... :-(. Hoje é aniversário da minha amiga mineira Priscilla, e ainda tem da Robertuda se não me engano (pq esse, tenho que dizer, eu nunca soube oficialmente nem fui convidado pra nada, embora a cachorra já tenha ido no meu surrasco de aniversário). Putz, tô com a impressão que tá faltando gente nessa lista de aniversariamentes do mês de fevereiro.
E lá vai o Mais Querido, mas o América.... (até quando, meu Deus?)

Ontem o Mais Querido ganhou o time do meu bairro, o jogo foi no estádio do América. Não consigo me conformar como o Flamengo pode ter uma mega torcida e nao ter uma estádio pra jogar. Bom, voltando ao jogo, o péla do Fernando Baiano fez bonito. Pena que não vi. Continua líder isolado. Mas o Lopes... sei lá... já acho que podeira ir pro lixo.
O time da colina perdeu em Campos e ficou com a aquela marra em terceiro lugar.

Fernando Baiano, que nao é baiano de verdade, em foto do Globo.

E o América??? Os caras eram líderes com quatro pontos há quatro rodadas. Hoje, são vice-lanternas com os mesmos quatro pontos! É o time mais bonzinho do campeonato, foi benevolente com dois lanternas e perdeu pra Friburguense e Volta Redonda, que não haviam vencido até então no Caixão. Sei não, do jeito que está é melhor o time rubro ficar experto e invés de brigar pra ficar entre os quatro, ficar ligado pra não ser rebaixado.
Papo de Arquibancada


Anderson Baltar, companheiro sambista e insulano (me nego a lembrar que tb é vascaíno) convidou Vicentinho pra participar de um site sobre futebol que estava pra ser criado. A parada rolou no fim do ano passado e fui convidado pra falar de América e Bangu. Claro. Pouco nos mundo teriam estômago pra se ocupar de temas tão insólitos, ainda mais se tratando de futebol.

Acessa .
Pois é, meu chefe lê essa josta. Esse é o e-mail que ele mandou após ler os discursos de Fábio Lino sobre tornar o Vicente um calango.

De: Meu chefe
Para: vmagno@yahoo.com.br
Assunto: Calango
Data: Wed, 12 Feb 2003 18:57:46 -0300

Caro PPS,
O "folclórico Fábio Linux" (atualmente fazendo também uma ponta junto com a família no comercial da Pegeaut) continua na sua cruzada por torná-lo um "calango do cerrado".
Gostaria, no entanto, de adverti-lo de que, vindo de um cara que se fantasia de galinha e se apresenta em público usando fantasia de galinha, enquanto engole gás hélio para falar mais fino, isso é uma coisa complicada.
Nasci aqui no Planalto Central, embora não tenha o típico pé rachado dos goianos, e sugiro que o digníssimo PPS opte por tornar-se um lobo guará, uma ema, uma capivara até, ou, quiçá, uma coruja buraqueira....
... Calango, caro PPS, tem uma grande falha de caráter: anda balouçando o rabo e, se apertar, entrega o dito cujo fácil, fácil. O que não faria nada bem a vossa reputação.
Expostos o caráter de quem o tenta convencer a se tornar e a singular característica do bicho de tão poucos brios, insto para que escolha outro, pois nem o veado campeiro – outro baluarte da fauna do cerrado brasileiro, quem dizem em extinção, exceto às sextas-feiras no Beirute – é uma criatura tão desbundada.

Sem mais,

seu chefe


Pois é, reza a lenda que o folclórico personagem da imprensa brasiliense, Fábio Lino, fantasiou-se de galinha em uma festa e respirava num tubo de gás hélio pra falar fino. Sei...

Boa lembrança, chefia.

quarta-feira, fevereiro 12, 2003

Alguns sobem no telhado, outros ganham o mundo

Essa coisa de blog é engraçada. Tem gente que curte matar e criar blogs, como o caso da Vanessa, tem outros que ficam de criar e não levam muito a sério, como a Carmen e o João Goiano, e existem aqueles que criam a coisa e ela morre, como o Dimmi e a Thaís.

Engraçado que, mesmo assim, ainda existem aqueles malucos que fazem o blog ganhar o mundo como o Eu, hein!. O blog figuraça deixou de ser blogspot.com e virou .com.br. O Terra abocanhou a criança. Vou até escrever pra ele perguntando até quando ele vai ficar com esse caô de que blog não dá dinheiro.
A Rainha da Bateria

Se eu tocasse na bateria de mestre Coé, juro que mão olharia pro meu tamborim (que é a única coisa que toco mesmo). Diante do shape da beldade que vai na frente, sei nao...

Ah, ela é Raquel Blanc, cria do valoroso bairro de Bangu. Que nem eu. :-)

Carioca, bairrista e espaçoso

Foi assim que fui definido algumas vezes quando habitava o ilustre estado de Pernambuco nos idos do ano passado. Após receber esse texto por e-mail, enviado pela fofa Mariana, lembrei disso. Veja só, eles - os pernambucanos - que são bairristas à vera ainda têm coragem de me acusar de bairrismo! Bom, no fim das contas todos defendemos as terras onde nascemos ou com as quais nos identificamos. Vide a citada no post anterior, RMRO, paraense de nascimento e pernambucana de coração.

O texto é interessante, não sei se é realmente da Fernanda Young, como veio assinado no e-mail. Mas tá aí.

Salve o Rio de Janeiro.

O RIO DE JANEIRO CONTINUA LOUCO

Estive dois dias no Rio e, chegando de volta a São Paulo, isso me fez pensar. O fato é que não consigo ir ao Rio sem retornar
contundida, resfriada, ressacada. Mas a sensação é sempre de que valeu a pena, porque lá você se diverte, e se diverte muito, mesmo que não seja essa a sua intenção. O divertimento persegue você pelas ruas cariocas, e não há como se esconder dele. Porque não existe cidade no mundo com tanta alegria de viver por metro quadrado.

No Rio, você sai para comprar um cigarro e na esquina, subitamente o cigarro se transforma num chope, subitamente a esquina se transforma numa pizzaria no Leblon, e quando você se da conta está contando confidências para uma pessoa que você nunca tinha visto antes, com a bolsa cheia de números de telefone.

É mesmo os cariocas dizem que São Paulo tem muito mais opções de divertimento. Ok, aqui o número de lugares para se ir
impressiona, a quantidade de gente que freqüenta a noite também , mas a questão é que, no Rio, não é necessário ser de noite nem se estar em algum "lugar" para se divertir. O perigo pode estar em qualquer calçada, banca de jornal ou farmácia basta você encontrar um conhecido que outro já aparece, e daqui a pouco alguém vem com a idéia de se tomar alguma coisa
logo ali; e a próxima vez que você olha no relógio já são quatro da manhã e você está num galpão dançando funk.

Comigo, pelo menos, é sempre assim: vou a trabalho e o trabalho já é uma curtição, pois a reunião de negócios tem vista para o mar. Depois sempre tem alguma festinha já que, no Rio, basta alguém levar uma bebida e ligar o rádio para se ter uma festinha. E, como há o hábito de cada um levar a sua garrafa, todo mundo acaba se esbaldando junto. Na hipótese bastante provável da festinha virar festa porque um chama o outro e o outro sempre chama mais um prepare-se para atingir índices inéditos de divertimento. Porque, no Rio, uma festa só acaba quando dá policia. Sendo que a música só abaixa mesmo quando o aniversariante (no Rio sempre tem um aniversariante para justificar a algazarra) é quase levado em cana.

Sou do Rio, moro em São Paulo, e amo São Paulo. Mas, desculpem-me, os paulistas tem muito o que aprender
com os cariocas em matéria de divertimento. No Rio, não tem VIP nem famoso, não tem "in" nem "out", não tem cafonas nem bem-vestidos. Lá, está todo mundo igual, nu nas praias, seminu ao redor delas. Sem pudor de se divertir e sem vergonha
de se exceder. Os cariocas sabem pagar mico com categoria. Porque todo mundo é da malandragem.
Tem gente que gosta de pequenas maldades. Olha só o post que a RMRO fez pra mim.

Maldadinha do dia
Como fazer inveja ao Vicente
Vicente(http://pretopobresuburbano.blogspot.com)
adora maracatu. Desde a primeira vez que ele aportou por um carnaval pernambucano ele se amarra no troço.
Ano passado, quando ele passou uma temporada aqui, ele se autocompromissou em aprender a tocar alfaia. Infelizmente, teve que voltar pra casa mais cedo e o instrumento ficou pra próxima.
A despedida do Vicente foi no Capibar, bar à beira do rio Capibaribe, em Casa Forte, local bacana e de bom astral.
Aqui vem a maldadinha:
Ô seu Preto, Pobre e Suburbano, eu vou tocar alfaia amanhã no Capibar.
Gostou?
Mas num se vexe não. Na sua próxima passagem por Pernambuco o Senhor do teu Anel e eu poderemos tocar com vc. Alfaia, pelo menos, já temos ( e partituras tb.). Vai ser o que há!!!!!!!


É verdade, eu me amarro em maracatu que é música de "nego preto". Eu sou só preto, tenho que aprender muito ainda pra virar "nego preto". Ainda tenho vontade de me rasgar quando lembro, no carnaval de 1997, quando encontrei o CD do Nação Pernambuco pouco antes da saída do maracatu pelas ruas de Olinda. Julguei, de forma errada, que acharia o CD mais tarde e poderia guardar aquele dinheiro pra tomar cerveja. Tomei cerveja, é verdade. Mas achar o CD... Já se vão cinco anos e nunca mais achei... O nome disso? Castigo. O que RMRO tá fazendo comigo agora? Judaria.

terça-feira, fevereiro 11, 2003

Jack Daniels x Viagra

Num almoço em casa de amigos quando todos estávamos reunidos na cozinha o dono da casa mandou a seguinte pérola:

Marido: Querida, se vc quiser ter um homem atuante em casa, é melhor ter uma garrafa de Jack Daniels por perto.

Ninguém entendeu nada com o frase, mas ele explicou.

Marido: É pq esse uísque me deixa em ponto de bala. É muito melhor que Viagra. Eu até já experimentei os dois e comparei, o Jack Daniels é muito melhor.


Ah, tá.

Juro que nao fiz a comparação, mas quem sabe qq dia isso vira até matéria dominical em um caderno de saúde por aí.

segunda-feira, fevereiro 10, 2003

O famoso se...

Se eu estivesse no Rio iria à escolha do samba do Imprensa que Eu Gamo, bloco dos jornalistas cariocas. Se eu estivesse no Rio teria posto pilha no camarada Sodré pra compor um samba e entrar na dipusta. Mas... não estou lá, estou cá. Perdi.
Surto na madrugada e o Primeiro Grito de Carnaval do Sudoeste

Após a bebedeira vespertina no Calaf, Vicente morgou na sala e Clarissa morgou no quarto, como é normal. Mas lá pelas 3h e uns quebrados levantei meio sem sono, liguei a televisão e fiquei assistindo a musa maior Monique Evans e, mais uma vez, dois travecos sobre sua cama. Ela tentava convencer uma maluquinho que disse transar travestis de que ele era gay, mas ele negava. Tá bom, então. Papo absolutamente fora de qq parâmetro.

Enquanto lá estava eu, divertindo a cachola com Monique, surge Clarissão na porta do quarto totalmente desperta, às 4h da manhã.

Começamos a conversar, falando do sábado, de bobagens, ausência de um clima de proximidade carnaval e outras coisas quando ela sugeriu 'vamos tomar cerveja'. Claro.

Após cerveja que vai e cerveja que vem, as latinhas terminaram. Nisso, já ouvíamos música brega, um CD espetacular que Clarissa tem. Brega pernambucano é algo a parte na história da música mundial.

Sem cerveja pra beber, lembramos de uma singela garrafa de saquê que estava na geladeira, foi ela mermo goela abaixo.

A trilha sonora, no meio dessa aventura etílica, mudou. Nessa hora, já tínhamos descidido duas coisas: Estávamos em meio ao Projeto Globo Rural, só dormiríamos após às 8h, e faríamos o Primeiro Grito de Carnaval do Sudoeste. Vamos chamar nosso amigos, fazer todo mundo ouvir frevo e samba até cansar e se embriagar. Eita, coisa boa. O dia já tá marcado, domingo que vem. O endereço tb, a boa e velha base brasiliense, o apartamento da pernambucana querida.

Ao fim da garrafa de saquê, planos traçados e sol alto, fomos dormir. Mas essa, com certeza, entrou pro rol das melhores 'cachaças' que já tomei. Fiquei feliz por ter vivido um momento desses, tão simples, mas maravilhoso com a Clarissa. Valeu. E nem dor de cabeça rolou no domingo. Ou seja, foi perfeito.
Por falar no Coisinha...

Essa eu nao vi, mas Baiano me contou. Estava eu sambando no salão, bem no sapatinho, só que ao lado de Coisinha. O nobre personagem que se acha "o passista" ensaiou uma cotovelada no Vicente, não imagino o porquê, visto que nem encostei no cara. Pena que ele errou. Baiano já tinha dito que se ele tivesse acertado, já receberia um botadão de onde menos esperava. E eu nao ia perder a diversão, que mané o cara me bater. Nao sou de brigar, mas agressão gratuita leva na mesma moeda.

Ia ser no mínimo cruel ver o Baiano, meu guarda-costas e parceiro, dando só uma no Coisinha. Meu amigo das terras de ACM é ligeiramente grande. Claro que eu ia me divertir chutando o agressor tb. Bom, pena que nada aconteceu. Íamos ter um tipo diferente de diversão aqui em Bsb.
Calaf

No último sábado nada que mereça registro aconteceu, mesmo assim conversando com os comparsas de bar (Clarissão e Baiano) vimos que o lugar já tem seus personagens.

Os garçons - Garcia e Jô.
O marido de Clarissa.
Meu fã clube, o da terceira idade mesmo.
Coisinha de Jesus, um cara que acha que dança, mas na realidade parece um biba que nao saiu do armário.
A tia de cabelo cinza, que tem cerca de 70 anos, mas tem um molejo de encher os olhos.
A tia de cabelo roxo, que sempre canta "Barracão de Zinco". Eu já até cobro a ela.
O mané, que passa pela nossa mesa, fala comigo e com o Baiano, mas nao fala com ela.
A velha guarda, quando a gente chega, os coroas já estão lá. Quando a gente vai, os coroas continuam por lá.
Seu Rafael, cria de Padre Miguel que, segundo a Clarissa, é o melhor dançarino do lugar. Tb, né. É cria de Padre Miguel, só pode fazer bonito.
Chupa Cabra, mineirinho gente boa que andou dando motivo pra ser chamado assim.
Ah, e o seu Calaf, o dono do lugar, claro.
Quero registrar que eu não gosto de Bossa Nova e muito menos de João Gilberto. Meu camarada César Luiz Manoel Bibiano de Almeida Chaves e Orleans Guerra Chevrand disse que eu nao podia escrever isso no blog dele. Mas no meu eu posso. Hehe.

E viva a diversidade.

E tenho dito.
Hoje eu nao queria falar de futebol, mas vou falar. Justo o que eu tinha medo aconteceu, os tais 'reforços' mal entraram em campo no Fla-Flu. Levar três gols em 11 minutos é um exagero pra um time do tamanho o Flamengo. Bom, o que eu queria era ver um confronto em grandes clubes pra ver como o Mais Querido se virava. Se virou mal. Muito mal.

Ainda é líder, mas com uma resultado pífio como esse vai ser complicado se manter no topo. E o que dizer do Lopes? Do Fernando Baiano e do Zé Carlos? Medíocres. Todos medíocres.

Esse fim de semana esportivo foi todo uma lástima, além da humilhante derrota do Flamengo, o América fez o favor de perder pro lanterna do campeonato, o Friburguense, por 1 a 0; e o Bangu perdeu por 3 a 1 pro Americano. Após esse post nao falo mais sobre futebol, ao menos sobre os jogos desse fim de semana.

Como andará o Santa Cruz lá em Pernambuco?

sexta-feira, fevereiro 07, 2003

Post comemorativo

Nesse momento, o meu blog que atende pela alcunha de Preto, Pobre e Suburbano, agradece a todos os malucos que deram as caras por aqui e fizeram esse desbundado diário eletrônico chegar aos 5 mil acessos. Valeu aê.

Agora, queria eu entender como as pessoas voltam sempre pra ler as asneiras que faço e escrevo aqui. Bom, vida que segue.
Televisão durante a madrugada

Chegar em casa tarde, meio temulento e sem sono. Situação perfeita pra assistir tevê até o sono pegar. Mas pode surgir um 'problema', o programa da Monique Evans. A mulher é sensacional!!! Td bem, o programa é no meio da madrugada, mas é impossível não se divertir assitindo Monique recebendo seus convidados numa cama e falando sacanagem. É impressionante a simplicidade com que ela fala as maiores atrocidades sexuais, faz graça com consolos e o escambau. Na quarta-feira, a última vez que eu vi, ela tinha dois travecos com ela e era uma coisa séria o diálogo em as três personagens. Espetacular. Pena ser tão tarde. "Noite afora" é o nome do programa. Impagável.

Monique tb é uma peça que andou pela minha escola. Foi a primeira rainha de bateria que uma escola de samba já teve. Ela desfilou à frente dos ritmistas da Mocidade no carnaval de 1985, o "Ziriguidum 2001". Desfile maravilhoso da minha escola que lhe rendeu o primeiro título que assisti. Nesse carnaval Monique foi pra Marquês de Sapucaí sambando com os peitos de fora, ela havia posto há pouco tempo próteses de silicone. Há 18 anos atrás...


E não é que ela tem site! www.moniqueevans.com.br
Ser mané é...

Acordar tarde, lembrar de fazer a barba (mesmo que ela não seja uma barba de verdade, mas pelos chatos que insistem em crescer), tomar banho, vestir cueca, calça, meias e sapatos e, no fim das contas, lembrar que não tem camisa pra colocar. Voltar à velha tortura de passar camisa. (RMRO, tu vai adorar isso). Montar a tábua, esquentar o ferro de passar, botar o "Da Lama ao Caos" ( primeiro CD de Chico Sciense e Nação Zumbi), achar que camisa escolhida está bem esticadinha, desarmar o circo. Pegar o carro, chegar no prédio onde trabalho, olhar no espelho do elevador e ver que AINDA ESTOU TODO AMASSADO.

quinta-feira, fevereiro 06, 2003

Isso aqui é uma brincadeirinha que recebi por e-mail. É só entrar no sítio e arrastar as fotos para dentro dos círculos.

http://www.webdesignlab.co.uk/niksthings/masking.html

O Mais Querido dispensa comentários. Ontem foi só uma prova de que é realmente o Mais Querido do Brasil de longe. Tinha mais torcedor do Flamengo que do Botafogo paraibano, lá no estádio em João Pessoa.


Bom, ao menos valeu ter visto os caras jogando bem, mesno o Iranildo, como sempre. Até o péla-saco do Fernando Baiano fez gol. Bom, ao menos o Felipe ganhou um pouco da minha simpatia jogando com o manto sagrado.

E tinha até faixa da Jovem Fla, por lá. Demorô.

"Não somos garis,
Mas vamos geral!
Torcida Jovem
É o bonde do mal"
O Bangu, o meu compromisso e bairrismo explícito sem qualquer pudor


Renatinho, o maluco que fez o gol da virada ontem, lá perto de casa, em Moça Bonita.

Ontem a noite contrariando o que eu mesmo esperava o Bangu Atlético Clube, time do meu simpático bairro carioca, venceu o Gama de virada por 2 a 1. O jogo foi lá perto da matriz, minha casa na Zona Oeste da cidade. Sensacional. Agora tenho que cumprir minha promessa, ir ao estádio do Gama (lá no Gama, que fica no extremo sul do DF) pra assistir o jogo de volta.

Faltam pequenos detalhes: onde fica o estádio do Gama, visto que nunca fui até lá e viabilizar a camisa do time pra usar cheio de marra na arquibancada durante o jogo. Já descobri que o jogo vai ser no dia 12 de março. Ia ser tão bom se resolvessem jogar no Mané Garrincha, pq ficar a cinco minutos da base brasiliense, a casa de Clarissa.

Sinceramente não acredito na classificação do Bangu, mas que eu vou torcer... ah, eu vou. Imagina só, o único time que tem alguma expressão da Zona Oeste carioca jogando aqui 'perto'. Eu vou perder? É ruim. Só vai ser engraçado o Vicente como o único maluco torcendo pelo time no estádio inteiro. Mais engraçado ainda se aparecer outro.

"Sua torcirda reunida
Até parece da do Fla-Flu
Bangu! Bangu! Bangu!"


O único pedaço do hino bangüense que me lembro.
"O que eu quero é ser feliz
Andar tranqüiliamente na favela onde eu nasci
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar"


Todo mundo põe letra de música, resolvi colocar tb. O um pedacinho de um funk antiguinho.

quarta-feira, fevereiro 05, 2003

Ah, se eu estivesse...

Hoje é dia de jogo. Vai passar na televisão o jogo do Mais Querido, em João Pessoa. E se eu ainda estivesse em Recife, com certeza, iria ver o jogo. É logo ali, do lado de Recife. O engraçado que estando do ladinho da capital paraibana eu nunca pus os pés lá. Pena. Essa noite seria perfeita pro Vicente ver qual é pelo estado que tem a bandeira tb rubro-negra, onde se lê uma alusão a mim: "Nêgo". Hehe.

Como não vou ver ao vivo, fico mesmo diante da tevê vendo a estréia do mané do vira-casaca do Felipe.

Enquanto isso... em Bangu, bairro quente, querido e distante, tem jogo do time local. É isso aí. O Bangu tá na Copa do Brasil e joga contra o Gama. Se o time alvi-rubro conseguir levar pra uma segunda partida eu JURO que vou ao Gama assistir a partida com a camisa do clube. Nao tenho a camisa, mas peço pra Irmão-Léo comprar e enviar pra mim pelo correio. E tenho dito.

terça-feira, fevereiro 04, 2003

Calango do Cerrado

O folclórico Fábio Lino - mais uma vez ele - vive dizendo que quero me tornar um Calango do Cerrado. Segundo a linguagem local, seria dizer que quero me tornar um malandro local. Reza a lenda que o tal réptil é especialmente arisco e dotado de malandragem por se virar e fugir daqueles que estao no pé dele. Então tá, né. Mas eu prefiro ser o malandro discreto de Bangu.

segunda-feira, fevereiro 03, 2003

E esse acidente com caras da Nasa? Neguinho vir falar em atentado terrorista é ter muita vontade de botar na conta de um árabe qq. O negócio é que o piloto da Columbia madou mal, errou feio e virou pedacinhos tostados de carne. Essa sociedade estadounidense é muito cheia de coisinhas e frescurinhas, chega a irritar. Gostei da 'teoria' do Arnaldo. Vou roubar o desenho de novo.



Engraçado, eu nao fico mais chocado com essas coisas. Não fiquei com a parada no World Trade Center e nem agora. Algo que me fez rir encima disso foi um telefonema qeu Clarissa recebeu no domingo dizendo que aquilo tinha sido coisa de Allah. Sei lá, nao sei que se ele faria uma judaria dessas com os caras, mas a piada coube com facilidade.
O mais querido é líder isolado, mas o América...

Tá bom, o campeonato de futebol do estado do Rio é ridículo e medíocre, mas é o campeonato regional do meu estado e pronto. Rasgue-se quem criticar. Nesse campeonato nivelado por baixo o Flamengo é líder, com 100% de aproveitamento em quatro partidas. Uau! Melhor, seus reforços nem entraram em campo. Uhu! Espera só quando eles entrarem. Falando sério, que mané reforço, Felipe, Lopes e Fernando Baiano? Só quem me empolga um pouquinho é o vira-casaca do Felipe que após jurar amor ao vasco e jogar naquele time porco do Parque Antártica tá tentando a sorte na Gávea. Tomara que tenha. O Lopes é outro que veio daquela cois verde paulistana, há tempos nao fazia nada por lá. Espero que me surpreenda. Mas o Fernando Baiano, peloamordiDeus! Entrou em campo no sábado pra fazer nada. Espero que melhore mais pra frente.

Voltando ao campeonato medíocre que neguinho insiste de chamar de carioca, pq o campeonato nao é carioca! é Fluminense! O campeonato é do Estado do Rio de Janeiro e nao da cidade. É fácil aprender. Do Estado é Fluminense, da cidade é carioca. Do Estado é Fluminense, da cidade é carioca. Do Estado é Fluminense, da cidade é carioca. Assim até dá pra decorar. Hehe. ReVoltando ao campeonato, temos o Mais Querido do Brasil, o Flamengo, com 12 pontos em 12 possíveis. Nada mal, mas quando se vê quem foram seus adversários, dá até pena. Friburguense (2x1) , Americano (4x1), Volta Redonda (2x0) e Cabo Friense (2x1). É o único grande do Rio que nao encarou sequer um time médio, só pegou anão. Aí é mole, aí é obrigação ficar lá na frente com vantagem de sobra. Quero ver quando encarar os outros três grandes, que mesmo com mulambada em campo, têm camisa.

Enquanto isso... o América volta ao normal. Depois de me encher de orgulho ao vencer o Fluminense por 2 a 0 com muita moral, empatou com o Cabofriense e perdeu pro Olaria. Eita timinho. Mas eu continou pondo fé! Quem sabel ele nao se enfia entre os quatro finalistas? Tomara.
Abordagem no samba

Após alguns sábados sem ter samba no Calaf, voltamos ao lugar anteontem. Tudo dentro da normalidade, lá estávamos nós - Baiano, Clarissa e Vicente - tomando nossas Skolzinhas, conversando, dançando e ouvindo o bom samba. Eu vestia uma das minhas camisas do Flamengo, pois era dia de jogo. Tudo foi sem surpresas até o momento em que uma senhora vem de longe, puxa o Vicente pelo braço e manda na lata : "Vc é o flamenguista mais bonito que eu já vi". Ah, tá. Obrigado, né. E levando em conta que pela idade dela, como a própria disse, 60 anos, ela já devia ter visto muitos flamenguistas por aí.

Nao entendi ao certo o que foi isso, se uma cantada ou um singelo elogio, visto que a senhora se disse tb carioca. E ela ainda continou, dizendo que saiu da Princesa Isabel, entre Copa e Leme, pra morar em Brasília há 25 anos. Não perdi a chance e falei, "Sou de Bangu". Crente que ia espantá-la. Nada disso, a simpática senhora ainda completou "Ih, eu sempre ia lá, tem uma feira grande. Meu pai tinha barraca. Eu sempre ia". Hummm... sei... Tô achando que ela é bangüense que nem eu e entrou numa de tirar onda com o Vicente. Pra conhecer a feira da Rua Santa Cecília tem que conhecer Bangu. Bom, deixa quieto. E ainda me deu esporro por ser flamenguista, pode? Ela é vascaína. Cada coisa situação que aparece...

Já rolava uma piada aqui dando conta que eu era o PPS e TTI (Terror da Terceira Idade), depois dessa vou começar a me convencer de que isso é verdade.