Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, fevereiro 03, 2003

Abordagem no samba

Após alguns sábados sem ter samba no Calaf, voltamos ao lugar anteontem. Tudo dentro da normalidade, lá estávamos nós - Baiano, Clarissa e Vicente - tomando nossas Skolzinhas, conversando, dançando e ouvindo o bom samba. Eu vestia uma das minhas camisas do Flamengo, pois era dia de jogo. Tudo foi sem surpresas até o momento em que uma senhora vem de longe, puxa o Vicente pelo braço e manda na lata : "Vc é o flamenguista mais bonito que eu já vi". Ah, tá. Obrigado, né. E levando em conta que pela idade dela, como a própria disse, 60 anos, ela já devia ter visto muitos flamenguistas por aí.

Nao entendi ao certo o que foi isso, se uma cantada ou um singelo elogio, visto que a senhora se disse tb carioca. E ela ainda continou, dizendo que saiu da Princesa Isabel, entre Copa e Leme, pra morar em Brasília há 25 anos. Não perdi a chance e falei, "Sou de Bangu". Crente que ia espantá-la. Nada disso, a simpática senhora ainda completou "Ih, eu sempre ia lá, tem uma feira grande. Meu pai tinha barraca. Eu sempre ia". Hummm... sei... Tô achando que ela é bangüense que nem eu e entrou numa de tirar onda com o Vicente. Pra conhecer a feira da Rua Santa Cecília tem que conhecer Bangu. Bom, deixa quieto. E ainda me deu esporro por ser flamenguista, pode? Ela é vascaína. Cada coisa situação que aparece...

Já rolava uma piada aqui dando conta que eu era o PPS e TTI (Terror da Terceira Idade), depois dessa vou começar a me convencer de que isso é verdade.