Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, fevereiro 13, 2003

Pois é, meu chefe lê essa josta. Esse é o e-mail que ele mandou após ler os discursos de Fábio Lino sobre tornar o Vicente um calango.

De: Meu chefe
Para: vmagno@yahoo.com.br
Assunto: Calango
Data: Wed, 12 Feb 2003 18:57:46 -0300

Caro PPS,
O "folclórico Fábio Linux" (atualmente fazendo também uma ponta junto com a família no comercial da Pegeaut) continua na sua cruzada por torná-lo um "calango do cerrado".
Gostaria, no entanto, de adverti-lo de que, vindo de um cara que se fantasia de galinha e se apresenta em público usando fantasia de galinha, enquanto engole gás hélio para falar mais fino, isso é uma coisa complicada.
Nasci aqui no Planalto Central, embora não tenha o típico pé rachado dos goianos, e sugiro que o digníssimo PPS opte por tornar-se um lobo guará, uma ema, uma capivara até, ou, quiçá, uma coruja buraqueira....
... Calango, caro PPS, tem uma grande falha de caráter: anda balouçando o rabo e, se apertar, entrega o dito cujo fácil, fácil. O que não faria nada bem a vossa reputação.
Expostos o caráter de quem o tenta convencer a se tornar e a singular característica do bicho de tão poucos brios, insto para que escolha outro, pois nem o veado campeiro – outro baluarte da fauna do cerrado brasileiro, quem dizem em extinção, exceto às sextas-feiras no Beirute – é uma criatura tão desbundada.

Sem mais,

seu chefe


Pois é, reza a lenda que o folclórico personagem da imprensa brasiliense, Fábio Lino, fantasiou-se de galinha em uma festa e respirava num tubo de gás hélio pra falar fino. Sei...

Boa lembrança, chefia.