Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, fevereiro 10, 2003

Calaf

No último sábado nada que mereça registro aconteceu, mesmo assim conversando com os comparsas de bar (Clarissão e Baiano) vimos que o lugar já tem seus personagens.

Os garçons - Garcia e Jô.
O marido de Clarissa.
Meu fã clube, o da terceira idade mesmo.
Coisinha de Jesus, um cara que acha que dança, mas na realidade parece um biba que nao saiu do armário.
A tia de cabelo cinza, que tem cerca de 70 anos, mas tem um molejo de encher os olhos.
A tia de cabelo roxo, que sempre canta "Barracão de Zinco". Eu já até cobro a ela.
O mané, que passa pela nossa mesa, fala comigo e com o Baiano, mas nao fala com ela.
A velha guarda, quando a gente chega, os coroas já estão lá. Quando a gente vai, os coroas continuam por lá.
Seu Rafael, cria de Padre Miguel que, segundo a Clarissa, é o melhor dançarino do lugar. Tb, né. É cria de Padre Miguel, só pode fazer bonito.
Chupa Cabra, mineirinho gente boa que andou dando motivo pra ser chamado assim.
Ah, e o seu Calaf, o dono do lugar, claro.