Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, fevereiro 12, 2003

Tem gente que gosta de pequenas maldades. Olha só o post que a RMRO fez pra mim.

Maldadinha do dia
Como fazer inveja ao Vicente
Vicente(http://pretopobresuburbano.blogspot.com)
adora maracatu. Desde a primeira vez que ele aportou por um carnaval pernambucano ele se amarra no troço.
Ano passado, quando ele passou uma temporada aqui, ele se autocompromissou em aprender a tocar alfaia. Infelizmente, teve que voltar pra casa mais cedo e o instrumento ficou pra próxima.
A despedida do Vicente foi no Capibar, bar à beira do rio Capibaribe, em Casa Forte, local bacana e de bom astral.
Aqui vem a maldadinha:
Ô seu Preto, Pobre e Suburbano, eu vou tocar alfaia amanhã no Capibar.
Gostou?
Mas num se vexe não. Na sua próxima passagem por Pernambuco o Senhor do teu Anel e eu poderemos tocar com vc. Alfaia, pelo menos, já temos ( e partituras tb.). Vai ser o que há!!!!!!!


É verdade, eu me amarro em maracatu que é música de "nego preto". Eu sou só preto, tenho que aprender muito ainda pra virar "nego preto". Ainda tenho vontade de me rasgar quando lembro, no carnaval de 1997, quando encontrei o CD do Nação Pernambuco pouco antes da saída do maracatu pelas ruas de Olinda. Julguei, de forma errada, que acharia o CD mais tarde e poderia guardar aquele dinheiro pra tomar cerveja. Tomei cerveja, é verdade. Mas achar o CD... Já se vão cinco anos e nunca mais achei... O nome disso? Castigo. O que RMRO tá fazendo comigo agora? Judaria.