Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, fevereiro 24, 2003

O guerreiro jamais foge à luta, mas quase dorme na rua

Após a esbórnia profissa ainda encarei um segundo turno. Rolou uma festa no Lago Norte e lá fui eu, em companhia de Sílvio e Ana Helena. Na hora de voltar, já 3h da manhã e com a bateria avisando que estava no fim, desovei ambos onde foi combinado e chegando na base, onde horas antes havia rolado a prévia carnavalesca, quem disse que consegui abrir a porta? Clarissa fez o favor de deixar a chave por dentro, o que impedia a minha de entrar e abrir a porta. Malandro que sou, saquei o celular e liguei cheio de vontade e vontade de mijar. Ouvia os telefones (fixo e celular) se jogando contra a parede do lado de dentro, se descabelando em fazer trim e NADA de alma mover um dedo. Diante do momento de desespero, saí de casa e fui pensar mijando na árvore do outro lado da rua e em frente ao prédio. Tive uma brilhante idéia, e liguei para Ana Helena pra, humildemente, pedir um cantinho na sala para dormir. Ela estava acordada e disse estar com impressão que isso ia acontecer. Acho que vou me intitular 'o invasor de salas', é o que melhor faço em Brasília. Engraçado que eu tb havia posto dentro do carro a parafernália para tirar as lentes de contato e os óculos. Nunca faço isso. Bom, parece que foi o anjo da guarda que mandou. Eu nao digo que bêbado e criança Deus protege? Protegeu de novo.