Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, fevereiro 14, 2003

Em defesa de mim mesmo

Fala sério. Neguinho vem me quizumbar com os nomes dos meus companheiros cariocas que me acompanham nessas terras.Sai pra lá. Isso, só pq ganhei dois sapos de pano (quer dizer, um eu meio que afanei do sobrinho da minha ex-namorada, que na época tinha poucos meses) e ganhei outro. Logo, tenho dois sapos verdes de pano. Caco e Caquinho. Tudo gente boa que me faz companhia desde Recife. Voltaram comigo de PE para o Rio e vieram de lá para Bsb. Caco, o mais velho, já foi comigo para o trabalho e já foi até ao cinema. Se nao me engano, assistiu comigo "O Fabuloso Destino de Amelie Poulan". Caco se amarrou.

Ano passado, pintou Anakin, capivara de pelúcia que me acompanhou dirigindo para Bsb. Foi ao Rio e voltou no Natal. Ficando sempre no mesmo lugar, entre o console e o pára-brisas, bem na frente do motorista. Uma espécie de carranca da fauna da brasileira, só que de pelúcia.

E o Ervilhão, personagem chave de toda a história. Ervilhão é o veículo automotor que me pertence, me trouxe para o Planalto Central, me levou ao Rio e me trouxe de volta. O carro, um gol bolinha verde (daí Ervilhão), é o que há. Show de bola e companheiro. Nunca me deixou na pista. Se Deus quiser, ainda vai levar de volta pra cidade natal.

O pior é que ainda teve gente dizendo que era freak fazer isso. Fala sério. Que mané freak. Eu faço, acho bonito e conto mermo.

PS: As vezes eu me impressiono com tanta besteira que escrevo.