Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, setembro 15, 2003

As peças já no tabuleiro


Aqui temos Los Quevedos como seguranças da galera. Quevedo Quevedo está de verde e a cabecinha q surge é de Orwaldo. Arthur faz firula com seu cigarro. Daniel Hermando mostra pq tb é banda, com sua barba. Marianíssima sorridente e eu. PPS de verde.

Nichteroy é um lugar curioso. As pessoas marcam com a gente em bares q não freqüentam. Marcam, nos encontram e passamos para o bar do lado. Vá entender essa mecânica? Eu nem tento, deixo correr quietinho, quietinho.

Devidamente instalados e com o time completo, contando com Los Quevedos (dupla de mexicanos ‘made in’ Niterói e q dever lido com sotaque, entenda-se Quebedos) e Marianíssima, uma doce menina q quebra narizes quando está entediada. Ah, e bom q se diga. Fazia frio a vera. Mas ele não chegou até a mesa do bar.

Ali, os personagens mostraram a q vieram. Los Quevedos não bebem, mas são figuras assim mesmo. Quevedo Quevedo cismou q tenho cara de peruano e começou a fazer uma caricatura com touca inca. Pô, neguinho quizumba com minha imagem. Depois q disseram na Lapa que imaginavam um PPS afetado, que o mesmo Quevedo Quevedo me chamou de PPP (preto, pobre e paraíba), confesso ficar com medo de imaginar o q poder vir pela frente.

Os outros 50% de Los Quevedos, Orwaldo, disse uma frase q me fez pensar profundamente e rever meus valores musicais. A cria de Niterói disse que Wando é o Barry White brasileiro. Blogue, nunca ninguém pensou nisso. É chocante de tão próximo q chega da realidade... Estou bolado com isso até agora.

Enquanto isso, Daniel Hermanos (como Los Quevedos disseram, ele é regra 3 da banda) largava o dedo na sua Mavica. Blogue, o cara me fotografou de todos os jeitos possíveis com um copo de cerveja na mão. A cada foto, lá ia olhar e tava eu com o copo. O q vão pensar de mim? Tenho uma reputação de bom menino a zelar ou, ao menos, a cultivar. Reza a lenda que foram tiradas 30 fotos. Daniel Hermanos, só confirmando sua figurisse, utilizada um disquete de declaração do Imposto de Renda de 2000. Eu, hein.

Enquanto isso, Bebel só secava copos. É de um talento interessante para esse tipo de atividade. Disse-lhe q parecia uma camela. Ela não gostou muito da idéia, mas Arthur, sacando uma firula do fundo do maço de cigarros, emendou uma versão.

"Depois da última noite de chuva
Bebendo e esperando
O bar fechar...
O bar fechar...

Mas eu tenho medo é do seu olhar
Quando a Skol seca e você não percebe
Quando a Skol secaaaaaaa

Camela ah...
Camela..."


Para terminar, Arthur e Jairzinho, digo, Magro, a revelação da noite. Os caras têm o maior repertório pop brega meloso com coreografia q Nichteroy já viu. Fiquei emocionado em ver tantas canções de derreter ouvido vindo dos caras. Claro q já foi formado o Jackson Trhee (leia-se Diéquissan Tri). Eles dois e eu, enturmado q já era.

De Marianíssima eu não falo. Sacomé, né. Posso falar alguma coisa q não agrade e corro o risco de levar lambada. Como ela mesma disse, “foi um ano de boxe tailandês”. Equanto ela não me confundir com um tailandês, o q depois de confundido com um peruano, pode acontecer a qq momento, estou safo.