Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, setembro 21, 2003

Último estágio da sexta: festa do Vítor

Ciente de q a festa do Vítor rolaria nas proximidades do Casarão Hermê, lugar já conhecido, lá fui eu. Só q nunca havia dado as caras na casa do cara, era tudo novidade. Fui procurar a parada e já passava de 1h.

Passei por um prédio onde havia vários carros parados, mas como havia visto um número diferente, passei batido. Fui a frente e retornei com Ervilhão. Tinha uma galera na porta, entrando e perguntei. "É a festa do Vítor?" E responderam "Sei nao, acho q é de um cara q faz teatro". Elucidativa resposta...

João-sem-braço
Como, aparentemente, nao rolava mais outra festa na rua, sem contar com o Casarão Hermê. Fui dar uma de 'joão-sem-braço'. Parei o carro na calçada e fui lá ver.

Cansei de descer escada. O cara disse q seu apartamento era no subsolo, mas fala sério, eram uns quatro lancesd e escada. Cheguei na festa. Apartamento totalmente apagado. Só velas. Muitas velas e calçados espalhados pelas escadas. Só era pra entrar descalço, entao tá.

Pé no chão
É ruim q entrei descalço assim. Fui procurar o cara pra me certificar de q ali realmente ali. Agora, na boa, procura um sujeito num apartamento super lotado que tem vários quartos e corredores e escadas? Missão impossível.

Tá, tá bom. Encontrei o sujeito. Era realmente a festa. Pouco antes de encontrá-lo, dei de cara com Marcelo e Tia Ana. Fui gentilmente convencido a tirar a singela botininha q usava. Tb, pudera, ia ser um massacre eu pisar naqueles pés desprotegidos.

Cochilo
Voltei a Grande Ervilha, deixei a parada lá e voltei. Festa divertida. Gente divertida. Valeu, valeu, valeu.

Só foi sinistro voltar pra casa. Cochilei duas vezes no volante, na Avenida Brasil, mas sacomé, né. Quando nõa tá na hora, o próprio Zé Maria vem e cutuca o ombro pra nao passar dessa. Quer dizer, vou parar de escrever essas paradas pra nao deixar o anjo da guarda bolado, esse sim deve ficar estressado.

Em tempo
Ah, em tempo. No fim da festa encontrei Ervilhao com o vidro aberto (porém trancado). Algum péla-saco fez o favor de abaixá-lo, mas como nao tem rádio mermo, só um rombo no painel. Deixaram quieto.

Ah, em tempo 2. A cerveja q comprei tava intacta no porta-malas... Nada a declarar sobre isso.