Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, agosto 31, 2003

Falando em Piu-Piu. Achei a capa do primeiro e único CD dos caras. O Antibiótioco.

Vendo a capa não é difícil imaginar pq a banda que tinha o vocalista desbundadamente performático não foi pra frente.

Piu-piu tinha entradas espetaculares no palco... sobre uma moto, vestido como uma múmia, usando um cipó ou até mesmo usando uma roupa em chamas.

Que fim levou o cara?
Vila Mimosa na internet!!!

Eu sou um desinformado!!! Não sabia até agora que a sensacional Vila Mimosa tinha um sítio virtual!!!

Joguei no Google de molecagem é não é que apareceu o www.vilamimosa.com.br?

A tal vila é, possivelmente, a zona de prostituição mais charmosa desse país. Há anos vive no imaginário carioca, desde o início do século passado. Tem coisas curiosas em relaçao a ela, tipo ter que sair do lugar onde hoje funciona a sede da prefeitura do Rio.

O hoje Centro Administrativo São Sebastião, o CASS, onde funcionam as secretarias do governo e onde o alcaide Cesar Maia dá expediente, já foi chamado carinhosamente de 'Piranhão' devido ao tipo de estabelecimento q funcionava no local.

O sítio é bem informativo, tem até mapa ensinando como chegar e abre um tremendo pop up na abertura do Ministério da Saúde sobre o uso de camisinha.

Mostram um pouco da infra do local e até fotos da academia! Tem uma menina vestindo biquini vermelho e usando salto utilizando alguns aparelhos. É sensacional.




Tem até foto de algumas meninas que trabalham na área!

Até me lembrou Piu piu e sua Banda que tinham um clássico do submundo roqueiro da cidade com o clássivo Vila Mimosa, com versos no naipe de "Vila Mimosa só tem mulher gostosa". No mesmo disco tinha tb "Bob faz meinha". Nao entendo pq eles nao estouraram fazendo sucesso.
Eu ainda me surpreendo. Das últimas vinte cabeças que deram as caras nesse blogue através de algum sitema de busca, 11 baixaram aqui procuram 'plei boi'. Eu, hein. Gente estranha. E teve até algum procurando 'tobi guaraná.
Hoje estou especialmente chato, muito chato. Tão chato que nao me agüento.

sexta-feira, agosto 29, 2003

A noite quinta-feira

Ontem fui com meu grande amigo Rafa Cabeção a estréia da peça "Nunca pensei que ia ver esse dia". Não sou uma pessoa de teatro, acho que na realidade nao sou uma pessoa da cultura, mas fui. É uma peça com elenco negro. Aí, né, qq argumento meu para nao ir vai por terra. Gostei do q vi. Rafa Cabeção tinha me deixado com medo, mas ele tem uma histórica aversão a teatro, o que explica a situação.

É um drama sinistro. A atriz principal, Iléa Ferraz, manda bem. Saí satisfeito do teatro. Em tempo, o teatro era o Glória.

Saí correndo, às 11h20, de lá pra pegar ele, sempre ele!!!, o 393, no Castelo. Nunca em toda a minha vida eu havia encarado uma situação tão desconfortável. Chovia fino, ventava e baixíssimos 14º freqüentavam a cidade. Que frio! Que frio! Que frio!

Peguei o primeiro coletivo que me levou até o Castelo, no famigerado ponto final. O 393 chegou, os péla-sacos que iam pegá-lo fizeram fila na porta e o mané do motorista levou dois minutos pra abrir! Dois minutos numa situação dessas era uma eternidade!!! Frio. Frio. Frio. Muito frio. Frio e chuva combinados são as coisas mais sinistras que um carioca pode enfrentar.

Ainda enquanto estávamos na fila enconstou um táxi Fiesta na pista ao lado. Parou e o motorista, um neguinho com cara lustrosa começou a gritar lá de dentro: "aceite Jesus no coração! vcs serão mais felizes!". Ah, meu camarada, tenha dó. Só esse Jesus q ele falava fosse parar ali do meu lado com Ervilhão e me levar pra casa, né. Parecia que o sujeito estava tripudiando. Se tivesse uma pedra ao alcance da mão eu juro, mas juro mermo, que tinha tacado nos cornos do filho de rapariga... Tinha q ser um furingudo dum taxista, né. Como eu gosto dessa raça...

Bom, cheguei em casa absurdamente rápido. Antes de uma hora da manhã já estava aportado na aprazível estância bangüense onde resido. Mais um perrengue vencido.
Sem a menor vontade de postar...

Essa situação de incerteza e nada q se resolve tira o barato...

quinta-feira, agosto 28, 2003

Da série reclamações

É infernal passar o dia, no décimo primeiro andar de um prédio, sentindo um incansável cheiro de cola de sapateiro. Fica todo mundo meio mole, meio lerdo... Bom, existe o lado bom, as pessoas não ficam com fome. Cola de sapateiro inibe isso. Mas dá uma dor de cabeça no fim do dia...
Questionamentos nada existenciais, mas higiênicos

O q faz um judas que trabalha num andar onde a maioria dos manés são obrigados a circular de gravata chegar até o vaso sanitário e errar o alvo?! Como assim a criatura erra o bocão do vaso?? PelamordeDeus. Que óidio. Que nojo.

Engravatado tb faz... deixa pra lá.
Minha pobretude em questão

Assim como minha pretitude tem sido questionada por pessoas muito mal intencionadas, minha pobretude tb entrou nesse rol que coisas dubitáveis. Há pouco ouvi a frase de uma colega, que auto-intitulou-se "um personagem saío das novelas de Manoel Carlos". Ela disse "já conheci gente que tira onde de rico sem ser, mas tirar onda de pobre sem ser pra mim é raro". Procuro não acreditar que o sujeito em questão seja eu, mas por via das dúvidas tasco um pedaço da coluna do figuraça e colunista do Globo, João Ximenes Braga. Esse trecho foi publicado na última coluna, que saiu sábado.

Segundo a teoria revolucionário do Ximenes, sua classe social é inversamente proporcional a quanto você gasta numa festa, ao menos no Rio. Na qualidade de pobre convicto, quando faço festa em casa faço questão q nenhum furingudo, digo, convidado leve qq coisa. Quero todos saiam chapados e empanturrados a ponto de vomitar. Mas que nao vomitem na minha casa, né. O texto tem link pra coluna dele por completo.

Festa

Um tio sábio, que morreu pobre e ainda por cima pobre, costumava dizer: “Quem nasce pra tatu, morre cavucando.” Mas será só o destino que faz de alguém rico, pobre ou classe média? Começo a traçar uma tese revolucionária a respeito: pelo menos no Rio, sua classe social é inversamente proporcional a quanto você gasta numa festa.

É verdade que não freqüento festa de rico. Às poucas que fui, estava com um bloquinho na mão e um crachá no peito. Mas há pouco tempo vi-me como acompanhante de uma convidada à festa de um homem muito, muito rico (herdeiro, namora modelos, aparece em revistas de sala de espera de médico), e descobri, chocado, que não havia serviço. Nem um canapê. Nem um garçom com água. Só fila para dois estandes patrocinados por marcas de bebida alcoólica. Única conclusão possível: o cara é rico porque, quando dá uma festa para aparecer nas colunas sociais, arruma patrocínio, e o que economiza em uísque e champanhe deve estar aplicado no mercado financeiro.

Já pobre… Pobre, vocês sabem, quando dá festa é um tal de gastar uma dinheirama em feijão, maminha, cerveja, brigadeiro, e ainda fica ofendidíssimo se os convidados não saem de lá empanturrados. Essa gentinha…

E a classe média? Essa gasta medianamente: compra pães, frios, pastas. Mas todo mundo contribui com a bebida. Aí chegamos à típica festa do carioca classe-média-zona-sul entre os 20 e poucos e os 30 e tantos anos. O convite, feito por telefone ou e-mail, sempre traz duas ressalvas: 1- “Tô pedindo pras pessoas trazerem bebida, sacumé, né?, nessa crise…”; 2- “Claro, você pode chamar quem quiser, é só trazer mais bebida.”

Afinal, se cada um traz seu farnel alcoólico, por que impor limites? Mal sabe o festeiro, contudo, que ao mencionar o item dois ele acaba de comprar seu tíquete para o inferno. Pois ignorou o fator Baixo Gávea.

É fato comprovado por pesquisas: em toda festa na Zona Sul, sempre há pelo menos um convidado que passa antes no Baixo Gávea. Ele encontra um conhecido. Comenta sobre a festa: “É só levar cerveja.” O efeito multiplicador é avassalador. Não só porque os conhecidos vão comentar com outros, mas os desconhecidos vão entreouvir a conversa e decorar o endereço.

Resultado: às duas da manhã, o Baixo Gávea inteiro está na sua casa. Com um detalhe: quem não conhece o anfitrião n-u-n-c-a leva bebida. “Vou só dar uma passada, se estiver ruim eu volto da porta, então pra que comprar bebida?”, pensa. Às 2h45m, a cerveja acaba e o melhor amigo do dono da casa passa o chapéu para comprar mais. Mas os penetras, que já decidiram ficar na festa, não contribuem. Às 3h13m, um engraçadinho que não sabe mexer no mixer estoura as caixas de som e sequer pede desculpas. Às 3h48m, há uma fila enorme no banheiro, porque tem gente usando o cômodo para fins diversos. Às 17h24m, o dono da casa acorda e vê que as paredes têm marcas de sola de sapato. Vidros de perfume e CDs foram roubados. Sem falar no corpo inanimado no sofá.

E voltando ao tatu… O problema é que há uma ala de cariocas que, quando se trata da casa alheia, segue outra máxima: “em caminho de paca, tatu caminha dentro”.
Que situação...

Aí, que semana bunda. Só derrota.

'QUERO VOLTAR PRO SACO DO MEU PAI!!!'

E não tenho pra onde correr.

quarta-feira, agosto 27, 2003

Aí, na boa, caguei quilos pra Marte.
Futebol

Hoje lá vai o Mais Querido até o sul pra sua estréia nessa tal Copa Sul-americana. Jogo contra o Inter. Espero que a gente vença.

E, dia 17 de setembro... tchan-tchan-tchan-TCHANNNN!!! Bangu e América estréiam na Terceirona. Ah, muleque. Vou ter que dar as caras num desses jogos. O Bangu encara a Cabofriense, em Moça Bonita, às 20h30 e o América (Saaaanguê!!!) estréia contra o Olaria na Rua Bariri, no mesmo horário.

Dia 21, Bangu e América se enfrentam em Edson Passos. Nesse dia, lamento muito, vou de vermelho pro estádio.
Mapa da cidade dividido por bairros

Manifesto de orgulho suburbano

Segundo o Dicionário Aurélio, subúrbio quer dizer ‘cercanias da cidade ou outra povoação’. No Rio, subúrbio ganha outra conotação. Vira sinônimo de lugar feio, onde pessoas pobres e de classe média baixa moram. Essa conotação carioca de subúrbio também menospreza os seus habitantes e dá a palavra suburbano um tom pejorativo, remetendo a um indivíduo pobre de espírito. O mesmo Aurélio já reconhece o vocábulo como ‘indivíduo de mau gosto’. Tudo fruto do mais puro e mais baixo preconceito.

A cidade do Rio de Janeiro conta com pouco menos 6 milhões de habitantes no seu total e os não-suburbano, digamos assim, seriam só aqueles que habitam as partes fora da região suburbana da cidade. E qual seria essa região? Apenas a Zona Sul, a Barra da Tijuca e o Recreio. Alguns até consideram a Tijuca como não sendo subúrbio, mas TODOS os outros bairros da cidade, segundo essa forma de visão, são suburbanos.

Segundo números da Prefeitura do Rio de Janeiro, a população dessa zona não-suburbana representa pouco mais de 13% dos habitantes da cidade. Diante disso concluo que apenas essas pessoas que moram nas partes nobres do Rio, pouco mais de um milhão de pessoas, não deveriam receber essa ‘terrível’ qualificação de suburbano. Pois é, mas são justo essas pessoas que são os profissionais da mídia, os que formam opinião e acabam empurrando essa sua forma preconceituosa de pensar.

A raiz
O subúrbio dessa cidade não é esse buraco negro que muita gente pensa. Muito pelo contrário, é dele que sai a identidade da população carioca. A forma descontraída de ser, o bom humor, a malandragem (não no seu sentido pejorativo) são todos frutos do modo de vida dessas partes da cidade.

Nas Zonas Norte e Oeste existe colaboração e afeto entre vizinhos, existe cordialidade e boa vontade, ao menos existe mais do que na outras áreas cariocas – que têm outros predicados, é bom que se diga.

No subúrbio carioca está fincada a raiz da cultura popular dessa cidade, com suas manifestações folclóricas e suas principais atividades artísticas populares. Dele sai o samba, que não nasceu no Rio, mas na Bahia, embora tenha ganhado corpo e reconhecimento em solo carioca. Nele também vive o funk que, mesmo que não se goste, é um grito oprimido há mais de 20 anos e mesmo diante da não aceitação da classe média durante boa parte do seu tempo de vida, insiste em sobreviver (com vivacidade) nos bailes afastados do Centro.

Aqui tb tem
Na parte da natureza, as praias e principais pontos turísticos estão nas áreas nobres, mesmo assim existem belezas e fatos escondidos dos olhos dos cariocas por não ficarem na Zona Sul. Um dos maiores orgulhos da cidade é a Floresta da Tijuca, uma enorme área verde localizada entre a Zona Norte e a Zona Sul. De onde saíram as suas primeiras mudas? Da Serra do Mendanha, em Campo Grande, Zona Oeste.

Como cidade histórica, muita coisa aconteceu fora do Centro ( a parte mais antiga do Rio). Onde hoje está o Complexo da Maré esteve o principal porto do Rio durante décadas. A Fábrica Bangu, que deu origem ao meu bairro, foi uma das maiores empresas exportadores desse país, levando até ela mais de uma vez o então presidente da República, assim como outras fábricas que ajudaram a povoar outros bairros cariocas.

Economicamente Madureira, Irajá, Jacarepaguá, Campo Grande e Bangu são importantes centros comerciais da cidade. Sem eles a arrecadação dessa cidade, que tanto se gaba de ser turística, cairia estrondosamente.

Emancipação
A Zona Oeste do Rio já quis se emancipar mais de uma vez, iniciativa sempre barrada pelo governo municipal. E por quê? Porque é pra ali onde essa cidade ainda pode crescer, ainda mais com a criação do Porto de Sepetiba, que mesmo não ficando na cidade (está em Itaguaí), fica literalmente ao lado dessa zona do Rio. Além disso, a arrecadação municipal sofreria uma forte baque com a perda de centros importantes para a cidade como Bangu e Campo Grande.

Mas a principal contribuição que o subúrbio deu e dá a essa cidade são os suburbanos. Gente que compõe quase 90% do povo carioca e faz essa cidade ser o que é. Por conta disso vou discordar até o fim de alguém que chegue do meu lado e chame alguém, pejorativamente, de suburbano. Acho que agora nao é difícil entender pq tenho orgulho de fazer parte dessa gente.

terça-feira, agosto 26, 2003

FRILAS!!!

VICENTE PRECISA DE FRILAS!!!


Ser pego pelo pé quando menos se espera e as coisas caminham bem é meio ingrato. Por conta disso, Vicente necessita loucamente de FRILAS!!!.
Que dia é esse?!

Acabo de voltar do almoço, o termômetro do cruzamento entre Avenida Presidente Vargas e Avenida Rio Branco marca 15º!!!

Quero o meu verão tropical de volta!!! Se bem que o invernozinho quente que tava fazendo tava de bom tamanho...

Não lembro de ter pego uma temperatura tão baixa no Centro da cidade.

O melhor é que logo mais vou pra sede da holding de novo. Logo, é dia de ficar barrado outra vez.
Querem criar um herói

O nobre companheiro Sergio Vieira de Mello passou dessa pra melhor (espera-se) após o atentado semana passada em Bagdá. Todo mundo sabe, todo mundo viu. Todo mundo tb ficou chocado com a situação, com a brutalidade e com a morte do diplomata.

O nobre companheiro, alto comissário da ONU, vivia pelo mundo e, segundo o q os meios de comunicação propagam, era um cara de conversa, negociação e que acreditava nos direitos humanos.

Até aí morreu neves, segundo o perfil traçado pela imprensa, Vieira de Mello era um cara bom e trabalhador. Como não tenho outra fonte de informação a respeito, cabe-me acreditar. Mas o q começa a me incomodar são as incansáveis matérias promovendo uma 'heroificação' do diplomata.

Uma matéria em especial, do Fantástico na realidade, incomodou-me em especial. O que foi aquilo de explorar da forma mais baixa e sensacionalista possível o romance do cara com a argentina funcionária da ONU? Pô, se querem mostrar o cara como herói (e mesmo se nao quisessem), tenham respeito, né. Fizeram um dramalhão, um exploração das mais baixas da informação. Acredito que queriam dar o tal 'diferencial' na cobertura, mas pera lá. Tenhâmos limite. Acho que são essas coisas que queimam o filme dos jornalistas, esse uso irresponsável das informações.

Bom, voltando, todas as matérias dão conta do grande compromisso com a humanidade, do caráter íntegro e do espírito trabalhador do cara. Tudo bem, é normal que todo mundo, quando morre, seja apontado como pessoa de bem (vide o recente caso do Roberto Marinho que insistem em dizer que foi uma pessoa boa. Ahan), mas o que nao concebo é a colocação de sua imagem como um herói brasileiro.

Há pouco, li uma matéria no Globo.com (essa aqui), onde os caras descrevem 'os momento heróicos' que vieram antes da morte do diplomata. Ah, tenha dó...

Não se leva em conta que o diplomata nem vivia no Brasil há anos. Tá, tá bom. Falava português, era carioca e tal, mas nem enterrado em solo brasileiro vai ser! Seu sepultamento vai rolar em Genebra, onde realmente viveu.

Tava eu pensando com meus botões, deve ser a falta de heróis nesse país, né. O último herói que a aura de herói na íntegra * foi o Airton Sena, espatifado em um muro; depois dele tentou-se colocar o Guga, que é um deus em Floripa, mas só em Floripa; aí veio o Ronaldo Nazário que anda meio sumido ultimamente no Real Madrid; o volêi deu vexame no Panamericano e o Bernardinho perdeu seu posto de grande líder; e os demais esportes não têm tanta repercussão. É relativamente fácil a fabricação de heróis no esporte, mas se nao rola o carisma necessário, já era.

E veio agora esse povo querendo criar um herói político, que nao tem indentificação com o povo do país. Não digo que nao se deva admirar o cara, visto que chegou a uma posição de destaque, mas herói? Sei não... Exagero.

* O texto foi mudado graças a um bico na canela dado pela Chris.
Sabe quando o dia começa mal?

Quando a Avenida Brasil tá parada de Irajá até o Centro.
Super homem trocando de roupa

Juliana mandou por e-mail esse singelo endereço. É bobo, mas é legal.


http://user.chollian.net/~sconet21/flash/superman.swf

segunda-feira, agosto 25, 2003

Entrou água na parada

Recebi essa pérola há pouco vinda, por e-mail, da Paula. É uma nota publicada hoje na coluna da Hildegard Angel, no Jornal do Brasil. Ixpetáculo de conhecimentos químicos.

"E AINDA TEVE a novidade: o cheiródromo! Como? Isso não é novidade? É, sim, queridos, porque foi um cheiródromo do bem. H²O puro. Oxigênio com aromas variados, eucalipto, café, limão. O pessoal já tipo demi bombé dava uma cheirada num tubinho, de puro ar, e voltava revigorado."
(Jornal do Brasil, 25.ago.2003)

O dia em que H²O for a fóruma da água eu vou ser um peixe.
Ganhou



E não é que a Daiane ganhou ouro no mundial de ginástica olímpica? Maneiro. Maneiro. Não foi a paulistana rubro-negra Hipólito, mas a gaúcha pretinha. Tá valendo. Mas é mais legal ver um menina que é negra e gaúcha (já que só aparece gaúcho branco na maioria das vezes) mandando bem num esporte onde só a brancalhada apita.

Brancaleones

Reza a lenda que vou conseguir descobrir pq o blogger.com.br me bloqueia e, enfim, entrar de fato no blogue. O Brancaleones foi criado por Marinilda, que alega, assim como Christiane, estar cansada dos seus próprios. Bom, hoje vai dar certo de qq forma, por bem ou por mal o blogger vai parar de frescura comigo.

Enquanto isso, o link tá aqui.
Noivado

Uma colega chegou hoje toda, toda feliz. Tava na cara que algo tinha acontecido durante o fim de semana. Ela nem deu tempo pra especulações. Soltou na lata um "tô noiva!". É, né. As vezes eu acho que o sujeito tá só ganhando tempo. Bom, ele pode tb estar procurando ir se acostumando com a idéia de verdadeiramente ter uma companheira.

O novo noivo (construção horrorosa essa) tá jurado pra maio do ano que vem... Que a Força esteja com ele.

E agora lembrei da minha amiga Patrícia... já pegou sujeito Bruno pelo braço e disse que ele não tem mais fuga. É, Bruno, tá lascado na mão da menina. Até agora nao ouvi dela esse caô de noivado, mas nunca é tarde... Até eu tenho medo desse casório, tb tô jurado... Patrícia, amiga relapsa porém queridíssima, já disse que deverei estar fantasiado de terno...


É, né. A Luma agora tá lá, na Mocidade. Sabadão rolou festa pra apresentar o enredo bolado pelo enlouquecido Chico Spinoza e pra 'apresentar' Luma a escola. Pelas minhas contas essa é a quarta escola de coração dela (já passou pela Caprichosos, Tradição e Viradouro). Deixa ela, tem gente q acha legal, a galera da bateria de Vila Vintém vai ficar de olho grande na madame que vai, em trajes sumários, ficar rebolativa diante dos caras. Mas, sei lá, nao fiquei muito fã. Sinceramente preferia Monique Evans, há 18 anos atrás, no Ziriguidum 2001.

E, na boa, ela é fraquinha sambando, né... vale só pela plástica... Ah, e já é sabido que a fantasia da bateria em 2004 vai ser ixpetáculo, né. Luma vai usar o dinheiro do minerador com os tubos cheios de grana Eike (leia-se áiqui) pra vestir os ritmistas. Deve ter sido por isso a festa...

Detalhe no tamanho da saia... aí vem um fotógrafo e pega as partes íntimas da moça e ela fica fula da vida querendo processar geral...

Bom, de qq forma eu continuo com a escola. As rebolativas passam e a escola fica. A partir de agora começa a escolha de samba, nesses primeiros sábados fica tudo meia bomba, sou fã de ir nao. Prefiro esperar mais um pouco.

domingo, agosto 24, 2003

Parte 4 - Perrengue final

Se nao fosse o fato de eu nao ter levado a bagulhama das lentes tinha caído por uma casa no meio do caminho, mas era melhor voltar pra casa e dormir sem as lentes para evitar complicaçoes.

Enquanto as meninas seguiram para um lado, peguei o caminho para Cascadura. Peguei outra kombi, só passavam elas mesmo, para o destino. Quem entra e senta do meu lado? As 'charmeiras' da kombi do doidaralho que ate'me cumprimentaram e chegaram a comentar que nao esperavam um outro doidão na kombi. Convenhamos, outro persongem daqueles ia ser demais pra minha cabeça.

Chegado a Cascadura, vazei da kombi e fui pro ponto. Passou onibus? Nao! Passou kombi? Sim. Pois é, pela primeira vez na minah vida no Rio de Janeiro e saí e voltei só usando kombis... vou pro inferno por conta disso. Mas nao ausencia de carro e de onibus eu que ia ficar dando pinta de madrugada por aí.

Essa kombi ia até Senador Camará. Entrei, fiquei no sapatinho até que um senhor começou a falar : "to com 300 gramas de cocaína, um peso do preto e duas pistolas na bolsa. Sou do bicho!". Caguei pra ele. Mas o motorista da kombi ficou bolado. E esbravejou "Desce, nao vai ficar falando besteiro no meu carro. Desce, vai ficar na pista. Se nao descer por bem, desce por mal". E nao é que o senhor falador desceu de bico calado?

Quando tudo já parecia tranquilo, todos os perrengues vencidos, a kombi parada no ponto onde eu desço... veio a cereja do bolo. Saltei pra fora e ouvi um barulho de tecido rasgando...

O bolso prendeu num ferro e rasgou lindamente a calça. Que belo. Agora eu estava praticamente em casa, mas com a minha cueca samba-canção vermelha a mostra. Só eu mermo. Ninguém viu, nao tinha ninguém na rua. Mas que situaçao...
Parte 3 - A feira

Já dando as caras por lá encontramos Georgiana, aquela mesma que duvidou que eu chegaria até lá, e sua prole.

Aquela barulheira, gente com padrões estéticos bem próprios e independentes circulando, a Skol mais cara do mundo... Mas o que me deixou frustrado foi só ter encontrado forró mecânico...

Vejamos o lado, agora tenho que voltar a um forrozinho pé-de-serra pra reavivar meu lado forrozeiro que está um pouco adormecido.

O ponto alto foi perceber que Mariana, irmã de Georgiana, tem voz. Até então eu nao havia escutado...
Parte 2 - O Doidaralho na kombi

A próxima fase da noite seria rumar até a aprazível Feira de São Critóvão. E fomos. Como Georgiana iria até sua casa buscar as demais participantes da expedição, partiu pra um lado enquanto eu fiquei incumbido de levar a outra parte da expediçõa diretamente para o ponto de encontro a feria. Como chegar? Georgiana duvidou da minha estranha capacidade por me guiar no subúrbio carioca.

A proposta seria pegar o 261(Marechal Hermes - Algum Lugar), que passa no referido ponto a ser visitado. 261 passou? Claro que não, mas em seu lugar chegou uma kombi que sequer habitaria um pesadelo meu. Detalhe, a kombi trazia um papelão colado no pára-brisa com fita crepe onde se lia o número da linha do ônibus (261) escrita com algarismos que pareciam ter saído da mão esquerda de um destro.

Já dentro da kombi entram duas meninas 'charmeiras' que seguiam na mesma direça. Uma delas, dona de uma lapa de bunda descomunal, disse nao se sentir a vontade de sentar na poltrona onde havia espaço por ficar de costas para o motorista para ver a via. O q ela fez? Acomoudou a buzanfa kink size entre eu Luciana e Mariana. E coube, né. Com jeito coube.

Após seguir um pouco pinta no caminho um doidaralho (doidaralho é o sujeito acima do nível de doidão). O Doidaralho subiu na kombi, sentou na minha frente e parecia estar chapado com um misto de álcool e do branco. A primeira frase proferida pelo sujeito foi "tô como a Rosinha, de pressão baixa!". Nao ia prestar...

E nao prestou.

Repentinamente o sujeito começou a reclamar de um perfume forte. "Tem alguém aí com um perfume de erva-doce!". Eu nao tava sentindo cheiro algum, mas... deixei quieto.

Até a hora em que ele começou a bater, de leve, a cabeça no vidro da portad a kombi. Levou a mão a boca e a deixou lá... Ficou, ficou, ficou até que começou a balançar e eu comecei a pensar com meus botões... "se esse sujeito vomitar na minha calça clara vou dar-lhe um botadao".

Tanto a criatura balançou que repentinamente baixou a cabeça. Abri as pernas bruscamente. Po, se vomitasse que vomitasse noa chao e nao encima de mim. E nao é que o furingudo levantou rindo e dizendo "Heheh. Enganei vocês". Ao mesmo tempo que tive vontade rir tb tive vontade de dar-lhe um bico na canela... Bom, ainda bem que o doidaralho pouco depois chegou ao seu destino e desceu.
O clássico sábado suburbano feliz

O sábado teve intermináveis viagens de kombi, show do Paulinho da Viola, perrengue, cerveja, boa companhia e calça rasgada. Ixpetáculo de sábado.

Primeira parte
Tudo começou quando Vicente se atrasou pra sair de casa, a primeira parada era o Sesc Madureira onde rolou Paulinho da Viola. Existia a opção de encarar um ônibus ou apelar, encarar uma kombi. Pensei: "ah, só uma vez. nao vai ter problema encarar esses veículos bizarros de transporte". Fui lá. Cheguei na hora. Detalhe, fui o primeiro a chegar ao local combinado na hora combinada.

Em tempo, devido a um singelo acidente de trânsito, Ervilhão, veículo automotor e parceiro, está fora de circulação por um tempinho, daí o perrengue ser mais legal.

Depois deram as caras Georgiana, Mariana e Luciana, nessa ordem. E, blogue, Paulinho da Viola em Madureira, com a Velha Guarda da Portela e suas cabecinhas brancas na platéia é muito bom. Sabe coisas que fazem sentido e te deixam feliz? Pois é, por aí.

O show terminou com Paulinho cantando foi um Rio que passou em minha vida com a presença da Velha Guarda no palco. Eu e as meninas só éramos sorrisos.
Mesmo com raça...

Ontem lá foi o Mais Querido a Santos jogar. Arregou no primeiro tempo e só jogou como Flamengo no segundo. Perdemos, 2 a 1. Até o péla-saco sangue-suga do Edílson fez gol.

Bom, o time perdeu mas eu nao fiquei fulo, ao menos os caras mostraram vontade. E dessa vez aquele juiz gaúcho furingudo, o tal do Leonardo Gaciba, nao garfou a gente como fez no jogo contra a Ponte Preta.

Tenho que voltar ao Maracanã, o próximo jogo vai ser contra o Atlético do Paraná. Mas como o jogo vai ser aqui nao vai ter aquelas lambadas e descontrolada que Curitiba faz o Mais Querido tomar... Se nao rolar nesse, eu vou contra o Corinthians. Mas eu tenho que voltar a algum jogo. O último foi aquele fatídico contra o Figueirense... Deixa pra lá, né.
Uma cena bem estranha

Esqueci de escrever o que vi quinta-feira na Lapa. Estávamos lá três Marianas, duas Lucianas, um Georgiana, um Arthur, um Michael Sullivan e um Vicente. Mas tb existiam, pelo menos 20 policiais militares armados e seis viaturas da PM. Até o comandante do batalhão responsável pela segurança da área deu as caras por lá, o batalhão é o 5º, da Praça Harmonia.

Em dado momento rolava mais papa mike do que não papa mikes no lugar. Mais policiais do que bebedores na Lapa?! É, eu vivi pra ver isso. E o sinistro foi que os caras pareciam estar preparados para um confronto com traficantes. Pô, o morro mais próximo que poderia permitir uma troca de tiros com eles ficava a uns dois quilômetros, por baixo. Eu só olhava pros lados e via gente sentada nos bares. Todos, ou quase a maioria, providos de suas respectivas garrafas de cerveja.

Eu acho que a polícia tem o direito de frequentar a Lapa, preferencialmente desarmada, mas acho que não é assim que a coisa tem q ser feita. Alguém disse que seria por conta de uma matéria publicada no domingo passado que falaria do tráfico de drogas no local. Tá, tá bom. Eu sei, tu sabes, ele sabe que rola o tal comércio de drogas ilícitas, mas é motivo pra botar tantos policiais ali??

Achava que seria melhor por os caras do serviço reservado em campo pra grampear quem eles quisessem, ia ser muito mais fácil e menos traumático. Mais útil até que 20 policiais com metralhadores e coletes a prova de bala circulando em meio a molecada.

Ou tb poderia ser uma forma meio grosseira de falar "hoje eu nao quero que ninguém venda nenhuma substância proibida nesse pedaço da cidade, tá bom?". Tá, né. Eu nao compro nad mesmo, mas a situaçao (com viaturas paradas na minha frente com luzes vermelhas nos tetos dos carros rodando insistentente) nao foi confortável. Me senti como se devesse algo a eles. E nao devo! Gostei nao.

sexta-feira, agosto 22, 2003

Falando nos camaradas brasilienses, recebo um e-mail falando dum flash mob candango. Agora, na boa, o cara chama os sujeitos de flashmobbers. Feião que dói.

Bom, a parada era pra hoje. Será que rolou?

O link pro blogue onde o maluco dá o blá da história é esse aqui: http://www.flashmobdf.blogger.com.br/
Eu vou me arrepender de escrever isso... tô com saudade de Brasília. Não da cidade em si, mas dos vários camaradas de lá...
Ogro, o surto

Essa história de ogro está indo longe demais. Hoje Irmão-Léo veio das as caras pelo Centro da cidade. Fomos almoçar. A cambada do escritório resolveu ir num rodízio de massas. Pra q, né? Dei vazão, assim como meu irmão, a nossa face mais ogra. Deu medo, muito medo. Ainda bem que a parada da natação está sendo levado a sério...
"Quarto, proteja-se"

Essa era a frase proferida pelo camarada Senhor do Teu Anel sempre que deixava o seu quarto quando habitávamos o mesmo apartamento, em Pernambuco.

Ao mesmo tempo que eu achava coisa de louco (ele é louco mesmo e convivia muito bem com isso e eu tb), achava legal a inciativa. Ele me explicava "o quarto realmente tem poder de afastar coisas ruins". Gostei da coisa, mesmo sem entendê-la direito.

Ontem, não sei porquê, lembrei da história. Tava lembrando de nossos papos surreais, as discussões de moleques e tudo mais. Tudo acompanhado de perto pelos irmãos RMRO e Kléxton. É deu saudade.
P q tem gente q se surpreende ao descobrir que um jornalista guarda seus bloquinhos de apuração, mesmo tendo um monte de páginas escritas com letra ilegível? Ué, o jornalista tb pode ter suas pequenas excentricidades. Ao menos eu acho.
Pregação x Pregação

Lendo essas paradas mais abaixo lembrei de uma situação contata por Irmão-Léo. O figura estudou há alguns anos na Escola Técnica Visconde de Mauá, aquela de Marecha. Após a aulas, o moleque ia até a estação onde pegava o ônibus para casa. O ponto fica bem ao lado da estação de trens do bairro, assim como vários outros pontos finas de outros ônibus. É um luagar movimentado durante o dia e a noite. Pessoas entra me saem dos ônibus, sobem e descem as escadas continuamente.

Num desses dias, segundo relatou Irmão-Léo, estava ele chegando ao ponto quando viu um senhor, de terno surrado e um livro debaixo do braço de aproximar. O senhor parou diante da fila e abriu o verbo. Estava pregando, procurando (da sua maneira) levar aquilo que ele acreditava ser o certo para as demais pessoas. Não vou julgar a atidude do indivíduo que tocava sua pregação adiante, a proposta do post nao é essa.

Nisso, enquanto o ônibus não saía, continuavam todos lá, ouvindo o insistente senhor com suas passagens decoradas da bíblia. Mas não ficou por aí. Desceu as escadas da estação um outro senhor com outra bíblia. O novo sujeito na história começou a pregar pra outra galera. Mas quando viu a 'platéia' do senhor que chegou primeiro partiu pra cima para 'disputar' a atenção.

Sério, se eu tivesse lá não saberia qual seria minha reação. Irmão-Léo disse que ambos começaram a proferir suas frases gritando com cada vez mais paixão. A fila, coitada, continuava parada e o ônibus de porta fechada. Após alguns instantes, um se virou pro outro e começaram a pregar um pro outro! Como assim!!! Isso deve ter sido uma cena ixpetácular!!!

Pena que meu referido irmão não assistiu o desenrolar até fim. O mané do ônibus abriu a porta, todo mundo e subiu e o coletivo partiu. Enquanto isso, já sem a 'platéia' os pregadores continuavam se desafiando.

Aí eu me pergunto, qual seria o objetivo desses caras? Se eles realmente quisessem expôr aos outros no que acreditam, pq entao ficaram brigando entre si? Gente estranha... mundo estranho...
The Jacksons

Quak, Canosa e eu somos indivíduos escuros. Tá, os outros dois são um pouquinhoo mais escuros que eu. Vendo aquela cena, Arthur, o firuleiro, chegou mais perto e mandou que éramos os Jacksons Three. Como a chegada dele, o Arthur, viramos os Jackson Four. Mas Jackson Five nunca. Até Mariana, que tava no bolo, entrou na brincadeira. Segundo o firuleiro, era a nossa Diana Ross. Pior, segundo a viagem do parceiro figuraça, eu seria o Michaeel Jackson... Eu, hein. Essas figuras tão bebendo demais ou ele fez piada sobre a minha pretidude...
Lapa, aqui me tens de regresso

Após meu longo período de afastamento devido a minhas andanças pela aprazível cidade de Recife e não tão apravível, porém cheia de companhias aprazíveis, Brasília, volto a freqüentar o simpático e tb aprazível, e p q nao, bairro da Lapa. Ontem lá fui onde encontrei zilhões de anas, sete na realidade. Três Marianas, duas Lucianas, uma Georgiana e um Bandana (o figuraçã Andrezéénho, fiel escudeiro do firuleiro Arthur). Diante de tantas anas acho até que sobrei. Ah, na mesa ainda rolou a mega presença de Michael Sullivan, seu seu parceiro de sucessos brega Paula Massadas. Pena que ele nao cantou.

Mas Lapa que é Lapa traz supresas como os figuraças Marcelo Quak e Canosa, coleguinhas e maus elementos conhecidos como ex-repórteres das editorias de Polícia dos jornais cariocas.
Folclore

Hoje deveria ser um dia importante nesse país. É o dia do folclore, mas as pessoas mal se lembram quais são nossas manifestações folclóricas. :-(

quinta-feira, agosto 21, 2003

Meio de semana esportivo

Ontem o Mais Querido ganhou mais uma. Foi meio triste, o Jean impedido chutando e a gente ganhando com um gol contra. Ah, sei lá. Tâmo em nono. Somos os melhor time carioca (por incrível que pareça). Mas é lamentável ver o Maracanã com seis mil pessoas. É muito pouca gente... Coisas de fórmula de campeonato. Outro dia eu taco pedra nela.

E o Flu? Enfim ganhou. Um a zero no Inter lá em Porto Alegre. Enfim venceu e saiu da zona de rebaixamento. Deve ter sido armação dos colorados pra deixar o Grêmio cada vez mais sozinho lá embaixo, hehe.

E pena que o basquete brasileiro perdeu pros estadunidenses no pré-olímpico. Ainda vou viver pra ver o Brasil vencer esses caras, ah, vou...
Molhado

Irmão-Léo me convenceu a fazer natação com ele. Ai, meu Deus, acordar cedão pra pular na água fria não pode ser uma boa opção de vida... Sinistro. Espero já começar a atividade física até o mês que vem.


A Paula-que-gosta-de-samba postou ontem ou anteontem sobre a iniciativa do Antônio Candeia Filha, o Candeia, em tocar uma iniciativa paralela às escolas de samba no subúrbio carioca. A tal iniciativa tinha como objetivo difundir e defender a cultura popular. Candeia também foi compositor reconhecidíssimo e um líder que procurava valorizar a cultura negra.

O sambista estava muito a frente do seu tempo, foi ele que inventou aquela coisa de ala de passos marcaos ainda na década de 50. Foi um dos precursores dos grupos de samba vocais e instrumentais. Só que, quando era policiail (mesmo sendo um artista top, não vivia do samba), em 1965 (acho), levou um teco na espinha e passou a viver numa cadeira de rodas.

E Candeia parou? É ruim. Aí que ele virou líder mermo. Juntou uma galera do samba, já descontente com os rumos das escolas de samba, correu atrás pra fundar o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo.

Sambista e ativista que defendia a cultura negra, o cara ainda escreveu um livro que sou louco pra ter e ler "Escola de Samba, árvore que esqueceu a raiz". Mas nem o outro autor o tem. Já pedi pro próprio e não rolou. :-(

O Quilombo encerrou o desfile das grandes escolas ainda quando rolava avenida Rio Branco, de 1978 a 1981.

A sede da agremiação ficava em Coelho Neto, na Zona Norte, onde se cultivava jongo, maracatu, capoeira e o que mais fosse oriundo das raízes negras. Cultivava-se e pesquisava-se a cultura negra. Uma pena que o cara morreu cedo, com 43 anos... Nem o vi, eu tinha dois anos quando ele se foi. Vaso bom quebra fácil, né.

Essa passagem aqui eu copiei do livro no Nei Lopes, o Guimbaustrilho. Nei escreveu o discurso do Candeira na inauguração do Quilombo.

Estou chegando. Venho com muita fé. Respeito mitos e tradições, (...) busco a liberdade, não admito moldes. (...) Minhas portas estão abertas, mas entre com cuidado. Aqui todos podem colaborar mas ninguém pode imperar. (...) Não quero títulos, não almejo glórias. Faço questão de não virar academia, tampouco palácio. Eu sou o povo. Basta de complicação (...).'

A Portela é a agremiação que mais produziu sambistas com liderança e discernimento crítico a respeito da nossa cultura popular. Acima de tudo, por conta disso, tiro e sempre vou tirar o chapéu e respeitar a azul e branco de Osvaldo Cruz e Madureira.
Camelôs no Santa Cruz

O meu trem é simplesmente o bom e velho Santa Cruz, ou seja, aquele que percorre o ramal Santa Cruz. É o mais longo trajeto dos trens urbanos do Rio. Como já escrevi em outra oportunidade, saio do trem na 24ª estação do ramal, a Guilherme da Silveira, bem em frente ao campo do Bangu, popularmente conhecido como Moça Bonita.

Pegando o 'trem rápido' são 40 minutos lá dentro, tempo suficiente pra ver bastante coisa. Ontem uns quatro camelôs chamaram minha atenção.

Primeiro passou uma moça que teve ter até menos idade que eu. Ela trazia um menino de cucuruto raspado no colo, uma outra criança a seguia toda sorridente e saltitante, porém sujinha, sujinha, driblando os passageiros e pulando de um vagão pra outro. A moça, a mãe, administrava os dois moleques enquanto vendia bananada. Até ontem eu não havia visto isso.

Enquanto ela foi pra outro vagão, chegou no que eu estava um tipo curioso. Um senhor negro, atarracado, de cabelo grisalho. Vestia um terno verde e carregava um bíblia na mão esquerda e um pacote de Biscoito Globo na direita. Pensei “é o Globo do Senhor”. Mas depois a ficha caiu. Que pensamento imbecil o meu. Preconceituoso com o credo do cara e sem levar em conta que um homem daquela idade estar trabalhando não deveria ser algo normal. Das duas uma, ou precisava reforçar a aposentaria, ou nem aposentadoria tem.

Depois pinto um mulato que chegou do meu lado com uma bolsa enorme. Parou, pôs a bolsa no chão. Abriu-a e de lá de dentro tirou um gancho que vinha trazendo, já devidamente ensacadinhos cebolas, cabeças de alho e umas paradas verdes que não soube identificar. Tudo por um real. Era comprar, ele punha em um saquinho preto já preparado pra isso e pronto. O cliente leva a cebola, o alho ou a parada que eu soube explicar pra casa na boa.

Por último, existia tb o cara que vendia de tudo. Vinha ele com um gancho pra pendurar nos suportes onde os passgeiros se seguram. O gancho trazia coisas embaldas como cachos de banana onde se via baralho, cotonete, bandeide, cadeado e até superbonder. Os trens são verdadeiros mercados populares de uma variedade que surpreende. Acho que qq indivíduo que topa ser repórter de cidade no Rio de Janeiro deveria obrigatoriamente viajar num transporte desses.
A Central do Brasil e sua diversidade

Nessa quarta-feira optei por vir com o cara de lata pra casa. Como sempre caminhei até a Central do Brasil e percebi que ao lado da entrada lateral da estação é um ponto de encontro evangélico. Um lugar de pregação e de cantorias!!! Sempre tem, pelo menos uns quinze marmanjos parados ali, todos prestam atenção ao sujeito que está lá, pregando ou soltando o gogó com motivos evangélicos.

O som é tosco, é ruim que dói. Hoje eu juro que parei uns segundo pra tentar aprender o refrão ou ao menos sacar o que o companheiro cantava, mas nada. Só entendi as palavras João, Abraão e irmão. Rima rica, hein? Nada mais.

O diferencial de tudo isso é que as famosas e rodadas 'meninas de vida fácil' dos arredores as vezes passam do lado, assistem tb e voltam para arrumar freguesia. É um mundo curioso esse.
Sempre barrado

Queria saber o porquê de eu ficar sempre barrado quando vou a sede dessa holding onde trabalho. Não tenho cara de homem bomba ou tenho? Ou será que é esse aspecto de traficante colombiano? Bom, convenhamos, se fosse a cara de traficante colombiano provavelmente seria melhor recebido... ia ter um monte de gente querendo arrumar um paradinha que parece bicarbonato de sódio mais fácil e mais barato.

quarta-feira, agosto 20, 2003

Olha lá Bangu!

Desde o tempo do ronca existe um projeto de construir a rodovia RJ 109, um arco viário ligando as principais entradas e saídas da capital fluminense. O governo federal resolveu pegar o projeto e bancá-lo. Show de bola.

Aí, fui lá olhar a matéria e tem um mapa do Grande Rio com as vias e não é que olho pra ele e vejo que Bangu tá no mapa. Aí puxei ele pra cá pra neguim ter uma idéia mais exata de onde, dentro da cidade, fica localizado o meu aprazível bairro.

Hoje tb tem jogo do Mais Querido no Maracanã. Arrumando um bonde de volta pra Bangu, dou as caras na partida.
Tb no fim de semana companheiro Art recitou a letra da música que posto abaixo. O grande barato nessa parada é honestidade no uso das palavras. Diante disso, p q não postá-la? Agradeço ao companheiro-firuleiro Arthur pelo envio da letra.

Lugar do Caralho
Júpiter Maçã

Eu preciso encontrar um lugar legal pra
Mim dançar e me escabelar
Tem que tê um som legal, tem que tê gente legal
E tê cerveja barata !

Um lugar onde as pessoas sejam mesmo a fudê,
Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super
Chapadas

Um lugar do caralho

Sozinho pelas ruas de São Paulo eu quero achar
Alguém pra mim.
Um alguém tipo assim :
Que goste de beber e falar, LSD, queira tomar e curta,
Syd Barrett e os Beatles

Um lugar e um alguém que tornarão me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super
Chapadas

Um lugar do caralho


Sozinho pelas ruas de São Paulo eu quero achar
Alguém pra mim.
Um alguém tipo assim :
Que goste de beber e falar, LSD, queira tomar e curta,
Syd Barrett e os Beatles


Um lugar e um alguém que tornarão me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super
Chapadas

Um lugar do caralho
Companhia

Hoje tem Dona Ivone e Dudu Nobre no João Caetano e Elza Soares no Rival. Preciso de companhia pra encarar essas paradas, tô sem pilha pra um vôo solo hoje. Pena que meus amigos furingudos são todos uns arregões ou não gostam desse tipo de programa. Ó vida, ó azar.
Eles querem dominar o mundo

A exemplo dos estadunidenses que querem conquistar o mundo na base do capital e da força bruta, outras galeras tb têm o mesmo objetivo, mesmo que seja de forma não tão ostensiva. Os chineses, que têm o maior exército desse planeta, associados aos coreanos estã se espalhando sorrateiramente, abrindo uma pastelaria aqui, outra pastelaria ali... Um dia vão querer tomar todo o mundo de assalto, provavelmente usando seus pastéis como arma. O sinistro é que os caras armam tudo na cara de todo mundo e ninguém entende, eles não falam português e os brasileiros não falam a língua dos orientais.

O mais novos a entrar nessa parada são os peruanos. Blogue, em todos os centros comerciais populares do Rio. Estão simultaneamente naquele largo que fica em frente ao Banerjão e ao Edifício Garagem Menezes Cortes (da Rua São José), no calçadão de Bangu, de Madureira, de Campo Grande, no Largo do Machado, em Bonsucesso em sabe Deus onde. Se não me engano, cheguei a vê-los em São Gonçalo. Os caras tão chegando no sapatinho tb. Qq dia pode rolar até o embate chineses e coreanos x peruanos. Ia ser muit doido.

PS: As vezes me impressiono como escrevo besteira.
Escatologia

No fim de semana escutei a descrição de uma prática um tanto inusitada. Autoritária que contou. A parada é a seguinte. Um sujeito que trabalha com a menina expôs sua prática para evacuação em banheiros que não o de sua casa.

O tal sujeito chega no box, faz o devido preparo, digamos, logístico e, sobre a água do vaso sanitário, coloca papel higiênico. Pra quê? Pra evitar que aquela água respingue na sua respectiva retaguarda.

Bom, procuro não escrever minha opinião sobre tal atitude nesse blogue, mas quem me conhece já pode me imaginar proferindo algumas frases bem específicas...
Trabalho

Vc é um profissional de comunicação. É responsável por um setor da comunicação da empresa onde trabalha. Pedem a vc para providenciar uma forma de informar de tornar comum as informações sobre um projeto específico. Vc elabora a forma de publicação respeitando o projeto editorial da mídia que lhe foi entregue. Aí, vem o sujeto que pede para vc divulgar a informação específica e alega que vc está de má vontade. O profissional de comunicação vai e explica ponto a ponta o porquê de não poder atender aquele solicitação no momento. Mas se mostra acessível para discutir, buscar outra solução e colher sugestões pq é de seu real interesse mudar o projeto editoral da mídia. Mesmo assim, o sujeito vêm mostrar que não entende nada de comunicação, bate o pé, faz biquinho, alega que vc está de má vontade. O q fazer numa situação dessas? Nao posso fazer o q o Id sugere, mas manter a paciência é difícil quando o profissional de comunicão não tem sangue de barata.

terça-feira, agosto 19, 2003

O bar e banheiro do bar


Peguei essa imagem do blogue da Mariana, pessoa que me disse que tem gente nesse mundo de meu Deus que me considera um ogro. Eu, hein. O pior é que nesse caso nem caguei e andei pro fato. Pois bem, a imagem é do bar favorito dela (e de muitas outras cabeças), o estabelecimento fica de frente pros arcos e pro falecido Semente (aquele espaço minúsculo que tinha música legal, do samba aos ritmos caribenhos). Mariana até postou sobre o lugar que ela conhece e é conhecida pelo garção, o Domingos.

Curiosamente eu mais mijei do que bebi por lá. Diga-se de passagem, é o banheiro mais underground, sujo, xexelento, deplorável e ignóbil que eu já vi. E olha que já mijei em muito lugar escroto por aí.

O detalhe sensacional é o nome do lugar. Desde que registrei na memória que o bar existe, tá lá a plaquinha Francast. Só que o nome do lugar é Bar do Antonio. Aí, eu vou e faço a mesma pergunta da Mariana: quem é tal cara que dá nome ao bar?
Tristão, o Iaserj tá morrendo

É, pois é. Eu nasci lá... É triste ver como o poder público estadual, mais preocupado com iniciativas populistas como café da manhã em estação de trem por R$0,35, almoço por R$1,00, salão de beleza por R$1,00 e deixa a saúde ir pro buraco...

Eu nasci no Iaserj há 27 anos. Na época, o hospital da rua Henrique Valadares funcionava, tanto que fui parido no lugar... Hoje tá subindo no telhado. Li a matéria é me deu tristeza.
Se me contassem eu não acreditaria

Noite de terça-feira, chegava eu em casa. Vejo uma brasília com uma caixa de som sobre o teto. Pensei: "pô, é o carro da pamonha. Tem tempo que não vejo".

Engano meu.

Era um carro anunciando a Sessão de Descarrego da Universal. Veio ele em som estridente "um milagre espera por vc! sessões de descarrego nos horários de 18h, 19h e 20h".

Eu, hein. Sai de retro. Antes fosse o carro da pamonha.

segunda-feira, agosto 18, 2003

E o samba embranquece

Não que embranquecer seja algo pejorativo, longe disso, sábado eu vi o senhor Otto Enrique Trepte mandado ver e mandando bem, no Portelão. Seu Otto, filho de alemão e branco por conseguinte, é o Casquinha da Portela. Não preciso falar mais nada. O que lamento é que o samba vem deixando de ser algo popular há algum tempo. Eu vejo isso com tristeza. Ele nasceu na Bahia, mas cresceu no Rio de Janeiro e foi aqui que passou a ser o meio com que os artistas populares se expressavam.

As rodas de samba rolavam por todo o canto, mas principalmente no subúrbio onde se concentrava a maioria da população de origem negra que curtia aquele tipo de manifestação folclórica. É, o samba é nosso folclore.

Com o passar do tempo, o samba abriu portas e não mais passou a se restrigir aos pobres. Esse mesmo samba cantado nas rodas perdeu espaço no subúrbio. Hoje o samba que se ouve nos bairros populares da cidade são aqueles tocados nas rádios, o que é pejorativamente chamado pagode. Bom, ao meu ver, a denominação tá errada, pq samba é samba. Pode ter samba pop e samba que não é pop, mas tudo é samba quer se queira ou não.

O samba de roda ainda sobrevive em pontos específicos, nos subúrbios ainda tem um espaço pequeno, bem pequeno. Mas há quase 20 anos foi nesse mesmo subúrbio onde comecei a ter acesso ao samba. Sempre rolava um pagodão na casa de uns parentes de um tio meu, meu tio negão, o Fernando. Meu primeiro referencial de samba veio dali, de quintais de casas em Guadalupe. Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone, João Nogueira e até mesmo Zeca Pagodinha (na época, como bem lembrou há um tempo camaradinha Cesar Guerra Chevrand, era 'sambista de empregada doméstica). Hoje em dia tenho minhas dúvidas se aqueles pagodes seriam possíveis? As melodias fáceis ganharam espaço, mas mesmo assim ainda existem as letras que são pequenas crônicas, falando do cotidiano e da malandragem. Pena que perdendo espaço para aqueles que remetem a coreografias e canções baratas de dor de cotovelo.

O que está havendo com o samba?

Existem lugares associados a esse tipo de música, mas a sua maioria não ficam mais no subúrbio, onde ele cresceu e ganhou o Rio e o Brasil. Basicamente existe Madureira, com toda a sua magia relacionada ao samba, mas o grande lugar hoje é a Lapa.

A Lapa é de todos, é o espaço mais democrático dessa cidade. Todas as tribos se encontram lá, inclusive a tribo do samba. Só que o espaço do samba não é dedicado ao povo, mas a classe média. O samba tem o espaço mais nobre da Lapa. Criou-se um afastamento das classes que fizeram esse ritmo nascer. Ah, esqueci da Praça Tiradentes onde fica o Centro Cultural Carioca, do Candongueiro em Niterói, do Bip-bip, em Copa e com certeza faltou algum outro lugar...

Nesses lugares, onde se toca, se ouve e se dança samba, não há espaço para o cara simples, de classe média baixa ou até mesmo pobre. É um samba de branco, visto que os negros ou descendentes encontrados serão, em sua maioria, músicos ou funcionários da casa e pouquíssimos freqüentadores. O samba deixa de ser popular e passa a ser da classe média.

Os custos de uma noite regada a samba são altos, contabilizando a entrada (com o couvert da banda), o custo da cerveja (pra mim não há samba sem cerveja) fogem ao alcance do cidadão normal. O meu próprio bolso não segura essa onda. É muito caro.

Exemplificar é fácil. Uma cerveja em garrafa no bar onde bebi, semana passada, na Praça Tiradentes custava R$2,50. Uma cerveja em lata no Centro Cultural Carioca custava, no mesmo dia, R$2,80. O mesmo vai acontecer no Carioca da Gema, no Dama da Noite e até mesmo no finado Semente. Hoje em dia, gostar do bom samba, feito com poesia e emoção, o samba trabalhado e bem tocado não é para o bico do pobre. Parece estranho... o samba não é mais pro pobre...

Com isso cria-se uma ruptura em tipos de freqüentadores de samba. O pobre, vai ao ‘pagode’, ao qual ele tem acesso pq tem grana pra tomar sua cerveja, comer os petiscos e poder entrar. O classe média vai a roda de samba, onde vai gastar tres ou quatro vezes mais pq ele pode arcar com o custo.


Isso tudo me preocupa pq tira do samba o que, ao meu ver, lhe confere mais valor: alma popular. Tenho receio que ao se afastar da sua origem, perca seu referencial e, por conseguinte, o seu valor cultural.
E nem falei da vitória do Mais Querido, né.

Desanimei, nem quis ir ao Maracanã. O que é raro. Bom, confesso não gostar de ver um time carioca, como o Flu, na fita pra ser degolado. Ter menos um time da cidade na Primeira Divisão é ver o nosso futebol enfraquecido demais. Nessa, a gente vai ter menos clubes que Curitiba. Nada contra a cidade que tanto faz mal ao Flamengo, mas o Rio de Janeiro tem muito mais tradição que os companheiros sulistas. Bom, ainda ponho fé que o tricolor vai se levantar e fugir dessa situação. E, fala sério, tricolor, ser rebaixado quatro vezes em menos de dez anos é absurdo.
Menos um...

E não foi que o exército estadunidense deu um teco de canhão no coleguinha palestino! Segundo o que disseram, acharam que o Mazen Dana estava com um lança-mísseis e não uma câmera. Ah, tá. Então a gente combina que eu vou acreditar. Já é a segunda vez que um tanque dispara em jornalistas e eles jogam o mesmo caô. A opinião pública tem que falar alto pra apurarem isso, caso contrário vai virar moda dar teco em jornalista em serviço.
Blogueiro tb é gente de carne e osso

Na última semana pessoas que mantém essa coisa de blogue se tornaram reais e verdadeiras diante dos meus olhos.

Na Lapa:
Luiz com Z (de S y B), o terrível rapaz do cartão branco, foi conhecido.
Marcelo, coleguinha que trabalha com meu amigo Vítor Mala e tb conhece Anderson Baltazar, tb foi conhecido.
Moraesão, ídem.

No Centro Cultural Carioca:
Paula-que-gosta-de-samba tb me conheceu, embora procurasse o sujeito da foto aí encima.

No Portelão:
Christiane e seu respectivo, a exemplo da Paula, pôs minha negritude em dúvida ao ver que sou um pouquinho mais claro que o nobre companheiro ali no alto. Mas eu sou preto e não abro mão.

E, pra finalizar, na aprazível residência de Amaralão:
Arthur, comparsa de Andrezééenho, tb entrou no bolo.

Monarco, Paula, Christiane e eu, bom firuleiro que sou com minha camisa do América de Cáli.

Sabadão foi dia de Portelão. Vários coleguinhas que eu não via há tempos estavam presentes, amigos porteleneses de longa data, minha prima Fabiana (que nem sabia que eu sambava), figurinhas blogueiras e muito gente no Pagode da Família Portelense. O grande motivo da tarde (e início da noite) era a celebração dos 70 anos do Monarco. Salve Monarco, a voz do samba.

É bom, muito bom, ver um legítimo representante da cultura popular carioca e brasileira reverenciado assim. Que tenha muitos e muitos anos de vida.

Tava tudo bom, mesmo não sendo portelense (embora meu pai, adepto da escola azul e branco insista em dizer que virei casaca), fiquei feliz e amarradão. Samba bom deixa o Vicente assim.

PS: A foto foi tirada pelo respcetivo da Christiane e discretamente puxada do seu blogue.
Ogro? Eu?

Fiquei sabendo há pouco que fui qualificado como um ogro. Um ogro saltitante, truculento, paciente e inteligente. Nem Shrek seria melhor. Mas ainda nao me acostumei com a idéia.
O próximo é aqui


Há pouco estava eu assistindo a festa final do Pan de Santo Domingo. O que foi aquela imensa foto cobrindo todo o gramado do estádio olímpico? Foi absurdamente espetacular! Nunca vi uma foto tão linda e grandiosa como aquela. Salve a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, sede dos futuros jogos pan-americanos.



E, literalmente, a Mangueria entrando? Não é que foi melhor do que esperava? O surdo sem resposta da verde e rosa funcionou no Caribe, cara, mas o melhor foram as delegações amarradonas atrás da bateria. Deu a impressão de ser um verdadeiro desfile. Mas, é bom qeu se diga, carioca sabe fazer festa. E o que dizer da equipe de tevê, que é canadense, que só focava a bunda das mulatas?

Mas, claro, rolaram paradas meio esdrúxulas. O pop star Alexandre Pires (lá ele pop e querido pelo que pareceu) correndo pela pista de atletismo com microfone na mão, cantando e mó galera atrás. E a beldade da Miss Universo (que é mó filé) chegando numa alegoria, um tremendo queijo com asas de borboleta! Deusdocéu, o que foi aquilo?? Ela é linda, mas nao precisava pagar aquele mico.

Bom, foi uma festa normal, só que teve música caribenha. Eu apostava que tinha um malandro brasileiro procurando a Amelia Vega, a tal missa, pra dar um belíssimo perdido na galera. Convenhamos, pegar a miss universo deve ser muito mais legal que ganhar uma medalha de ouro no pan.

sexta-feira, agosto 15, 2003

Essa coisa de blogue é meio perigosa...

Essa história de ontem da Paula-que-gosta-de-samba e da Maria dizendo "vc é o Vicente do Petro, pobre e suburbano?" me deixou encucado. A coisa tá mudando de figura, mudando a ordem. O certo seria "esse é o Preto, pobre e suburbano do Vicente". Ou não? Pronto, rola uma crise agora. O blogue é meu ou eu sou do blogue. Eu, hein.

Td bem que dá tb pra encontrar uns camaradas péla-sacos como o furingudo do Vítor Mala, digo, Fraga. Ó o comentário em tom ameaçador que o indivíduo deixa pra mim:

"Puta que pariu: Vicente Magno, o preto mais suburbano do Brasil agora inventa essa de ter um blog... ó rapá, deixa eu contar pro seu amigo blogeiro Marcelo (e pros outros...) a(s) tua(s) histórias do passado... alguém aí conhece a historinha de vida do Vicente? eu vendo informações sobre o passado negro (aliás, preto quase azul) desse banguense safado..."

É muito carinho.

Pra meu camarada Vitor Mala, digo, Fraga, deixo o singelo teste do gayômetro. Companheiro Eduardo, que se diz hetero, chegou aqui fazendo barulho pra todo mundo fazer. Bom, o meu teste deu 23%, acho que to bem, né. Rolou matéria no Fantástico (aquele programa que nao acredito muito...). O link pra matéria do programa tá aqui. E o do teste em si é esse.
Essa alma sebosa é fura-olho até na hora de se despedir.



Ó o capeta passando a mão na bunda do animal.
A prova do crime


Mariana, Marcelo e eu. Tá, tá bom. Eu mal me reconheço nessa foto, tô com uma lapa de cara... mó carão... as tradicionais olheiras e.... o mais grave... estou horrorosamente branco! Paula-que-gosta-de-samba, que tirou a foto e publicou no seu blogue (de onde estou discretamente puxando... hehe) deve ter posto um flash embranquecedor de PPS´s.
Poder mutante ou porquê me ufano do meu fígado

Sabe aquela coisa de X Men? Pois é, tb devo ter uma evolução daquelas. Meu fígado, um ixpetáculo de fígado, após eu ter derrubado um incontável número de latinhas me permite, vir trabalhar hoje neném. Como se nada tivesse acontecido.
Guerreiros com guerreiros fazem zig, zig, zá

Eu nego, nego, nego, mas acabo tendo esses dias de guerreiro. Fora do galeto, onde o Baixinho já fechara as portas fui andando pro CCC. Como no caminho existia uma mulher vendendo churrasquinho de miau e cerveja, resolvi levar mais uma. Já na porta, fazia social com o companheiro da portaria da casa quando chegaram Mariana e sua coleção de amigas anas. Uma delas, inclusive, fazia aniversário. Esse era o motivo da ida.

Do lado de dentro encontrei minha prima Fernanda, que sabe-se lá pq, não tem esse primo blogueiro em alta conta. Acho que ela me acha caoseiro demais. O problema é que nem sou tão caoseiro assim. Pior, entre os primos da família eu sou o menos firuleiro. A criatura ficou surpresa em me encontrar lá. Eu, hein. Eu digo que vez por outra baixo nos lugares e neguinho não acredita e ainda fica surpreso quando eu cumpro o que digo...

Lá dentro encontrei coleguinhas de redação (dando balão em casa, é bom que se diga) e conheci (pela segunda vez) o companheiro blogueiro Marcelo e Paula-que-gosta-de-samba. E essa apresentação veio de uma situação fora do normal. Paula-que-gosta-de-samba conversava com Maria, sua amiga, que tinha lido nesse blogue furingudo que eu estaria lá. Engraçado. Elas procuravam o cara da foto aí encima. Hehe. Não sou eu. Iam procurar até cansar e não iam me achar. Autoritária, uma das várias e várias Anas ao alcance dos olhos, ouviu o papo, chamou as meninas e disse que eu era eu. Que fofo... Não sei elas se decepcionaram ou não, acabaram conhecendo o PPS que é um pouquinho mais branco que o sujeito da foto no alto.

Ah, e enquanto isso... mais e mais cervejas e Teresa Cristina cantando pra galera. Na qualidade pesso que samba e que gosta de sambar, sambei e sambei. Pior, nem cansado fiquei. Falta pouco pra voltar a velha forma boêmia.

A noite de ontem me lembrou as felizes tardes brasilienses de samba e Boheima, ao lado de Clarissa e Baiano, no Calaf, nosso compromisso vespertido de todos os sábados enquanto morei na capital federal.
O boteco, onde tudo começou
Ficou pré-combinado que esse PPS safado daria as caras no Centro Cultural Carioca. E fui. Só que antes, fui andar pela cidade, percorrendo o trajeto entre a Candelária e a Praça Tiradentes. Após algum tempo eu já estava nas proximidades do CCC e Mariana, que tinha me chamado pra das caras por lá, não tinha chegado. O q fazer? Procurar um boteco e tomar uma cerveja honesta e gelada.

Cheguei a um lugar, na realidade um daqueles locais que servem galeto, na esquina da Rua Sete de Setembro com Ramalho Ortigão, perto do CCC. Pedi minha cerveja honesta e gelada e lá fiquei. Enquanto a Skol descia de gole em gole, eu ruminava o que tinha acontecido no dia... reunião, metas e tal. Só aí me dei conta que no mesmo lugar existiam vários sujeitos bebendo sozinhos. Como assim? Eu tinha um motivo pra isso. Será que os outros (quatro na realidade) tb tinham? Achei no mínimo estranho, muito estranho ver tantos marmanjos contando apenas com a companhia da garrafa de cerveja e do copo.

Pois é, um por um foi saindo e o bar fechou comigo dentro. O garção, que atendia pela alcunha de Baixinho, já arrumava as coisas. Limpava a pia, empilhava as caixas de cerveja, um maluquinho ao fundo contava o dinheiro e eu lá, no balcão derrotando lentamente o 'pão líquido' diante de uma inexplicável cesta com um abacaxi. Tive vontade de perguntar o que fazia aquele abaxi mané perdido ali encima, mas fiquei intimidado e calei a boca. Na realidade só falei uma frase durante toda minha estada no bar: "dá uma Skol" e nada mais.

Enquanto fui pagar minha cerveja e sair do recinto, que já tinha suas portas baixadas, vi que um mural que deve servir como cardápio. Uma penca de fotos de pratos com preços embaixo que variavam em dorreal e cinqüenta (R$2,50) e sêrreal
(R$6,00). Tive vontade de perguntar "mas não era pra servir galeto aqui?". Resolvi guardar mais esse questionamento.

Paguei, peguei meu troco e vazei. Mas rolou uma estranha sensação de "pô, isso é mó coisa de pinguço".
PPS na jaca

Sim! Sim! Sim! Mergulhei na jaca de cabeça nessa quinta-feira. Cerveja, samba, muito samba, encontros inesperados, revelações, mais samba e mais cerveja. Enfim, um dia feliz.

quinta-feira, agosto 14, 2003

O sítio do concurso da loira do Tchan é sensacional!!!

Sabe-se lá Deus como eu fui para lá, mas fui. Beira o sensacional. O sítio não é dos melhor solucionados, as fotos não têm uma padronização, mas tá lá, né. Cara, tem cada candidata que beira o absurdo... falta o bom e velho semancol na história. Fazer o quê? Tão correndo atrás de um sonho, mas ao mesmo tempo se expondo a uma situação meio... ridícula não seria a palavra correta, mas como não penso em outra, vai assim mesmo.


Olha a idéia genial. Uma interrogação no lugar da loira? Ixpetáculo.
Samba a vista

Reza a lenda que hoje darei as caras no Centro Cultural Carioca, sinistro é descobrir que tem Teresa Cristina hoje. Nada contra ela, muito pelo contrário, mas a presença dela é sinômico de muvuca e falta de mesa. Em pensar que cansei de ver a moça cantando e cantando e cantando na Uerj, se não me engano ela era secretária do DCE na minha época de estudante. E reza outra lenda ainda que sabadão esse firuleiro que sou será encontrado no Portelão, vai ter o Pagode da Família Portelense. Não portelense mas e daí? Caguei. Vou da mesma forma. hehe.
Que mico, hein

E não foi que assisti ao maior mico do volêi. Os caras fizeram o favor de perder pra Venezuela! Nada contra o país, nosso irmão ao norte, terra onde Hugo Chávez apita. Mas lá não existe tradição no vôlei e, convenhamos, a equipe brasileira que por acaso é a campeã do mundo tem, no mínimo, a obrigação de vencer. Bom, tinha... pq perderam merecidamente.

Pô, ainda perdi a vitória do tricolor sobre o Corinthians. Em pensar que ainda vi Liédson (aquele traidor filho de rapariga) dizer que esperavam "vencer o Fluminense por uma boa margem de gols". Perdeu, pleibói. Foram eliminados dessa tal Copa Sul-americana sem um golzinho sequer.
PPS d´além mar

Vez por outra um coleguinha dá com os costados nesse blogue aqui. Aposto que muitas, quem não é do Rio, não entende boa parte das coisas que escrevo. Mas quando o cara que baixa por aqui é lusitano? Deve entender menos ainda. Mesmo assim os colegas aparecem.

Foi assim com o pessoal de do De Direita, que logo após descobri serem os mesmos mantenedores do De Esquerda. E agora quem pintou nesse blogue foi o Núcelo Duro. As vezes eu não entendo coisa alguma, mas é legal saber o que os caras pensam do outro lado do Atlântico.

quarta-feira, agosto 13, 2003

De volta ao cara de lata

Ontem voltei a pegar o bom e velho trem, meio de transporte que muito me levou pra universidade e de lá pra casa na época de estudante. Lembro com nostalgia daqueles personagens, das estações, das situações. Parecendo tudo meio distante ultimamente optei por rever de perto tudo aquilo. Dada a hora da saída caminhei da Candelária até a Central e fui encarar o Santa Cruz (denominação dada ao trem que circula para o Ramal Santa Cruz, no extremo oeste carioca).

Boa parte das coisas que li durante minha vida universitária foi na estação Guilherme da Silveira (onde eu pegava o trem), dentro dos vagões ou mesmo na estação Mangueira (a mesma do morro e da escola de samba), onde eu descia para caminha pra Uerj.

Ontem, já economizei uns trocadas. Em lugar de pegar o ônibus onde desembolso R$2,50 encarei o trenzão por R$1,35. Olha que vantagem! Na realidade ouvi falar que existia um trem que ia para Campo Grande, seria uma parador provido de ar-condicionado. Mas quando cheguei na Central ele já havia partido. Trem tem disso, tem hora certa. Passei da roleta já 18h40 e me foi informado que ele partira as 18h34.

Há tempos ouvia a vozinha saindo da boca de lata dizendo "composição com destino a Santa Cruz, plataforma 6, linha F". Hehe. Maneiro. E lá vai aquele mundo de gente caminhando junto para entrar nos vagões.

Camelôs
Na Central do Brasil não tem camelô, é tudo arrumadinho e limpinho, tem até um mequindonaldis, mas conforme os trens vão se afastando a coisa vai mudando de figura. Já em São Franciso Xavier (a primeira parada após a saída) eles entram cheios de vontade. Vão sacando várias e várias coisas de dentro de bolsas e mochilas. O clássico amendoim Nakayama por R$0,30 esta lá. Assim como como biscoito de 'ueifou', fora dali é waffer mesmo.

Como é inverno não tinha vendedor de picolé, cerveja, refrigerante e água. Uma pena. As vezes eles pintam uns bordões espetaculares. Lembro dum que vendia picolé, o gelo tava acabando, ele passou de um vagão para o outro e abriu o verbo "puta que pariu, esse porra é só cinco mil". Cada picolé estava sendo vendido por cinco mil não sei mais o quê, era aquela moeda antes do Real.

Outra vez tinha um malandro, sempre o mesmo, vinha com um isopor que contrariava a lei da física pq consegui circular por um vagão cheio de marmanjos. Aí, vinha ao longe a figura gritando "Cervessá! Boiando no sêlo!". É ou nao é um achado?

Tinha um que era o meu favorito. Eu levei três meses pra entender que o cara falava "Amendoim quente, quente. Quentinho e torrado". Pena que não sei imitar o jeito como ele falava, mas era algo a parte.

Tem sueca tb
Tem a galera que joga sueca, um tipo de carteado difundido na cidade. Os caras se seguram nas chupetas (alças penduradas no teto) e ficam com as cartãos nas mãos.

Tem gente que tem medo, na época da faculdade me perguntavam se eu nao tinha medo. Medo de quê? Só tinha trabalhador ali dentro, gente com cara de cansaço, com cara de que quer logo chegar em casa e desansar. Na realidade eu me sinto muito, mas muito mais seguro dentro de um trem do que de um ônibus.

Bom, a viagem de ontem no cara de lata não rendeu novas histórias, só me fez lembrar das antigas, mas eu vou voltar lá.

Em tempo, o parador é o trem que pára em todas as estações. O rápido pára apenas em estaçoes específicas, onde se pode descer para fazer baldeação.
A frase mais sorvete na testa qeu eu já recebi é essa aqui, chegou há pouco por e-mail.

"Eu cavo, tu cavas, ele cava
Nós cavamos, vós cavais, eles cavam.

Pode não ser bonito, mas é profundo".
Velório virtual é coisa nossa

Hoje mais cedo Clarissão, minha sertaneja favorita, liga de Brasília pra esse firuleiro carioca que mantém essa josta de blogue pra contar o seguinte. Viu no Jornal do Commercio de Pernambuco (não confundir com o do Rio) uma matéria no mínimo espetacular. Segue o diálogo:

Clarissão: Tu já viu velório virtual?
PPS: Não.

Clarissão: Pois eu li e pensei em vc que gosta de por essas coisas no blogue.


Que referencial fofo, né. Clarissão, obrigado. É por isso que eu gosto dos meus amigos e eles gostam de mim, a gente socializa as aloprações que vemos por aí.

O barato do velório online, que vai começar a funcionar amanhã, é que webcam estarão no recinto pras pessoas sentirem, literalmente, o clima da parada, enquentoa é possível pro internauta enviar suas condolenscias via internet. É sensacional. E vai custar apenas 3 contos, ou seja três mil reais.

O link da matéria tá aqui.

terça-feira, agosto 12, 2003

Beisebol

A que ponto chega a loucura de um moleque como eu. Ontem escrevi pra Confederação Brasileira de Beisebol. Olha a mensagem:

From: "Vicente Magno"
To: "CBBS"
Sent: Monday, August 11, 2003 5:00 PM
Subject: Uniforme

Como faço para conseguir um uniforme da seleção brasileira de beisebol no Rio de Janeiro? Existe algum lugar onde seja possível consegui-la?


Poucas horas depois me responderam:

De: "CBBS"
Para: "Vicente Magno"
Assunto: Re: Uniforme
Data: Mon, 11 Aug 2003 17:45:08 -0300

Caro Vicente
Infelizmente os uniformes da seleção brasileira não são comercializados, são de uso exclusivo de nossas delegações.
Um abraço


Pô, ia ser maneiro sair o Vicentinho de Bangu vestido usando a roupa da seleção brasileira de beisebol.

Em tempo, o Brasil ficou em quinto no Pan e vai disputar o mundial em Cuba. Eu quero um camisa do time de beisebol de Cuba tb!!!
Terceiro

Hoje eu tô um nojo de bloguento. Toda hora volto aqui com alguma coisa na cabeça. Agora foi o seguinte, tava lé eu olhando o quadro de medalhas e via o Brasil em terceiro lugar no quadro de medalhas. E a maioria das medalhas brasileiras são de quê? De bronze, logo, terceiro lugar.

Essa cabeça maluca funcionou e já estava eu cantarolando uma música antiga, bem antiga do Ultraje a Rigor, Terceiro. Td bem que é um brincadeira, nao tem a ver com a realidade dos jogos, mas resolvi postar da mesma forma.

Fui lá no site dos caras e peguei a letra toda. Tá aqui. Detalhe na participação especial no coro:

TERCEIRO (Roger)

ROGER: Guitarra base, voz e 2a voz
MAURÍCIO: Baixo e coro
LEÔSPA: Bateria e coro
LIMINHA: Guitarra solo e coro
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Sting, no coro

Todo equipado, preparado na linha de partida
Daqui a pouco vai ser dada a saida
Todo mundo nervoso e eu não tô nem aí

O importante é competir
Então tá, vamo lá, nem vou me preocupar
Já tá tudo armado pr'eu me conformar
Eu vou tentar só pra não falar que eu nem sou atleta
Ia ser legal chegar junto na frente
Mas iam falar que quero ser diferente
Tá bom demais, pelo menos eu não saio da reta

Por isso eu sempre sou
Terceiro! Ôba-Ôba!
Terceiro! Ôba-Ôba!
Terceiro!
Pra mim tá louco de bom!

(igual à primeira parte)

Marcando passo vou seguindo sem ser muito ligeiro
Com cuidado pra não ser o primeiro
É bonito, eu imito mas o pódium não é pra mim
Eu não sou a fim!
Se eu me esforço demais vou ficar cansado
Já dá pra enganar eu ficando suado
Se reclamarem eu boto a culpa no patrocinador
Não botaram fé porque não ia dar pé
Não ia dar pé porque não botaram fé
De qualquer forma eu pego um bronzeporque eu gosto da cor

Por isso eu sempre sou
Terceiro! Ôba-Ôba!
Terceiro!
Pra mim tá louco de bom!
Hermanos fregueses

E nao é que o argentinos perderam de novo. Pô, os caras viraram fregueses no Pan. 40 a 15 da seleção brasileira de handebol sobre elas. Ah, muleque.
Prato balanceado

Hora do almoço, hora de comer uma coisinha saudável. Vicente chega no restaurante, olha pras saladas, as saladas não sorriem para Vicente. Vicente olha pra o fundo, carnes, muitas carnes, Vicente se aproxima, pede duas linguiças de frango (pra enganar) e um filé de frango. Ufa, me livrei da tentação das coisas sinistras e pesadas. Vicente caminha na direção da balança, ele não se segura, manda ver no gnocchi (parece um nome de comida japonesa, mas é nhoque mermo) que está ao alcance da mão. Já com o pé na jaca, Vicente joga com vontade queijo ralado sobre o prato. Ufa. Acabou.

Não!

Não acabou! Aquelas malditas batas fritas pularam dentro do meu prato. O que fazer?

Bom, eu ainda dei a chance da comida fugir correndo do prato, como não conseguiram... foi tudo pro bucho.

E depois eu me pergunta pq nao emagreço.
Que sebo!!!

Há pouco fui ao médico, o ortopedista pra levar as chapas da minha coluna. O doutor me liberou, disse que tô na boa, mas aconselhou a voltar a ter uma atividade física. Sim, senhor, doutor. Só que pra chegar até lá vi que o trânsito da cidade estava totalmente parado e alguma coisa rolava na Igreja da Candelária, bem na frente do prédio do escritório.

Desci e fui no sapatinho passando do lado. Vários carros preto, vários marmanjos de ternos pretos e vários carros da TV Globo. Claro que diante disso tudo pude perceber que era a missa de sétimo dia do Roberto Marinho. Já sete dias?

Pois bem, os caras conseguiram dar um verdadeiro nó no Centro da cidade. A movimentação (ou falta dela) travou o trânsito no início da Presidente Vargas e no fim da Primeiro de Março. O engarrafamento parou a Avenida Presidente Antônio Carlos, todas as tranversais, como a Araujo Porto Alegre, e Santa Luzia, a Rio Branco tb sofreu reflexos. E o pior é que vai ter gente achando legal isso tudo.

A prepotência é o ponto alto, visto que existem carros parados sobre as calçadas, ocupando pistas ao redor da praça onde fica a igreja. Pra homenagear um, cagam na cabeças de milhares de cidadãos. Isso me deixa fulo.

Pô, morrer e ainda pentelhar o bom fucionamento do Centro da cidade é esculacho. Vá em paz e não pentelhe mais a vida dos outros.

Dart Vader ficaria com inveja com o poder do lado negro da Força...

O Globo não deu nada, mas o Dia deu nota, essa aqui.
Nem tudo está perdido

Dia desses chegava eu no Castelo, pra variar, entre às 18h e 19h pra pegar o meu famigerado 393 e voltar do Centro pra Bangu. Obrigatoriamente passo pelo ponto do 326 (Castelo-Bancários), ônibus que liga o Centro do Rio a uma localidade na Ilha do Governador. O ponto fica na mesma tripa de calçada em frente ao prédio que pertenceu ao Ministério da Fazenda que o meu coletivo. Passando pela fila do ônibus, que devia contar com umas 40 pessoas vi uma cena que me fez pensar que nem tudo está lascado.

Um camarada parrudo, que era o terceiro ou quarto da fila, encontrou um conhecido lá pra trás na mesma fila. O parrudo ficou gesticulando e chamando o companheiro como que dizendo 'vem pra cá, mané. Fura a fila desses otários'. Mas o legal foi que o sujeito argumentou dando conta que não era certo, que não tinha o direito de fazer isso com quem tinha chegado na frente.

Algo simples, né. Mas deu vontade de bater palmas. Era só um cara correto que não quis usar de um artifício para passar os outros para trás. Bom ver gente se comportanto respeitando os outros indivíduos e não fazendo que o capitalismo e seu individualismos pôs na cabeça das pessoas, aquilo que vc tem que passar por cima do outro pra se dar bem.

segunda-feira, agosto 11, 2003


Mais uma imagem do jogo de hoje. Detalhe que o número 4 da Argentina é um nego preto. O que faz um nego preto por lá? Até onde eu sei os negros argentinos morreram quase que em toda sua totalidade na Guerra do Paraguai, quando os hermanos mandaram TODOS eles para a frente de batalha.

Bom, mesmo com essa escrotice deles, a cultura dos caras ficou marcada pela presença dos 'hombres negros y morochos (como eles chama os mulatos)'. Sua maior herença é o Tango, mais um ritmo de origem negra na América Latina que acaba marcando a história cultural de um país. Bom, pior pro argentinos.
Aí, é ou não é maneiro ganhar da Argentina?

A final do handebol foi bem por aí. 31 a 30 na prorrogação é muito sinistro. Ai, argentino, perdeu de novo.

Final de semana esportivo

O Mais Querido de deixou de ganhar, mas vi o Fininho dar show e o Popó tb. Não posso dizer que minha alma esportiva tenha chegado triste a essa manhã de segunda-feira.


Jogou muito esse magrinho feio. Palmas pra o argentino mais brasileiro que eu já vi.


Ó o baiano batedor. Não achei foto dele da luta aí coloco essa aqui mermo.


Ó o argentino que apanhou como um cachorro. Tb bateu, mas terminou a luta todo grogue. O Clarín disse que o cara é herói. Ah, na boa, perdeu pleibói.
E que frio é esse nessa cidade? Cheguei as 9h da manhã nesse escritório é o termômetro da frente marcada 17 graus! Como diria amigo Sodré, "horror, horror".
Dia dos pais

Gênio. Seu Carlos é gênio. Ontem acordei e fui varado comprar presente para o progenitor. Viabilizei uma garrafinha de Jameson, aquele saboroso uísque irlandês ao qual fui apresentado por RMRO, em Recife. Custa nada fazer uma soceba com ele, né. E quando chego em casa com a garrafa debaixo do suvuco, o que encontro? Seu Carlos deu um jeito no toca-discos!!!

Ele ouvia vários vinis que cresci ouvindo, é gênio absoluto. No dias dos pais ele acabou se dando o melhor presente.
Deveria haver um dispositivo no estatudo do Flamengo que não o deixe jogar em Curitiba. O Mais Querido tem capacidade de ter atuações ridículas, pífias e lamentáveis na cidade. Por conta dessa incrível 'qualidade', conta com a incrível média de sofrer cinco gols por jogo e fazer apenas um. Bizarro. Sinistro. Bom, vejamos o lado bom: nenhum time deve ser mais querido pelos paranaenses do que o saco de pancadas rubro-negro (é um time popular até nessas horas) e agora o Flamengo não deve mais ser esculachado pq não jogo mais na capital paranaense. :-)
Sensacionalismo e polêmica barata

Ontem o Fanstástico (p q eu insisto em assistir e programa bunda rachada?) deu um mega espaço a tal cena da novela do Manoel Carlos onde aquela mulher bonitinha que tem um filha faladora e fofa leva um teco na caixa de catarro e morre bem na rua. Segundo a 'revista dominical' da Globo seria uma forma de mostrar um risco, um mal que pode acontecer com todos. Com todos?

O dramaturgo paulista adotado pelo Rio defendeu a cena emocionao, segundo a matéria, (ah, tá. Ele estar emocionado dá um tom mais sensacional à sua falação. Vai forçar a barra assim na... deixa pra lá), dizendo que queria mostrar a realidade. Aí eu te pergunto: quer mostrar a realidade fazendo uma novela que se passa no Rio de Janeiro mas todas as pessoas moram no Leblon, têm grana, são brancas (só tem a Elisa Lucinda e a Camila Pitanga que não são) e são ricas? Realidade? Realidade de quem? A dele, né.

Bom, me parece uma forma barata e previamente estudada de fazer polêmica, fazer que sua novela seja mais discutida e fique de alguma forma na memória das pessoas. Mas não entendo qual seria a importância dessa 'discussão' visto que é algo absolutamente irreal, inverossímel.

E a utilização irresponsável da parada não pára por aí, o Fantástico fez mais uma vez uma parada mal amarrada mas aproveitou como um ótimo chamariz pq a cena iria ao ar no dia seguinte, ou seja, hoje. O que eles esperam? Uma mega audiência, daquelas pra ficarem se gabando depois.

Parece que o dramaturgo acha que isso só é importante, só é grave se acontece numa rua do Leblon, onde ele mora. Claro, pq se ele faz em uma rua de bairro do subúrbio não teria a mesma graça, né? O perigo só deve existir se afeta a classe média e quem tem grana, se ele afeta quem é pobre, tão cagando e andando. O Leblon tem um batalhão de Polícia Militar a sua inteira disposição, o 23º BPM.

E como justificar a atitude da mulher bonita que tem a filha fofa da novela em sair o carro e correr pela rua diante de um tiroteio é absolutamente irreal. Queria que ele mostrasse quem no mundo teria uma atitude dessas. Bom, ele só queria 'dramatizar', né? Dar mais valor a cena.

Trocando em miúdos, se o Manoel Carlos e a emissora que teve seu fundador buscado por Zé Maria na semana passada tivessem real preocupação com a violência 'que pode atingir a todos' teriam outras atitudes mais construtivas do que ficar jogando algo no ar puramente para polemizar. E eu aindo falo dessa bundice, né.

sexta-feira, agosto 08, 2003

Lapa, Mariana e 393

Após um longo tempo sem dar as caras, lá fui eu a Lapa outra vez. Era aniversário de companheira Mariana e bati com os costados naquele canto do Rio. Queria eu entender a magia que aquele lugar tem. A Lapa é caótica, tem cheiro de mijo, é suja, mas é adorável e aprazível. Vá entender esses carioquismos.

Óbvio que Mariana escolheu o seu bar favorito, o mais estranho que há. Aquele que nunca lembro o nome e fica bem em frente (quase embaixo) dos arcos, do outro lado da rua jaz o falecido bar Semente. As mesas ficam na calçada sobre um sempre presente futum de mijo e mesmo assim a gente se sente a vontade! A Lapa definitivamente tem o caos mais charmoso do mundo.

Bom, graças a figurinha arquiteta voltei àquele lugar que muito freqüentei tempos atrás. Pude ver que os personagens continuam pintando, gente colorida, furada, jovem e velha, todos os tipos. Pô, até vários papa mikes deram as caras por lá.

Perrenguinho pra constar
Claro que pra voltar pra casa rolou aquela pequena aventurazinha básica proporcionada por ele, sempre ele, o 393. Subi na criança no ponto final, claro. Sentei, Mariana ligou avisando que tinha acabado de chegar em casa e o coletivo partiu.

Tudo dentro dos conformes e na mais perfeita ordem até a Penha, onde um engarrafamento surgiu. Eu, sonolento que tava, caguei e andei. Mas percebi que mesmo àquela hora, tipo meia noite e meia, tinha mó galera de pé no ônibus. Condução ingrata, essa. E o furingudo do motorista não pisava no acelerador. Que ódio.

Aí foi que percebi que todo mundo se levantava e esticava os pescoços pro lado esquerdo. Quando saquei que luzes vermelhas rodavam do outro lado da pista é que entendi. Um acidente tinha ocorrido. Todo mundo queria ver o que aconteceu. Qeu raiva eu tenho disso, que raiva. Cria-se um congestionamento por causa da curiosidade mórbida das pessoas. E o pior é que escutar que os urubus carniceiros são os jornalistas. Ah, tenha dó do meu ouvido.

Fiquei na minha, ainda bem que o ônibus seguiu adiante. Só que, em Guadalupe, acordei de novo. Inferno isso de nao conseguir dormir no coletivo de madrugada. Uns camelôs tinham ficado fulos pq era o terceiro ou quarto 393 que passava e não parava no ponto. Aí, um malandro tacou alguma coisa no coletivo e vazou. Espatifou um vidro lateral na parte traseira.

Um dos camelôs subiu esbravejando no ônibus. Pagou sua passagem, rodou a roleta. Foi lá pra frente discutir com o motorista. Ah, parceiro, tenha pena dos demais. Só trabalhador no carro aquela hora e o cara pagando geral. Foram tantas caras feias pro ambulante que o bichinho sentou e ficou no sapatinho. Mané. Mal sabe ele que hoje temos um ônibus a menos na linha (que nao é das melhor atendidas na cidade) pq um furingudo quebrou uma janela.

No fim, cheguei em casa já depois de 1h.
Engraçado que quando alguém morre acaba virando herói, uma pessoa de caráter exemplar, bom pai, bom amigo, bom tudo, e blá-blá-blá. Acontece o mesmo com o velho Marinho que agora é apontado como 'o grande empreendedor'.

Bom, numa lista de discussão que participo, um camarada levantou essa bola e outro companheiro complementou. A lista de 'grandes atos' ao país segue aqui embaixo.

- A TV Globo editou o debate entre Collor e Lula favorecendo o primeiro e consequentemente o levando ao Planalto. A escolha gerou o fenômeno Collor, confiscando o dinheiro dos cidadãos, ambrindo indiscriminada e unilateralmente o mercado brasileiro ao capital internacional e atrasando o país em pelo menos 1 década;

- Para ser criada, a TV Globo recebeu um largo investimento do Grupo norte-americano Time, nunca pagou integralmente e ainda deu o calote no hermanos do norte;

- Resistiu enquanto pôde se negando a noticiar as manifestações que pediam Brasil afora Eleições Diretas Já, levando seus apresentadores a momentos de constrangimento. Com as eleições inderetas, Tancredo foi eleito pelo Colégio Eleitoral mas quem assumiu foi José Sarney, um governo marcado pela desorganização, recessão, desemprego e planos econômicos mirabolantes;

- A não ser o recente caso Tim Lopes, a TV Globo jamais exerceu seu poder de influência para realmente ajudar o país a combater a violência, corrupção e os problemas sociais que enfrentamos, tendo sempre sido um jornalismo morno e muitas vezes chapa branca;

- Roberto Marinho deixa as Organizações Globo em uma profunda crise financeira e com contratos questionáveis com empresas multinacionais e ainda uma história mal contada com uma supost

- Tentou fraudar as eleições para o governo do RJ em 1982, criando o famoso esquema da Proconsult. Tentativa ridícula de evitar a vitória de Leonel Brizola.

- Além da estranha a ajuda financeira do BNDES para salver a empresa;

Mulher brasileira

Sabe uma coisa que enche os olhos? É só olhar pras atletas brasileiras no Pan e ver. Como são muito mais bonitas e encorpadas qeu as outras. Salve a mistura que formou esse povo. As lantino-americanas tb são muito bonitas, mas ainda prefiro as brasileiras.
Não, eu não fui como havia dito. Perdi um chocolate sem tamanho. 6 a 0... Bom, ao menos o time se levantou e o mané do Edílson fez um graça, três gols.

Bom, só digo um coisas, no próximo jogo do Flamengo no Maracanã num dia possível de ir, lá estarei.

quinta-feira, agosto 07, 2003

A quantidade de e-mail que chega falando da mais recente busca de Zé Maria na face da terra rende coisas engraçadas. Gostei desse aqui supostamente repercutindo a parada, não sei o autor, pra variar.

"Ih! O véio dançou! Ih, o véio dançou! O véio dançou! Ih! Ih!"
Didi Mocó

"Grande desequilíbrio na força eu sentir."
Yoda

"Oh! E agora? Quem poderá me defender?"
ACM

"A morte do Dr. Roberto Marinho é lastimável, mas ela não adiará o grande espetáculo de crescimento previsto para o final do ano."
Antônio Palocci

"Ah! Finalmente uma boa companhia! Um bom papo reacionário! Aqui no inferno só tinha comunista e 'criôlo'!"
Paulo Francis

"MAAAAAAAAAAAAARRÉU!"
Nerso da Capitinga

"Se no fim de meu mandato, todos os brasileiros puderem comer presunto no café, presunto no almoço e presunto no jantar, poderei dizer: cumpri a minha missão!"
Lula

"Era velho? Então tem mais é que morrer!"
Dóris (da Novela das 20h)

"We regret the death of Roberto Marinho, one of the most important journalists in Argentina"
George. W. Bush

"E essa vaga na ABL? Vai pra quem?"
Jô Soares

"Graças a Deus não foi nenhuma bala perdida!"
Garotinho

"É seus filhos da puta! Vou enterrar vocês todos!"
Dercy Gonçalves

"Porra!!! A gente não vai poder fazer NENHUMA piadinha!!!
Turma do Casseta e Planeta

"Minha vida perdeu o sentido..."
Leonel Brizola
Roubei do Arnaldo.

Declaração bomba

Eu não vi, mas companheiro Eduardo assistiu ao vivo e me ligou na hora pra contar a declaçãro de Antônio Carlos Magalhães no funeral de Roberto Marinho.

"Posso dizer, sem medo, que nos amávamos. Em seu aniversário até ficamos de mãos dadas".

É uma frase, no mínimo, inusitada...
Hoje tem Mais Querido no Maracanã. Mesmo morrendo de vontade, vou não. A partida vai ser contra o Bahia, espero que dê pra ganhar e convencer (ao contrário dos demais cariocas na Primeirona). Mas preciso de um jogo Flamengo no Maracanã, num fim de semana, pra eu dar caras e torcer como aloprado que sou.


Ixpetáculo de torcida.


Eu vi, muito maneiro, muito bom. Valeu.