Lapa, Mariana e 393
Após um longo tempo sem dar as caras, lá fui eu a Lapa outra vez. Era aniversário de companheira Mariana e bati com os costados naquele canto do Rio. Queria eu entender a magia que aquele lugar tem. A Lapa é caótica, tem cheiro de mijo, é suja, mas é adorável e aprazível. Vá entender esses carioquismos.
Óbvio que Mariana escolheu o seu bar favorito, o mais estranho que há. Aquele que nunca lembro o nome e fica bem em frente (quase embaixo) dos arcos, do outro lado da rua jaz o falecido bar Semente. As mesas ficam na calçada sobre um sempre presente futum de mijo e mesmo assim a gente se sente a vontade! A Lapa definitivamente tem o caos mais charmoso do mundo.
Bom, graças a figurinha arquiteta voltei àquele lugar que muito freqüentei tempos atrás. Pude ver que os personagens continuam pintando, gente colorida, furada, jovem e velha, todos os tipos. Pô, até vários papa mikes deram as caras por lá.
Perrenguinho pra constar
Claro que pra voltar pra casa rolou aquela pequena aventurazinha básica proporcionada por ele, sempre ele, o 393. Subi na criança no ponto final, claro. Sentei, Mariana ligou avisando que tinha acabado de chegar em casa e o coletivo partiu.
Tudo dentro dos conformes e na mais perfeita ordem até a Penha, onde um engarrafamento surgiu. Eu, sonolento que tava, caguei e andei. Mas percebi que mesmo àquela hora, tipo meia noite e meia, tinha mó galera de pé no ônibus. Condução ingrata, essa. E o furingudo do motorista não pisava no acelerador. Que ódio.
Aí foi que percebi que todo mundo se levantava e esticava os pescoços pro lado esquerdo. Quando saquei que luzes vermelhas rodavam do outro lado da pista é que entendi. Um acidente tinha ocorrido. Todo mundo queria ver o que aconteceu. Qeu raiva eu tenho disso, que raiva. Cria-se um congestionamento por causa da curiosidade mórbida das pessoas. E o pior é que escutar que os urubus carniceiros são os jornalistas. Ah, tenha dó do meu ouvido.
Fiquei na minha, ainda bem que o ônibus seguiu adiante. Só que, em Guadalupe, acordei de novo. Inferno isso de nao conseguir dormir no coletivo de madrugada. Uns camelôs tinham ficado fulos pq era o terceiro ou quarto 393 que passava e não parava no ponto. Aí, um malandro tacou alguma coisa no coletivo e vazou. Espatifou um vidro lateral na parte traseira.
Um dos camelôs subiu esbravejando no ônibus. Pagou sua passagem, rodou a roleta. Foi lá pra frente discutir com o motorista. Ah, parceiro, tenha pena dos demais. Só trabalhador no carro aquela hora e o cara pagando geral. Foram tantas caras feias pro ambulante que o bichinho sentou e ficou no sapatinho. Mané. Mal sabe ele que hoje temos um ônibus a menos na linha (que nao é das melhor atendidas na cidade) pq um furingudo quebrou uma janela.
No fim, cheguei em casa já depois de 1h.
Após um longo tempo sem dar as caras, lá fui eu a Lapa outra vez. Era aniversário de companheira Mariana e bati com os costados naquele canto do Rio. Queria eu entender a magia que aquele lugar tem. A Lapa é caótica, tem cheiro de mijo, é suja, mas é adorável e aprazível. Vá entender esses carioquismos.
Óbvio que Mariana escolheu o seu bar favorito, o mais estranho que há. Aquele que nunca lembro o nome e fica bem em frente (quase embaixo) dos arcos, do outro lado da rua jaz o falecido bar Semente. As mesas ficam na calçada sobre um sempre presente futum de mijo e mesmo assim a gente se sente a vontade! A Lapa definitivamente tem o caos mais charmoso do mundo.
Bom, graças a figurinha arquiteta voltei àquele lugar que muito freqüentei tempos atrás. Pude ver que os personagens continuam pintando, gente colorida, furada, jovem e velha, todos os tipos. Pô, até vários papa mikes deram as caras por lá.
Perrenguinho pra constar
Claro que pra voltar pra casa rolou aquela pequena aventurazinha básica proporcionada por ele, sempre ele, o 393. Subi na criança no ponto final, claro. Sentei, Mariana ligou avisando que tinha acabado de chegar em casa e o coletivo partiu.
Tudo dentro dos conformes e na mais perfeita ordem até a Penha, onde um engarrafamento surgiu. Eu, sonolento que tava, caguei e andei. Mas percebi que mesmo àquela hora, tipo meia noite e meia, tinha mó galera de pé no ônibus. Condução ingrata, essa. E o furingudo do motorista não pisava no acelerador. Que ódio.
Aí foi que percebi que todo mundo se levantava e esticava os pescoços pro lado esquerdo. Quando saquei que luzes vermelhas rodavam do outro lado da pista é que entendi. Um acidente tinha ocorrido. Todo mundo queria ver o que aconteceu. Qeu raiva eu tenho disso, que raiva. Cria-se um congestionamento por causa da curiosidade mórbida das pessoas. E o pior é que escutar que os urubus carniceiros são os jornalistas. Ah, tenha dó do meu ouvido.
Fiquei na minha, ainda bem que o ônibus seguiu adiante. Só que, em Guadalupe, acordei de novo. Inferno isso de nao conseguir dormir no coletivo de madrugada. Uns camelôs tinham ficado fulos pq era o terceiro ou quarto 393 que passava e não parava no ponto. Aí, um malandro tacou alguma coisa no coletivo e vazou. Espatifou um vidro lateral na parte traseira.
Um dos camelôs subiu esbravejando no ônibus. Pagou sua passagem, rodou a roleta. Foi lá pra frente discutir com o motorista. Ah, parceiro, tenha pena dos demais. Só trabalhador no carro aquela hora e o cara pagando geral. Foram tantas caras feias pro ambulante que o bichinho sentou e ficou no sapatinho. Mané. Mal sabe ele que hoje temos um ônibus a menos na linha (que nao é das melhor atendidas na cidade) pq um furingudo quebrou uma janela.
No fim, cheguei em casa já depois de 1h.
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