Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, agosto 22, 2003

Pregação x Pregação

Lendo essas paradas mais abaixo lembrei de uma situação contata por Irmão-Léo. O figura estudou há alguns anos na Escola Técnica Visconde de Mauá, aquela de Marecha. Após a aulas, o moleque ia até a estação onde pegava o ônibus para casa. O ponto fica bem ao lado da estação de trens do bairro, assim como vários outros pontos finas de outros ônibus. É um luagar movimentado durante o dia e a noite. Pessoas entra me saem dos ônibus, sobem e descem as escadas continuamente.

Num desses dias, segundo relatou Irmão-Léo, estava ele chegando ao ponto quando viu um senhor, de terno surrado e um livro debaixo do braço de aproximar. O senhor parou diante da fila e abriu o verbo. Estava pregando, procurando (da sua maneira) levar aquilo que ele acreditava ser o certo para as demais pessoas. Não vou julgar a atidude do indivíduo que tocava sua pregação adiante, a proposta do post nao é essa.

Nisso, enquanto o ônibus não saía, continuavam todos lá, ouvindo o insistente senhor com suas passagens decoradas da bíblia. Mas não ficou por aí. Desceu as escadas da estação um outro senhor com outra bíblia. O novo sujeito na história começou a pregar pra outra galera. Mas quando viu a 'platéia' do senhor que chegou primeiro partiu pra cima para 'disputar' a atenção.

Sério, se eu tivesse lá não saberia qual seria minha reação. Irmão-Léo disse que ambos começaram a proferir suas frases gritando com cada vez mais paixão. A fila, coitada, continuava parada e o ônibus de porta fechada. Após alguns instantes, um se virou pro outro e começaram a pregar um pro outro! Como assim!!! Isso deve ter sido uma cena ixpetácular!!!

Pena que meu referido irmão não assistiu o desenrolar até fim. O mané do ônibus abriu a porta, todo mundo e subiu e o coletivo partiu. Enquanto isso, já sem a 'platéia' os pregadores continuavam se desafiando.

Aí eu me pergunto, qual seria o objetivo desses caras? Se eles realmente quisessem expôr aos outros no que acreditam, pq entao ficaram brigando entre si? Gente estranha... mundo estranho...