Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, agosto 24, 2003

Parte 2 - O Doidaralho na kombi

A próxima fase da noite seria rumar até a aprazível Feira de São Critóvão. E fomos. Como Georgiana iria até sua casa buscar as demais participantes da expedição, partiu pra um lado enquanto eu fiquei incumbido de levar a outra parte da expediçõa diretamente para o ponto de encontro a feria. Como chegar? Georgiana duvidou da minha estranha capacidade por me guiar no subúrbio carioca.

A proposta seria pegar o 261(Marechal Hermes - Algum Lugar), que passa no referido ponto a ser visitado. 261 passou? Claro que não, mas em seu lugar chegou uma kombi que sequer habitaria um pesadelo meu. Detalhe, a kombi trazia um papelão colado no pára-brisa com fita crepe onde se lia o número da linha do ônibus (261) escrita com algarismos que pareciam ter saído da mão esquerda de um destro.

Já dentro da kombi entram duas meninas 'charmeiras' que seguiam na mesma direça. Uma delas, dona de uma lapa de bunda descomunal, disse nao se sentir a vontade de sentar na poltrona onde havia espaço por ficar de costas para o motorista para ver a via. O q ela fez? Acomoudou a buzanfa kink size entre eu Luciana e Mariana. E coube, né. Com jeito coube.

Após seguir um pouco pinta no caminho um doidaralho (doidaralho é o sujeito acima do nível de doidão). O Doidaralho subiu na kombi, sentou na minha frente e parecia estar chapado com um misto de álcool e do branco. A primeira frase proferida pelo sujeito foi "tô como a Rosinha, de pressão baixa!". Nao ia prestar...

E nao prestou.

Repentinamente o sujeito começou a reclamar de um perfume forte. "Tem alguém aí com um perfume de erva-doce!". Eu nao tava sentindo cheiro algum, mas... deixei quieto.

Até a hora em que ele começou a bater, de leve, a cabeça no vidro da portad a kombi. Levou a mão a boca e a deixou lá... Ficou, ficou, ficou até que começou a balançar e eu comecei a pensar com meus botões... "se esse sujeito vomitar na minha calça clara vou dar-lhe um botadao".

Tanto a criatura balançou que repentinamente baixou a cabeça. Abri as pernas bruscamente. Po, se vomitasse que vomitasse noa chao e nao encima de mim. E nao é que o furingudo levantou rindo e dizendo "Heheh. Enganei vocês". Ao mesmo tempo que tive vontade rir tb tive vontade de dar-lhe um bico na canela... Bom, ainda bem que o doidaralho pouco depois chegou ao seu destino e desceu.