Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, outubro 31, 2003



Tá, tá bom. É só pra constar, quero mais é q é essa péla-saquice imperialista se exploda. A arte foi 'roubada' do site da Isto é.
Cena bizarra no banheiro

Isso aconteceu há algumas semanas e foi relatado por um dos contínuos. Trabalhamos num andar cheio de seres engravatados. Vez por outra esbarramos com eles nos elevadores, escadas, banheiros, áreas de café e tal. Eis q estava o companheiro (o contínuo) no banheiro, escovava os dentes após o almoço quando o bizarro acontece.

Um dos engravatados sai de uma das cabines com a calça na altura dos joelhos. O companheiro olhou pro cara procurando entender o q acontecia. O sujeito, de gravata pendurada no pescoço, acabara de obrar, evacuar, fazer cocô mesmo, percebera que o famigerado papel higiênico havia acabado e procurava algumas toalhas de papel - daquelas q a gente usa pra enxugar as mãos - pra resolver o seu problema. Eu, hein.

Segundo o contínuo, o gravata achando tudo muito normal olhou pra ele e disse:

- O papel acabou.

É, acho q ele já tinha percebido.
Super Trunfo!!!

Num momento bobeira na internet joguei Super Trunfo no Google. E olha o q pintou! Um versão on line pro clássico jogo da minha adolescência. Só tem o jogo com as cartas de Fórmula 1. Como bom viciado que era nao perdi um sequer. O link é esse.
Noite só pra sambar

Após a Luise e a Paula-que-gosta-de-samba terem avisado, fui dar as caras no Calouste Goulbenkian, na Praça XI. Rolava apresentação do Nei Lopes. Fui. Maneiro, muito maneiro. As músicas, a presença, os causos contados por ele, a banda. Tudo muito legal, muito gostoso, muito bonito. Fiquei amarradão.

Fato curioso foi logo na entrada. Sabe-se lá pq os caras pedem o nome. Entrei, dei o nome e o segurança levantou a cabeça dizendo "Sobrinho!". Pois é, o segurança era meu tio, cara. Q doideira. Um dos irmão mais novos de Seu Carlos, meu tio Ignácio (com gê mudo mesmo). Nem sabia q ele trabalhava como segurança, ainda mais ali. Bom encontrar figuras q a gente gosta quando nao se espera.

Ah, e depois ainda fui dar as caras no Centro Cultura Carioca. Adivinha. Teresa Cristina de novo. Hoje ela é moda, né. Neguinho (na maioria branquinhos mesmo) pagam um grana razoável pra vê-la cantando. Engraçado, há menos de dez anos cansei de vê-la cantar nas festas do DCE da Uerj, ela era secretária da entidade, na época de uma das gestões do Pstu.
Tomado por a mesma preguiça de ontem, cá estou. Sem idéia, sem vontade, sem saco, sem nada.

quinta-feira, outubro 30, 2003

Por falar em Pernambuco...

Hoje companheiro Eduardo deixou esse suburbano safado mais feliz. Após eu ter emprestado a ele o último disco do Nação Zumbi, o sujeito copiou pra mim o segundo CD da banda, o último com o valoroso Chico Sciense. Afrociberdelia, um clássico. Inclusive, o CD nao pára de tocar no meu computador. Ironicamente eu já comprei uns três Afrociberdelias q acabam sumindo por aí. Deve ser os duendes mangueboys q habitam esses cantos. Eles deve gostar tanto quanto eu de Etnia, Manguetown, Macô, Sangue de Bairro, Maracatu Atômico e dessa aí embaixo.

Mateus Enter
Chico Sciense

"Eu vim com a Nação Zumbi
Ao seu ouvido falar
Quero ver a poeira subir
E muita fumaça no ar
Cheguei com meu universo
E aterriso no seu pensamento
Trago as luzes dos pontes nos olhos
Rios e pontes no coração
Pernambuco embaixo do pés
E minha mente na imensidão"
Hoje tô com preguiça de escrever nessa josta.

quarta-feira, outubro 29, 2003

Cidade dos Homens

Blogue, o programa é o q existe de melhor na televisão hoje me dia. Nao tenho dúvida. E o episódio de ontem foi justamente o melhor q vi ate´hoje. O dia em q mostrou a molecada descendo do morro pra praia.

Os caras pontuaram vários preconceitos q existem no cotidiano e ninguém tem peito de apontar.

+ A menina dizendo q nao era racista, mas nao entendia pq os favelados iam na praia em frente ao prédio dela.

+ Outra menina dizendo q nao é racista pq 'até era madrinha da filha da empregada'.

+ A menina do morro mostrando ter preconceito com os demais tb da comunidade.

+ Os arrastões que são inventados por puro preconceito quando um grupo de jovens negros caminham juntos pela praia ou mesmo a briga entre favelados e galera da classe média, q tb vai ser tratado pela mesma classe média como arrastão. E a justificativa deles? Fazer uma 'faxina social'.

+ O preconceito com os nordestinos: "ele é paraíba mas é rico".

+ A menina 'desprovida de preconceito' dizendo q seu pai ia adorar q ela estivesse com um menino do morro por ser antropólogo.

Tudo muito leve, muito discreto. Mas pondo o dedinho nas feridas da hipocrisia. Todo mundo tem algum preconceito, por mais q negue. Isso serve pra mim tb. Mas é ótimo assistir um tratamento como esse dado a fatos q a maioria vive se negando a admitir. O pior é q ainda vou ser chamado de radical como os mais preconceituosos acabam fazendo. Na boa, caguei pra eles.
Trânsito

Duas horas pra chegar no trabalho dói. Dói na alma e dói no físico. A Avenida Brasil com a interminável fila de carros, parecendo um estacionamento, de Parada de Lucas a Bonsucesso. Sofrível.

E o pior é o secretário Municipal de Trânsito Arolde de Oliveira dizer q deixando uma pista só para os ônibus vai facilitar o fluxo dos veículos na via. Deixa eu ver se entendi. Os caras puseram câmeras e câmeras na pista lateral (seletiva, é verdade) para multar geral q passar por lá. Só q os únicos habilitados são onibus e nao são todos os onibus. Vans e táxis nao sao habilitados para andar nela. O secretário acha q assim vai diminiuir os engarrafamentos?

Ele deve ser secretário de Trânsito de outra cidade. Talvez Barra do Piraí, Varre-Sai, Areal... sei lá. Mas do Rio nao pode ser, pq é de tamanha imbecilidade a afirmação do cara q o cara nao deve sequer conhecer a Avenida Brasil.
Seu Carlos e Black Rio

E nao é q Seu Carlos ficou amarradão com o CD da Black Rio? Entreguei o disquinho a ele a figura ficou lá, do lado do aparelho curtindo feliz.
Azar

Meu monitor em casa morreu. Enquanto isso, nao é mais possível conexão por Bangu. Logo, nao falo mais com ninguém pelo icq ou pelo messenger ate´resolver essa pentelhação.

terça-feira, outubro 28, 2003

Nova aquisição

Após o almoço, lá fui eu comprar Banda Black Rio pra Seu Carlos. Claro, seu Carlos nao é preto, já foi pobre mas é suburbano. Foi jovem nos anos 70 e gosta de música de preto, ainda mais de música de preto feita pela galera do mesmo subúrbio q ele, o carioca. Comprei pra ele o "Maria Fumaça", primeiro disco dos caras.


Aí, mesmo durango, fui lá, olhei, olhei e olhei. Não resisti. Saí com o "Quatro grandes do samba", disco de 1977

gravado com Nelson Cavaquinho, Candeia, Guilherme de Brito e Elton Medeiros. Ah, muleque. Já tá tocando no meu computador.
Ascensorista endividado

Já no prédio certo, após a consulta, descia no elevador tranquilo e já ciente q tenho q fazer fisioterapia. Aí, já pensando no q deveria fazer no resto do dia começo a escutar o discurso do ascensorista:

"Olha, eu nao fico encucado com dívidas. Se tenho, pago em dia. Mas se nao tenho, deixo pro outro mês, espero quinze dias. Eu vou pagar, não tem erro. Se tiver q cortar a luz, q cortem. Se tiver q cortarem a água, q cortem. Pô, se o Brasil deve milhões eu vou ficar encucado pq devo pouco?".

É, nao foge a realidade. Penso um pouco como ele.
Ser mané é II

Sentir dor no calcanhar esquerdo, ir ao ortopedista, tirar raio x, levar dois meses para mostrar ao ortopedista a chapa, quase perder o horário, sair correndo do escritório e, na hora marcada, subir no elelvador, mas perceber quando chegar ao andar onde deveria ser o do consultório que é o prédio errado. O correto é o prédio ao lado.
Ser mané é

Acordar, levantar, tomar café, por pasta de dentes na escova, por a escova na boca, sentir um gosto estranho e descobrir q escova os dentes com creme de barbear. Argh.
Parafuso no sorvete!

Dona Glória, adorável progenitora desse preto, pobre e suburbano, teve uma reunião em casa domingo. Após a reunião, rolava um comento comes e bebes. Diante do calor, Dona Glória viabilizou um potão de sorvete de creme da Nestlé.

Na hora da comilança... tcharan. TRÊS PARAFUSOS estavam lá dentro, felizes e geladinhos dentro do sorvete. Ainda bem q ninguém se machucou. Imagina se alguém morde ou engole a pecinha de ferro? Ia ser, no mínimo, uma dor cabeça.
Só queria dizer q eu amo o Centro do Rio, principalmente em dias como esse.

segunda-feira, outubro 27, 2003

P q Bangu é quente?

O site Portal Bangu, de onde tirei a imagens, ainda tem a explicação pq Bangu é quente e frio. Pq é um vale. Acho q com o gráfico fica mais fácil entender.



"O Maciço da Pedra Branca compõe juntamente com as baixadas o Maciço do Mendanha Gericinó, um quadro de relevo que favorece uma dinâmica de circulação de ar bastante característica, conferindo a Zona Oeste uma condição microclimática. Localizada no vale entre os dois maciços, a região de Bangu e bairros adjacentes caracterizam-se pelas áreas mais quentes do Município, não apenas por registrar as maiores temperaturas no verão, freqüentemente em torno dos 40 graus, mas também por serem elevadas às temperaturas mínimas diárias, cuja diferença esta em todo de 11 graus.
A brisa marinha e as massas polares que penetram pela garganta entre os dois maciços convergem para o vale (região de Bangu e bairros adjacentes), formando uma massa de ar quente com baixa mobilidade. Esse fenômeno caracteriza da região como uma "ilha de calor". "





Bangu cinematográfico

Há tempos esqueço de escrever isso. Além de ser quente, de ter complexo penitenciário, ridículas passarelas com esguichos d´água, escadas rolantes na estação de trem, Bangu tb tem coisas q podem ser interessantes. O aprazível bairro da Zona Oeste carioca foi cenário para a gravação de Olga, aquele filme sobre Olga Benário Prestes. E onde foi o presídio? A Fábrica Bangu, antiga Fábriga Progresso Industrial, q permitiu o crescimento do bairro do início do século passado pra cá.

"Ão, ão, ão
Segunda Divisão"


A prova do crime, o ingreso do jogo.

Ontem, pra variar, foi dia de Maracanã. Lá estava eu entre os 7.229 pagantes q ainda insistem em ver o Flamengo jogar. Público ridículo pra um jogo do Flamengo. Dois a um foi o placar. Uma vitória meia bomba num jogo meia bomba. Já cheguei com o placar em 1 a 0, gol de Andrezinho. Ainda vi o empate do traidor Gilberto. E vibrei horrores com o gol de cabeça do Fabiano Eler, q nos deu a vitória.

Como gritei "ão, ão, ão! Segunda Divisão" pros azuis gaúchos. Eu até tinha simpatia por eles. Uma gaúcha muito querida, q já foi prenda, nascida em Santa Maria e gremista-gremista-gremista, é minha vizinha de portão. Um doce de pessoa. Inclusive, é mãe do meu camarada Fabrício, amuleto de Maracanã.

Mas após experiências controversas com esses gaúchos, comecei a ter vontade de bater neles. Nao em todos eles, óbvio. Mas em parte significativa. Logo, logo vou botar aqui: "Ajudei a rebaixar vcs", em homenagem a eles.


Foto do lance da cabeçada do Fabiano Eler q resultou no segundo gol.

O legal foi ter ajudado, de quebra, os demais cariocas. O Mais Querido é realmente uma equipe altruísta.
Tá, é um pensamento existencial bundão, eu sei.

Mas, diante desses perrengues, eu tenho dúvida se ainda estou vivo e não percebi se já morri dormindo ao volante ou levando um teco dos manés que queriam roubar meu carro nesse fim de semana.

domingo, outubro 26, 2003


Achei q nao veria isso por algum tempo. Fico feliz q o cara tenha voltado a ganhar.
E nao acabou por ali

Após a recuperação do susto - visto q a última vez que tive uma arma apontada pra minha cabeça foi em janeiro de 1994, quando fiquei de refém junto com toda a família do meu camarada Hélber, em São Paulo, quando deram um barró na casa dos caras - segui para casa.

Cruzei toda a extensão da Brasil q vai do Centro até Realengo. Onde, tcharan, rolava um blitz do Getam. Geralmente os caras me liberam. Geralmente, nessa noite o sujeito cismou com a minha cara.

Pediu pra eu descer. Desci. Pediu comentos. Entreguei. Aí começou a pentelhaçao. "O carro do senhor nao está ok. Posso aprender". Pronto, caô pesadaçao. Pode aprender é o escambau.

"O senhor nao fez vistoria". Expliquei ao sujeito o motivo. Tinha um multa pendente, foi paga e a vistoria estava agendada.

"Entao vou te dar outra". Respondi q podia dar, mas com mais uma multa o carro ia continuar sem vistoria visto q nao tinha sido paga por falta de grana.

Aí, se fazendo de bobo, veio o papa mike sugerir q eu desse um qq pra ele. É RUIM, MANÉ.

Má num dô mermo. Se tiver q multar, q multe. Nessa, ele quis ficar meu amiguinho. Perguntou o q eu fazia. Disse q era jornalista. "Qual o jornal?", ele perguntou. Respondi q tinha trabalhado em todos os jornais populares da cidade, mas hoje estava fora de redaçao.

Chataço, o cara ainda continuou. "Mas trabalha onde hoje?". Saquinho, né. Trabalho na empresa tal (que é grande à vera). "Ah, é? Tem crachá?", insistiu querendo ver.

Lá fui eu, futuquei minhas coisas. Peguei o crachá e mostrei. Nao faço idéia do poder q ele teve, mas o cara me liberou ali com a seguinte e emblemática frase:

"Tá blz. Não vou te sacanear por pouca coisa, né. Bom dia." Virou as costas e se foi.

Montei na Grande Ervilha Mecânica e vazei pra casa. Rezava pra padroeira por ter sido liberado nas duas (embora na segunda eu estivesse certo) e esperava para chegar em casa sem mais perrengus. Passei por mais duas barreiras de policiais, mas ninguém me encheu.

Ufa outra vez.
Sexta-feira do terror

Sexta foi um dia normal de trabalho. Rolava Escravos da Mauá, mas o dever me chamou. Após o dever cumprido, já com horário avançado achei q nao ia rolar mais Escravos, rolou contato com Renata Casaquinho e fui dar um rolé com a pernambucana. Na volta, todos desovados e Vicente pega o caminho de casa. Aí começa o perrengue.

No primeiro Túnel Rebouças (direçao Botafogo - Cosme Velho) vinha eu, dentro de Ervilhõa, quando um carro preto com vidro filmado (sempre um carro preto) emparelha comigo. Depois os sujeitos ficam atrás de mim me mandando encostar. Ih, é ruim, mané. Sai pra lá.

Eu estiquei pra chegar até o fim do primeiro túnel onde rolava um posto da Polícia Militar, se bem q os caras tinham cara de policiais militares... mas deixa quieto. Nessa esticada, o carro dos caras era mais potente q Ervilhão. Claro, nao é difícil. Ervilhao é um carro mil.

Já na saída do túnel olho para a esquerda e estao lá os caras. Chato pra burro. Com a janela do carona baixa e uma singela arma de fogo apontada pra meus cornos. Sustaço.

Era o finzinho do túnel. Olhei no retrovisor, nao tinha ninguém atrás. Nao pensei duas vezes: sentei o pé lindamente no freio. Foi aquele borrachão. Os manés que queriam ganhar meu carro seguiram em frente e mandei o carro pro recuo onde estava a polícia. Ufa.

sexta-feira, outubro 24, 2003

Conhecendo o rio a pé

Cabei de ver matéria no Globo On Linde falando dum programa q a Riotur tem de passeios turísticos pela cidade onde se conta um pouco da história de pontos da cidade enquanto se passeia. Show de bola. O Rio é muito rico nesse tipo de coisa. Cada ponto tem sua história, suas peculiaridades. Vou ver se dou as caras numa parada dessas.

A matéria tá aqui.
MOSCAS!!!

Eu nao sei como ela descobre, mas Juliana sempre envia essas coisas alopradas por e-mail. Esse aqui é um joquinho pra pegar moscas com aqueles palitos de comida oriental q nunca sei o nome. JOguei duas vezes rapidinho e nao peguei uma mané duma mosca.
Esse post entrou no PPS no início dessa madrugada, mas ficou no pé do dia de ontem. Vai voltar agora pra ficar no alto.

Parabéns aê

Ao receber o pedido de uma menina q é muito fofa e lê isso aqui, vim atender o seu desejo. Lana pediu para q eu parabenizasse sua cidade pelos seus 334 anos. Pois aqui está:

Manaus, parabéns.

Deve ser difícil criar e desenvoler uma cidade bem no meio da Floresta Amazônica, mas os caras estáo lá, firmes e fortes. História e natureza, tudo juntinho no meio da selva.


A foto foi roubada do site da empresa manauara de Turismo.

Pena nao chegarem muitas informaçoes sobre a capital do Amazonas pra cá, mas uma cidade com um milhão de habitantes nao pode ser considerada pequena, né. Q continue crescendo. Nunca dei as caras por lá, mas quem sabe um dia. Eu acabo indo pra cantos pouco imaginados antes mesmo.
Vou copiar e postar de novo aqui em cima.
P q diabos o mané do post sobre Manaus ficou lá embaixo?
Parabéns aê

Ao receber o pedido de uma menina q é muito fofa e lê isso aqui, vim atender o seu desejo. Lana pediu para q eu parabenizasse sua cidade pelos seus 334 anos. Pois aqui está:

Manaus, parabéns.

Deve ser difícil criar e desenvoler uma cidade bem no meio da Floresta Amazônica, mas os caras estáo lá, firmes e fortes. História e natureza, tudo juntinho no meio da selva.


A foto foi roubada do site da empresa manauara de Turismo.

Pena nao chegarem muitas informaçoes sobre a capital do Amazonas pra cá, mas uma cidade com um milhão de habitantes nao pode ser considerada pequena, né. Q continue crescendo. Nunca dei as caras por lá, mas quem sabe um dia. Eu acabo indo pra cantos pouco imaginados antes mesmo.

quinta-feira, outubro 23, 2003

Acabo de receber um e-mail enviado por vissente.magno@bol.com.br. Fala sério, mané. Vai catar coquinho.


Não sei achei isso, mas é sensacional. Acho as vezes q os caras do MV-Brasil exageram na dose, mas essa foi muito, mas muito bem mandada. Bato palmas de pé.
É um mercenário, não há dúvida. É um grosso, visto como tampou o mané do torcedor no treino essa semana, mas ainda é o melhor jogador no Rio de Janeiro. Se isso é bom ou ruim é outra história.



Domingo que tem Flamengo e Grêmio. Quero ir, mas nao sei se vou. Tem aniversário de um camarada, mas como é ali perto... Dá até pra ir andando. MInhas últimas experiências com a torcida do time azul tem me deixado com uma raiva cada vez mais crescente em relação a eles. Só espero q nao cruzem meu meu caminho.
Centro do Rio em dia de chuva

Essa cidade é uma caixinha de cerveja, digo, de surpresa (trocadalho do carilho esse...). No início da semana, um sol lindo, perfeito, combinativo com o ar da cidade. Agora, um chuva q deixa um ar meio tristinho, tristinho por aqui. É bom q ela caia pra gente nao ficar no mesmo perrengue q a estranha cidade ao sul onde deve rolar um racionamento de água básico.

Normalmente me sinto como um centroavante q vai driblando zagueiro por zagueiro ao caminhar pelas calçadas cheias de gente. Tem q ter jogo de cintura e ser arisco. Sair de marcador por marcador para não ser levado pela multidão. Pena q o gol nunca chega.

Mas quando chove... o perrengue aumenta. Sabe video-game? Parece q aumentam a dificuldade do jogo. Além de driblar os sujeitos, tem-se q fugir dos guarda-chuvas louquinhos da vida pra furar o seu olho enquanto foge dos manés q os carregam. Pior, como nao existe altura padrão nas pessoas, cada guarda-chuva tem uma altura básica. Além de balançar o corpo pros lados, quando chove, é necessário abaixar e subir a cabeça tb.

As poças? Ah, essas já são na terceira fase do jogo e haja agilidade.
Eternamente 12º colocado

O Flamengo escolheu onde quer ficar: a 12ª colocação da tabela. Os caras perdem, os caras ganham, os caras empatam e continuam exatamente na mesma posição na tabela. Eu, hein. Campeonato chato.
Hipocrisias irritantes

Tenho freqüentado a Universidade ultimamente. Ontem, rolou um debate entre candidatos a reitoria da tal instituição e fiquei impressionado com a quantidade de comunistas profissionais que deram as caras. Aquela galera devidamente adestrada que aplaude até um peido do sujeito a quem foram babar o ovo.

Mas o q me irrita e irrita bastante é q esses comunistas que enchem o peito e a boca para falar na defesa dos interesses da população têm medo e asco dessa mesma camada popular. Nao se preocupam em aprender a falar a língua desse mesmo povo pra saber o q ele anseia e até mesmo para trocar informações. Esses comunistas péla-sacos não se misturam com o povo de verdade, afinal de contas essas pessoas pobres moram longe, falam errado e as vezes até fedem. Falam em democracia, mas têm o discurso mais sectário q já vi. Confesso ficar com vontade de tampar um indivíduo desses, mas como sou de paz...

O engraçado é q nao conseguem entender pq são partidos de gueto. Pq só mesmo alguns poucos membros da classe média assimilam e consomem seu discurso.
Polícia de açúcar

É só chover que TODOS os policiais somem das ruas. T O D O S. Deve ser porque com chuva não há riscos a Segurança Pública na cidade.

quarta-feira, outubro 22, 2003



Com luxuoso patrocínio do Gibi, a imagem foi pro ar. Ela remete aos momentos bizarros de estudante de matemática q nada sabia. Mas nada sabia mesmo. Sempre rolava um impedimento maior de entender aquela numeralha. Se eu soubesse matemática hoje ganhava dinheiro.

Bom, a imagem chegou por e-mail hoje e resolvi por no ar. Nao sei quem fez, mas o cara mandou bem. Me vejo como o sujeitinho pedurado no fim do 'cálculo'.
Salve DJ Marlboro


Acabei de ler uma matéria muito, mas muito maneira sobre o DJ Marlboro. O texto tá muito interessante e Marlboro abre o verbo. A frase é óbvia, mas nao custa separá-la:

— É a nova versão de uma velha discriminação — avalia. — Pega mal o sujeito falar que tem preconceito contra preto, pobre e favelado, e ele descarrega contra o funk. O samba também passou por isso.

É isso aí mermo. Não gostou? Caguei.

A matéria é do Leonardo Lichote e tá aqui, no Globo On Line.
Eu, hein

Minha sertaneja favorita (e q me deve a xérox q espero do CD do Trio Mocotó) manda umas coisas rasterias que ate´me impressionam. A última é essa aqui.

Depois da transada o cara vira para a garota e diz:
- Vou te chamar de Eva porque foi a primeira!
Ao que ela responde:
- Vou te chamar de Peugeot, porque foi o 406...


Deu até medo.
O gari herói

Saiu ontem na coluna do Ancelmo e virou matéria hoje no Globo. Gilson, personagem do folclore virtual q lê essa coisa q chamo de blogue, falou da matéria. Fui lá e peguei.

Rio, 22 de outubro de 2003 Versão impressa


Gari intimida ladrões com marmita na Lagoa

Cesar Tartaglia

Um meio-campo que abandonou uma promissora carreira no futebol para ganhar a vida como pedreiro, Joaquim de Moura Poubel recuperou um pouco da fama que lhe escapou por baixo das pernas 20 anos atrás. De dentro de um ônibus, ele viu dois menores correndo com a bolsa da bancária Sandra Regina de Oliveira, na Lagoa. Desceu do veículo, perseguiu os ladrões, ameaçou-os com a marmita, tomou-lhes o butim e, ao restituir à vítima o que era dela, saboreou gostosos momentos do dever cumprido.

Mais oito quilos de patinho na geladeira

Joaquim, de 40 anos, ganha um salário bruto de R$ 380 para limpar a Praia de Copacabana como gari. Isto dá pouco mais de 50 quilos de patinho, a carne que só tem à mesa em início de mês, quando a materialização no bolso dos números do contracheque dá a falsa ilusão de que tudo é permitido. Ao devolver a bolsa, abriu o sorriso dos justos quando Sandra pregou-lhe R$ 50 nas mãos.

— Comprei tudo de carne — vibrava ontem Joaquim, elevado pelos colegas de trabalho à categoria de herói do Rio depois de ter sua história noticiada pelo jornalista Ancelmo Gois no GLOBO.

Tudo de carne, trocado em miúdos, significa uns oito quilos de patinho a mais na geladeira, o equivalente a seis meses de proteínas extras adicionadas às refeições da família.

Joaquim, juvenil do América e do Madureira, chegou a dividir as honras de craque do time com Jorginho, lateral tetracampeão do mundo. Sobre o episódio, lembra-se de tudo como se fosse ontem. Foi no dia 15, feriado escolar. Ele deixara o trabalho e, no meio da tarde, estava no ônibus de sempre, da linha 462 (Copacabana-São Cristóvão), no mesmo trânsito lento de todos os dias.

A cena que viu também não lhe era estranha: dois garotos, com cerca de 15 anos, tomaram a bolsa de uma mulher que, sentada, observava os filhos brincando na Lagoa, na altura da Curva do Calombo. Ela só teve tempo de gritar e voltar nervosa com as crianças para o carro. O ônibus andou alguns metros, o gari desceu e, como nos tempos de volante, barrou o caminho dos ladrões. Usou uma pequena esperteza para intimidá-los: puxou a mochila, deixou à mostra a ponta de um objeto de metal que guardava ali dentro e enfrentou os menores. Era sua marmita.

— Eu me virei como pude, né? Vi que eram garotos, então achei que não estariam armados. Mas, se fossem mais velhos, eu não ia dar uma de besta — disse Joaquim, que já foi vítima de assalto a mão armada, mas, como santo de casa não faz milagre, preferiu não reagir em causa própria.

Sandra, a vítima, já dera a bolsa como número de estatística. Perderia algum dinheiro e ganharia a dor de cabeça de tirar novos documentos, cancelar cartões de crédito e talões de cheques, desabilitar celular e outros problemas. Ficou o susto. Naquele momento, mesmo nervosa, tentava tranqüilizar os filhos Henrique, de 9 anos, e Beatriz, de 6, além da empregada Tuca.

Medo de levar uma bronca em casa

Como vítima que reconhece o papel do mocinho, fez a sua parte: na hora, ao recompensar Joaquim dando-lhe em dinheiro praticamente a metade do que ele ganha numa semana, e depois, procurando os chefes do gari na Comlurb, onde ele trabalha há dois anos e três meses, para relatar a proeza do funcionário. E voltou para casa meditando sobre a solidariedade humana.

— Ainda há muitas pessoas boas no mundo — afirmou.

Cinqüenta reais, tudo de carne. O super-Poubel, como foi chamado por Ancelmo Gois em sua nota, chegou naquele dia mais contente em casa. Como os filhos não estranharam a fartura de proteínas, Joaquim não se preocupou em contar-lhes sua epopéia de pai-herói. Guardou para si as honras devidas, mas não escondeu da mulher a aventura da tarde. Não por orgulho em demasia, mas por precaução:

— Cheguei em casa com um dinheiro a mais, já era meio de mês, como eu ia explicar para ela? Acabei contando, e vi que ela pareceu orgulhosa de mim. Bem, pelo menos me safei de levar uma bronca.

terça-feira, outubro 21, 2003

Duas notas, duas sensações

Lendo a coluna do Ancelmo vi uma nota q me encheu de medo... A Schin, além de mandar na Feira de São Cristóvão, vai apitar forte no sambódromo. A cerveja de quem vai assistir os desfiles vai ser a nova Schin.

E a segunda, na boa, achei muito legal. Conta uma breve história de heroísmo acontecida nessa cidade. Mais uma vez um cara simples deu a cara pra ajudar o próximo. É o q falta pra esse lugar ser mais legal.

Cena carioca

Dia 15 agora, por volta das 15h, na Curva do Calombo, na Lagoa, um larápio surrupiou dinheiro e documentos de uma mulher.

De um ônibus, o gari Joaquim Mouro Pobel viu a cena e, vupt, saltou do ônibus.

Acredite. O Super-Pobel saiu correndo atrás do ladrão, recuperou a bolsa e a devolveu à mulher. Grande Pobel!


Isso aí. Dá-lhe Pobel.
Fuckers and Suckers pelo Rio

Essa semana, caminhando pelo Centro do Rio com companheiro Eduardo, avistamos um grupo diferente acompanhando policiais militares. Enquanto os papa mikes têm seus uniforme já conhecido, no Rio de Janeiro é aquela azul marinho sem graça, ele vestiam algo q remetia aqueles roupas q os policiais estadunidesnes vestem. Icluindo aqueles quepes horrorosos. Só mesmo a mente aloprada e publicitária do companheiro insulano pra fazer a associação. E nao é q é verdade?

Checando com cuidado, descobriu-se q esses fuckers and suckers cariocas foram criados por um decreto, tcharan, de dona Rosângela Matheus, a desgovernadora do estado do Rio. Os tais voluntários da paz acompanham a polícia, só nao sei qual seu papel de verdade. Achei ate´o decreto que critou mais essa força paralela (como a Guarda Municipal), só fiquei com preguiça de ler pra saber pra q serve no fim das contas.

Saiu até na coluna do Ancelmo Góis, no Globo, esses dias q os caras q são recrutados na cabeçada q sobra no alistamento militar ganha uns 500 contos, mais até q os soldados. Eu, hein.

O link pro decreto estadual é esse aqui.
Frase sorvete na testa

Converse sempre
com um saco de cimento,
pois nessa vida
só devemos acreditar
no que é concreto...


Minha sertaneja favorita mandou pra mim por e-mail. Mas a furinguda nao se lembra nunca da prometida xérox do Trio Mocotó q um dia virá do Planalto Central para o Rio.

segunda-feira, outubro 20, 2003

Mocidade

Nessa madrugada a Mocidade escolheu seu samba, fui até convidado pra ir, mas nao dá. HOje é segunda-feira. Como é uma escola de vanguarda e a frente do seu tempo, entra na passarela puxando pela segunda vez, um enredo de cunho social. A escola vai falar de educação no trânsito. É uma agremiação com verdadeira responsabilidade.

Assim que rolar a letra eu posto.

Salve a Mocidade.
Aquisições

Pra terminar feliz, ainda viabilizei dois CDs pra minha coleção: Candeia - Filosofia do Samba e A alegria continua, gravado ao vivo com Elton Medeiros, Mariana de Moraes e Zé Renato. Esse último eu até já tive, mas emprestei e nunca mais vi o furingudo. Comprei de novo ontem e pronto. Hoje vieram comigo pro trabalho e to escutando baixinho, baixinho.

A música favorita é justamente a q dá nome ao CD, composta por Noca da Portela e Mauro Duarte.

A alegria continua

O samba tem feitiço
O samba tem magia
Não há quem possa resistir
Ao som de uma bateria
É lindo a gente ver
O samba amanhecer
Cheio de poesia

Com o sol aparecendo
E a lua indo embora
E a lida tão sofrida vem pra rua
Mas enquanto houver samba
A alegria continua
A alegria continua
A alegria continua
Samba no domingo

E teve samba no domingão. Rafa Cabeção chamou pra ir na roda de samba do Viva Rico, digo, Viva Rio. Passei em Ramos pra catar companheiro Arthur. O samba foi bom, cara. Dorina, Luiz Carlos da Vila e muita gente boa. Sinceramente eu esperava encontrar uma roda de samba de branco, mas fui surpreendido muito positivamente.

Além do q, convenhamos, o Rio numa tarde ensolarada fica ainda mais lindo. Curtir samba, em companhia alto astral com o Cristo ao fundo nao é nada mal.
Aniversário Goiano

João Goiano é meu camarada há alguns anos. É um dos camaradas mais firuleiros q tenho, e olha q nao tenho poucos camaradas.

Goiano é baterista e sua banda toca vez por outra no Big Ben, simpático pub (ou algo próximo) q fica em Botafogo. Há meses prometo ver o cara tocar. Como essa semana ele fez aniversário, cismou de comemorar sábado no tal pub. PPS parceiro q sou, compareci.

Valeu e muito. Amigos que nao via há tempos deram as caras. Bom ver essas pessoas. Sinistro foi ter o pai de João Goiano, seu João tb, olhar pra mim e dizer "tu tá encorpado, hein". Pois é, valeu tio. De uma forma singela disse q eu to gordo.

Após a o pub fechar, como bom firuleiro q é, Goiano jogou um caô de tomar Antartica Original. O mané levou todo mundo pro Méier mas nao quis ficar no bar pq a música era ruim. Eu, hein. O fim? O terraço do apartamento do maluco, ao menso ele tinha Skol em garrafa dichavada na geladeira.

Goiano é firuleiro, mas é gente boa. Após ele ter surtado e literalmente expulsado todo mundo de sua casa, peguei o rumo de casa. Já estava tomando cerveja desde o início da tarde anterior, no camarote no Maracanã. Dei minhas clássicas duas dormidas no volante, na Avenida Brasil, e cheguei vivo a Bangu.

Não sei se foi Nossa Senhora q abriu meus olhos ou se foi Zé Maria q me deu tapa no pescoço, mas acordei nas duas vezes ainda com Ervilhão sobre controle. Pô, ia ser chatão morrer voltando do aniversário do camarada. Vida q segue. E q siga por muito tempo ainda pra mais aniversário dos amigos.
Registro tricolor

O tempo q passei em Pernambuco rendeu algumas coisas muito legais pra esse suburbano carioca. Além de eu ter passado a me sentir um pouco pernambucano tb, ter conhecido melhor a cidade, sua mecânica e tal, fui levado a tb torcer pelo Santa Cruz. As personagens da minha família pernambucana foram as responsáveis por isso. Fui até levado ao Colosso do Arruda, casa do tricolor recifense, onde vi o time vencer o Náutico no ano passado.

Nesse sábado, to eu marcando tempo pra pegar o caminho do Maracanã quando bate o correio na porta de casa. Chega pra um presente vindo de Recife. Abro o pacote e, tcharan, as meninas mandaram uma camisa do Santa Cruz pra mim. :-) Tem o escudo do time no peito e mais abaixo, em letras garrafais, vem escrito PERNAMBUCO. Nos ombros, a parte q dá um diferencial e um colorido a parte, a bandeira do estado estilizada. Muito maneiro. Falta estreá-la agora.

E, furingudas q sao, as meninas ainda me mandam uma revista falando da cidade. Queriam q eu ficasse com saudade. Deu certo.

Camarote no Maracanã

Minduím, meu fornecedor de Bohemia, ligou na tarde do sábado pra perguntar "tá na pilha de ir no jogo do Mais Querido pra ficar no camarote da Brahma?". Desnecessário perguntar. Claaaaaaaaro q sim.

Lá fui, montado no Ervilhão. Sabe ver jogo numa de patrão? Pois é. Estacionei o carro dentro do Maracanã, fui até o local de subida pros camarotes onde uma van recolhe as pessoas e as deixa na porta do referido. Bem no meio, sobre as cadeiras brancas. Tem um visual espetacular do estádio, q ainda me impressiona por ser grande, muito grande.

O jogo foi ruim, pra variar. O Flamengo continua me irritando, mas Rafael, lateral direito, fez a diferença. Meteu um golão no primeiro tempo e fez um bela jogada q resultou no segundo, feito pelo Edílson.

Claro q rolou essa bocada (como um freezer inteirinho de cerveja liberado, arregaçado e escancarado) pq ninguém quer mais ver futebol no Rio de Janeiro. Foi o menor público q eu já vi num jogo do Flamengo no Maracanã. Não deu cinco mil espectadores. Ao mesmo tempo q a grandiosidade do estádio me enche os olhos, os parcos torcedores num jogo desse que tem a maior torcida do país leva uma estranha e incomoda sensação de tristeza.

E tenho q falar uma coisa. Mesmo com todo o conforto, eu prefiro ficar no povão mesmo. Não tenho vocação pra luxo, nao fui feito pra isso. Sou mais feliz quicando junto a Jovem Fla do q no camaratão.
Seqüelado, assim eu posso ser definido após esse fim de semana.

sexta-feira, outubro 17, 2003

Leão na floresta

Colegas de trabalho q são perfeitos personagens alegram o cotidiano, nao há dúvida. Hoje, conversávamos sobre mandar um dos nossos contínuos para um das unidades da empresa no meio da Floresta Amazônica. Mas no meio mesmo. Aí, a personagem entrou na conversa.

"Mas será q nenhum leão pode entrar lá?"

Leão? Na Floresta Amazônica?

"Ah, tá. Nao sabia q nao tinha leão. Mas um tigre nao pode entrar lá?"

Rolei de ir e até fiquei imitando aquele leão da vinheta de aberturas do filme da Metro Goldwin Meyer.
O mané do horário de verão

Esse fim de semana chega o horário de verão. A imprensa vai fazer aquelas clássicas matérias na zona sul, na beira da praia dizendo "o carioca adora o horário de verão pq consegue pegar uma praia o fim do dia". Pura pela-saquice. São poucos os cariocas q moram tao perto da praia a ponto de fazer isso, se comparados aos demais habitantes da cidade.

O horário de verão é, na verdade, um martírio ao qual, suburbanos e moradores de demais cidades adjacentes do Grande Rio, somos submetidos. Justamente no período mais quente do ano somos obrigados a encarar o horário do rush ainda debaixo de sol e forte calor. O trânsito continua parado, as filas nos pontos de ônibus permanecem do mesmo tamanho. E a gente lá, sofrendo enquanto um indivíduo q acha q o Rio de Janeiro termina na entrada dos Túneis Rebouças fica repetindo q a inciativa de adiantar os relógios é uma boa pq ele pode ir a praia. Eu chamaria de egoísmo desinformado.

Sinceramente queria me convencer q a tão propalada economia de energia compensaria o esforço de MILHARES de pessoas (não só no Rio, claro, mas em todo o canto do país). Queria muito q o Lula canetasse a derrubada dessa q é a maior péla-saquice oficial q já vi.
E o sol tá na área!!!

Aí, dia lindão lá fora. Sol lindão. Até o trânsito tava lindão e levei menos de uma hora pra chegar aqui. O fim de semana tá com cheiro daqueles próximos da perfeição.

Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!Praia! Praia! Praia! Praia!
Sotaque pernambucano? Eu?

Ontem falava eu com uma amiga pér-nambucana q habita a aprazível cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro quando ela parou e gritou "tu falou isso com sotaque!" Entendi nada. E ela explicou q eu havia falado com sotaque de Pernambuco. Pô, peraí. Mesmo quando morei lá nao peguei um rascunho de sotaque q fosse, como podia pegar agora? Eu, hein.
Pelo contrário, eu até espalhei um pouco das minhas expressões e gírias com as pessoas q conviviam comigo.

quinta-feira, outubro 16, 2003

Baleia carioca, suíngue sangue bom



Aí, até as baleias ficam amarradonas aqui.

A foto é do Custódio Coimba, do Globo.
Diálogo de gente louca

Após os aprazível papo sobre menstruação hoje teve mais papos estranhos.

Colega Personagem de Manoel Carlos: Vamos ao rodízio hoje?
PPS : Não, vamos amanhã. Sexta-feira é dia de ir ao rodízio, qq q seja.
CPMC: Ah, nao. Sexta-feira eu não almoço. Eu vou fazer as unhas.


Ahn?!

Bela troca, hein... Qq comentário é desnecessário após tal afirmativa.
Já acredito q a senhora Benedita da Silva - aquela mesma q começou a vida política com o discurso de preta, pobre e favelada - é o calcanhar de aquiles do PT do Rio...
Imagem q fazem da gente

A imagem q filmes e até novelas passam pro público em geral dos jornalistas é muit péla-saco. Fico profundamente irritado quando vejo algo assim. Ontem, pela primeira vez, caí na asneira de ver essa novela das 8. E não é q tem um jornalista tb. Ao contrário dos demais 'coleguinhas' retratados, em sua maioria gente de mal caráter, esse é um mulambo. Q bom, né. Ou a gente é alma sebosa ou maltrapilho. Q felicidade.

O pior é q tem gente q cai nessa, tem gente q vem me dizer q jornalista é tudo falcatrua mermo. Amigos meus já fizeram isso. Óbvio q um esporro foi a resposta. Gente péla-saco existe em todas as profissões, nao apenas no jornalismo.

quarta-feira, outubro 15, 2003

Papos bizarros

Gente doidaralho junta dá nisso. Quando vc trabalha numa equipe onde a maiora é mulher, camarada... a parada fica estranha as vezes. Agora as meninas conversavam sobre menstruação. Bom, é um assunto do qual estou tolhido de participar.

Nessas idas e vindas do assunto, veio uma versão dizendo q quando a mulher entra na água a menstruação pára. Pára, é? Que sensacional.

Mas nao ficou nessa. Veio outra q ainda é melhor, disseram quando uma mulher menstruada faz um bolo esse fica necessariamente solado. Como assim???

Preciso de explicações científicas pra me convencerem disso. Esses pensamentos populares são muito doidos, cara.
Palavras e seus significados

Ontem vendo Cidade dos Homens, q é muito bom ao mostrar a realidade favelada carioca, rolou um momento interessante. O personagem Laranjinha, q tem um penteado, digamos, diferente, ganhou um elogio quando caminhava pela comunidade. Veio a frase "Teu cabelo tá neuróóóótico". É, pois é. A palavra acabou ganhando um nova conotação. Acho até pela sonoridade do q por qq outro motivo. Nessa hora neurótico passa a ser algo legal, bom, diferente e interessante.

Eu já tinha ouvido q algo "estava nervoso" quando estava bom. O mesmo rola no "sinistro", q depende do contexto da frase e pode ser algo muito bom ou muito ruim.

Tem outra q acho maneira tb, "simpático". Nessas indas e vindas o "simpático" virou algo pejorativo. Claro q, como o "sinistro", depende do contexto, mas se ouvir a frase "pô, tu tá mó simpático" remete a algo meio "vc tá meio sonso" ou "vc tá meio falso" ou "vc tá meio grudento".

Eu mesmo, vez por outra, mando um "frenético" fora do seu contexto dicionarizado. Na gíria seria algo como sagaz, ligeiro, ligado, esperto.

Viva o carioquês e sua alopração criativa. Qq dia tem q rolar aqui um vocabulário do carioquês suburbano e favelado.
Irritação

Dá raiva quando vc tem uma iniciativa, a equipe se organiza, pensa, discute, planeja, cronometra, escreve texto, pré-diagrama uma publicação, deixa tudo esquematizado. Na hora H seu camarada também repórter colhe as últimas informações, redige o texto em poucos instantes e passa a bola somente e apenas para ser encaminhada ao diagramador q vai por tudo na página e mandar rodar. O e-mail só chega tarde pq a pessoa responsável acho melhor almoçar antes de enviar a mensagem... O tempo estoura, a hora passa e todo o esforço da equipe foi por água abaixo... Tô quicando de raiva até agora.
Li mais cedo no Café com Leite, da Tatiana, mas agora resolvi puxar pro PPS. Achei pertinente. Tenho q mostrar essa pro meu camarada Baiano, mas ele não lê essa josta aqui.

"Preguiça baiana" é faceta do racismo.
A famosa "malemolência" ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP. O estudo durou quatro anos. A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de "festa eterna". Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. "Quem se diverte é o turista",diz.

Segundo a antropóloga, o objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou.

Elisete concluiu que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatório contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia. "A elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista." O estudo mostra que a imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado por meio das elites de origem européia, que consideravam os escravos indolentes" (como trabalhar bem humorado em regime de escravidão????? Grifo nosso...!!!). Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40. "Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma encontrada para depreciar os trabalhadores desqualificados, para estabelecer fronteiras simbólicas entre dois mundos".

Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. "Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil", diz Elisete. Caetano acrescenta: "A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo. O número de composições de Caymmi (cerca de 100) pode ser menor que de outros artistas, mas ele faz música melhor do que todo mundo."

Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente. "Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades." Para tirar tais conclusões, a antropóloga pesquisou a origem da preguiça em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas.

O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho. Em fevereiro (Carnaval), uma empresa do Pólo Petroquímico da Bahia teve mais faltas na filial de São Paulo que na baiana. Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou dois prêmios de qualidade no trabalho, um deles dado pela Câmara Americana de Comércio.

terça-feira, outubro 14, 2003

Nada.

segunda-feira, outubro 13, 2003

Nada do q eu posto durante o dia aparece. Queria entender o porquê.
Mico de primeira

Caminhava eu pela esquina da Rau da Candelária, na praça Pio X, bem ao lado da Igreja da Candelária quando comecei a escutar um barulho pentelho. Olhei e localizei um daqueles carros de mensagens esporrentas com uma bando de gente fazendo um círculo. Como quem nao queria nada, lá fui eu mais pra perto ver o q acontecia e escutei um sujeito falar ao micofone:

"Vamos todos cantar parabéns pro nosso amigo Magal!". E a galera engatou um ´parabéns pra vc´. Após isso, fogos no Centro da cidade. Um barulho absurdo visto q ecoa nos prédios.

Fiquei imaginando q o tal Magal deveria querer encher de supapo o furingudo q teve a idéia de fazer isso justo na hora do almoço. Blogue, se alguém faz isso comigo eu juro encho de bico na canela até o furingudo não poder mais andar.
Eu quero...

uma camisa do Mais Querido com o Fome Zero na manga.
O melhor do Rio!!!

Tá, é muito rasteiro ser o melhor do Rio ocupando a décima segunda posição no Brasileirão. O nível tá muito baixo. Mesmo assim é bom à vera ganhar o maior rival na atualidade com um a menos e com gol no fim. Dá-lhe. Não fui ao jogo, eu levaria Renata Casaquinho, minha amiga vascaína e pernambucana, ao Maior do mundo pela primeira vez. Ela arregou, ficou com medo da chuva. Mané, o Maracanã tem cobertura nao é como o chiqueirinho da Ilha do Retiro onde a torcida pela chuva o jogo todo.


Fotos publicadas no O Dia e tiradas pelo figuraça e bangüense como eu Carlos Moraes

Sinistro é vir a cachorrada cutucar o meu ouvido dizendo q o Botafogo é o melhor do Rio. A, parceiro, tenha dó. Entao tá bom q jogar contra Marília, Remo, Brasiliense, União São João de Araras, Avaí, Ceará e Náutico é mais difícil q contra São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Internacional, por exemplo. É obrigação do alvinegro estar bem na Segudona.

Blogueiros à vera

Sabadao foi dia de blogueiros. Muitos, em profusão e a vera. Durante a tarde fui cair na aprazível residência de Dona Marinilda, em Santa Teresa. Rolou surrasco por lá com direito a personagens q eu nao conhecia ao vivo tipo Seu Ruy, Truda, Raphael e Silkworm. Além, claro, de Chris e seu respectivo que insistem em contestar minha pretitude. Nem chuva nem nada desanimou aquelas pessoas adoravelmente doidas.

A proposta era dar uma corrida pelo bairro pra curtir o Santa Teresa de portas abertas. Rolou nao, a chuva deixou todo mundo for das ruas.

De lá rolou o vazare pra Nichteroy. Mariana, Arthur, Jairzinho-Magro e Daniel Bin Laden encaramos uma improvável visita a cidade irmã, do outro lado da baia. Faltas (amarelonas) foram sentidas, mas lá foi show de bola. Vimos a derrota do glorioso e a vitória do péla-saco do Rubinho na companhia de Marianérrima, a quebradora de narizes, seu amigo aloprado Zep e Bruna TDMV (q fez comentário malcriado cobrando uma postada a respeito).

São 00h37 e essa foto acaba de ser roubada do blogue do Arthur.

Somos Fernando - o garção, Magro, Daniel, Arthur e Bruna TDMV (sentados) Mariana, Zep, Marianérrima e eu, de camisa do Santa Cruz (q tinha ganho o Brasiliense por 3 a 0 na véspera e se mantém vivo na Segundona).

domingo, outubro 12, 2003



É hoje. A data em que se celebra o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Padroeira desse país e minha tb. Vou esperar passar a muvuca que ta lá e vou tirar meu dia de romeiro, dedicar minha ida anual ao santuário em Aparecida do Norte.

Mesmo com meus questionamentos e críticas, continuo com minha inexplicável fé. Salve Maria, mãe de Jesus.

sábado, outubro 11, 2003

Dadá Maravilha

Um dos companheiros de Seu Carlos na Escola XV era ninguém menos do q Dadá Maravilha. O progenitor conta que " ele era igualzinho ainda moleque. Era figura, falador e, principalmente, ruim de bola. Nao mudou nada de lá pra cá." Hehe.

sexta-feira, outubro 10, 2003

Orgulho de filho

A forma como Seu CArlos começou a gostar de música instrumental é sensacional. Ele é um técnico e seus pais não tiveram grande vida escolar. Nao teve em casa aproximaçao desse tipo de música e nao foi na universidade, onde o povo acaba ficando blasé, q tb se aproximou do instrumental.

Tudo começou quando, ainda adolescente, foi para na Funabem. Nao, nao era menor infrator. Soi foi pra lá pq meu avô nao tinha como bancá-lo em casa. Sendo uma dos mais velhos, sobrou pra ele.

Lá, na antiga Escola XV, em Quintino Bocaiúva Seu Carlos, ainda muiiiiiiiiiiito longe de ser meu pai, se aproximou da banda da instituiçao, onde tocava oboé. Eu nao sei o q é um oboé. Sei q nao é de comer, mas de soprar. Graças a isso, o moleque Carlos descobriu q existia música instrumental e hoje, décadas depois, é fã de jazz.

Outra coisa legal q ficou de herança é o gosto pela marcenaria. Lá, ele tinha aulas na marcenaria. Hoje, o terraço da estância bangüense é habitada por móveis q ele mesmo faz nos fins de semana. Já cansei de acordar com barulho de serra, de furadeira e tudo mais.

O legal é chegar no terraço e ver as coisas feitas, montadas, envernizadas. Nao é nada luxuoso ou firuleiro, mas tudo prático e funcional.

Uma coisa q meu tio contou me pareceu engraçado. Seu CArlos tb era corneteiro na Escola XV, tinha a funçao de acordar geral por lá. Segundo meu tio, todo o bairro de Quintino era acordado pela esporrenta corneta do moleque Carlos.
A trilha sonora da visita foi jazz

Seu Carlos tem orgulho dos seus vinis jazzísticos. Eu acho fenomenal q um sujeito com sua origem e instruçõa curta esse tipo de música.

Só escutei o progenitor falando de um por um... Miles Davis, Dave Brubeck, Chuck Mangione até chegar no feito aqui, o favorito dele é Nivaldo Ornelas. Confesso q sou analfa nisso, mas me comove ver sua alegria junto aos vinis e em especial ao q rola na vitrola.

Parece q Tio Luiz tb tava amarradao. Tia Leda com certeza estava.
Na capinha mas feliz

Após um perrengue sênior pra chegar em casa com direito a combinações de ônibus pela cidade ponho os pés na aprazível estância em Bangu. Já 23h. E, tcharan, supresa. Tem visita.

Eu já pensava q entraria, daria boa noite e sumiria na escada rumo ao quarto. Visto q minha condiçao na capa do batman (isso é uma expressao que significa extremo cansaço) nao permitiria grandes coisas. Engano. Era o irmão mais velho de Seu Carlos, Tio Luiz. Uma figura até dizer chega.

O tio figuraça quase nunca põe os pés aqui. Claro q fiquei feliz. Claro q passei por cima da destruiçao física pra fazer social com e minha tia, q o acompanhava.
Crise, crise, muita crise

Crise de identidade é sinistro. Isso é um complô querendo me convencer q eu não sou pobre. Só pode ser. Como é q pode q um monte de gente fica ligando pra mim oferencendo todo o tipo, toda a sorte de cartões de créditos, serviço disso e daquilo. O último foi o American Express. Pô, pera lá. Pra q querem me entubar um Amex??? Na qualidade de curioso, perguntei a figura q me pentelhava. "P q vcs querem q eu tenha um cartão desses?".

E a resposta veio: "p q o senhor é um possível cliente com futuros ganhos potenciais". A frase nao foi bem essa, mas é a msg.

Pára, pára, pára. Como assim??? Eu sou pobre, lascado, moro na casa da mamãe e neguinho acha q eu tenho alguma posse? Tô entendendo nada.
Reginha peladona outra vez

Existe mulheres q por mais q nao se queira ver, elas vao aparecer peladas na nossa frentes. Foi assim com Maga Cotrofe, depois Monique Evans, Claudia Raia, Edna Velho, Gretchen, Luma de Oliveira, as Sheilas, a Carla Perez e algumas outras bundudas.

E nao é q dessa vez a mulher pelada q vem do fundo do baú nao é a Regininha Poltergeist? Pô, essa mulher já posou nua uma sem número de vezes. Eu já vi várias inclusive.

Aí, vendo a capa da revista (ainda nao vi as fotos) lembrei de um fato de anos atrás. Ainda calouro de Jornalismo da Uerj, rolou uma galera convidando pra ir na gravaçao do programa q o Fausto Fawcet tinha na Bandeirantes.

Blogue, um dia gostaria q alguém definisse Fausto Fawcet pra mim... Enquanto isso nao rola, volto a lembrança. O tal figura é conhecido por sua músicas q pouco fazem sentido e sua incansável alusão as mulheres loiras.

Durante o show, pintou Regininha no palco. Cara, isso foi no Teatro Rival! Perto q estava, acabei sendo forçado a olhar pra bunda da moçoila, né. Nao se se foi impressão, não sei foi a meia calça q ela usava, nao sei. Mas q rolavam umas estrias na nadega esquerda... ah, rolavam...

quinta-feira, outubro 09, 2003

Corcovado

Hoje o Bondinho do Corcovado faz aniversário. Já são mais de 100 anos. Tempão. Td bem q é um fortuna subir até o Cristo nele, só fiz isso uma vez.


A estação do bondinho hoje, no Cosme Velho.


Bondinho do tempo do ronca.


Neguinho não sabe, mas antes da estátua do Cristo Redentor rolava lá no alto um mirante. Já vi fotos disso, mas obviamente nunca vi. Enquatno carrego 27 anos no lombo, o Cristo chega aos 72 no próximo domingo.


Já postei essa imagem mais de uma vez. E daí? Salve o Cristo abençoando a cidade.

quarta-feira, outubro 08, 2003

P q essas jostas de pôstes nao entram no ar?
Propriedade do senhor

De dentro do trem, ontem a noite, fiquei olhando pra rua através das janelas. Como é rápido, nao pra ver muita coisa ou muitos detalhes. Mas um chamou atenção, a 'Farmácia Propriedade do Senhor', em Madureira, Bento Ribeirou ou, sei lá, Oswaldo Cruz. O q leva um sujeito a botar um nome desses em um estabelecimento comercial?

Discordo quando um cara faz isso. Nao é propriedade do senhor coisa alguma, é do cara. Do mané q se propôs a tocar o estabelecimento, ora. Outra coisa q me chama atenção e nao gosto é aquele adesivinho de carro "Foi Deus q me deu". Q ódio. Atribui-se responsabilidades, atos, formas de pensar, frases e o escambau. Nada a ver, acho q nao é por aí, nao.

Fica-se jogando tudo nas costas do sobrenatural, esperando-se milagres, grandes atos, solução de problemas. Né por aí nao, mané. Existe uma coisa chamada livre arbítrio da qual os indivíduos são dotados. Com isso qq sujeito tem capacidade pra fazer suas escolhas, tomar suas atitudes, tocar a sua vida sem, literalmente, ficar esperando q as coisas caiam do céu, sem precisar ficar jogando nas costas do outro. Mesmo q o outro seja Deus.
Sei q tem q chover pra gente nao ficar com risco de faltar água. Sei tb q a Primavera no Rio é meio chuvosa. Mas nao consigo deixar de achar triste ver a cidade sob um céu cinzento. Acho q nao combina. For isso, a dor de cabeça q é pra vir e voltar do trabalho leva a paciência a níveis quase negativos.

terça-feira, outubro 07, 2003

Dona Francisca

Hoje seria o octagésimo quarto aniversário da minha avó Francisca, uma mulher com ar muito sério q era casada com o figuraça e boa praça Seu Roberto. Seria, ela se foi aos 66. Morreu do coração há 18 anos quando eu era um moleque. Moleque mesmo, tava com nove anos... Ai, ai. Vida q segue, né. Foi a única avó de verdade q conheci. A outra, vó Diva, não segurou a onda antes mesmo de eu nascer, nos idos de 1970 já tinha vazado daqui.

Sabe aqueles desejos impossíveis q todo mundo tem? Eu tenho tb. De ter numa só foto meus quatro avôs e eu. Daria muita coisa por isso, mas é só desejo mesmo. Nenhum dos quatro está mais por aqui. Uma pena.

Enquanto isso, vamos construindo nossa história. Eles tb tiveram 27 anos. Quem sabe um dia nao tenho netos pra ficar na memória deles? Enquanto isso nao chega, lá vou escrevendo essas coisas sem sentido no blogue.

Infelizmente nao rola de dar beijo e abraço em Dona Franscisca, q corria pela quintal da sua casa em Guadalupe com uma varinha de marmelo na maos pra dar lambada na molecada q fazia besteira. Nem levei muitas surras com varinha, acho q era meio protegido dela. Deixa quieto, né. Q ela fique em paz e saiba q foi lembrada no dia de hoje.
Sueca, maconha e escova de dentes

Personagens jogavam sueca de pé, segurando nas chupetas e fazendo o clássico estardalhaço q tb faço nesse joguinho de carteado;
um cheiro de cannabis vinha, bem de leve e calminho, de algum lugar do vagão (como neguinho fuma maconha nos trens da Central, é impressionante);
mas o melhor foi o vendedor de escova de dentes. Chegou ele no vagão com as mãos cheias de Oral B pregoando "Em qq farmácia, o senhor compra a Oral B por R$2,50. Hoje, na promoção, apenas um real. Essa é a escova indicada pela maioria dos especialistas odontológicos". Uau. O cara falava bem... mas quando se vira de frente... a supresa: o indivíduo q vendia escovas de dentes tinha um sorriso 1001. Faltavam os dois dentes da frente. Ironias, ironias, ironias.
Em tempo, onde já se viu rico andar de trem nesse país? Ao menos no Rio o trem é o veículo do pobre. Logo, eu sou pobre. É a opçao mais barata para as maiores distâncias. R$1,50 pra chacoalhar até a Zona Oeste ou Baixada.
Malandro molhado

Hoje na hora de vazar do escritório entrei numa de olhar como estava o trânsito. Olhei da janela do 11ª andar do prédio. Tinha um infindável número de luzes vermelhas pontuando a pista da Candelária até a Central. Achei melhor ir de trem.

Malandrão eu. Só nao levei em conta q poderia chover no caminho. E justo nos últimos 300, 400, 500 ou sei lá quantos metros choveu. Exatamente quando nao havia mais marquises, a chuva caiu lindamente no cucurtot da criança... Corri passando pela porta da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, passei na cara do Palácio Itaramaty, fui pulando as poças na frente do Comando Militar do Leste até atravessar a rua e chegar na Central.

Obviamente eu nao tive a idéia de colocar as lentes... Nao sabia o q era pior. Andar com ou sem óculos. Ah, cheguei a Central e pronto.

O triste foi ter a impressao de q eu era o MAIS MOLHADO de todos... Bem feito, quem manda querer ser malandro... Dá nisso. Só espero nao ficar gripado.
Juninho Bill

Sim, ele existe. Ontem, inexplicavelmente companheiro Eduardo me manda um e-mail recebido. O remente? Juninho Bill! Sensacional. Eduardo, um luso-insulano, mantinha um blogue, o Furos de Reportagem. Mas por desleixo do seu dono, subiu no telhado. Eis q, nesse mesmo blogue, o luso-insulano fez um post zoando o Juninho.

Sabe-se lá como o post foi achado e Juninho ou alguém muito insano enviou um e-mail espirituoso pro cara. Esse mundo é muito tosco...

O texto do Eduardo é esse:

O alegre trem de Juninho Bill

O lendário guitarrista Juninho Bill, para delírio dos
fãs, volta à cena musical brasileira. Com lançamento
previsto para agosto deste ano, o próximo disco do
músico traz os grandes sucessos de sua antiga banda, o
Trem da Alegria. Após ter se envolvido com drogas e ter
tido problemas com a Justiça, Bill está de volta e
acompanhado de Jesus. Juninho toca guitarra, contra-
baixo, teclado e bateria enquanto Jesus toca flauta.

“Depois que conheci Jesus tudo mudou. Estava perdido na
vida. Fiz muito sucesso com o Trem e, de uma hora para
outra, tudo acabou. Tive que me entregar a esta nova
paixão”, conta emocionado o cantor, músico, compositor,
pintor, multimídia e ex-dependente químico Juninho Bill.
Jesus, para quem ainda não sabe é o namorado de Juninho.
Os dois completam este ano 3 anos de relacionamento.


Mas a mensagem do Juninho vai ficar guardada a pedido do próprio.
Fiu-fiu

Como sempre, lá estavam eles, trocentos camelôs na esquina da Rio Branco com Presidente Vargas. Era tipo 15h da tarde eu passava por lá rumo ao banco. Comecei a escutar os ambulantes se assanhando com alguma coisa...

Fiu-fiu...
Fiu-fiu...
Fiu-fiu...

Vários fiu-fius eram emitidos por todos os eles. Aí saquei o motivo. Uma menina q nao era exatamente bonita, mas dona de um corpo realmente, digamos, portentoso passava por ali. Era loura, usava uma pretinho básico e salto alto, q dava uma valorizada nas pernas. A camelotagem foi a loucura. Curioso, pelo menos duas mulheres mais bonitas estavam passando por ali no mesmo momento.

A menina, a 'musa', pareceu nao se importar, mas percebeu q era o motivo da homenagem. Eu nem sabia q se usava esse tal de fiu-fiu ainda. Achei engraçado. Ah, achei divertido mesmo.

O Rio seria uma lugar muito chato se nao fosse o povão pra dar uma colorida no cotidiano da cidade.

segunda-feira, outubro 06, 2003

O camelô outra vez...

Hoje passei por ele, o mesmo camelô da semana anterior q disse que tinha crédito. Me rendi. Comprei um real só de Bala Juquinha. Várias e várias balas...

E o cara ainda se despede: "o senhor tem crédito".

Primeiro, eu nao sou senhor, sou moleque. Segundo, o cara aloprou ou tá me confundindo. Ou se realmente tenho cara de confiável, vou pedir pra ele falar com o papa mikes q sempre me param em blitz pela cidade.
Perrengues q acontecem comigo...

Na noite de sexta-feira para sábado, aina no Cine Buraco, assisti um longa de Domingos Oliveira, apresentado e debatido pelo próprio. Detalhe é q dicção do cara é a pior do mundo, eu nao entendi palavra alguma... Deixa pra lá. "Edu coração de ouro" é o nome do filme, gravado em 67 e q tem Paulo José (molecão) no papel principal. O personagem Edu é o maior desbudando q já vi num filme. Esquentava com nada. Desbunde era o seu lema. Tinha até Leila Diniz no filme e Joana Fomm toda gatinha...

Bom, voltando ao perrengue... O q acontece enquanto tomo minha honesta cervejinha? Sinto o olho esquerdo incomodado. Delicado como rinoceronte, futuquei o olho. A lente acabava de se rasgar... Só eu mermo...

O melhor é q só retirei o último pedaço da lente rasgada na tarde de sábado, pouco antes de sair de casa de novo... Hehe.
Pra q futebol?

Ontem o Flamengo perde de três pra um time q estava se cagando. Metade dos jogadores do Paraná vazavam pro baixo e o Mais Querido, pra variar, faz a alegria dos curitibanos mais uma vez... Eita sina...

E nao foi tudo. O Bangu, coitado, foi o lanterna do seu grupo (o 21) na Série C. Mas a grande dor mesmo veio com o América. O furingundo do time vermelho perdeu pro Olaria, em casa. A vitória o levaria para a segunda fase da Terceirona, mas como quem ganhou foi o Olaria... É, né. Deixa pra lá.

Acho melhor arrumar outro esporte pra me distrair, rugbi, bola de gude, futebol de botão, sei lá... pq futebol nao dá mermo.
Q fim de semana desbundadamente estranho...

Saio do trabalho na sexta, vou para a festa de aniversário da empresa, vou para Uerj, vou para o Cine Buraco, em Laranjeiras... Vou para casa, Deus sabe como. No Cine Buraco, recebo o convite para um churrasco.

Sábado, vou para um churrasco numa república de cearenses (o mesmo do convite da sexta), no Centro, onde conheço um uruguaio, um espanhol e um ex-soldado israelense desbundando pela América Latina... Vou para um festa em Santa Teresa e quase acabo indo para a Zona Sul. Mas o bom senso, digo, sono, mandou eu pegar o caminho de casa. Eu, hein. As vezes me pergunto se chego vivo aos 40 anos assim...
Fiquei na pilha

Essa corporação onde trabalho fez aniversário na sexta-feira. Teve festa. Várias comemorações. Na qualidade de abelhudo, enfiei-me. Show com mó galera, inclusive Ivetão Sangalo. Confesso, fiquei com vontade de passar o carnaval na capital baiana, seguindo o conselho do meu camarada Baiano, q ficou pela capital federal.

Se eu arrumo companhia... ninguém me segura. O pior é q vou ouvir carioca e recifense falando no meu ouvido. Mas, sei lá, ir pra lá é novidade. Já me meti em vários cantos pra esborniar no carnaval, mas não passei perto de Ssb. Veremos o q rola...
Juliana, q tb é blogueira, mandou essa coisinha por e-mail. É o cúmulo do ridículo...

"Horror, horror", como diria companheiro Sodré.

http://www.yonkis.com/mediaflash/el_ladron.htm
O Rio de Janeiro deveria ter todos os dias ensolarados assim. Dá uma alegria chegar na janela e ver tudo azul, temperatura gostosa... Ai, ai... pena q nao rola de ir a praia. E, convenhamos, as mulheres ficam muiiiiiiiito mais bonitas nesse tempo. Obrigado, Deus, por morar nessa cidade.
Esses engarrafamentos da Brasil estão se esforçando pra me convencer a deixar Bangu logo. Duas horas no trânsito pra chegar ao trabalho é demais pra mim.

sábado, outubro 04, 2003

Rico??? Eu???

Ontem estive na feliz festa de aniversário da feliz corporação onde trabalho outra vez. Coisas legais, pessoas legais e tal. Até q, em um dado momento, vem uma menina e diz "vc tem cara de rico". Pronto. Acabou comigo. O q vou dizer lá em casa? Eu? Cara de rico?

Meu mundo caiu. Perguntei o porquê de tal afirmação e veio a explicação "pela sua postura no trabalho, vc está sempre tão certinho, falando sério e baixo".

Nao é possível. Ela me confundiu.

sexta-feira, outubro 03, 2003

Cretino

Ontem fui comunicado q meu blogue é muito cretino... coitado do PPS...
E a música?

Perguntaram se eu nao vou mais cantar aquele refrão grudento do samba da Imperatriz desse ano. O pior é q tinha esaquecido. Ainda bem q alguém me recordou. Posso voltar a cantarolar:

Vem meu amor,
vem me beijar.
Hoje eu to q tou,
vc tá q tá.
Dúvida cruel... vou? não vou?

Como sempre, é muito caro um simples ingresso pra esses festivais de rolam no MAM. Tô querendo ir no dia 1º ver Nação Zumbi e Public Enemy... mas 80 real ou 60 real são salgaaaaaaados q dóem. Se tiver companhia até me animo. Mas nao vou sozinho pra essa parada.

TIM STAGE

• Sinhô Preto Velho
• AfroReggae
• Nação Zumbi
• The Streets
• Public Enemy
Aceito o seu cheque-cidadão

Na altura da Benfica, passava eu por um carro de som q chamava para um mercado nos arredores. Falva os preços de algumas coisas e dizia ao fim "aceitamos seu vale-transporte, seu vale refeição, seu cheque-cidadão...".

Como assim?

Em tempo, cheque-cidadão é um dos polêmicos programas assistencialistas dos Garotinho. Eles dão um cheque mensal de uma cem contos pras famílias cadastradas. Além de nao estimular os caras a trabalhar os fazendo ficar dependendo da tal verba do estado, rolaram várias denúncias q acompanhei de perto d q os tais cheques só eram distribuídos aqueles q compartilham do mesmo credo q os governantes... Sei lá, já tenho críticas por ser assistencialista e, de cara, ser preconceituoso já o torna mais complicado aos meus olhos.
Castigo! Castigo! Castigo!

Todo castigo pra corno é pouco, só pode. Nessa sexta-feira optei por vir de carro. Ervilhão veio todo serelepe pela Avenida Brasil até a Penha, mas só até a Penha. Na subida pra Linha Vermelha, um caminhão tombou quando saía da pista direção Centro. Poucos metros a frente, na pista na direção Zona Oeste, uma kombi da Elma Chips pegava fogo. Eu passei e vi singelas labaredas na carroceria do carro. O trânsito? A esse brincava de estátua. Andava, parada, andava, parava, andava, parava. Ainda bem q nao dei mole como na vez anterior quando deixei de por combustível. O tanque tava na metade. Foram apenas 90 minutos no trajeto. Coisa pouca, né. Td bem, o guerreiro jamais foge a luta. Cheguei, mesmo atrasado. Só uma hora e meia.
O q é Edilásio??

As madrugadas oferecem as coisas mais estranhas do mundo na televisão. Essa semana eu, pra variar, tava de bobeira trocando de canais e me deparo com ele: Edilásio. É mais um daqueles maletas q fazem coluna social na televisão tarde da noite. Até aí morreu neves, o q me deixa bolado é q toda a vez q olho o programa alguém chega e diz:

"Edilásio, acompanho seu trabalho há muito tempo... "??? Acompanha? Alguém já ouviu falar nele a ponto de acompanhar o seu trabalho? Ou isso é texto combinado antes ou essas figuras mentem absurdamente.
Falando em funk

Hoje trouxe meus dois novos CDs para o escritório, vão causar frisson.
Proibidão

Lembrei de um funk proibidão (daqueles q fazem apoloigia ao tráfico de drogas) q escutei essa semana nao me lembro onde...

Versos singelos como como "Se tu fica de bobeira/ vc vai virar raiz. Peixe morre pela boca/ vacilão pelo nariz". O resto é só alusão ao Comando Vermelho na Barreira do vasco.
Há tempos nao posto, hoje vou compensar.
Camelô

Essa semana estava eu parado dentro de Ervilhão em um sinal de trânsito em Benfica, bem naquele entrocamento entre a ´rua dos lustres´ e o um extremo da Avenida Suburbana quando um camelô se aproximou do Ervilhão, meu carro. Chegou perto da janela e me ofereceu aqueles clássicos saquinhos cheios de bala.

Durango q sou, disse q tava sem grana. Ele respondeu:

"Pode levar assim mesmo, o senhor me paga na semana q vem".

Pensei se eu era figurinha tão fácil passando por aquela esquina. Será? Sei q isso é bem possível, mas achei curioso. Mesmo pq o cara tinha cara sofrida de trabalhador de corre atrás.

Disse q seria injusto eu pegar assim mesmo pq nao sabia se passaria lá na semana seguinte pra poder pagar.

O cara me olhou com ar de meio q de gratidão, pôs a mão por dentro da janela disse "vá na paz do Senhor". Respondi "e q a Força esteja contigo". Simpatizei com o cara, hoje passei pela esquina, mas ele não estava lá. Ia comprar alguma coisa q fosse pra dar uma colaborada, né. Sou pobre, sou durango, mas tem gente mais quebrada.