Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, outubro 20, 2003

Camarote no Maracanã

Minduím, meu fornecedor de Bohemia, ligou na tarde do sábado pra perguntar "tá na pilha de ir no jogo do Mais Querido pra ficar no camarote da Brahma?". Desnecessário perguntar. Claaaaaaaaro q sim.

Lá fui, montado no Ervilhão. Sabe ver jogo numa de patrão? Pois é. Estacionei o carro dentro do Maracanã, fui até o local de subida pros camarotes onde uma van recolhe as pessoas e as deixa na porta do referido. Bem no meio, sobre as cadeiras brancas. Tem um visual espetacular do estádio, q ainda me impressiona por ser grande, muito grande.

O jogo foi ruim, pra variar. O Flamengo continua me irritando, mas Rafael, lateral direito, fez a diferença. Meteu um golão no primeiro tempo e fez um bela jogada q resultou no segundo, feito pelo Edílson.

Claro q rolou essa bocada (como um freezer inteirinho de cerveja liberado, arregaçado e escancarado) pq ninguém quer mais ver futebol no Rio de Janeiro. Foi o menor público q eu já vi num jogo do Flamengo no Maracanã. Não deu cinco mil espectadores. Ao mesmo tempo q a grandiosidade do estádio me enche os olhos, os parcos torcedores num jogo desse que tem a maior torcida do país leva uma estranha e incomoda sensação de tristeza.

E tenho q falar uma coisa. Mesmo com todo o conforto, eu prefiro ficar no povão mesmo. Não tenho vocação pra luxo, nao fui feito pra isso. Sou mais feliz quicando junto a Jovem Fla do q no camaratão.