Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, outubro 31, 2003

Cena bizarra no banheiro

Isso aconteceu há algumas semanas e foi relatado por um dos contínuos. Trabalhamos num andar cheio de seres engravatados. Vez por outra esbarramos com eles nos elevadores, escadas, banheiros, áreas de café e tal. Eis q estava o companheiro (o contínuo) no banheiro, escovava os dentes após o almoço quando o bizarro acontece.

Um dos engravatados sai de uma das cabines com a calça na altura dos joelhos. O companheiro olhou pro cara procurando entender o q acontecia. O sujeito, de gravata pendurada no pescoço, acabara de obrar, evacuar, fazer cocô mesmo, percebera que o famigerado papel higiênico havia acabado e procurava algumas toalhas de papel - daquelas q a gente usa pra enxugar as mãos - pra resolver o seu problema. Eu, hein.

Segundo o contínuo, o gravata achando tudo muito normal olhou pra ele e disse:

- O papel acabou.

É, acho q ele já tinha percebido.