Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, março 30, 2004

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Um preto, pobre e suburbano num bairro bacana de São Paulo

Pois é, a feliz empresa onde trabalho me empacotou e enviou pra São Paulo, aquela estranha cidade do sul. Pois bem, continuo indo com a cara da cidade e seu ar cosmpolita. Fico até a noite de amanhã hospedado em Higienópolis. Fala sério, eu em Higienópolis nao rola, né. Nada, mas nada a ver comigo... Bom, vida q segue.

Mas a tosqueria é o shopping do bairro, tem lugar pra passear com os cachorrinhos e até bebedouros para os quadrúpedes que latem. Futilidade? Não, q isso... deve ter outra definição... eu q nao achei ainda.

segunda-feira, março 29, 2004

O mundo existe? Coisas absurdas me fazem ter dúvida.

O nosso boy acaba de encontrar o tal sítio dedicado ao Caio Mendes, personagem da novela das 8. Não creio. Tem até currículo do cara. Não pode, nao pode. Nao é real!!!!


http://redeglobo.globo.com/celebridade/caiomendes/index.htm
Tava rolando um papo em cima daquela música de Ivetão Sangalo, Poeira. Não sei quem é o compositor, mas a música é boa, cara. Podem tacar a pedra q for, os intelectualóides de plantão podem encher a mão de pedra, a música é maneira mermo. E é melhor ainda pq a Mais Torcida do Brasil a canta nos jogos do Mais Querido a plenos pulmões.

Poeira

A minha sorte grande
Foi você cair do céu
Minha paixão verdadeira...

Viver a emoção
Ganhar teu coração
Pra ser feliz a vida inteira...

È lindo teu sorriso,
O brilho dos teus olhos
Meu anjo querubim

Doce dos meus beijos,
Calor dos meus braços
Perfume de jasmim

Chegou no meu espaço
Mandando no pedaço
Um amor que não é brincadeira

Pegou me deu um laço
Danço bem no compasso, de prazer,
Levantou poeira

Poeira, Poeira, Poeira...
Levantou Poeira...

Chegou no meu espaço
Mandando no pedaço
Um amor que não é brincadeira

Pegou me deu um laço
Danço bem no compasso, de prazer,
Levantou poeira

Poeira, Poeira, Poeira...
Levantou Poeira... (3x)


domingo, março 28, 2004

O peladão na festa

Sabe-se lá nessas loucuras e caronas e tal q vc arruma pelo caminho, fui parar numa festa em Santa Teresa. Falemos a verdade, festa no Galaxi, aquele casarão q fica na frente do Parque das Ruínas. O ambiente é descolex, pessoas artísticas e coloridas e tal, o visual é muito poderoso, dá pra ver o Centrão do Rio bem do alto. É Santa Teresa, né. Bom, quanto aos figuras nem posso falar muito, tava eu com minha indefectível camisa do Íbis, o pior time do mundo - q me foi dada por RMRO durante o último carnaval em Pernambuco.

Lá encontrei o folclórico Retratista e conheci o tb folclórico Leonardo Ramadinha, personagem que ao ver o Retratista me chamar pelo nome veio perguntar se eu nao era o "Preto, pobre e suburbano". Pois é, ele acertou.

Dentro da festa estava num cômodo um sujeito deitado no chao. O tal sujeito estava nu, peladao. Trajava apenas um faixa no cabelo e um cordao de contas. Devia ser um tipo de performance. O cara ficou um tempo enomre deitadão lá, jogadaço...

Repentinamente fio notado q ele nao mais estava na área. Aí vimos o tal peladao caminhando pelas festa em meio as pessoas. Festa estranha com gente esquisita...

Não sei exatamente em q momento o Retratista, q já fez vários nus de mulheres monumentais, soltou: "homem e mulher bonitos náo tiram a roupa de graça". Pois é, verdade. Pq o sujeito performático-peladão... vou te contar, hein...
A ré do ônibus

Ontem quando estava na rua com Ervilhão parei atrás de um ônibus, um 856 (Sepetiba-Cascadura, se nao me engano). Era no cruzamento das Rua Francisco Real com Rua do Imperador, em Realengo. Estou lá, no meu carrinho. Tranquilo toda a vida quando vejo q o ônibus ascendeu a luz de ré.

Comecei a piscar o farol alto pro cara. O ônibus começou a dar ré pra cima do meu carro. Ervilhão tremeu e eu também. Comecei a buzinar freneticamente. E só vi o ônibus chegando, aquele enorme pára-choques louquinho pra amassar o meu singelo golzinho.

Enquanto isso um olho tava no retrovisor torcendo pra nao chegar ninguém atrás de mim. O pior é q chegou um carro tipo Del Rey. Eu dando ré, o ônibus ando ré, eu piscando o farol e buzinando. Nao sei como tive tanta cordenaçao motora. Eis q meu anjo da guarda deve ter dado um toque no ombro do furingudo do motorista. Imagina levar um preju desses assim? Fala sério, nao existe.
Ausência

27 de março seria aniversário de Seu Roberto. Seriam 88 anos. Seriam... Bom, vamos em frente. Ao menos ele nao viu o seu Bangu ser rebaixado no centenário...

sexta-feira, março 26, 2004

Paixão de Cristo

Vc passa por uma calçada e vê um sujeito gritando "Paixão de Cristo! Paixão de Cristo!" Olha pra vc como te conhece e diz "Paixão de Cristo?". Ahn? São os camelôs anunciando o DVD com tapa olho e perna de pau pelas calçadas do Centro do Rio.

Em tempo, como pessoa sensível a violência não vou assistir ao polêmico filme. Ver sangue não é o meu passatempo favorito.
Nova consulta

Sexta-feira, dois de abril, às 14h30, Vicente irá se consultar com o cardiologista com os resultados dos exames.
Hoje é dia de pegar resultados de exames. Já peguei o de sangue e vou pegar o do tal do holter de 24h q ficou pendurado em mim na semana passada. Aí, semana q vem vou falar de novo com o cardiologista pra ele me liberar.

quinta-feira, março 25, 2004

Cai um mito

Reza a lenda q enterro de anão e filhotes de pombo são coisas nunca vistas desse mundo de meu Deus. O Exta e O Globo publicaram hoje matéria sobre um crime passional q resultou na morte de uma pessoa, um anão no caso. Será q alguém viu? Será q alguém foi? Bom, se isso realmente aconteceu, caiu um mito.

Agora só falta encontrar os filhotes de pombo pro mundo ser um lugar com menos mistérios.

A matéria do O Globo é essa, p q o Extra nao tem versão pra internet.
Deve ser coisa da minha imaginação, só pode, pq eu mesmo nem acredito muito q essas coisas ocorram...

Tudo dentro da normalidade. Desde a hora de acordar, sair de casa e pegar uma van. Na Avenida Brasil já começou a ficar estranho, o trânsito fluiu bem demais. Em menos de uma hora eu já estava praticamente no Centro, chegando ao elevado da perimetral. Só q aí o trânsito parou. Foram 40 minutos com a van rastejando do fim da via expressa até a Francisco Bicalho... Agora vem o melhor da festa: o senhor q estava sentado na poltrona da frente, já dos 50 pra 60 anos, usando uma camisa pólo, uma corrente no pescoço (por fora da camisa) eu uma pochete na cintura (só vi qndo ele saiu do carro), do nada, começou a cantar músicas de Júlio Iglesias. Como assim??? O cara cantou durante todo o período do engarrafamento, cara. Como é q pode? Júlio Iglesias??? N?o merecia isso, má num merecia mermo...

Foi só o cara descer da van q todos se entreolharam e se perguntaram se aquilo foi real. Q figura...

quarta-feira, março 24, 2004

Suburbanice em alto grau de suíngue




Eu já tinha esquecido do ANTOLÓÓÓÓÓÓÓÓGICO baile embaixo do Viaduto Negrão de Lima, em Madureira. O baile é charme, neguinho (neguinha tb, e muita) vai pra lá dançar até cansar... O som é bonzaço, a pretitude e a suburbanidade se esbaldam horrores. É uma opção sensacional q só existeAntigamente era de graça, era só chegar e entrar, hoje tem um ingressinho simbólico. Já recebi e-mail me pedindo pra levar gente até lá. Devem estar achando q sou um embaixador do subúrbio, sou nao, sou só mais um suburbano que a parte da cidade onde tenho origem.

A matéria tá na capa do caderno de cultura e entretenimento do Dia. Salve as meninas Clarissa e Flávia, mandaram bem ao fazer a matéria. As fotos são do colega Brum.

O link pra matéria tá aqui. Só q como ela saiu agora o baile vai ficar mais cheio por algum tempo. Mas voltarei lá.
Popularidade??? Eu???

Vamos falar a verdade, que papo é esse de popularidade? Essa parada não rola. Na realidade eu nao sei quantas pessoas lêem o blógue, mas daí a chamar de popular é exagero, né? Populares são a Roberta, a Ana Paula, o Eu, hei. Bom, o companheiro Ivan enviou e-mail pedindo pra por um link, cara eu tenho q organizar os links dessa josta aqui mas ainda nao deu. Reza a lenda q ainda farei isso. E ponho o link, tem galho não. Eu vou protelando pq tenho uma enorme má vontade pra futucar a programação da página, na última vez em q fiz isso mandei o blógue lindamente pro espaço. Mas 'aproveitar a minha popularidade pra nao continuar as moscas'? Tás na pilha de zoar com meus cornos, né? Como diria numa mesa de bar aqui no Rio: faz-me rir. Nada contra o companheiro, muito pelo contrário, mas achei engraçado.

A mensagem do nobre Ivan é essa:

Caro PPS,
escrevo pois acho que posso e tenho direito. Leio seu humilde blog todo dia
e até coloquei um link no meu para ir até o seu. Espero que o coração já
esteja em ordem, que andou acelerado nos últimos posts. Moro no RS mas
nasci em Botafogo. Tenho um blog que era do blogger, fugiu de lá e veio parar
aqui: www.mblog.com/oliteral
D? uma lida, se gostar coloca um link. Não vou me esconder, quero
aproveitar a sua popularidade para não continuar às moscas.

Abraços Ivan


Em tempo, o link pro companheiro t? aqui, ?: http://mblog.com/oliteral/
Template novo

Esse blógue suburbano já tá na hora de ter sua cara meio mudada, né. Preciso da ajuda de algum maluquinho pra ajudar o Vicente...

terça-feira, março 23, 2004

O nome disso é castigo

Já vai dar 21h de terça-feira e onde está o Vicente? Está no escritório... Ó vida, ó azar... E tem gente q tem o displante de dizer q eu nao trabalho...

Ao menos pra me fazer companhia bote o "Instinto Coletivo", do Rappa, q tem um bando de músicas ao vivo. Já rolou "Lado B, Lado A", "A feira", "Ilê Ayê", "Ninguém Regula a América"..... a gora começam as músicas de estúdio. Bom, as favoritas são justo "Labo B, Lado A" e a "Fica doido varrido", aquela q tem o verso "fica doido varrido quem qué/ se meter a entender a mulher". O q nao está nada longe da realidade...
Peguei esse post da companheira baiana, a Duda. É uma matéria publicada sábado passado no Jornal A Tarde, da Bahia, q não chega nem por perto daqui do Rio. Como os caras pedem senha e tal pra entrar na págia, eu nem leio, passo batido. Como ela postou e fala de intolerância religiosa, algo q vejo de forma bem incômoda, resolvi 'roubar' e postar aqui.

Universal condenada por intolerância

Familiares da ialorixá Mãe Gilda são vitoriosos e podem ganhar R$ 1,3 milhão em decisão da Justiça já considerada histórica

CLEIDIANA RAMOS

A decisão do juiz Clésio Rômulo Carrilho Rosa, da 17ª Vara Cível de Salvador tem tudo para fazer história no combate à intolerância religiosa. No dia 13 de janeiro deste ano, o magistrado assinou sentença que obriga a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) a indenizar os familiares da ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em pouco mais de R$ 1,3 milhão, por danos morais. Em outubro de 1999, o jornal da igreja, Folha Universal, publicou uma foto de mãe Gilda numa matéria com o título ¿Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes¿. A Iurd tem até o dia 30 de março para recorrer da decisão.

Além do pagamento da indenização, o juiz determina que a Iurd, que foi acionada conjuntamente com a Editora Gráfica Universal, publique na primeira página da Folha Universal e na capa do seu encarte Folha Dois o teor da decisão por dois números consecutivos. O descumprimento da decisão rende multa diária de R$ 5 mil.

A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso dos réus, mas já é considerada um grande passo na luta do culto africano contra a intolerância religiosa que vem perseguindo o candomblé e a umbanda nos últimos anos, inclusive, na Bahia, chamada de berço da cultura negra no Brasil.

¿Essa não é uma vitória apenas da comunidade do Terreiro Axé Abassá de Ogum, mas de todo o povo do candomblé que sofre perseguição religiosa. Foram quatro anos de espera, de luta¿, desabafa a ialorixá Jaciara Ribeiro dos Santos, filha e sucessora de Mãe Gilda no comando da Casa, que fica em Itapuã.

A primeira vitória no processo tem toda uma simbologia para a comunidade do Axé Abassá, pois eles entendem o ataque como estritamente ligado à perda da sua sacerdotisa. Três meses depois de ter sua foto divulgada pelo jornal evangélico, Mãe Gilda morreu por conta de um infarto fulminante.

¿ Minha mãe era hipertensa, mas tinha uma vida saudável, se cuidava, fazia hidroginástica. Depois da matéria no jornal da Universal, ela ficou extremamente deprimida, pois muita gente chegou até a imaginar, ao ver o jornal, que ela tinha se convertido à Igreja Universal. Foi muito desgastante. Ela assinou a procuração para que os advogados entrassem com o processo no dia 20 de janeiro de 2000 e morreu no dia seguinte¿, relata Jaciara.

Um projeto de autoria da vereadora de Salvador, Olívia Santana (PCdoB), transformou o dia 21 de janeiro, data da morte de Mãe Gilda, em Dia do Combate à Intolerância Religiosa.

IMPEACHMENT ¿ A foto utilizada pela Iurd no jornal é uma reprodução da que ilustrou a matéria da revista Veja, de 26 de setembro de 1992, sobre manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor. Na matéria da Veja, Mãe Gilda aparece com suas roupas de sacerdotisa, tendo aos pés uma oferenda pelo afastamento do presidente.

A imagem de Mãe Gilda foi reproduzida numa matéria do jornal Folha Universal da Iurd, edição de 26 de setembro a 2 de outubro de 1999, rodeada por recortes que oferecem serviços de ajuda espiritual para resolver problemas. O texto diz que estava crescendo no Brasil um mercado de enganação.

Na foto utilizada pelo informativo, Mãe Gilda aparece com uma tarja preta nos olhos. A capa do jornal traz informações de que a sua circulação é nacional, com tiragem de mais de 1 milhão e 372 mil exemplares, exatamente o valor da indenização em reais que agora a sentença judicial obriga a Universal a pagar aos familiares de Mãe Gilda.

¿Nós tínhamos em casa guardada a reportagem da Veja. Um dia andando aqui em Itapuã eu recebo o jornal da Universal e dou com a mesma foto numa reportagem extremamente ofensiva. Dois meses antes o terreiro já havia sido invadido por membros de uma outra igreja evangélica, ou seja, foi o segundo ataque consecutivo que minha mãe sofreu por causa da sua crença¿, narra Jaciara. A partir deste dia Jaciara apoiou a mãe a mover uma ação judicial. Com a morte de Mãe Gilda ela assumiu o comando da batalha.

¿Corri atrás, busquei apoio e consegui a ajuda valiosa do pessoal da ONG Koinonia, que nos deu toda a assessoria jurídica. Chegamos a ir até Brasília, numa caravana que reuniu mais de 400 pessoas. Fomos recebidos pelo presidente Lula e entregamos a ele um dossiê sobre a intolerância religiosa que volta e meia atinge um terreiro aqui na Bahia. Agora finalmente ganhamos a primeira batalha¿, relata Jaciara.

A ONG que deu a assessoria para o processo, a Koinonia, palavra que significa ¿comunhão¿, foi criada há dez anos e trabalha em parceria com a Associação dos Advogados dos Trabalhadores Rurais (AATR-BA). ¿O trabalho com os terreiros começou na área ambiental e daí foi percebida a necessidade que eles tinham no campo jurídico, para regularização de áreas, organização jurídica para os seus trabalhos sociais¿, explica a advogada Helga de Almeida.
Escatologia onírica

Sonhar todo mundo sonha. O normal é q geral nao lembre o se passou pela cabeça enquanto tava lá, chapadão e babão na horizontal durante a noite. Só q eu acordei bolado, lembrei do sonho dessa noite. Só toletão, cagalhões dignos de entupir qq privada, qq encanamento. Vários, inúmeros cagões habitaram meus sonhos hoje. Horror, horror.

Daí eu me pergunto, p q sonhei com tanta merda? Dona Francisca - avó falecida há... puts, nem lembro ao certo quanto tempo faz - dizia q sonhar com tal coisa queria dizer q tem dinheiro vindo por aí. Oba. Vou jogar na loteria hoje. Será q tá acumulado? Quem sabe nao faço uma fé no jogo do bicho? Tem apontador pra tudo quanto é canto mermo... Bom, espero q minha vó esteja esteja certa e salve a sabedoria popular. Mas nao to pilhado a voltar a sonhar com essas escatologias de novo.

segunda-feira, março 22, 2004

E lá foi o Bangu, ladeira abaixo

O Bangu Atlético Clube, instituição q faz parte da história do bairro onde cresci e me fiz gente q pensa, vai mal das pernas. Após ter sido o último colocado na soma dos resultados da Taça Rio e da Taça Guanabara foi, merecidamente, rebaixado para a Segunda Divisão do futebol fluminense....

É triste ver isso, o Bangu já foi campeão estadual, já foi vice-campeão brasileiro, já vi o Bangu ser campeão, cara, com é q pode o time ruir dessa forma? Pois é, tá lá, rebaixadão. Nos campeonatos nacionais nem fiquei tão triste ou chocado, o Bangu realmente não tinha peso pra segurar a onda, hoje estã na Terceirona, sem muita expressão pra chegar a Segundona...

Fico triste por ver o alvi-rubro da Zona Oeste chegar a esse ponto. O clube foi o primeiro a por jogadores negros pra jogar futebol, como eu já postei no ano passado, anos antes do time da colina tirar onde dizendo q foi ele... Um time q esteve nas cabeças, esteve puxando as paradas... chegar a esse ponto.

Li há pouco no Bangu.net q nao é a primeira vez que o time do bairro é rebaixando, o mesmo aconteceu em 1913, só q no ano seguinte o alvi-negro se recuperou e subiu outra vez...

O mais triste é q justamente esse ano, em 2004, o clube completa 100 anos e ter uma marca dessas no centenário não é das coisas pra se ficar comemorando, né.
Um mané sem carteira de motorista, abordo da Grande Ervilha Mecânica pela madrugada carioca

Mesmo com uma dor quase insuportável no ombro direito, saí na noite de sábado. Havia prometido a uma amiga levá-la ao forró. Levei, né. Promessa é dívida. Fomos ao Malagueta, ali em São Cristóvão. Como bom menino q sou fui buscá-la em casa, no Valqueire, e depois a desovei no mesmo ponto. Só q após a noite com zambumba, triângulo e sanfona tocando soltas, ainda no caminho de volta, veio a lembrança. Ou melhor, lembrei de ter esquecido, por mais contraditório q pareça. Esqueci o documento do carro.

Agora, na boa, eu, esse sujeito dessa cor, o tipo físico do malandro carioca, dirigindo seu carrinho de madrugada pelo Rio de Janeiro... era só uma blitz me parar e pronto: tava eu lindamente pegado. Tava errado, sem carteira de motorista. Olha o prato cheio pos puliça tocarem um terror comigo.

Saindo do Malagueta optei por ir seguindo a linha do trem, pela Rua 24 de Maio em lugar de pegar a AVenida Brasil. Foi só descer o viaduto de São Cristóvão e me deparar com Maracanã. Em frente a ele, na Radial Oeste (q em sua continuidade tem a 24 de Maio) estava um blitz. Ao lembrar de nao estar com o documento gelei. A amiga, q nas horas vagas é advogada, me tranquilizou. Mas e depois de deixá-la em casa? Ia ser uma presa fácil, fácil...

Do Valqueire até Bangu nao deve ser mais do 10 quilômetros. Eu com o rabo entre as pernas, na total certeza de estar errado, estar devendo. Odeio essa sensação, por isso procuro sempre andar na linha. A cada curva era uma nova emoção. Não pela velocidade, mas pela torcida em não encontrar uma blitz. O pior é a pista sinuosa q vai do Valqueire até a Piraquara, cortando toda a Sulacap...

A cada vez q via carros parados em sinais ao longe e aquele monte de luzes vermelhas juntas pensava: "perdi, os 'homi' tão ali". Nunca fui tão no sapatinho pra casa. Já em Padre Miguel existe um ponto certo, certíssimo de ter uma blitz. Eu já passo ali com tanta frequencia q ninguém me para, mas sacomé, né, quando tu tá errado tudo acontece. A essa hora eu já tinha acionado até a padroeira.

Quando cheguei na curva anterior o cagaço tomava conta... quando apontei no lugar e vi q nao tinha ninguém... pisei, mas pisei muito pra chegar em casa. É uma retinha simples, merreca pra ser percorrida até por Ervilhão, um gol mil. Ufa. Quando cheguei em casa nem guardei o carro na garadem, desovei mermo na calçada e corri pra dentro pra ver se encontrava o mané do documento. Tava exatamente no mesmo lugar onde eu devia te-lo pego.

Mané é mané. Mas o mané sem sorte já nasceu morto.

sexta-feira, março 19, 2004

MAIS PINGÜINS!!!!!

Salve a criatividade do sujeito q criou mais esse joguinho de pingüins. Agora a parada é jogar a pingüinzada pro alto.

http://www.yetisports.net/yetisports3/
Panfleteiros

Para ir e voltar da clínia é essencial cruzar boa parte da Avenida Rio Branco. Saindo da esquina com a Presidente Vargas e indo até a altura da Cinelândia. No caminho, váááááááários panfleteiros fazem o possível pra deixar aqueles papeizinhos sobre empréstimos, planos de saúde e mães de santo nas mãos dos passantes. Tem tb os panfletos políticos, mas esses são minoria. Quando voltava da clínica entrei numa de contar quantos caras faziam isso. E no trecho q nem é da Rio Branco toda passei por 26 panfleteiros. Só de um lado da avenida. Se do outro lado tiver pelo menos o menos número já serão mais de 50 caras fazendo a mesma coisa. Q situaçãozinha, hein. Deve estar todo mundo sem trabalho e topando distribuir esses infernais papeizinhos pra ganhar um qq... Só é bem pentelho pq além de sujar a rua, obstrui a passagem de geral e obrigada o transeunte meio a agir como um centroavente driblador, ir tirando o corpo de um por um.
Sem fios

Enfim cá estou sem fios. Odiei aquela fiação grudada em mim. Q experiência horrorosa. Desagradável demais. Até a hora em q estava com a indumentária do trabalho dava pra levar, o aparelinho ficava preso no cinto, na cintura. E depois? O q fazer? Fiquei de shorte em casa e tinha q carregar o furingudo do aparelho na mao. Bom, nem vou escrever como é dar um mijão com o maldito aparelho e muito menos dormir com aquele bando de fios puxando o seu peito e sua barriga o tempo todo.

Agora só tenho q me lembrar de ir buscar o mané do resultado e levar no cardiologista. Já começando a apostar q ele vai olhar pra mim e dizer: "tu nao tem nada, garoto".

quinta-feira, março 18, 2004

O mala do Rodrigo corrigiu. Não é Piscina Tony, mas Tone. Entao tá.

No sítio eles avisam q até enviam para qq canto do país.

"ENVIAMOS PARA QUALQUER LUGAR NO BRASIL.
INFORME-SE PELO TELEFONE ***(24) 99531811"


Eu tinha posto a imagem, mas tava grande demais.
Homem bomba? Eu?

Voltei da clínica. Puseram zilhões de fios em mim. To me sentindo mal, muito mal com essa situação. Fiquei com a real impressão de estar doente. Imagina andar por aí com sete fios conectados a vc pra acompanhar os batimentos do coração? É, no mínimo, horroroso. Tenho q ficar 24 horas com essa bagulhama pendurada pelo corpo.

Na hora em q penduravam essas paradas em mim, presas com esparadrapo q garantir q nao vao cair a moça faz o favor de dizer que os "terrostistas quando entram numa de homem bomba fazem assim"!. Eu? Homem bomba? Fala sério!!1
Lembrança

Tenho q lembrar de acertar os links da galera q nao está mais no blogger.com.br. Vicente, lembre-se de fazer a correção logo.

quarta-feira, março 17, 2004

Rappa em Nilópolis

Visto em uma faixa esticada em uma passarela da Avenida Brasil na altura de Guadalupe: Show do Rappa na quadra da Beija-flor, sábado, 20/03, por 12 contos. Ih, se der mole eu até vou.
Piscina no rádio

Hoje de manhã ouvia na van uma rádio FM bem popular do Rio. Nela havia uma promoção em q o ouvinte deveria acertar o nome da cantora q participava de um tal evento. O prêmio? Ah, uma piscina montável de mil litros. Na boa, SENSACIONAL. Imagina ligar pra rádio e ganhar uma piscina pra montar no seu quintalzinho, ficar sentadinho lá dentro debaixo do sol.

Até lembrei das antigas piscinas Tony e Regan. Tive as duas quando moleques e ficavam montadas no quintal da aprazível estância dos Cardoso em Bangu.

terça-feira, março 16, 2004

Pra dar um nó na cabeça

Uma das minhas amigas mais próximas, daquelas q sao consultadas para as decisões importantes, vem pra mim e diz: "Vicente, vc nao tá feliz com Comunicação. Devia largar tudo e fazer Serviço Social". Será?!

Em tempo, em todas as vezes q fiz orientação vocacional antes de fazer vestibular e cursar jornalismo foi apontado: Serviço Social.
Só coisas q entristecem

Tô numa fase muito voltada a ir ao médico. Pra variar, fui a minha oftalmologista no Avenida Central. Fui pedir uns exames pra ver se posso entrar na faca e fazer operação de correção nos olhos. É uma caminhadinha daqui da esquina da Presidente Vargas com Rio Branco até lá. Bom momento pra escutar coisas novas, ver as pessoas na rua, os boys, os camelôs, a bunda das meninas e demais coisas q cruzem o caminho. Só q na esquina da Nilo Peçanha com Rio Branco, praticamente no meu destino, existia um casal de velhinhos. Ele tocava um sanfona e ela estava com uma caixa de sapatos nas mãos. Ambos sentados bem em frente a faixa de pedestres com expressões extremamente sofridas, extremamente tristes...

Quando vc nao está bem acontece de tudo pra fazer com q vc continue na mesma. Vi os velhinhos lá só q pareciam ser invisíveis a todo mundo q passava. Se estavam ali tocando era pq precisavam de dinheiro. P q pessoas daquela idade - aparentavam ter cerca de 60, 70 - estava ali àquela hora? Meu Deus, tenho q parar de me questionar sobre esse tipo de coisa... O q terá acontecido com o casal pra chegar a essa situação? Será q nao têm parentes? Filhos? Netos? Uma pensão: Uma aposentadoria? O pior é q nao devem ter nada... OU se têm... foram esquecidos, deixados de lado...

Lembrei de uma vez Seu Roberto falando. Meu avô explicava, segundo seu entendimento, pq os mais velhos sao tratados com tanto despeito: "já fizeram o q tinham q fazer, nao têm mais importância pro governo ou pra família, só representam prejuízo".

Triste é ver ali, na sua frente, essa situação de forma tão concreta.

segunda-feira, março 15, 2004

Ódio real
Eu me surpreendo como tem gente q devia saber o mínimo de sociedade, caga goma e só fala asneira. Mariana contou esses dias sua desventura em assistir uma palestra de um arquiteto q seria bambambam. O tal arquiteto se mostrou absolutamente desinformado e preconceituoso em relação aos suburbanos. O tal péla-saco, culpado pela infeliz idéia do Rio Cidade de Bangu - q nao canso de dizer, ACHO LAMENTÁVEL E RIDÍCULO!!! - expôs sua forma de pensar em relação aos meus iguais, os habitantes dessa josta de cidade, ou melhor, a maioria dos habitantes dessa josta de cidade. Na boa, se o cara diz uma parada dessa pra mim nao fica de graça nao, leva um esculacho lindo nos cornos pra aprender a parar de babaca e preconceituoso.

Mariana contou no seu blógue algumas das pérolas do tla péla-saco.
Ah, o humor melhorou. Valeu aê praqueles malucos q deram um alô.
Passageiros conversadores

Vinha eu com o braço furado pro trabalho. Sentado na van, vinha assustado com a vocação do motorista do veículo pra kamikase visto q acelerava o máximo q podia o carro e tinha um especial gosto por freiar quase na traseira do veículo da frente. Até aí morreram Neves e Guimarães. Só q a senhora do lado quis conversar. "Esse carro chacoalha demais ou o menino q dirige mal". Respondi q acha q ambos estava certos.

Pra q?

Por q a senhora desbundou em falar. Falou da faixa seletiva na Avnida Brasil onde só os ônibus podem passar, falou do mal estado da saúde e educação pública, falou do secretário de trânsito, falou dos jornalistas (e eu me meti), falou de trem, falou do lugar onde trabalhava, falou de onde morava, falou das linhas dos ônibus q servem e q nao servem, falou q conhece todos os motoristas da cooperativa tal... Meu Deus, como falou!

Os passageiros conversadores as vezes me dão medo. Começam a falar e nunca mais param. Qq dia vou adaptar uma técnica q Irmão-Léo usava quando estudante da ETVMauá. Alguém se aproximava e ele automaticamente deixava a cabeça cair pro lado como se estivesse dormindo.

Vou praticar em casa pra nao ser pego de surpresa.

Ah, é bom q se diga q as vezes é agradável conversar na condução. É um costume normal nos suburbanos visto q a ida e a volta para casa são geralmente demoradas. Só nao precisa ser impregnante.
Exame de sangue

Como eu odeio isso. Ficar sentado em uma cadeira enquanto algo aperta seu braço e um agulha entra no seu corpo e retira parte dele... Coisa desagradável demais. Eu nunca convivi bem com eles. Odeio e evito o quanto eu puder. Seu Roberto, meu avô, curtia assistir o sangue saindo do seu corpo. Eu não curto, tenho verdadeiro horror. Horror, horror. Fico nervoso.

Nessas de ficar nervoso a mané da veia, q é fina à vera, vez por outra escapa. Consegui ser furado cinco vezes em uma oportunidade ate´q conseguissem coletar o melado q corre por dentro do corpo de geral. Detalhe, foi em uma veia da mão q conseguiram tirar o mané do sangue.

Outra coisa, ver vendo o sangue sair e ir enchendo tubinhos não é das coisas mais legais tb. Só espero q esse exame sirva pra alguma coisa e pra provar q nao tenho qq problema na tiróide capaz de fazer meu coração dar piti.

domingo, março 14, 2004

Ela publicou até o Rap da Felicidade.

Me dei a liberdade de copiar e publicar aqui tb.

Rap da Felicidade

Eu só quero é ser feliz/ Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é / E poder me orgulhar/ E ter a consciência Que o pobre tem o seu lugar

Minha cara autoridade, já não sei o que fazer/ Com tanta violência eu sinto medo de viver/ Pois moro na favela e sou muito desrespeitado/


A tristeza e a alegria aqui caminham lado a lado/ Eu faço uma oração para uma santa protetora/ Mas sou interrompido a tiros de metralhadora/ Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela/ O pobre é humilhado e esculachado na favela/ Já não agüento mais essa onda de violência/ Só peço à autoridade um pouco mais de competência

(Repete refrão)

Diversão hoje em dia não podemos nem pensar/ Pois até lá no baile eles vêm nos humilhar/ Ficar lá na praça, que era tudo tão normal/ Agora virou moda a violência no local/ Pessoas inocentes, que não têm nada a ver/ Estão perdendo hoje o seu direito de viver/ Nunca vi cartão postal em que se destaque uma favela/ Só vejo paisagem muito linda e muito bela/ Quem vai pro exterior da favela sente saudade/ O gringo vem aqui e não conhece a realidade/ Vai pra Zona Sul pra conhecer água de coco/ E pobre na favela vive passando sufoco/ Trocaram a presidência, uma nova esperança/ Chega de tempestade, agora eu quero a bonança/ O povo tem a força, só precisa descobrir/ Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui

(Repete refrão)
"Eu só quero é ser feliz"


Matéria da coleguinha Tatiana Contreiras publicada no O Dia de hoje fala sobre q fim levou a galera q tirou pela primeira vez o funk dos guetos cariocas e o 'apresentou' a classe média. Gente como Cidinho e Doca, Marcinho e Goró, Claudinho e Buchecha, Bob Rum e por aí vai. Os caras q há dez anos atrás cantavam um funk, chamando de rap, mais voltado pra crônica social mesmo.

O grande barato q vejo, principalmente nessa galera, é q o povo falando pro povo. Sem firulas, na sua linguagem cotidiana. Vejo como o registro mais verdadeiro q se pode fazer nesse meio social. Mas tem gente q acha q favelado e pobre (e preto) é tudo ladrão e prefere ficar jogando pedra.

Quem me deu o toque da matéria foi Arthur das Firulas, o firuleiro de Ramos. Em tempo, a matéria da Tatiana tá muito legal.

sexta-feira, março 12, 2004

Papagaio herói

Essa história q O Dia publicou é muito boa. A história do papagaio q foi herói, ouviu ladrões em casa e pôs a boca no mundo. A polícia chegou e levou geral pro xilindró. Salve o papagaio.



O link pra matéria tá aqui.

quinta-feira, março 11, 2004



A foto é da Reuters. São os mortos do atentado dessa manhã.

A imagem me lembrou a chacina de Vigário Geral. E aí eu me pergunto, o Rio é realmente tão violento assim?
Enfim, hoje Zé Maria trabalhou muito.
Duas tragédias, dois graus de importância

Todo mundo ficou sabendo das explosões que puseram fim a mais ou menos 190 vidas em Madri na manhã de hoje. Puseram na Conta do ETA e agora apontam para os árabes. Sempre os árabes... Foram possivelmente 190 europeus mortos de forma cruel e absolutamente condenável.

Só q enquanto isso, em Madagascar (será q alguém sabe onde fica essa ilha?) 111 pessoas morreram um acidente de barco. 111 pessoas, cara. E ninguém fala, ninguém se importa. Tb né, morreram em um país pobre da África, uma ilha ali no Oceano Índico q nao tem a menor importância pro resto do mundo.

Os mortos espanhóis são mais importantes que os mortos malgaxes? A gente sempre se pergunta sobre isso... Só q a Espanha tem grana, faz parte da União Européria, o mané do Aznar se aliou a péla saco do Bush e ao Blair na tal 'guerra contra o terror'. Quem sabe alguém não ficou putinho, bateu pezinho e quis se vingar de alguma forma? Enquanto isso os 111 buscados por Zé Maria na África foram vítimas de um acidente marítimo, a barca onde estavam teria sido atingida por um temporal, um tufão ou algo do gênero. E aí eu volto a perguntar: os mortos espanhóis são mais importantes que os mortos malgaxes?

Nâo minha concepção: não. Embora jornalisticamente o caso europeu mereça antenção. Mas o caso africano não merece ter praticamente ter sido esquecido.
Ânimo

O meu sumiu há alguns dias, ninguém sabe, ninguém viu.

terça-feira, março 09, 2004

Voltar

Sabe um daqueles dias em q se quer voltar pro saco do pai? Pois é. Como hoje.
Q acusação...

Tava contem conversando com coleguinha Marcos q veio dizer: "já imaginou ser ACUSADO de ter um caso com a Luma?". Pois é, olha a situação do bombeiro aí. Acusação de ter um caso com a Luma é pra entrar no currículo, né não.
É possível desanimar mais?

Sim, é possível. É incrivelmente possível... Não está longe o dia em q não vou sair de casa pelo mais inteiro desânimo ao q parece.

segunda-feira, março 08, 2004

Ser mané é

Sair para almoçar com a conta do cartão de crédito do irmão no bolso. Almoçar. Tomar sorvete de casquinha do mequidonaldis com cobertura de chocolate. Chegar ao banco e perceber q parto da cobertura caiu dentro do bolso e cagou toda a conta. Pior, ficar com cheiro de chocolate no bolso boa parte da tarde. Tá, até q nao é de todo mal, né.
Tá marcado

Juntei coragem, somei com vergonha na cara e uma certa pressão feita por Seu Carlos q ficou me ligando durante a tarde e pronto. Marquei o cardiologista. Amanhã, 15h45, na Rua Senador Dantas. Lá vou eu morrendo de medo dele olhar pra mim e dizer: "perdeu, playboy. Tu é hipertenso mermo".
Amigos na área

Mas nem tudo é derrota. Bol, moleque criado em Bangu e amigo de Irmão-Léo de anos e anos, ligou ontem dizendo q vem ao Rio. Blz, ele é dono da casa q me dá teto ali por Floripa. Ih, lugar estratégico...

O furingudo só pediu pra buscar ele no aeroporto. Merreca pra gente. Só q o furingudo chega às 2h da manhã de uma segunda-feira! Fazê o quê...

Bom, lá vou eu ficar com vontade de ir a Floripa de novo. Mas vou aproveitar pra chutar a canela do mané q me arruma uma hora absurda dessas pra chegar a cidade...
Herança de pobre é isso mermo

Pobre só herda doença... Seu Carlos é hipertenso. O pai de Seu Carlos foi catado por Zé Maria por conta do coração. Seu Roberto, avô figuraça e ídolo, viveu mal do pulmão por décadas, vazou por conta do coração. Dona Francisca, avó e esposa de Seu Roberto, tb vazou por conta do coração. É, mané, já tá no sangue. O coração é o grande problema da família. Mas pq ele tinha q começar a da piti tão cedo. Antes do 30 é maldade...
O coração suburbano saltitante

Ontem eu tinha planejado fazer um coisa, ir pra Enseada de Botafogo (que tem o visual q eu mais curto nessa cidade) ver aquele bando de didjeis botando música pras pessoas quicarem. Antes de sair de casa Minduím passou por lá pra tomarmos cerveja. Tomas três, um número ridículo pros nossos talentos boêmios e fígados treinados. Comecei a ter taquicardia de novo.

Irmão-Léo, q tb tava por perto, ficou assustado e otpou com Minduba de me levar pro hospital. Na boa, q mané hospital. Fui pra casa. Só q Irmão-Léo cagoetou-me e Dona Glória, ao lado de Seu Carlos, democraticamente, me levaram pro médico.

Mó galera curtindo o som na beira da praia, sob um lua ixpetáculo, e eu deitado fazendo eletrocardiograma...

Tá, tá bom. Fui irresponsável. Foi a oitava taquicardia desde a terça-feira de carnaval. Q culpa eu tenho se o coração fica frenético? Ah, fala sério. E se o médico disse q estou doente e nao posso mais ir pro samba? Ir pro forró? Tomar cerveja?

Td bem, por outro lado a voz da razão vem pela boca dos amigos. Ontem uma amiga gaúcha deu aquele puxão de orelha. Disse q se tenho uma parada estranha e fico travado, como eu ia lidar. Pois é, eu ia secar de falta de felicidade.

Agora, na boa, convença racionalmente um sujeito q nunca gostou de ir ao médico, que mal ou bem viveu saudável pra cima e pra baixo, dormindo pouco, comendo mal, procurando só ser feliz, q aos 27 anos ele tem q procurar um cardiologista... Pra mim isso é fim de carreira.

P q diabos esse coração tem q ficar saltitante demais? Q malice...

Bom, tô tomando vergonha na cara pra marcar a consulta. Seu Carlos, q é hipertenso de carteirinha (literalmente), disse pra ir no dele. Pô, ir no cardiologista do pai?
Jogando pra galera

Hoje é dia das mulé, né. Então como sei q tem uma ou outra q insiste em ler esse monte de notas q não fazem sentido, vou jogar pro alto e parabenizar essas mesmas figuras. Hei, mulé, parabéns aê.

sexta-feira, março 05, 2004

Mó moral

Eu sou preto, eu sou pobre, eu sou suburbano. Tb sou firuleiro as vezes, tem gente q diz q sou vacilão e espaçoso... mas ganhei até homenagem hoje da Colombina no blógue dela. Ah, muleque. Sente só o pôste da figura.

Estréia

Hoje é sexta-feira! Vamos esquecer as tristezas, os problemas existem sim e daí? Você pode resolvê-los agora? Se sim, ótimo! Se não, melhor ainda, você acaba de arrumar um motivo para se embriagar. Por isso, para isso e com isso o Nada Mais de Malmequer estréia hoje o seu espaço etílico, sempre homenageando um blog amigo. Sejam bem vindos a Alcoolateria Colombina aonde poderá provar dos mais deliciosos drinks preparados por essa sua anfitriã dedicada, absolutamente preocupada com a sua satisfação. Venha e traga seus amigos!

O homenageado de hoje é o meu querido Vicente. A honra de inaugurar nosso cardápio de bebidas é simplesmente porque juntos conseguimos a proeza de estarmos na mesma cidade, no mesmo bar, duas vezes e NÃO nos encontrarmos. Pois é, para suportar tamanho golpe de Murphy, só mesmo com um drink especialíssimo testado, modificado, testado novamente, aperfeiçoado, testado mais uma vez e recomendado por mim. Deliciem-se! E que venha o fim de semana!!!!!!

Preto, pobre e suburbano

- 1/2 colher (café) de canela
- 02 colheres (café) de chocolate em pó
- Leite condensado a gosto
- 1/2 dose de Cointreau
- Gelo picado

Modo de Preparo: Misturar tudo numa coqueteleira ou bater no liquidificador. Enfeitar com uma rodela de limão e mandar pra dentro fazendo um brinde à minha pessoa! Saravá!

+ posted by Colombina @ 14:38


Ó o naipe da parada. Uma homenagem em forma de drinque. Moral tem esse pps, hein.
Pingüim Rambo

Eu tô impressionando como neguinho anda fazendo joguinhos com pingüins... O último a chegar foi esse aqui, q é mais complexo q os outros até.

http://www.linuxrapido.linuxdicas.com.br/calazans/game.html
Eita desânimo q mal me deixou sair de casa hoje...
Uma amiga me liga de madrugada dizendo "Vicente, há tempos não saímos pra dançar forró. Vamos?". Juro q fiquei com medo. Respondi cinicamente q naquela hora nao ia dar, hehe. Mas agora tenho q achar um forró pra ir com a figurinha q é querida.

Bom, ela tb lembrou q tem Pagode da Família Portelense amanhã, no Portelão em Madureira, acho q vou.

quinta-feira, março 04, 2004

Ningu?m me chama pra tomar leite!

Encontro um recado no celular: "Vicente, amanh? ? meu anivers?rio. Vou comemorar com a galera no Dama da Noite". Puts, o Dama da Noite ? uma casa de samba na Lapa. Gosto de l?, embora morra num dinheiro violento no cover e principalmente na cerveja. A Bohemia, na ?ltima vez q fui l?, custava ao ser humano bebedor singelos R$4,80. Vou continuar boemio e pobre...
Percepções de um mijão

Ir ao banheiro é um ato cotidiano e corriqueiro. Eventualmente levanto da minha da minha cadeirinha, vou até o banheiro, paro em frente ao mictório do lado da janela q dá pra esquina da Presidente Vargas com Rio Branco. Olho pro movimento lá embaixo, marco o território como bom mamífero q sou (ou seja, deixou um mijão) e volto pro trabalho. Só q desde q voltei existe ma paisagem meio estranha. O prédio da Eletrobras (aquele mesmo q o fogo lambeu) tá ali, enquanto se mija, olha-se pra ele. Os últimos seis andares estao no esqueleto, uma tela cinza teoricamente impede q destroços caiam sobre os carros e pedestres q nao param de circular por sua base. Eu, hein. É simplesmente uma imagem triste, muito, mas muito triste.
Nada de médico

Uma reunião rolaria hoje pela manhã e outra durante a tarde. Ambas com o chefe. De manhã, uma solicitação da chefia q está sendo viabilizada. De tarde, toda a equipe deveria estar junta para um informe vinda do gerente da galera. Eis q a reuniao estava marcada pras 15h, deixei de marcar consulta por causa dela. Pois bem, já nos aproximamos de 16h30 e a reuniao rolou? Rolou nada... Bom, nao era pra ser nada grave mesmo... se fosse eu tava era lascado.

quarta-feira, março 03, 2004

Vá entender!

Na hora do almoço uma figura vem me falar que o chefe quer reunir toda a equipe pra reunião. Logo na tarde q eu ia ao médico. Vai dar 18h e nada de reunião... Dá vontade de sair repetindo uma coleção de palavras malcriadas. Bom, amanha eu tenho uma reunião mesmo as 11h com o chefe. E depois, médico. Já até sei q Dona Glória pegará lindamente no pé hoje quando perguntar se foi me consultar e eu disser qu nao.
Historieta de carnaval

Acho q era domingo de carnaval. Estava com Nanni, figura gente boníssima e personagem q eu já conhecia de fama, mas nao de fato. Nanni nasceu no Rio, morou uns tempos em Pernambuco - onde conheceu aqueles personagens de lá - e há dez habita São Paulo. Invariavelmente ele mandava um "vamos energizar!". Vamos, claro. Energizamos a cabeça com vários uísques durante o carnaval. Nanni tem mó cara de gringo, é um lourão carcaça com olhos azuis. Se ficar sem abrir a boca passa limpinho por estrangeiro sem q se conteste. Nesse dia, nesse mesmo domingo, estávamos no palco do Rec Beat eu e ele. Vimos duas meninas especialmente bonitas com cara de gringas. Haha. Pensamos em ir até lá e jogar a marimba. Sacomé, né, era carnaval mesmo.... Fomos e jogamos, eram duas alemãs. Até q percebemos q uma nao participava. Ela se virou e disse q só falava dóitsch e polish? Ein? Deutsch? Eu? Falando alemão e polonês? Nem pensar. Três louros com cara de europeus e eu de abelhudo querendo dar idéia em quem só fala línguas germânicas, eslavas, ou sei lá. O melhor ainda estava por vir. As gringas não acreditavam q Nanni era brasileiro. Eu, hein. Nao acreditavam q ele nao falava alemão... Gente doida.

Bom, no fim das contas ninguém se deu bem ali, mas foi divertido quando me virei pro companheiro e disse q eu falava alemão e polonês fluentemente, o q era visível até pelo meu tipo físico, normalmente encontrado naquele canto da Europa. Ah, fala sério. Devia ser proibido vir a qq um vir passar carnaval no Brasil só falando alemão e polonês.
O ano começou

Esqueci de postar algo q foi bem legal. Na quarta-feira de cinzas, ainda em Recife, estava com Bicha Superpoderosa, Renata Casaquinho, o safado do Senhor do Teu Anel, Clarissão e sua amiga candanga com cara de gringa na Galeria Joana D'Arc, no Pina. Estávamos no Anjo Solto tomando cerveja quando alguém propôs um brinde de ano novo. E fizemos. Afinal de contas, vamos ser honestos, o ano acabou de começar à vera.
Morrer todo mundo morre. O engraçado é q se tem total ciência disso. Pra mim eu sou imortal, o mesmo deve acontecer com todo mundo. Ninguém concebe a própria morte. O sinistro é que ontem, jogado no tapete do meu quarto, comecei a pensar nisso e achando tudo muito estranho. Ontem passei mal outra vez. Nao foi tão mal como na terça-feira de carnaval quando fiquei literalmente surtado, pilhado e bolado. Mas foram os mesmos sintomas, só q mais leves, pegando mais devagar.

Senti o organismo acelerado já durante a tarde na empresa (após a chegada do Nordeste) e fiquei sendo bombardeado sobre histórias de caras que com idade próxima a minha foram buscados por Zé Maria. Infartos, AVCs. Eita, sai pra lá. Chegando em casa, já melhor, voltei a ficar pilhado. Andando freneticamente de um lado pra outro. O coração alucinado quicando dentro do peito, a respiração rápida demais... Seu Carlos e Dona Glória queriam me levar para clínica. Eu, hein. Q mané. Tive q aturar o caô de q sou hipertenso. Eu? Hipertenso? Aos 27 anos? Pode não, moço. Topei mandar uma maracujá pra dentro e ver no q dava. Fiquei mais na boa.

HOje tô melhor, mas acho q vou tomar vergonha na cara e ir ao médico pra ver qual é dessa parada tosca q me pentelha o peito e me deixa ansioso. E q parem de ficar me agourando com esse caô de Zé Maria rondando pq muita coisa ainda será feita por esse preto, pobre e suburbano.
A cereja do bolo

Por motivos q nao vou postar aqui, só voltei pro Rio nesta terça. O vôo que peguei saiu as 9h de Salvador e chegou as 11h no Rio. O detalhe é q na mesma hora em q o voo partiu da capital baiano, eu devia estar chegando no trabalho no Rio.

Legal, o sinistro era q nao tinha roupa pra ir trabalhar. O q fazer? Dona Glória, q é mãe, levou pro aeroporto o kit Vicente-trabalhador. Camisa, calça, cinto, meias e sapatos.

Vicente desceu do avião de tenis, bermuda e camiseta. Foi pro banheiro e se fantasiou. Quando saiu teve gente olhando com a aquela cara de 'conheço esse cara de algum lugar'. Eram as figuras q estava no vôo e nao me reconheceram já fantasiado. Ou pior, até conheceram mas nao entenderam. hehe.

Fui direto pro escritório tentar me convencer de q sou um trabalhador sério.
Cuecas

Qual a primeira coisa q fiz ao chegar a Salvador? Lavar cuecas. Lá fui eu pro tanque enquanto o casal dono da casa havia ido trabalhar. Alguém tinha q fazer isso, né.

Fui amarradao. Lavei cinco e deixei na janela secando. Quando voltei, só rolava duas cuecas. Pensei q os duendes do Rio Vermelho seriam os responsáveis, procurei nas minhs coisas, no varal e nada...

Com a chegada dos donos da casa comentei o ocorrido. Ambos riram. Disseram q tinham caído pela janela e a alguém do condomínio tinha catado elas. Nao deu outra. Só qu o mané do baiano ficou constrangido em ligar pra portaria pra pedir. Ora, se o mico foi meu como o cara ia ficar constrangido?
Ah, claro! O fim de semana!

Conehci bastante coisa de Salvador. Posso dizer q passei a achar a cidade sensacional. Queria poder ter a oportunidade de mergulhar um pouco mais na cultura popular local.

Mas fui a lugares óbvios e outros nem tanto. Fui levado a vários cantos soteropolitanos.

Fiquei impressionado com o abismo social existente na cidade. Pareceu-me que metade de Salvador é uma grande favela. Fico com medo de estar sendo exagerado, mas essa foi a impressao.

Iuri e sua respectiva me levaram ao subúrbio ferroviário, na beira da Baia de Todos os Santos. Cara, quanta pobreza. Fomos até o Paripe, q é algo tipo Santa Cruz aqui, bem no extremo do município. Só que o Paripe é muiiiiiiiiiito mais pobre que a carioca Santa Cruz.
E em Salvador? Ainda teve um fim de semana por lá!

Aportei na aprazível residência de camarada Iuri, personagem que conheço há... sete anos. E há uns cinco ou quatro prometo visitar.

Quando éramos estudantes (e já vai tempo) vivemos um momento porre peculiar. Num momento de ogritude voraz tinha um trato com outro amigo, Rafa Cabeçao, de só tomarmos cerveja em garrafa em múltiplos de sete. O pobre Iuri apareceu no Rio nesse período.

Tomamos 18, caminhávamos já temulentos para os 21 quando o pobre amigo baiano caiu de cara na mesa... Tive q levá-lo pra casa do marmanjo onde ele dormiria, em Laranjeiras. Quem disse q Vicente tinha condiçao de sair de lá? Foi uma das mais belas e memoráveis cachaças já tomadas.

O engraçado foi q Iuri achava q tinha tomando só seis garrafas. hahaha. Anos depois (nesse fim de semana) contei a ele q foi somente o triplo. Aí ele ficou mais a vontade.
Incêndio

Devo a Recife tb poder ter assistido pela televisão o incêndio no prédio da Eletrobrás, q fica do outro lado do cruzamento onde fica o meu. Se estivesse no Rio viveria um grande perrengue pra chegar ao trabalho, ainda mais pq o ponto da van onde salto é bem na base no prédio...
Definitivamente odeio ter q partir. E odeio mais ainda ter q partir de Recife. Sempre dói um pouquinho. Ficar longe de gente se se gosta é sempre meio q um sofrimento. Na vez anteior q deixei a cidade, em 2002, chorei. Nesse ano fiz força pra nao chorar, tenho q manter a fama de mal, sabe como é. Ficou mais uma vez a vontade forte de voltara a cidade que me adotou, me ajudou a crescer um pouco e que me deu figurinhas um pouco alopradas que chamo com muita convicçao de família. Acho q é culpa desses furingudos eu sentir essa falta de Recife...

terça-feira, março 02, 2004

A ter?a-feira gorda sinistra

Na noite de segunda me encontrei, ainda no Marco Zero, com meu camarada Vimer. O bicho foi meu colega de sala na faculdade. ?ramos dois suburbanos na ?poca, hoje a criatura ? um executivo de multinacional. V? entender essas coisas da vida. Pois bem, o furingudo apareceu por l?. Ficamos pelo Recife Antigo curtindo e tal.

Ia rolar um show do Paulinho da Viola mas come?ou a chover. Fui pra casa. Tava morto de casado. Vi o desfile das ?ltimas quatros escolas de samba e j? com o sol alto fui dormir.

A? come?ou todo o pesadelo. Andr?, o gato gay e leso, ficou pegando no meu p?. Deitei perto de uma janela e Andr? ficou LITERALMENTE me encarando. Cobri o rosto e Andr? ficou passando a patinha sobre o len?ol. Eita coisa agrad?vel, n?. S? nao fiz o gato voar pq pertence a STA, q ? safado, mas ? querido.

Mesmo com o gato jogando contra deu pra dormir. Mas dormi pouco, muito pouco. Acordei numa pilha horr?vel. Cora?ao batento forte e r?pido, respira??o ofegante, uma ansiedade absurda. Nunca havia sentido algo assim. Deu medo. Muito medo. Logo na ter?a de carnaval. Pedi ajuda a STA, que ? safado, mas ? amigo.

Tanto ele quanto RMRO me doparam. No fim das contas fui dormir l? pelas 10h. Foi sinistro demais. Acordei as 14h e eles nao me deixaram sair de casa. Estranhamente foi uma ter?a-feira de carnaval fam?lia. Diria at? q nao foi ruim. H? tempos nao passava um tempo assim com eles.

J? a noite fomos para o Recife Antigo. Nos dividimos para pegar os t?xis. Fui com RMRO e seu respectivo. S? q na hora de descer do carro... tcharan! Meu polegar esquerdo ficou preso entre a porta da frente e a porte de tr?s. O dedo ficou roxo na hora. Pensei q a unha fosse cair. Pensei q fosse fissurar e tal. Passei boa parte da noite com o polegar dentro de copos pl?sticos cheios de gelo.

Quando a derrota parecia certa, tudo mudou de figura. Foi s? o maracatu de RMRO, Catirina, STA e o respectivo de RMRO come?ar a tocar q fiquei na boa. Salve, salve essa gente de quem eu gosto.
Novidadinhas

Sim!!! Eu tenho uma camisa oficialíssima do Íbis, o folclório pior time de mundo!

Sim!!! Agora eu tenho minha alfaia, embora ela tenha ficado em Recife. Mas meu amigo e safado STA vai trazer pra mim quando vier ao Rio.
Carnaval sem o meu samba

Pois é. Nao teve o meu sambao carioca. Até corri pra ver alguns desfiles. Assiste o Império Serrano, a Beija-flor, a Viradouro e a Mocidade. A minha escola me decepcionou, mas gostei muito dos outros desfiles q vi. Pena q nao deu pra gente de novo.
Impressão

Comentei com meus amigos recifenses e até de fora que dessa vez minha impressão foi de q Recife estava mais feia. Mais de lado, sabe? A cidade se vangloria, bate no peito e fala com orgulho da sua cultura popular, da sua história e tal. Cuida com carinho da sua 'alma recifense', mas senti q deixam de lado a parte da aparência da cidade. Uma cidade tem q ter alma e aparência bonita. Caso contrário nao adianta de nada. RMRO disse q fiquei com essa idéia pq fiquei pouco tempo na cidade e tal. É, pode ser. Mas foi a primeira vez q vi a cidade dessa forma.
Olinda e Recife

Eu devo estar ficando velho. Achei Olinda tão cheio, tão muvucado. Foi a vez q menos curti aquele canto. E olha q mesmo assim foi divertido. Saracoteei à vera por aquelas ladeiras.

Recife é outra parada, né. Ou melhor, o Recife Antigo. O esquema lá, já noturno, era mais tranquilo. Menos quicativo, mais social. Shows legais sem o 'risco' de uma banda passar ao lado tocando 'Vassourinhas' e todo mundo sair quicando atrás.

Curti mais o Recife Antigo onde, diga-se de passagem, estavam apenas o palco do Arsenal (de Marinha), do Marco Zero e do Rec Beat. E salve a diversidade desse lugar.
Bom, vou pra casa. Vou fazer uma social com a família. Ainda hoje sento pra terminar de escrever meus relatos carnavalescos desse 2004.
Surpresa
Ah, teve surpresa tb! Fiquei bolado quando descobri que tem gente por lá q lê a josta do blógue aqui. Cara, como pode? Eu nao entendi... eu falo de coisas tão locais, tão cariocas, tão suburbanas q, ao meu ver, nao fariam ou nao fazem sentido para quem nao é do Rio. Pior, acho q nao faz nem tanto sentido pra quem é de certas partes do Rio, imagina que nem daqui é. Bom, fico quieto. Ao mesmo tempo q acho estranho e curioso, acho legal. Mesmo sem entender. Tipo, eu devo ser um maluco por manter essa parada no ar, mas tem uns mais malucos ainda que lêem essas asneiras.
O q teve

O carnaval não teve novidades. Teve os amigos queridos que me fazem ficar feliz só de tê-los por perto. Teve gente nova entrando na jogada. Teve frevo. Teve cerveja (claro!). Teve maracatu. Teve Olinda. Teve ladeiras. Teve os Quatro Cantos. Teve o Alto da Sé. Enfim consegui ir ao Enquanto Isso na Sala da Justiça, bloco figuraça da manhã do domingo de carnaval (essa era minha quarta tentativa). Teve pé torcido. Teve encontro. Teve desencontro. Teve beijo na boca. Teve chuva. Teve assadura. Teve Antônio Nóbrega. Teve Nação Zumbi. Teve briga. Teve paz. Teve tudo q um bom carnaval tem direito. Absolutamente tudo.
Cerveja em três capitais

Tomei de manhã no Rio.

Tomei de tarde em Salvador.

Tomei a noite em Recife.

Tenho sorte, tenho amigos e Deus criou a cerveja. A perfeição não está distante.

O legal é q da primeira cidade, o Rio, até a última cidade, Recife, existem cerca de singelos dois mil quilômetros de distância.
A partida do Rio e várias escalas por aí

Sábado de manhã cedo acordei. Dois eventos importantes na agenda: aniversário de Robertão, minha amiga e mulher q me convenceu a ter esse bagulho chamado blógue e a saída do Cordão do Bola Preta. Robertaralho, q de boba nao tem nada, entrou numa de comemorar seus 33 anininhos de pura travessura no próprio Bola. Já era. Vicente foi.

Dona Glória e Seu Carlos, pais sangue-bons, fizeram o carreto de Vicente e sua bagulhama de lombo (mochilas) até o Centro. Combinei com um coleguinha boa gente q estaria como chefe de reportagem no dia de deixar as paradas com ele e depois pegar o rumo do aeroporto.

Tudo certo. Deixei as paradas lá, fui pro Bola. Encontrei Roberta, rimos, nos xingamos mutuamente como sempre, aquele coisa de amigos felizes. Conheci a mitológica Dona Derli, mãe de Robertão, conheci tb a figura da irmã de Robertão, vi um prédio pegar fogo enquanto o Bola arrastava uma multidão pela Avenida Rio Branco e lembrei de ir embora. Melhor, Roberta q me lembrou do horário, já por volta de meio dia do sábado.

Quando começo a ir embora minha mãe liga pro celular pra dizer q tb tá indo. Mãe é mãe e o resto é o resto. Me pegou no meio da muvuca, me levou de carro ate´o Globo, onde estava minha bagulhama e me desovou no aeroporto. Sério, na boa, duvido q alguém invente algum dia algo melhor que mãe.

Voando...
A proposta era levantar vôo às 15h no Rio. Fazer conexão em Salvador, pastar durante duas horinhas e pegar o vôo rumo a Recife. O vôo teve um pequeno atraso no Rio e foi pra capital baiana. Chegando lá ligo na hora pra meu amigo Iuri, personagem camarada toda a vida q habita aquela cidade. Nao via o mané há uns.... quatro anos... Tempaço. Iuri foi quem me deu a sensacional notícia de que o Flamengo havia ganho o tricolor e era campeão da Taça Guanabara.

Em tempo, Iuri é tão flamenguista quanto eu.

Como bom camarada q é o maluquinho foi no aeroporto tomar chope comigo pra fazer o tempo passar. O melhor é que eu já tava na área de embarque quadno o furingudo me ligou dizendo "onde tu tá, mané?". Pois é, saí da área de embarque para volta ao esquema bebeção de cervejão.

Já as 20h o vôo rumo a Recife partiu comigo dentro. Ás 21h e uns quebrados cheguei a cidade que foi minha casa e me adotou. Renata Casaquinho foi me buscar... Ai, ai... Recife é um lugar bão, gosto de lá.
Será q tá tão na cara?
A loucura já começou na sexta. Saí do escritório com companheiro luso Eduardo. Fomos, acompanhados por igualmente saltitantes latinhas de Skol, para o Carmelitas, bloco que põe todo o simpático bairro de Santa Teresa pra pular carnaval. Zilhões de pessoas saltavam atrás do bloco. Pena q não lembro mais o refrão do samba. Hehe. O engraçado foi q ambos estávamos de mochila das costas e umas meninas que estava atrás da gente estava reclamando delas. Ora, como jovens trabalhadores braçais da comunicação fomos direto do escritórios. Como uma empáfia as meninas olharam e mandaram na lata “têm cara de jornalistas...”. Eu, hein... Será q é tão na cara assim? E eu achava q dava pra disfarçar...
O breve relato carnavaleco e pós-carnavalesco de Vicente Magno segue abaixo:
De volta pra casa outra vez

Sim, estou no Rio. Estou no Centro do Rio de Janeiro, na santa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Voltei ao trabalho. To me sentindo meio acelerado, meio angustiado, meio ansioso, meio com taquicardia, meio com a ofegante. Ou seja, meio estranho. Mas tô vivo. Isso é o q interessa. Se Deus quiser e permitir q eu nao tenha um troço, vou postar mais tarde minhas impressoes sobre Recife, o carnaval em Olinda e Recife e sobre Salvador.

Tamos aí.