Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, março 28, 2004

A ré do ônibus

Ontem quando estava na rua com Ervilhão parei atrás de um ônibus, um 856 (Sepetiba-Cascadura, se nao me engano). Era no cruzamento das Rua Francisco Real com Rua do Imperador, em Realengo. Estou lá, no meu carrinho. Tranquilo toda a vida quando vejo q o ônibus ascendeu a luz de ré.

Comecei a piscar o farol alto pro cara. O ônibus começou a dar ré pra cima do meu carro. Ervilhão tremeu e eu também. Comecei a buzinar freneticamente. E só vi o ônibus chegando, aquele enorme pára-choques louquinho pra amassar o meu singelo golzinho.

Enquanto isso um olho tava no retrovisor torcendo pra nao chegar ninguém atrás de mim. O pior é q chegou um carro tipo Del Rey. Eu dando ré, o ônibus ando ré, eu piscando o farol e buzinando. Nao sei como tive tanta cordenaçao motora. Eis q meu anjo da guarda deve ter dado um toque no ombro do furingudo do motorista. Imagina levar um preju desses assim? Fala sério, nao existe.