Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, março 25, 2004

Deve ser coisa da minha imaginação, só pode, pq eu mesmo nem acredito muito q essas coisas ocorram...

Tudo dentro da normalidade. Desde a hora de acordar, sair de casa e pegar uma van. Na Avenida Brasil já começou a ficar estranho, o trânsito fluiu bem demais. Em menos de uma hora eu já estava praticamente no Centro, chegando ao elevado da perimetral. Só q aí o trânsito parou. Foram 40 minutos com a van rastejando do fim da via expressa até a Francisco Bicalho... Agora vem o melhor da festa: o senhor q estava sentado na poltrona da frente, já dos 50 pra 60 anos, usando uma camisa pólo, uma corrente no pescoço (por fora da camisa) eu uma pochete na cintura (só vi qndo ele saiu do carro), do nada, começou a cantar músicas de Júlio Iglesias. Como assim??? O cara cantou durante todo o período do engarrafamento, cara. Como é q pode? Júlio Iglesias??? N?o merecia isso, má num merecia mermo...

Foi só o cara descer da van q todos se entreolharam e se perguntaram se aquilo foi real. Q figura...