Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, março 03, 2004

Historieta de carnaval

Acho q era domingo de carnaval. Estava com Nanni, figura gente boníssima e personagem q eu já conhecia de fama, mas nao de fato. Nanni nasceu no Rio, morou uns tempos em Pernambuco - onde conheceu aqueles personagens de lá - e há dez habita São Paulo. Invariavelmente ele mandava um "vamos energizar!". Vamos, claro. Energizamos a cabeça com vários uísques durante o carnaval. Nanni tem mó cara de gringo, é um lourão carcaça com olhos azuis. Se ficar sem abrir a boca passa limpinho por estrangeiro sem q se conteste. Nesse dia, nesse mesmo domingo, estávamos no palco do Rec Beat eu e ele. Vimos duas meninas especialmente bonitas com cara de gringas. Haha. Pensamos em ir até lá e jogar a marimba. Sacomé, né, era carnaval mesmo.... Fomos e jogamos, eram duas alemãs. Até q percebemos q uma nao participava. Ela se virou e disse q só falava dóitsch e polish? Ein? Deutsch? Eu? Falando alemão e polonês? Nem pensar. Três louros com cara de europeus e eu de abelhudo querendo dar idéia em quem só fala línguas germânicas, eslavas, ou sei lá. O melhor ainda estava por vir. As gringas não acreditavam q Nanni era brasileiro. Eu, hein. Nao acreditavam q ele nao falava alemão... Gente doida.

Bom, no fim das contas ninguém se deu bem ali, mas foi divertido quando me virei pro companheiro e disse q eu falava alemão e polonês fluentemente, o q era visível até pelo meu tipo físico, normalmente encontrado naquele canto da Europa. Ah, fala sério. Devia ser proibido vir a qq um vir passar carnaval no Brasil só falando alemão e polonês.