Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, março 14, 2004

Ela publicou até o Rap da Felicidade.

Me dei a liberdade de copiar e publicar aqui tb.

Rap da Felicidade

Eu só quero é ser feliz/ Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci, é / E poder me orgulhar/ E ter a consciência Que o pobre tem o seu lugar

Minha cara autoridade, já não sei o que fazer/ Com tanta violência eu sinto medo de viver/ Pois moro na favela e sou muito desrespeitado/


A tristeza e a alegria aqui caminham lado a lado/ Eu faço uma oração para uma santa protetora/ Mas sou interrompido a tiros de metralhadora/ Enquanto os ricos moram numa casa grande e bela/ O pobre é humilhado e esculachado na favela/ Já não agüento mais essa onda de violência/ Só peço à autoridade um pouco mais de competência

(Repete refrão)

Diversão hoje em dia não podemos nem pensar/ Pois até lá no baile eles vêm nos humilhar/ Ficar lá na praça, que era tudo tão normal/ Agora virou moda a violência no local/ Pessoas inocentes, que não têm nada a ver/ Estão perdendo hoje o seu direito de viver/ Nunca vi cartão postal em que se destaque uma favela/ Só vejo paisagem muito linda e muito bela/ Quem vai pro exterior da favela sente saudade/ O gringo vem aqui e não conhece a realidade/ Vai pra Zona Sul pra conhecer água de coco/ E pobre na favela vive passando sufoco/ Trocaram a presidência, uma nova esperança/ Chega de tempestade, agora eu quero a bonança/ O povo tem a força, só precisa descobrir/ Se eles lá não fazem nada, faremos tudo daqui

(Repete refrão)