Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 30, 2004

Comentários? Pra que comentários?

Eu queria entender o q me faz nao conseguir colocar direitos os códigos dos sisetmas de comentários nessa josta. Um dia aidna acerto e eles voltam a funcionar aqui.
A carranca rubro-negra

Desde q o Dimba começou a jogar no Flamengo o time começou a fazer gols e vencer as partidas. Resultado: subiu cinco posições. E se continuar subindo assim seremos o primeiro dos clubes cariocas na tabela. E, quem sabe, chegar mais perto do topo.
Seu Carlos já havia dito q o Flamengo havia contratado uma carranca. Demorei a entender q a tal carranca seria o Dimba. E nao é q faz sentido? Botam ele lá na frente com aquela carinha feia q só ele e assusta os maus espíritos, afasta a negatividade, os zagueiros e os goleiros.

Ontem ganhamos mais uma, 1 a 0 sobre o São Caetano lá em São Caetano do Sul. Gol de quem? Da carranca. E dá-lhe Mengo.
Um dia vou ver cinema em Bangu. Tenho fé.
Reza a lenda q parte da Fábrica Bangu, q praticamente originou meu tão valoroso bairro, vai ficar um shopping. Eu não tenho opinião formada se isso é bom ou ruim. Mas o Ancelmo já deu hoje a nota:

Tela quente
A rede de cinemas CineSystem, dona de 5 complexos no Sul do país, está investindo R$ 2,5 milhões no Rio. Vai operar seis salas multiplex no Bangu Shopping, o primeiro do bairro.

As tais salas devem ser no tal novos shopping. Veremos...
Uma lição

Chatão, acabaram-se os Jogos Olímpicos. Eu q sou fã de esportes em geral fico feliz como criança vendo as zilhões de modalidades esportivas. Claro q vibrei pra cacete, fiquei emocionado em outras horas, bem triste e decepcionado em algumas. Se tinha brasileiro, tava lá eu vendo, torcendo pelo cara.
E após o q pareceu ser o encerramento da participação brasileira em Atenas, com a vitória do time de vôlei mais uma vez sobre a Itália. Foi a terceira vitória seguida num espaço de pouco mais de um mês. Moral, né? Quando a galera do Bernardinho ganhou sua medalha de ouro, veio aquele q vai ficar pra mim como o grande momento brasileiro desses jogos.
Pouco após a vitória do vôleu eu zapeava pelos canais. E começou a maratona. Fiquei lá olhando. Um sul-africano ganhou a dianteira e foi um mulão (enteda-se bloco de gente, multidão) correndo junto atrás. Vou pra outro canal, volto pra lá e já tava o brasileiro na frente.
Tava lá magrinho, magrinho, com aparência de gente sofrida, camisa azul com detalhes em amarelo nas laterais. No peito, o número 1234 e pouco acima, lia-se: Brasil. Já tinha ouvido falar nele, sempre tava lá, correndo atrás nas corridas de fundo. Vanderlei era o cara. Eu não ia lembrar o nome nunca, mas televisão ajudou.
Pensei q ia só puxar a prova e depois ia voltar pro bolo. Engano. O maluquinho montou o porco e varou. Ficou lááááááá na frente. Quem ia pegar ele? Ninguém. Má ninguém mermo.
Pô, lá fui eu voltar a vibrar e torcer por um conterrâneo.
O Vanderlei tava benzaço, longe todas vida dos demais. Até a hora em q aquele furingudo, péla-saco irlandês entrou na pista e carregou ele pra fora. A televisão não mostrou o exato momento. O grego tirou a câmera de cima dele na hora. Não entendi o pq, mas depois voltaram a mostrar o ocorrido. O escrotinho maluco tirou Vanderlei da pista. Q ódio, cara. Q ódio. Cadê a polícia? Cadê a tão propalada segurança q foi armada pros jogos? Só os estadunidenses tiveram direito a ela? E o atleta desse paizinho de terceiro mundo chamado Brasil? Ficou ao alcance do péla-saco maluco q o prejudicou. Fiquei imaginando se o maluco faz isso na frente da gentil Polícia do Rio... Ih... mas ia sumir num estalo e provavelmente nunca mais seria encontrado.
O nosso magrinho levantou e começou a correr de novo. Tava com uma expressão de pânico. Chorou. Fiquei bolado vendo o cara chorando (mas sem parar de correr). Preocupação mermo. Imagina, o cara tá vivendo o seu maior momento esportivo, treinou à vera praquilo e um irresponsável de fora de tudo aquilo vai e o prejudica.
O italiano q ganhou a prova veio inteiraço, passou Vanderlei. Veio uma sopa de letrinhas q competia pelos Estados Unidos e tb passou Vanderlei. Aí acho q ele se concentrou de novo e voltou a correr na moral.
Voltou e ficou com a medalha de bronze. Uma vitória. Vitória mermo depois desse perrengue ainda subir ao pódio.
Eu fiquei com tanta raiva do irlandês, má tanta q não sei explicar. Um ódio absurdo pelo indivíduo me tomou por dentro. Eu não parava de dizer “dum cara desses se tem tirar sangue do nariz. Tirar sangue da boca e de quebra, uns dentes tb”. Dormi com essa idéia na cabeça.
Hoje pela manhã vou assistir, como sempre, os jornais. Vanderlei sangue bom deu entrevista coletiva. E o cara falou uma parada q me deixou desbundado. Foi o melhor ‘cala boca’ q já tomei em toda a minha vida. Enquanto todos estávamos tomados para uma enorme indignação, tava lá o Vanderlei amarradão por sua conquista, com sua medalha no peito. E não parou só nisso, disse q teria ganho só mais uma medalha. Que as coisas não acontecem à toa. Que o surgimento do irlandês que o a agrediu fez sua conquista ser diferente, especial, de superação ainda maior. Q fez seu reconhecimento ser maior do q o da medalha de ouro. Q sua maior recompensa foi chegar ao estádio e ser o maratonista mais aplaudido, mais ainda q os dois primeiros.
Engoli todo o meu ódio e tive q bater palmas pra simplicidade do Vanderlei.
De lambuja, pela sua perseverança o maratonista ainda ganhou a tal medalha Pierre de Coubertain, segundo o Comitê Olímpico Internacional, uma tremenda honra. Q bom, parabéns. Mas queria muito q a ação movida pelo Comitê Olímpico Brasileiro q pede para a prova duas medalhas de ouro tivesse sucesso. Mas mesmo não tendo, já valeu por ter assistido ao vivo Vanderlei dar a volta por cima, ganhar sua medalha na raça e ainda ter uma atitude dão superior a maioria das pessoas (inclusive eu), de não guardar mágoa e ser feliz por sua conquista.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Uh!
Uh!
Template novo!

Pois é, tomei vergonha na cara e dei um jeito no template. A nova versão do Preto, pobre e suburbano é essa. Vou ter q dar umas guaribadas, mas acho de início da legal.
Subúrbio cultural

Deu hoje no Dia:

Madureira tem casas tombadas

Prefeitura protege sete imóveis para revitalizar bairro

Próxima parada cultural: Madureira. Alguns dos últimos casarões históricos do bairro serão, em breve, palco de centros culturais, cinema e bibliotecas públicas. Decreto do prefeito Cesar Maia publicado ontem no Diário Oficial tombou temporariamente sete imóveis construídos entre 1890 e 1930, que agora estão protegidos da destruição pelo Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.

O objetivo, segundo o secretário municipal das Culturas, Ricardo Macieira, é revitalizar a região. “Madureira é um dos principais centros de comércio da cidade. Vamos retomar o uso cultural do bairro e revitalizá-lo arquitetonicamente”, explica. Os imóveis escolhidos são a Igreja de São José da Pedra, no Morro do Dendê; os casarões do Ciclo Suburbano; os cinemas Madureira e Beija-Flor; a Fazenda Campinho; a Estalagem do Campinho e os Sobradinhos.

Moradores e comerciantes aprovaram. “Não tem nada para fazer por aqui. Será ótimo”, festeja Arilton da Silva Rosa, 54 anos, que nasceu no bairro. Ele toma conta de dois sobradinhos de 1915 da Rua Agostinho Barbalho, tombados ontem.

Ex-rainha do Ciclo Suburbano, Ivone Zarur, 60 anos, vibra com a revitalização da casa, de 1890. Era o antigo clube de ciclistas, na Rua Capitão Couto Menezes, que hoje virou galpão vazio. “Vai ficar uma beleza. O bairro tem muitas casas lindas e abandonadas”, completa.


Dos pontos citados só me lembro do Cinema Madureira, onde algumas vezes quando criança e adolescente e da Igreja de São José que tem um peculiaridade. Ela fica bem no alto do morro, num lugar dos mais visíveis da região e ao lado da contrução está sempre tremulante um bandeira do Madureira Esporte Clube, clube da região.
O Rio de Janeiro não é um estado sério. Não, não é.

O Globo Online publicou ontem e continua na sua home page ainda essa manhã. Parece uma piada, mas é verdade.

26/08/2004 - 16h20m
Homossexuais que quiserem mudar sua opção sexual podem ser ajudados pelo estado
Globo Online
RIO - Será votado na próxima semana pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) o projeto de lei que cria o programa de auxílio às pessoas que voluntariamente quiserem deixar de ser homossexuais. O projeto de número 717/2003, do deputado Edino Fonseca, que já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Alerj, prevê tratamento de reorientação sexual. O projeto também estabelece convênios entre o poder público e organizações governamentais, não governamentais, associações civis, religiosas, profissionais liberais e autônomos. Para justificar sua criação, Edino Fonseca aponta a falta de auxílio do poder público ou de instituições privadas às pessoas que querem deixar de ser homossexuais e ressalta que a mídia tem colocado a questão como um caminho sem volta.

A Assembléia Legislativa desse estado está usando seu tempo, tempo pago pelo dinheiro público, pra discutir q ex-gay tem q ter apoio do Estado!!! Pára! Pára! Pára o mundo q eu quero descer.

De onde tiraram o senhor Edino Fonseca?! De onde ele tirou essa idéia?? Deixa o cara ter a opção sexual q quiser! Mas não venha encher o saco dos outros usando recursos públicos pra ficar brincando de fazer leis, né. Se a brincadeira é essa, pq nao fazer um plebiscito pra perguntar se os gays querem deixar de ser gays.

Eu tenho vergonha de ter essa gente legislando no meu estado.

Será q o tal deputado é um 'ex-gay'?
Acredito q infelizmente meu sistema de comentários tenha subido no telhado em definitivo. Quando tento acessar a página onde dispunha de todos os comentários já feitos, tanto no Preto, pobre e suburbano quanto do Enfiado na Lama, vejo a mensagem: "This Account Has Been Suspended". Será o fim do valoroso Falou e Disse? Tomara q nao, né...

Enquanto isso, esse blógue q se desmantela aos poucos, fica sem comentários...

quinta-feira, agosto 26, 2004

Elucubrações eleitorais...

Essa semana tava lá eu assistindo ao horário político. Muita gente se nega a ver. Outra galera acha graça, muita graça. Curioso com as eleições municipais do Grande Rio fui assistir aos canais que transmitem os candidatos de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo – cidades grandes nos arredores do Rio, mas com disparidades sociais mais acentuadas q a capital.

Eis q começam a pintar os folclóricos candidatos a vereadores por essas cidades. Os candidatos q falam errado, que se vestem de forma diferente, que falam coisas q soam estranhas pra classe média e tal. São geralmente líderes comunitários, gente q corre atrás no seu bairro na suas associações de moradores. Felizmente a democracia proporciona isso. É o povo, o povão mermo se vendo capaz de exercer cargos políticos, achando-se capaz de defender suas vontade e necessidades. É isso aí. É esse o caminho.
Aparentemente estão ali com o propósito de defender suas comunidades (o q deveria ser o motivo condutor dos candidatos a vereador) e não a ambição política de fazer carreira ou mesmo de tirar vantagem do cargo (como é a intenção de boa parte dos candidatos).

Mas por outro lado infeliz, não têm grandes possibilidades de se eleger diante dos comerciantes locais, dos profissionais liberais q têm mais grana pra tocar suas campanhas. Gente q se elege com assistencialismo populista e vai se juntar aos vários vampiros que ocupam cargos eletivos por aí afora.Enquanto isso... continuo sem candidato... Pra prefeito o Bittar se esforça pra me convencer a votar nele. Pra vereador, sei não. Os candidatos locais são sempre os mesmos, comprometidos com meio mundo de gente q não ta nem aí pro bem estar da comundiade... Até agora, INFELIMENTÌSSIMAMENTE, meu votos são nulos.

terça-feira, agosto 24, 2004

Besouro To-li To-lá x Caco, o Sapo

Minha moral já era. Minha pretitude tb já era pelo visto. Após João Goiano ter me enviado mensagem dizendo q parece o Besouro Japonês da Cobrinha Azul, vêm a Fernanda Mãe e fala q pareço Caco, o Sapo, dos Muppets. Vejo q minha 'lasquidão' só aumenta na mão desses furibundos q me conhecem e lêem esse bagulho de blógue.

Vamos explicar: eu não sou azul, eu não sou verde, eu sou preto. Não sou besouro, não sou sapo, sou Vicente.

Sou preto, pobre e suburbano. Tem q desenhar ou já tá explicado?


Nunca fui tão chamado de mané na minha vida

O pior é geral tem razão. Na qualidade de furibundo enviei mensagem pra camaradagem avisando q estou sem celular e pedindo pra q enviassem seus telefones de novo pra mim. Alguns têm seus números na minha agendinha de papel, q tá até sumida, mas dou um jeito de achá-la. Enquanto outros só estavam lá, no infeliz e falecido aparelhinho.
Invariavelmente chegam respostas me qualificando como mané. O pior é q todos lembram q eu mesmo enviei mensagem há algum tempo avisando da perda do molecular. No dia seguinte, mandei outra mensagem avisando q tinha achado o tal aparelho. hehe.
Mas outros amigos mais fofos já me chamaram singela e carinhosamente de otário, como Vivi Queridos, e até mesmo de imbecil, vindo do poço de gentileza q é o Erick Cheetos. Tô bem servido de camaradagem, né.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Sem celular

Após sensacionais recuperações do meu aparelhinho, estou sem ele. Ontem a noite a pequena criatura tecnlógica foi ao chão e morreu. A tela da criança parece ter um grande borrão. Ele nao liga, nao faz nada. Já era. Muitos telefones eu só tinha lá, insiste nesse erro mané de não passar pra agenda de papel. Agora tenho q contar com a benevolência da camaradagem em enviar os números de novo pra mim.

Ser mané é mó malice...
Registro triste, o falecimento de um camarada

Internet, e-mails, listas de discussão são coisas recentes, né, dão informes rápidos, as vezes furando os outros meios e tal. Por vezes os amigos nos informam do nascimento de filhos, de suas festas de aniverários, de outros eventos, dos mais variados tipos. Só q nesse fim de semana recebi a notícia por esse meio tão ágil do falecimento de um camarada, o Osmar. Foi tão estranho. Tão, tão estranho. Mégui, que tá lá na Califórnia, enviou a primeira mensagem dando conta q o camarada pernambucano tinha sido vítima de um acidente de carro. Confesso q pela crueza da informação fiquei meio sem levar a sério, mesmo tendo toda a certeza q Mégui nunca brincaria com isso.
Mais mensagens foram chegando à lista e fui lendo uma por uma... Era verade, Osmar de Andrade morreu em um acidente de carro em Porto Velho, onde estava morando... Foi na noite de quinta-feira. Puts, o q falar numa hora dessas? E-mails por vezes são coisas tão impessoais e receber uma notícia assim é de uma estranheza q chega a ser cruel.
Confesso q chorei. Pô, a última lembrança do cara é de Recife. Nos encontramos no Marco Zero durante o carnaval. Ficamos tomando cerveja, falando da vida, falando bobagem, curtindo um com a cara do outro. Pouco depois, na quarta-feira de cinzas nos encontramos, de passagem, pelo Anjo Solto, no Pina. Pois é, foi a última vez. Deixemos ficar na memória das lembranças do sujeito q ficou meu camarada (e de um bando de gente) quando éramos todos ligados a Enecos nos idos de 94 a 96. Chamávamos, só de molecagem, de Macunaíma por ser mulato e baixinho...
Ir pra Pernambuco era quase certeza de esbarrar com ele, foi assim por anos. Engraçado, quando fui passar carnaval lá numa casa organizada por ele, em 99, foi a vez q menos foi visto. O maluco tava trabalhando tb, vivia fora o tempo todo.
Bom, q o companheiro esteja junto à Força agora.

sexta-feira, agosto 20, 2004

Em 27 de outubro do ano passado eu postei:

Bangu cinematográfico
Há tempos esqueço de escrever isso. Além de ser quente, de ter complexo penitenciário, ridículas passarelas com esguichos d´água, escadas rolantes na estação de trem, Bangu tb tem coisas q podem ser interessantes. O aprazível bairro da Zona Oeste carioca foi cenário para a gravação de Olga, aquele filme sobre Olga Benário Prestes. E onde foi o presídio? A Fábrica Bangu, antiga Fábriga Progresso Industrial, q permitiu o crescimento do bairro do início do século passado pra cá.

Pois é, o filme entra em cartaz hoje e espero q todo o furibundo q ler essa josta lembre q meu bairro tb serve pra locação de cinema.
Isso aqui é muiiiiito legal. São comerciais de quando o papa fazia catecismo... Só coisa velha, mas muito, muito antigas. Recebi ontem por e-mail e não tinha postado ainda.

http://sampa3.prodam.sp.gov.br/ccsp/tvano50/video_200k.asp?codigo=68


Eu mereço...

Tinha um sujeito q eu sempre encontrava na estação Mangueira quando voltava pra casa de trem. O sujeito fazia Letras na Uerj e pegava o trem pra Japeri. Não sei pq pôs na cabeça q eu era igual ao besouro japonês do desenho da Cobrinha Azul. Nessa brincadeira começou-se a falar na faculdade q eu realmente parecia com o tal besouro. Hoje, João Goiano achou o Mofolândia e me mandou essa imagem:


Dizendo q "me achou". Valeu aê. Esses são meus amigos furingudos me impregando quadno tô quietinho...

Mas, na boa, não tenho nada a ver com o tal besouro, mas deixa rolar....
O mundo tem gente boa pra cacete, não são apenas os fura-olhos q habitam a superfície desse planeta. Tem muito furingudo, muito bucha-rachada q gosta de fazer sempre suas judariais, é verdade, mas tem outros q são força amiga sempre. Esse pôste bem q podia ser mais um da série 'ser mané é', mas optei por fazer diferente.
Ontem, voltava eu pra casa, baleadaço (entenda-se, cansado) e chapei lindamente no 393. Dormia como um neném. Só q o mané aqui tinha posto seu talão de cheques e o talão dos tíquetes refeição (os vulgos tíquis) no mesmo bolso, sabe-se lá porquê. Em dado momento, eu ia sentado, com os olhos fechados sentindo o ventinho no rosto q vinha da janela um pouco aberta quando uma mão empurra meu ombro e depois traz até meu campo de visão os talões. Puts, caíram do bolso enquanto eu nanava. O cara fez o favor de me acordar e me entregar. Catei tudo e joguei dentro da mochila. Imagina se ele nao tem essa gentileza? Só hoje de manhã eu ia dar falta das paradas.
Aí, se todo mundo fosse assim, esse lugar aqui seria muito mais legal, né, não.
Hoje foi só abrir o jornal e ver lá q o senhor Bush andou usando a imagem da equipe de futebol do Iraque na sua campanha eleitoral, disse q eles só estão lá pq sua ação militar levou democracia ao país. Ah, faça-me o favor, né. Democracia? Invadiu o país dos caras, massacra o povo dos caras e sai dizendo por aí q isso é legal.
Boa foi a declaração do jogador iraquiano Ahmed Manajid:
— Se não estivesse aqui jogando futebol, com certeza estaria lutando com a resistência. Quero defender minha terra. Se um estrangeiro invadir a América e seu povo resistir, isso significa que ele é terrorista?
É isso aí, assino embaixo. Assino e ainda fico torcendo pra eles ganharem medalha no futebol em Atenas.
A matéira tá aqui.

quinta-feira, agosto 19, 2004

Surtos comprativos sambísticos

E não é q meti a mão no bolso pra comprar pra mim Tudo Azul, da Velha Guarda da Portela? Há anos olho pra ele e repito pra mim "quanto tu ficar mais barato te levo pra casa". Após tanto tempo de espera enchi o saco de esperar, fui lá e levei o tal cd azul pra casa.

Aí, de lambuja, passei por outro canto e tava lá Dona Edith do Prato, baiana de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Dona Edith é amiga de Dona Canô, a progenitora de Bethania e Caetano. O q fiz? Meti a mão no bolso e levei pra casa tb. A vovó baiana é sensacional, cantadora do bom e velho (mas velho mermo) samba de roda do Recôncavo. Show de bola.

Aí, por fim, bundeava por uma livraria, meio de bobeira olhei pro Sambeabá, livro em q Nei Lopes, fala da origem e caminhos tomados pelo samba. Menti a mão no bolso de novo e vlau. Comprei.

Puts, e o pior é depois reclamo q to sem grana...
Hoje fui tomado por uma mega preguiça pra postar. Aí, na qualidade de aba q sou e nunca neguei, vou publicar duas notas: uma q saiu na Gente Boa e outro, no Ancelmo. Ambas do Globo.

A Gente Boa, coluna em q trabalha camarada Jófilo, dá hoje que a Mocidade, minha feliz escola de samba, vai sair dessa te ter a Intrépita Trupe na comissão de frente. Vai botar a pretitude local abrindo os desfiles de novo. Ah, muleque. Já é. Salve a Mocidade!

Volta dos ‘negões’
A Mocidade Independente não quer mais comissão de frente profissionalizada, com acrobatas, artistas circenses e que tais. “O pessoal não tinha amor à camisa”, diz Paulinho do Ouro, vice-presidente. “Vamos voltar com os negões.” Os 15 “negões” da comissão de frente serão escolhidos num concurso. Pré-requisitos: mais de 1,90 m, morar na Zona Oeste e ser negro como as asas da graúna.

E o Ancelmo, por sua vez, dá hoje q os preços do Circo Voador vão baixar. Aí, na boa, gosto muito do Circo. Vi muito, mas muita coisa legal por lá, tenho um enorme carinho por aquele lugar, mas R$24 contos é sinistro, né? Carão. Ainda mais se eu for de carro, pq embora já tenha voltado inúmeras vezes de 393 durante as madrugadas pós shows na Lapa, não vou ficar no perrengue e deixar Ervilhão na garagem só pra economizar.

Deflação na Lapa
O Circo Voador ouviu as preces da turma da coluna e, devagar, vai baixando seus preços. Agora, aos sábados, até 1h, o ingresso é R$ 15 (passava de R$ 20!!!). E, na Domingueira Voadora, até 23h30m, homem paga R$ 15 (pagava R$ 20) e mulher R$ 10 (era R$ 15). Deus seja louvado!

quarta-feira, agosto 18, 2004

Esqueci de completar... Há uns dias postei sobre os traficantes q tomaram o comércio de drogas numa comunidade em Senador Camará, Zona Oeste carioca. Pois bem, os tais traficantes escreveram nas paredes várias mensagens de louvor a Deus e tal. Mas o curioso q foi contato: após tomarem os pontos de venda de drogas, puseram seus ternos, pegaram suas bíblias e foram orar pra agradecer a vitória.

Eita, sinistraço...

terça-feira, agosto 17, 2004

Amanheci com essa música na cabeça, é bem singela, mas eu adoro, é do Alvaidade, falecido portelense q era membro da Velha Guarda da escola. Trouxe até o CD pra escutar durante o dia.

O mundo é assim
Alvaiade

O dia se renova todo dia
Eu envelheço cada dia e cada mês
O mundo passa por mim todos os dias
Enquanto eu passo pelo mundo uma vez
A natureza é perfeita
Não quem possa duvidar
A noite é o dia q dorme
O dia é a noite ao despertar
Cobertura escrota e irritante

A cobertura feita pela imprensa internacional e repetida pela nossa sobre o plebiscito na Venezuela sobre o governo Chavez é ridícula Parcial, irritante, comprometidaça. Só se vê matérias dizendo q a oposição contesta o resultado, q oposição quer impugnar a votação, q oposição diz q houve fraude. Tá, tá bom. A oposição tá batendo pé pq perdeu, ora. E cadê o outro lado da história? O lado da situação q venceu?

Enquanto isso os tais observadores internacionais estão validando a tal votação. Os mesmos observadores internacionais q foram convidados com aval de ambos os lados. P q nao se dá o mesmo espaço a esses observadores quadno eles defendem o processo eleitoral?

Só q tem uma questão, Hugo Chávez, o truculento presidente venezuelano peitou o capital estadunidense. Cantou alto e desagradou em cheio às elites ligadas ao dinheirinho q vem do norte. Entenda-se grandes empresários, donos de jornais, a burguesia da Venezuela em geral. Daí vem todo o questionamento. Já tentaram dar um golpe no cara, tiraram ele do poder e nao foi q Chávez voltou?

Pode-se criticá-lo por vários coisas, mas ele têm uma inegável força popular. Peitou o poder do capital, a empáfica estadunidense em seu país e tá rebolando muito pra segurar a onda. E tá conseguindo segura, isso é q é o detalhe importante.

Mas a imprensa brasileira, os nosso colegas daqui, podiam (e podem muito bem) dar um volta nisso. Será q as fontes de informação são sempre essas comprometidas? Não há outras? Cara, se o Chávez venceu a tal consulta popular, a maior parte da população está do seu lado. Vamos procurar dar voz a esses caras q o fizeram vencer, ora.

Tô bolado com isso tudo. Vamos fazer jornalismos direito.

segunda-feira, agosto 16, 2004

Hei! Hei! Pára! Pára! Pará!

Essa bundice de Preto, pobre e suburbano tem mais de dois ano, é isso mesmo? Eu devo estar muito desocupado mermo. Acabei de dar uma olhada, criei essa péla-saquice em 29 de julho de 2002. Já é dia 16 de agosto de 2004 e continuo mantendo essa bobagem no ar. Não sei se mereço parabéns ou um 'toma vergonha nessa cara'. Ah, caguei!

O PPS continuo no ar e vai seguindo ate´eu encher o saco e deixar ele no cantinho como brinquedo q já não tem graça.

É isso.

Será q alguém ainda lê isso? Será q os primeiros insanos q leram esse bagulho ainda têm saco pra vir aqui?

Haha. Botei de azul pra geral ler.
Irmão-Léo foi na noite de ontem para o Largo da Igreja, em Bangu. Foi com Seucarlosmóvel, o carro do progenitor. Como meu aprazível bairro é meio q uma cidade do interior, a praça da igreja é o ponto de encontro da molecada local. Aí, quando o indivíduo volta pro carro vê a judaria q fizeram: roubaram a roda dianteira direita e o estepe do carro. Cara, como é q pode? O moleque botava o carro (Ervilhão ou Seucarlosmóvel invariavelmente no mesmo lugar, na Avenida Cônego de Vasconcelos, meios atrás da igreja). Ontem, lascou-se. Os ladrões abriram a mala, possivelmente com uma chave mestra, e levaram até o estepe. Como Irmão-Léo não é quadrado, arrumou um pneu emprestado, tirou um parafuso de cada roda até chegar em casa. Mas agora tá com a cabeça inchada pensando na encheção de saco e no preju q virá pra pagar as rodas.

Coitado do moleque, vou dar uma moral pra nao amargar esse prejuba muito cru. Mas, puts, é impossível q ninguém tenha visto. O lugar é super movimentado e nenhum furingudo souber dar qq informação. Eita gentezinha bunda e esquiva q vê uns manés furando o olho dos outros e fica assistindo calado.
O Vicente Olímpico

Desde o fim de semana procuro acordar mais cedo pra ver as competições. A diferença de seis horas entre Rio e Atenas complicam, mas a gente procura dar sempre uma olhadinha, nem q seja pela internet. Pena q até agora nenhum braseileiro tenha conseguido uma medalhazinha sequer. Mas como sou torcedor amarradão, sigo acompanhando.

Até agora algumas coisas me fizeram sorrir nesses jogos, como as improvável boa participação até agora do Iraque no futebol (q venceu as duas partidas q jogou, inclusive a seleção portguesa - sempre favorita q leva lambada) e a derrota do basquete estadunidense pra Porto Rico. Derrota, diga-se de passagem, de lavada.

E o Mais Querido, hein?
Tava na rua no sábado, pilhadaço pra ir ao Maracanã ver o Flamengo jogar, mas arreguei. Ia ficar meio apertado sair de onde eu estava pra chegar ao estádio. Pena. Teria visto o meu time vencer o azuis do sul por três a zero e sair da lanterna. Enfim sair da lanterna. Hehe. E terminou a rodada em 20º lugar. É só ganhar um joguinho ali, outro aqui q a gente não paga o mega-mico de cair pra Segundona.
Passando por um templo no caminho de casa, após ter vazado do trem na noite de sexta-feira, ouço algo q me assustou:

"Rezemos para q o senhor mande seus anjos com suas espadas de fogo para cortar essas correntes. Para nos libertar dessa feitiçaria, dessa 'macumbaria' que alguém deve ter feito no cemitério, pondo seu nome dentro de um crânio. Feita por alguém q jogou um pozinho na sua comida, na sua bebida ou na sua casa...".

Confesso q até acelerei o passo pra nao escutar o resto. Peralá, companheiro? O q é isso? Um culto ou uma celebração ao medo? O naipe das paradas q o cara falou é assombrosa pela criatividade macabra. Por o nome num crânio no cemitério?! Acreditar q alguém botou alguma coisa na comida por feitiçaria? Ah, amigo, vá caga no mato e pára de impregnar a vida alhei com bobagem.
Velha Guarda da Portela na Central

Indo embora na noite de sexta, após caminhar até a Central, uma surpresa: apresentação da Velha Guarda da Portela, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Mauro e Marquinhos Diniz (os filhos do Monarco). É, digamos, uma prévia do Samba do Trem. Pô, fiquei amarradão. E nao é q foi maneiro? Enquanto a Velha Guarda mandou seus sambas mais clássicos, mesmo caminho seguido pelo Mauro Diniz, os Marquinhos (de Oswaldo Cruz e o Diniz) seguraram no partido alto. Chamaram pro palco até o Barbeirinho do Jacarezinho q tava na área. Engraçado, o Diniz e o Barbeirinho tem várias músicas q emplacaram na voz do Zeca Pagodinho e pouco se conhece a cara dos indivíduos. Agruras de compositor, né. Valeu, uma bela celebração do samba e do subúrbio carioca.

sexta-feira, agosto 13, 2004

Links aloprados que chegam pra mim.

1 - Avaiana de pau. Que é cruel como poucas coisas. Feito pelos mesmos loucos q criaram a Bonequicha.

2 - Como o Windows funciona.

Deu no Acelmo hoje:

Otário é o...
Outro dia, em Búzios, a praia dos bacanas no Rio, dois gaiatos decidiram zombar de uma dupla de gravata na orla: “Olha! Otários de terno!” E caíram na risada. Os “otários” eram João Carlos de Souza Corrêa e Leandro Navega, juiz e promotor da cidade. Ontem, os gaiatos foram condenados pelo desacato a pintar as grades do Fórum de Búzios.

haha.
Celular pra q, né?

Justo quando passei mal procurei ligar pros celulares da família. Pai e mãe não atendem o aparelho. Eu me pergunto pq eles têm. É impressionante. O bichinho vive desligando e guardado. Só ligam o aparelho quando querem fazer uma chamada. Eu, hein.

O pior é q isso parece ser meio sintomáticom os pais dos amigos.
Após ter passado mal na quarta-feira, ido pra casa mais cedo, ter ficado de molho na quinta-feira, cá estou eu de volta. De volta ao Centro do Rio, ao escritório e ao trabalho.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Hoje é um daqueles clássicos dias em que, se pudesse, eu voltaria pro saco do meu pai. Tudo começa errado, truncado, embolao, apressado. Nem cheagamos a meio dia e a chapa está quente em vários setores.

O alento é q hoje teremos Eddie e Nação Zumbi. Os shows rolam no Canecão. Quero ir.

Vou até abrir mão do jogo do Mais Querido, contra o Cruzeiro lá. O q nao quer dizer q eu tenha desistido de acompanhá-lo no Brasileirão.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Pílulas de preconceito

No Trabalho
Num dia desses, na semana passada, lá ia eu no elevador da empresa rumo ao térreo. Parou no meu andar, o 11º, o elevador cheio das meninas da faxina. Faladoras, sorridentes e de azul, parecia um grupinho de smurfetes de tão pequenininhas. Entrei com elas e lá fomos descendo. Chegou no sexto andar e o bicho parou. Abriu-se a porta. Uma engenheira da casa, especialista em sei lá o q, estava esperando. Ela deu um passo a frente, na direção do elevador já aberto. Olhou pra dentro, viu as meninas de azul, deu um passo pro lado e saiu de fininho. Apertou o botão pra pegar o próximo. Cara, se negou a pegar descer com as smurfetes da faxina! Q absurdo!

Na Lapa
Sábado tava eu na Joaquim Silva, na Lapa. Sempre a Joaquim Silva, rua onde todo tipo de tribo de aglomera. Os forrozeiros, o povo do hip hop, tem uns mauricinhos, os descolex, rola até um samba por aqueles lados. E, claro, os alternativex q tao sempre curtindo o mesmo repertório (Doors, Bob Marley e por aí vai). Aí, nessa, rolam momentos muvuca. Geral passando de um lado pra outro. Num dessas, veio um senhor, diria q nao da forma mais educada, furando o bloqueio. Puxava aparentemente sua esposa e uma criança. Pois bem, ele passou pelo bolo. Eis q, de trás do Vicente, no meio do bolo, uma menina descolex, daquelas q eu encontro às pencas nos forrós, mandou :"Tinha q ser 'paraíba', né. E ainda tá no lugar errado, devia estar lá na Feira dos 'Paraíbas'". Ah, tá. A tal feira é da de São Cristóvão, q eu muito gosto, point da colônia nordestina local. Mas, pera lá, a gente não enche a boca pra falar q a Lapa é o canto mais democrático da cidade? P q o cara deveria estar na feira dos 'paraíbas'?

É, sei nao, é essa mesma juventude q vai elegendo seu Cesar Maia por anos seguidos com seu pensamento direitista q só privilegia a galera com grana, segrega de forma velada o subúrbio e os pobres. E depois tenho q ouvir q o classita sou eu. Sou e nao nego. Pior quem é, faz doce e nega.
Vamos começar a semana sorrindo...

Enfim o Mais Querido do Brasil venceu. Após cinco jogos fez um gol! CINCO! 5 x 90= 450 minutos sem gritar gol. Né mole, não, mané. Enquanto isso... lá ia o Flamengo tomando um golzinho, ali, outro aqui e segurando a lanterna do campeonato. Perder faz parte, é verdade. Ninguém gosta, mas acontece. Mas perder sempre sem ao menos fazer um gol é q dói demais. Ontem, com a ajuda do nosso padroeiro São Judas Tadeu, lá foi o Flamengo rumo a mais um vitória. É o lanterna ainda, é certo, mas acredito q vá se levantar. Sou torcedor, não nego, e me mantenho esperançoso.

Não sou fã do Paulo César Gusmão, acho o Abelão menos ruim que o novo técnico, mas fazer o q? Ele comanda o meu time, não vou torcer contra.



E o Dimba? Q continue fazendo sempre seus golzinhos.

SRN.
Esse é o post de número 1.800. Uau, como tá durando esse blógue.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Forrobodó for all

Devo ir lá no domingo. Se eu nao me enrolar, apareço no Cine Buraco pra ver o vídeo das Ludmilla e da Nira (q encontrei em São Paulo na semana passada), q são uns amores. Tem festa de lançamento por lá, começa às 19h30.


Ah, roubei a imagem do blógue da Maria Cristina. Acho q ela nao vai se importar.
Durango de novo, mas por surtos cumpulsivos comprativos
Tô chocado. Acabo de fazer contas, só em livros gastei 280 contos. Duzentos e oitenta!!! Tô lascado. Td bem q foi livro de internet, Comunicação, literatura e tal. Mas, cara, quanto dinheiro! Aí eu fico durango e nao sei o porquê. Chibatadas no Vicente.
Eu to chocado, né. Mas já andei gastando mais comprando minhas camisas de times de futebo, né.

Caminhando para entrar na faca

Constantemente vinha ouvido reclamações em relação aos roncos do Vicente durante a noite. Como não ouço mesmo, cago literalmente pra parada. Eis q as reclamações aumentaram conforme fui ganhando peso. Pois é, agora to perdendo, hehe. Mas pra garantir fui o otorrinolaringuologista. Uau. Acho q acertei. Sabe o q ele disse? Q tenho q entrar na faca pra pra tirar umas paradas a mais na garganta e no nariz. Pânico. Medo. E aí? Ele disse q vou dar um jeito no ronco e melhora minha respiração.... Hmmm.... sei não... tô boladaço.

quinta-feira, agosto 05, 2004

E pra dizer q nao falei do Mais Querido...

Tá difícil, como tá difícil. Eu sou torcedor, nao nego. Mas tá complicado demais. Dimba, q é ruim q só, e chegou sendo encarado como salvador da pátria, mal tocou na bola ontem. Negreiros? Bom, é pior q o Dimba, mas nao fizeram carnaval algum em cima dele. Mas o q eu falar sobre o Felipe? Deu piti, foi expulso e se achou com a razão.

Ontem falei pra minha mãe e ela riu. A gente devia criar uma norma, se o cara jogar mal, fizer cagada e entrar numa de corpo mole, leva chicotada no lombo pra deixar de ser otário.

Eu nunca tinha visto do Mais Querido lanterna. Insisto em acreditar q ele vai dar a volta por cima e vai subir na tabela. Torcedor é um problema, sempre tem fé, ainda mais quando o padroeiro rubro-negro é São Judas Tadeu, aquele mesmo, das causas impossíveis.

SRN.
A política do Rio de Janeiro dá nojo, sabia? O Globo deu essa logo como manchete.


Fome de votos

Alan Gripp, Elenilce Bottarie Maiá Menezes

Com apenas dois meses de existência, o programa do governo Rosinha Matheus (PMDB) que prevê a distribuição mensal de cem mil cestas básicas a famílias carentes já provocou uma avalanche de denúncias (mais de cem até o momento) à Justiça Eleitoral sobre uso da máquina em campanhas políticas no interior do estado. Em duas semanas, foram apreendidas pelo menos sete mil cestas básicas que, segundo as denúncias, estariam sendo distribuídas a eleitores por candidatos do PMDB ou aliados do governo do estado. O orçamento do programa é de R$ 35 milhões para este ano.

A distribuição das cestas básicas faz parte do Nutrição 10 e inaugura nova fase na Fundação Leão XIII, órgão do governo do estado subordinado à Secretaria de Ação Social e responsável até agora pelo atendimento à população de rua. O secretário de Ação Social, Fernando William, afirma que o programa estava previsto desde o ano passado, mas somente em fevereiro deste ano foi feita a licitação para a sua implantação. William reconhece que o projeto pode estar sendo usado por candidatos com fins eleitorais, mas alega que isso acontece sem o consentimento do governo.

— Eu sou franco: todas as ações de governo têm a possibilidade de ser capitalizadas por alguém que é candidato. O que o estado tem que fazer é tirar dele (candidato) a distribuição. Se chegar a mim a denúncia de que alguém recebeu ou deixou de receber a cesta porque votou ou deixou de votar, o responsável será punido — disse Fernando William.


A matéria na íntegra tá aqui.
Exploração da pobreza no período eleitoral
O período eleitoral serve pra ver como tem político querendo continuar na bocada, como tem gente com grana e como essa gente com grana explora a miséria da população. Duvida? Então como existem trocentos cabos eleitorais usando camisetas e bandeiras por aí? Os tais cabos, chamados tb de militância paga, só sabem que os candidatos q defendem moram no bairro tal (ou ao menos têm casa por lá), têm o número tal e pronto. Poucos sabem da sua história política, do q fazem pra estar ali, sendo candidatos a um cargo eletivo ou mesmo, no caso de já terem ocupado cargo eletivo, o q fizeram. É de uma cegueira só.
Os cabos eleitorais entram no jogo invariavelmente por interesse pessoal, geralmente estão subempregados ou desempregados e topam a campanha pra tirar algum e, se o candidato for eleito, ambicionam seguir como um tipo de comensal do então vereador, deputado ou seja lá o q for. Mal ou bem, mesquinha ou não, é um tipo de esperança. Esperança fomentada pela miséria. Pobreza na forma de pensar e mesmo pra se manter e a própria família.
Enquanto isso, os candidatos com grana seguem explorando essa forma de pensar dessas pessoas simples e sua ambição desprovida de crítica. Os candidatos podem até dizer q estão sendo altruístas, como já vi. Não sei se pensam ou dizem só da boca pra fora, mas vem aquele papo de estar ‘dando uma oportunidade’ pro cabo eleitoral, ‘permitindo q ele faça algo de útil’ e tal. Útil pra quem?
Sei não, sei lá. Entristece ver gente correndo atrás pra eleger um sujeito q ele mal conhece só pq o candidato lhe dá uma graninha (q nem chega a um salário mínimo), umas camisas, uns adesivos e uma bandeira. Mal sabem os próprios cabos eleitorais q estão dando um tiro no pé, tão lutando pra eleger um cara q vai virar as costas pra ele, cagar andar pra sua família, bairro ou comunidade.
A cada vez q passou por alguém me dando um santinho na rua, q vejo um time de futebol com camisa de um candidato, cartaz anunciando uma festa ou churrasco bancado por um desses caras fico engasgado e me perguntando até quando isso vai durar? Os tais candidatos de grana querem se aproveitar e tem gente se oferecendo pra ser ‘aproveitada’.
Vou ver esse país mudar? Não sei se vou, mas meus filhos, meus netos, quem sabe? Acho q a realidade já foi pior. Tá ruim, mas ta melhorando. Tenho fé q um dia as pessoas não vão topar ser usadas dessa forma. Ter fé o q me resta, né.
Tenho andado muito pouco impregnante com as coisas q acontecem por aí. Vou voltar a ser chato como d´antes. Acho q assim volto a me empolgar em manter esse parada de blógue no ar.
O ‘Traficante de Deus’
Alguém já viu um ‘traficante de Deus’? Pois é, no Sapo, comunidade carente em Senador Camará, bairro ao lado de Bangu, tem um. O cara é chefe do movimento na área, só q se converteu. É um traficante evangélico. Situação estranha, né. O cara mandou escrever mensagens relacionadas a Jesus pelos cantos da favela, nas paredes e postes. Sensacional? Eu acho.
Como o cara pode ser religioso e continuar com o movimento, onde está implícito ser violento e até mandar outros sujeitos pros braços de Zé Maria? Esse mundo é muito doido mermo.
Só acho q é o risco q se corre com esse momento de banalização da religiosidade. Vamos ter fé, vamos acreditar q ser bom com o maluquinho do lado é bom pra todos (o q não depende de credo algum), mas vamos tomar cuidado pra não misturar as coisas, né.

quarta-feira, agosto 04, 2004

Hoje eu tô impregnante, postando toda hora. Deve ser por conta da tensão do dia. Ontem foi sinistro, hoje ídem.

Aí, aproveito pra puxar uma imagem gerada pelo companheiro Arnaldo, dono do blógue q pouco tenho acessado hoje em dia. A imagem nem é das mais recentes, mas vale.

Ser gente grande é muito estranho. Pus na cabeça q vou voltar a ser feliz, amarradão, curtidos, sorridente e tudo mais a q tenho direito. Ontem disse para Robertão, amiga de anos e anos e anos, q a amava. Não é q a mulé perguntou se eu ia me matar? Eu, hein. Pára com isso.

Mas logo após vc estar pilhadão, amarradão, sorridentão, vem uma notícia baixo astral. Um dos caras que mais me ajudavam com tecnologia nessa empresa onde trabalho foi degolado. Puseram um bando de coisas q não funcionam na conta dele. Injustiça é algo desanimador. Era o cara q fazia o setor andar e.... Vlau. Foi-se sua cabeça.

A vida segue, a do companheiro tb, mas é o tipo de coisa q faz a vontade de trabalhar ir por água abaixo.
Como sou abusado, tb tenho amigo abusado. E nao é q o bunda-rachada do Bol me pediu pra falar da máquina dele q tá vendendo. Nao realidade nem é dele, é da patroa dele, tb coleguinha. Mas tudo bem, vou usar essa josta de blógue como classficados. Eu, hein.

A máquina é essa, a imagem dá link pro Mercado Livre onde a parada tá cadastrada.
Pra que serve um blógue?

Pro mané do amigo q mora em Floripa e vazou do Rio te achar ao jogar seu nome no google. Fábio Bol, o Bol, q morava ali no Parque Leopoldina, em Bangu, era da máfia de Irmão-Léo. O mané cismou de ir estudar em Floripa, na UFSC. Tá lá até hoje passando frio.

O bunda-rachada troca de e-mail como quem troca de cueca. Aí, pelas tantas da vida me achou e me escreveu. Em tempo, Bol é dono da minha casa avançada em Santa Catarina onde já me hospedei por duas vezes. Nunca neguei q era abusado mermo.

Olha só o q mané me escreve:
"Cara como estou com saudades da galera Sangue bom aí do Rio!!!!!
Até curioso o modo de como encontrei o seu email...pois é tinha perdido
denovo....

vc é um cara privilegiado rsssss pode até botar isso no seu
blog.....diga-se
de passagem q dei muitas risadas aq no trabalho lendo o blog.
não é toda pessoa q a gente acha tão fácil pelo site do google..isso
mesmo...lá q achei o endereço do seu blog e seu email..... não
acredita????
é só procurar por:
"vicente magno" (note q é com aspas!!!)

cara famoso é outra coisa...rsssssss
vc está de parabens pelo blog......retrata mesmo a realidade q se vive
aí no rio dei risada paca com o texto de hj... q fala sobre nosso amigo e irmão
Leo (Vulgo mestre Ioda)"


O cara perdeu meu e-mail pela quarta ou quinta vez! Merece o q? Bico na canela, claro. Bom, espero q o furingudo não perca meu endereço de novo.

Salve, salve Bol, furingudo q some, aparece, some, aparece, some, aparece e por aí vai...
Irmão-Léo que é sangue-bão, mas me zoa, ainda completou. É carteira de bacana q nao usa moeda. Gente q tem carteira assim joga as moedas fora ou dá por aí.

Ah, tá. Ele sabe q pegando ônibus e trem (com passagens quebradas em centavos) o q mais circula pela minha mão são os pequenos artefatos redondinhos de metal.
Ser mané é...

Ver sua carteira super antiga arrebentar quando se está em São Paulo. Tomar cuidado pra nada pular dela na sua estada longe de casa. Comprar outra carteira, já no Rio, pra nao ficar no perrengue. Chegar em casa e no momento da "transferência de conteúdo" se dar conta que vc, q usa moedas à vera, nao tem mais onde colocar as pratinhas pq a nova não lugar pra enfiá-las.

terça-feira, agosto 03, 2004

Qual o furingudo ficou com meu CD da Furacão 2000? Pô, a capa é de uma blz fenomenal, é impossível confundi-la.

Cadê? Cadê? Clássicos como o Rap do Silva ("Era só mais um Silva q a estrelha na brilha, ele era funkeiro mas era pai de família") estão nele.

Alguém, por favor, devolva, dê uma pista. É uma perda lastimável. Será q vou ter q voltar à loja da Furacão no Madureira Shopping pra comprar outra vez? Injustiça...

segunda-feira, agosto 02, 2004

Falou dizer que

O meu celular ficou frenético na noite de sexta-feira. Geral lembrou de mim, geral me ligou, todos queriam ir ao mesmo lugar: Praça Mauá, era dia de samba do "Escravos da Mauá, me leva com vc, a liberdade é razão pra se viver". Pois é, boa parte achou q era piada ao ligar pra mim e ouvir "tô em São Paulo". Alguns até lamentaram a minha má sorte, hehe. Pois é, obrigado pela lembrança de todos, enquanto geral se preparava pro samba, eu tava saindo da Paulista e rumando pro Bexiga. Vá entender essa cabeça aqui.
Enfim, foi isso

E não é q na volta ainda mostrei pras figuras como ir de lá até a Avenida Angélica? Ixpetáculo esse carioca mostrando como se anda por São Paulo. Haha. Tá bom, é perto, mas e daí? Eu sabia chegar e cheguei.

Claro, comi pizza no Bexiga na sexta. No sábado, Nanni, camarada força amiga demais me levou pra esbórnia. Fomos para no Itaim, numa casa de estilo australiano chamada... Kia Ora, se não me engano. Show. Nanni é show. Lugar maneiro, música maneira, tudo na boa. O sujeito ainda me deu um mega bonde pro albergue. É o cara.

Trocando em miúdos foi isso.
Não, eles não sabem dar informação

Olha, deve ser cultural. Os caras são incapazes de dar informação com correção. São, são mesmo. Quem não concorda pode espernear, fazer beicinho, me mandar e-mail me esculachando. Mas paulista não sabe dar informação, cara. É surreal.

Eu ia encontrar Nira, figurinha adorável q foi minha caloura na Comunicação da Uerj (e quem não foi meu calouro na Comunicação da Uerj, né). Ela estaria na Benedito Calixto tomando cerveja com uma galera. Abelhudo q sou, fui até lá. Perguntei como fazer pra ir da Praça da República até a Benedito Calixo. Foi dito: “pegue o 7222, ele vai da Estação da Luz pra Pinheiros. Passa por lá. Pegue na República do lado da Ipiranga.”.

Fui até onde seria o ponto. Ele não passava. Ninguém sabia da existência do ônibus. Ninguém sabia nada. Policia, jornaleiro, camelô. Ninguém. Pode até ser má vontade com meu sotaque, mas ninguém disse nada.

Após vinte e cinco minutos de buscas sem sucesso pelo ônibus, fui pro metrô. Estação República, Anhangabaú, Sé. Baldeação, pulei pra linha Norte-Sul, a linha três, azul ou como a identificarem. Estação Liberdade, São Joaquim, Vergueiro e Paraíso. Outra baldeação, Linha 2. Estação Brigadeiro, Trianon-Masp, Consolação, Clínica. Epa, cheguei. Cheguei mais ou menos, ainda caminhei (numa descida, vamos combinar) por dez minutos pela Teodoro Sampaio até a tal praça. Facinho, né.
A base

A base acabou sendo o albergue, perto da Praça da República, do Largo do Arouche, quase fazendo esquina com a Avenida São João. Eu, curioso, fui ver a tal cruzamento entre a mesma São João e a Ipiranga que o Caetano cantou antes de vir morar pros lados do Rio.

No albergue, só gringo. Um deles, q tava no meu quarto, um alemão q falava espanhol. Só nos falamos duas vezes. Quando eu chegava, ele dormia. E vice versa.
Esse suburbano carioca por São Paulo

Muita gente não acredita, mas é verdade. Sim, peguei minha folga e fui gastá-la em São Paulo. Fiquei de bob, brinquei de andarilho, conheci lugares novos, encontrei pessoas, muitas pessoas, tomei cerveja, andei várias vezes por dia de metrô pelas linhas 1, 2 e 3, dei informações pros paulistas que me pediram, recebi informações erradas dos paulistas a quem perguntei, fiquei triste por não encontrar todo mundo q eu queria ver, chamaram o Vicente de ‘meu’ até cansar e voltei pra santa cidade do Rio de Janeiro.

P q ir a São Paulo? Pq gosto daquele ar estranho e cosmopolita. Não é errado ser estranho, é errado ser escroto. E nem todo estranho é escroto.

Todas as vezes em que paro pra pensar que durante boa parte dos tão alardeados 450 anos da estranha cidade ao sul aquilo era uma vila. Uma típica cidade do interior q no início do século passado, com a ‘explosão do café’ virou um tremendo mafuá e cresceu.

Tenho q confessar, fiz um passeio turístico, o clássico ‘city tour’ pelo centro histórico da cidade, com guia e tudo. Sim, há um centro histórico. Igreja de São Bento, ao lado do Vale do Anhagabaú, Pateo do Collegio (onde o Anchieta fundou aquilo lá), a Catedral da Sé (há anos passava por baixo – na estação do metrô – e nunca tinha entrado lá), Igrejas da Ordem Primeiro e da Ordem Terceira de São Francisco de Assis (obras barrocas em pleno Centro de São Paulo). Subi no Banespão pra a cidade do alto, vi o Edifício Martinelli (q um dia foi o mais alto daquele pedaço) do alto, fui ver qual é o Teatro Municipal deles. Já fora do passei turistão, dei as caras na Paulista, apareci na Benedito Calixto, fui pra night (não, não vou pra balada, eu vou pra night) e tudo mais. Eu queria ter ido na festa de Nossa Senhora Achiropita, da comunidade italiana. Sem companhia, não rolou. Reza a lenda q as mamas caem dentro fazendo as massas na feira, bateu uma mega-curiosidade. É a cultura popular resistindo em meio a um lugar tão urbano. Fiquei curiosaço de ver. Quem sabe não volto ainda em agosto?

Mas, na boa, tudo, mas tudo prédio. Só prédio. Tem seu barato, é verdade. Mas senti falta das paisagens e do verdão q o Rio tem. Pô, mesmo da janela do meu quarto me deparo com uma enorme serra, a de Madureira, q separa a Zona Oeste do Rio da Baixa Fluminense.