Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, agosto 20, 2004

O mundo tem gente boa pra cacete, não são apenas os fura-olhos q habitam a superfície desse planeta. Tem muito furingudo, muito bucha-rachada q gosta de fazer sempre suas judariais, é verdade, mas tem outros q são força amiga sempre. Esse pôste bem q podia ser mais um da série 'ser mané é', mas optei por fazer diferente.
Ontem, voltava eu pra casa, baleadaço (entenda-se, cansado) e chapei lindamente no 393. Dormia como um neném. Só q o mané aqui tinha posto seu talão de cheques e o talão dos tíquetes refeição (os vulgos tíquis) no mesmo bolso, sabe-se lá porquê. Em dado momento, eu ia sentado, com os olhos fechados sentindo o ventinho no rosto q vinha da janela um pouco aberta quando uma mão empurra meu ombro e depois traz até meu campo de visão os talões. Puts, caíram do bolso enquanto eu nanava. O cara fez o favor de me acordar e me entregar. Catei tudo e joguei dentro da mochila. Imagina se ele nao tem essa gentileza? Só hoje de manhã eu ia dar falta das paradas.
Aí, se todo mundo fosse assim, esse lugar aqui seria muito mais legal, né, não.