Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 16, 2004

Irmão-Léo foi na noite de ontem para o Largo da Igreja, em Bangu. Foi com Seucarlosmóvel, o carro do progenitor. Como meu aprazível bairro é meio q uma cidade do interior, a praça da igreja é o ponto de encontro da molecada local. Aí, quando o indivíduo volta pro carro vê a judaria q fizeram: roubaram a roda dianteira direita e o estepe do carro. Cara, como é q pode? O moleque botava o carro (Ervilhão ou Seucarlosmóvel invariavelmente no mesmo lugar, na Avenida Cônego de Vasconcelos, meios atrás da igreja). Ontem, lascou-se. Os ladrões abriram a mala, possivelmente com uma chave mestra, e levaram até o estepe. Como Irmão-Léo não é quadrado, arrumou um pneu emprestado, tirou um parafuso de cada roda até chegar em casa. Mas agora tá com a cabeça inchada pensando na encheção de saco e no preju q virá pra pagar as rodas.

Coitado do moleque, vou dar uma moral pra nao amargar esse prejuba muito cru. Mas, puts, é impossível q ninguém tenha visto. O lugar é super movimentado e nenhum furingudo souber dar qq informação. Eita gentezinha bunda e esquiva q vê uns manés furando o olho dos outros e fica assistindo calado.