Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 16, 2004

Passando por um templo no caminho de casa, após ter vazado do trem na noite de sexta-feira, ouço algo q me assustou:

"Rezemos para q o senhor mande seus anjos com suas espadas de fogo para cortar essas correntes. Para nos libertar dessa feitiçaria, dessa 'macumbaria' que alguém deve ter feito no cemitério, pondo seu nome dentro de um crânio. Feita por alguém q jogou um pozinho na sua comida, na sua bebida ou na sua casa...".

Confesso q até acelerei o passo pra nao escutar o resto. Peralá, companheiro? O q é isso? Um culto ou uma celebração ao medo? O naipe das paradas q o cara falou é assombrosa pela criatividade macabra. Por o nome num crânio no cemitério?! Acreditar q alguém botou alguma coisa na comida por feitiçaria? Ah, amigo, vá caga no mato e pára de impregnar a vida alhei com bobagem.