Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, agosto 23, 2004

Registro triste, o falecimento de um camarada

Internet, e-mails, listas de discussão são coisas recentes, né, dão informes rápidos, as vezes furando os outros meios e tal. Por vezes os amigos nos informam do nascimento de filhos, de suas festas de aniverários, de outros eventos, dos mais variados tipos. Só q nesse fim de semana recebi a notícia por esse meio tão ágil do falecimento de um camarada, o Osmar. Foi tão estranho. Tão, tão estranho. Mégui, que tá lá na Califórnia, enviou a primeira mensagem dando conta q o camarada pernambucano tinha sido vítima de um acidente de carro. Confesso q pela crueza da informação fiquei meio sem levar a sério, mesmo tendo toda a certeza q Mégui nunca brincaria com isso.
Mais mensagens foram chegando à lista e fui lendo uma por uma... Era verade, Osmar de Andrade morreu em um acidente de carro em Porto Velho, onde estava morando... Foi na noite de quinta-feira. Puts, o q falar numa hora dessas? E-mails por vezes são coisas tão impessoais e receber uma notícia assim é de uma estranheza q chega a ser cruel.
Confesso q chorei. Pô, a última lembrança do cara é de Recife. Nos encontramos no Marco Zero durante o carnaval. Ficamos tomando cerveja, falando da vida, falando bobagem, curtindo um com a cara do outro. Pouco depois, na quarta-feira de cinzas nos encontramos, de passagem, pelo Anjo Solto, no Pina. Pois é, foi a última vez. Deixemos ficar na memória das lembranças do sujeito q ficou meu camarada (e de um bando de gente) quando éramos todos ligados a Enecos nos idos de 94 a 96. Chamávamos, só de molecagem, de Macunaíma por ser mulato e baixinho...
Ir pra Pernambuco era quase certeza de esbarrar com ele, foi assim por anos. Engraçado, quando fui passar carnaval lá numa casa organizada por ele, em 99, foi a vez q menos foi visto. O maluco tava trabalhando tb, vivia fora o tempo todo.
Bom, q o companheiro esteja junto à Força agora.