Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, agosto 05, 2004

A política do Rio de Janeiro dá nojo, sabia? O Globo deu essa logo como manchete.


Fome de votos

Alan Gripp, Elenilce Bottarie Maiá Menezes

Com apenas dois meses de existência, o programa do governo Rosinha Matheus (PMDB) que prevê a distribuição mensal de cem mil cestas básicas a famílias carentes já provocou uma avalanche de denúncias (mais de cem até o momento) à Justiça Eleitoral sobre uso da máquina em campanhas políticas no interior do estado. Em duas semanas, foram apreendidas pelo menos sete mil cestas básicas que, segundo as denúncias, estariam sendo distribuídas a eleitores por candidatos do PMDB ou aliados do governo do estado. O orçamento do programa é de R$ 35 milhões para este ano.

A distribuição das cestas básicas faz parte do Nutrição 10 e inaugura nova fase na Fundação Leão XIII, órgão do governo do estado subordinado à Secretaria de Ação Social e responsável até agora pelo atendimento à população de rua. O secretário de Ação Social, Fernando William, afirma que o programa estava previsto desde o ano passado, mas somente em fevereiro deste ano foi feita a licitação para a sua implantação. William reconhece que o projeto pode estar sendo usado por candidatos com fins eleitorais, mas alega que isso acontece sem o consentimento do governo.

— Eu sou franco: todas as ações de governo têm a possibilidade de ser capitalizadas por alguém que é candidato. O que o estado tem que fazer é tirar dele (candidato) a distribuição. Se chegar a mim a denúncia de que alguém recebeu ou deixou de receber a cesta porque votou ou deixou de votar, o responsável será punido — disse Fernando William.


A matéria na íntegra tá aqui.