Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, novembro 29, 2004

O pregador, as partes do corpo e as pedras preciosas. Tudo no trem

Hoje vim de trem. E sempre q venho no cara de lata me deparo com alguém pregando pelos arredores. O pior é q estou descobrindo um sádico prazer em ficar escutando pra ver as pérolas q saem das bocas dos sujeitos. Os caras não fazem por mal, entendem q estão realmente oferecendo ajuda às demais pessoas.
Mas hoje o maluquinho soltou duas e me segurei para não rir. Pois bem, fala ele Deus avisou q os corpos serão transformados para entrar no céu. E aí veio a parte boa da parada.
“Se esse olho aqui me atrapalhar pra entrar no céu, eu arranco. Deus vai me dar outro. Se essa perna aqui me atrapalhar pra entrar no céu, se ela não estiver boa pra entrar no céu, eu a arranco e Deus me dá outra”.

Essa é só a introdução, a melhor parte vem agora:
“Se essa mão te atrapalhar pra entar no céu, arranca ela. Se vc tem o hábito, o costume de fazer coisas, de pegar coisas dos outros. Se vc faz sinais feios com ela. Vc tira. Deus te dá outra pra entrar no céu”.

Posso levar a sério uma parada dessas?

E o cão fortíssimo continuou.
“Imaginem uma cidade feita todas com pedras preciosas. Com as pedras mais preciosas que existem. Existe essa cidade no céu. Só os eleitos, os que aceitarem Jesus poderão entrar nela”.

Ah, então a concepção de Paraíso do cara é uma cidade cheia de ouro? Eu achava q esse era o Eldorado. Bom, deixei quieto. Mas o carinha caprichou na pregação. Fiquei até arrepidado.
Eu falo malandrês?

Sei nao, hein. No sábado havia saído umas das figuras q estavam na parada daquela pôste ali em cima, ó. Fomos ao mercado comprar cerveja pra festa onde iríamos baixar. Eis q o sujeito aqui tava sem um real na carteira. No mercado havia uma banco 24 horas q resolveu meu problema.

Ervilhão, carro e parceiro, estava parado na porta do mercado. Cheguei bem na frente do carro e mandei pro pessoal q tava lá dentro "Agora tenho dinheirinho". Puts, o flanelinha q tava ali do lado escutou. E aí? O q ia dizer pro cara? Q tava sem? Não rolava, né. Já tinha me derrubado sozinho.

Aí ele veio falar comigo e mandei pro sujeito q tinha sacado dinheiro, mas de desse pra ele ficava derrubado. Joguei o caô dizendo q 'fortalecia' ele na próxima, q nao tiha tempo ruim pq tava sempre na área. Pronto, o cara mandou um ok e vazei.

Os personagens de dentro do carro ficaram surpresos com o entendimento entre Vicente e o flanela e concluíram q falo malandrês. Discordo, como sou do povo, falo a língua do povo, ora. O bom e velho carioquês do subúrbio.

Ah, escrevendo sobre isso lembrei doutra. Meguei, amiga queridíssima q mora na Califórnia e tá no Brasil, disse nao conseguir ler o blógue as vezes por conta das gírias. Ah, Megui... :-(
Orkut e suas loucuras

Ontem vejo um e-mail na minha caixa de mensagem dando conta q o senhor Artur Antunes Coimbra havia me pôsto em sua lista. Artur Antunes Coimbra? O Zico? Ah, já é. Fui lá e dei ok. haha. Convidado pelo Zico pra estar na lista dele? Eu, hein. Até pensei q fosse uma parada do Artur de las Firulas. Mas perguntei ao cara q negou. Disse até q queria tb. hahaha.


E o Mais Querido? Ouvi várias pessoas dizendo "Já era", "Tá rebaixado". Ah, muleque, e nao é vencemos lá na casa do time verde? Demorô.

Domingão estarei na nossa casa, o Maracanã, torcendo por ele, como sempre.

Só não vi o jogo ontem pq tava com a galera do pôste acima.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo sempre eu hei de ser.
O fim de semana com a galera da antiga

Encontrar gente q faz parte da sua história agradável as vezes. Nesse fim de semana um grupo de amigos q conheci dos idos dos anos 90, quando todos éramos estudantes de comunicação e envolvidos com a Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação, baixou no Rio. Fizeram esse suburbano convicto do Vicente ir a praia em Ipanema e tudo. Foi um esforço grande, chiei horrores, mas valeu a pena.

Gosto desses caras, gosto dessa gente. Engraçado q olho pra boa parte deles e não vejo muitas coisas em comum fora o passado. Mas é bom estar com caras, é bom conversar, ver como a gente evoluiu. Ver como crescemos, deixando de ser estudantes e virando profissionais de comunicação. Alguns se casaram, outros já estão prestes a casar. Já tem getne com filho...

A presença de todo mundo trouxe lembranças de encontros de estudantes passados, alguns há dez anos... O meu primeiro encontro de estudantes foi há onze anos...
Eita idade, o pior é q nem estou tão velho assim, mas as lembranças são muitas...

Fora toda a curtição, as lembranças e o bem estar tem a hora sinistra, a de dar adeus. Puts, foi a mesma sensação sentida na despedida de um encontro de estudante. Um tipo de angústia, uma pré-saudade (se é q isso existe). Uma vontade de chorar q o bom ogro como eu tem q segurar. Foi bom, tô feliz. Valeu por ter revisto esses caras e passado o fim de semana com eles.

sexta-feira, novembro 26, 2004

O contínuo metrossexual

Sim!
Sim!
Sim!

Existe um indivíduo assim. Essa josta de empresa ao menos tem personagens divertidos. Nessa trabalhosa tarde de sexta-feira foi percebido que o contínuo, numa proposta cagante e andante para o status quo, veio naquele tipo de chinelo com tiras largas na frente. O detalhe é q os dedos da criatura aparecem. E nao é q as unhas do criaturo estavam feitas???

O mundo é estranho, como diria Roberta, eu nunca esperaria ver um contínuo metrossexual, mas viva a diversidade.

quinta-feira, novembro 25, 2004

Os vilões do Rio
Nos últimos verões o Rio de Janeiro e os cariocas têm tido um vilão, um 'inimigo número 1'. Ano passado foi o mosquito da dengue. Nesse verão está se configurando pra vilão o menor de rua. Agora todos os males da cidade são criados por essas perversas crianças q não ficam em suas casas nos bairros afastados do Rio de Janeiro ou do Grande Rio e vão infernizar a vida dos turistas e das classes abastadas q vivem à beira da praia. Pior, não podem ficar presos pq a lei não permite. Ó, meu Deus, que mundo cruel com a classe média branca q nada oprime ou discrimina, não?
Sabe uma semana em q vc só se esfola?

'magina uma singela sexta-feira... Vc vai falar com sua chefe sobre suas férias, ela disse q nao pode te dar pra não ficar com a equipe desfalcada e não pode deixar o outro colega jornalista sozinho. Tá, td bem. Sem grilo. O q pega é q o colega vai tirar férias em janeiro e o Vicente vai ficar sozinho.

No mesmo dia o seu computador sobe no telhado. Como? O HD olhou pra um lado, olhou pro outro e... queimou. Tudo q tava arquivado nele, q o mané aqui nao passou pra rede, perdeu-se no limbo da informática.

A segunda passou em branco.

Mas na terça veio a comunicação d q um grande evento de amplitude mega, de importância super, e relevância hiper aconteceria na quinta, hoje. Eu ficaria com parte importante da divulgação interna. Pra tal divulgação eu precisaria de alguns arquivos que, tcharan, tinham ido para o limbo da informática quando o HD se queimou. Chamo isso de felicidade às avessas...

Na quarta-feira corre-se pra um lado. Corre-se pra outro. Amarra-se as paradas. Estipula-se horários. Deixa a bironga planejada, tudo na moral. Me senti até o homem mau, sabe coé. Os colegas me pedindo pra ir embora e o Vicentemau dizendo "segura aí, vai ainda não pq não tá pronto". No fim das contas e bem tarde, tudo na fita.

Manhã de quinta, o planejamento tá pra ser executado. Cadê o cara q põe a parada na intranet? Tá fora, em curso...

O nome disso é: 'a sorte ficou em casa enquanto eu vinha pro trabalho' ou 'muito mais felicidade às avessas'.

Sabe o q é pior? Ainda vou dar um jeito da parada ir pro ar do jeito q a chefatura exige...

Mas essa situação toda é ou não é ser um tipo de 'gauche'?

terça-feira, novembro 23, 2004

Da fofura à escatologia
O trem, quando não é o393 é o trem, mas eu só pego eles dois pra ir cama mermo, né, fazer o q. Estava eu na noite de segunda-feira voltando pra casa. Entrei num vagão, sentei-me e dormi. Fui nanando no chacoalhar do cara-de-lata (entenda-se trem) até os arredores da estação de Deodoro. Dali faltam só cinco até a minha.
Naquela sonolência, de cabeça e cai e levanta, percebi perto da porta uma senhora gordita, bem gordita. A roupa não era exatamente discreta, era um vestido de alcinha com uma estampa q fazia lembrar uma onça.
Aí, saquei o ela carregava na mão direita. Era uma sacola do supermercado Guanabara, dentro da sacola, tcharan, um cachorrinho. Ó, q fofo. Vovó levava o cachorrinho no trem. Fiquei ali olhando até q percebi q ela, colocada bem na frente de uma das portas do vagão, dizia “cuidado, moço. Não pisa, cuidado”.
Era justamente a porta por onde eu ia sair. Claro q fui até lá, era saída mesmo, pra ver o q vozinha gordinha e o cachorrinho fofinho tinham aprontado... o cãozinho, ta fofo, fez o favor de dar aquela linda vomitada no chão. Eca. Pena d quem seguiu mais tempo no trem.

domingo, novembro 21, 2004

Hoje deu vontade de postar essa música.

Seja sambista tb
Arlindo Cruz e Sombrinha

Não, negligência não
Se for apanhar meu violão
Cuide dele com carinho
Toque nas cordas macio
E tente cantar samba
Sei que no início pode ser difícil
Mas fazendo sacrifício serás bem recompensado
Pois o samba marca como o giz
É eterno porque é raiz
Não quero dizer que viver é só sambar
Mas sambar é viver
É saber se integrar
Só samba faz a tristeza se acabar
Ser sambista é ver com os olhos do coração
Ser sambista é crer que existe solução
É a certeza de ser escolhido, engrandecer
Aconselho a vc q seja sambista tb

sábado, novembro 20, 2004

HOje é o dia da Consciência Negra e eu nao tenho nada na cabeça pra postar. Saco.



quinta-feira, novembro 18, 2004

Vou acabar arrumando uma úlcera por ficar vendo essas coisas, por pensar assim.
O q escrevi aqui em cima tem a ver com essa nota publicada hoje na coluna Gente Boa, do Joaquim e do Jófilo, no Globo:

Rock e bola fora
Felipe, capitão do Flamengo, está processando Sérgio Meireles, apresentador do programa “Rock Bola”, transmitido por uma FM carioca. Pedirá gorda indenização por ele ter passado a semana oferecendo dinheiro aos torcedores do Flamengo que “enfiassem a porrada” nos jogadores do clube. Anteontem à tarde, Sérgio foi demitido do “Rock Bola”.

Como é q um profissional de Comunicação fala um negócios desses em um programa? O sujeito tem q se processado. Olha, na hora em q vi a confusão no aeroporto achei muito bom. Mas depois a ficha caiu, a situação foi absurda. O Flamengo tá numa situação, numa bunca suja q nunca vi, mas nada dá o direito a ninguém a ir lá e entrar numa de bater nos caras.

A situação é mais grave do neguinho tá vendo... E nao é só a torcida do Flamengo, é geral.
Sabe a parada de respeitar a integridade física? A péla-saquice q aqueles animais q se dizem torcedores fizeram com os jogadores do Flamengo é aceitável? Sei q parte da torcida nao condena a ação, eu mesmo achei válido na hora. Mas depois caiu a ficha do absurdo q eu tinha achado legal. Sei q já me destemperei, até postei aqui o caso do sujeito q eu embulachei no Maracnã no ano passado, mas depois senti vergonha do fato. O fato de por no blógue foi mesmo uma auto-crítica.

Deu hoje na Gente Boa, coluna do Joaquim e Jófilo, publicada no O Globo.

Rock e bola fora
Felipe, capitão do Flamengo, está processando Sérgio Meireles, apresentador do programa “Rock Bola”, transmitido por uma FM carioca. Pedirá gorda indenização por ele ter passado a semana oferecendo dinheiro aos torcedores do Flamengo que “enfiassem a porrada” nos jogadores do clube. Anteontem à tarde, Sérgio foi demitido do “Rock Bola”.

Onde essa sociedade vai chegar? Vamos achar legal ficarmos nos esbofeteando?
E lá vai o sectarismo da sociedade carioca subindo a ladeira


Ando ficando assustado com o q tenho visto por aqui. Ontem duas coisas me fizeram ficar de orelha em pé. Já de manhã, vendo o noticiário local matutino, lá pelas 6h15, um representante do setor hoteleiro do Rio disse q a lei é muito branda com os menores. Os menores aos quais ele se referiu são os pivetes que fazem a maior parte dos assaltos na orla do Rio. Aí, horas depois, já no trabalho, um maluco q é sangue-bom, gente boa com quem sempre cruzo pelos corredores, criticou a postura da imprensa em mostrar q um assaltante, preso em flagrante, foi espancado dentro da Delegacia.

O cidadão comum está radicalizando seu pensamento, está pensando de maneira mais sectária. Ao contrário de pensar em uma forma de manter os moleques de rua ocupados, estudando, fazendo esporte, aprendendo algum, tendo alguma oficina, acha melhor mandar pra prisão. Deixá-lo maracado socialmente e sem volta para um vida dentro da lei. Ou mesmo se preocupar em dar oportunidade pro cara, não se cogita em olhar pra ele, o menor, como um ser humano. Não se pensa nisso em momento algum! Se pensa em trancafiar a molecada.

Já no cara preso, acham mesmo q o sujeito tem q ser esculachado. Como assim? A lei, a Justiça existe pra quê? Pra quê, meu Deus? Tem de se respeitar a integridade física do cara. Tem sim. Vou dar só um exemplo simples e egocêntrico, não impossível de acontecer. Se os papa mikes acham q estou em atitude suspeita, q posso oferecer perigo para outras pessoas, isso lhes dá o direito de já vir me agredindo? De me esculacharem? O meu tipo físico é o mais comum na cidade, é o tipo físico do sujeito q se envolve em parada errada. Antes de ter algo contra mim, ou mesmo já tendo, isso lhes dá o direito de bater em mim? Quem são eles pra me agredir? Quem lhes deu essa autoridade? Já fui agredido por policiais em duas oportunidades, em um ônibus, quando um papa mike deu um tapa no boné q eu usava e o jogou longe pq achou q eu tava ignorando ele, sei lá. E em outra quando uns policiais cismaram q eu furava fila pra comprar ingresso no Maracanã e levei com o cacetete nas pernas. Seguindo a forma de pensar dessa galera, os policiais estariam errados? O q me faria ter um tratamento diferenciado? O fato de eu ter minha carteirinha de jornalistas no bolso? E se eu estiver sem ela e me acharem suspeito de algo, vão poder vir e bater em mim?

Todo mundo fica indignado ao ver um igual, alguém da mesma classe social sendo maltratado por quem quer q seja pq vislumbra ali a possibilidade de tb sofrer a agressão. Mas quando é em alguém de classe mais baixa tudo parece mais aceitável. Isso é um absurdo. Essa sensação de medo q afeta a maioria da pessoas está fazendo com q o cidadão comum se brutalize. Fazendo com q o próximo seja visto como um inimigo em potencial. Ainda mais quando o próximo tem aparência de ser alguém mais simples, mais pobre. Seguindo essa linha de raciocínio não vou me surpreender sem em dez anos as favelas cariocas tiverem sido muradas em nome da segurança da classe média.

Saco, odeio isso tudo.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Um singelo táxi foi tomado para me levar do Centro até Bangu na noite de ontem. Pudera, né, a jornada foi mais longa q o normal. O taxista parecia uma caricatura, falava sem parar, sem parar, sem parar. Nem comigo batendo cabeça de sono e cansaço ele se calava.

Eu nem entendia o q o sujeito falava. Chegou no meu bairro, viu um grande campo de futebol vazio, tava meio frio e uma chuva fina caía, e disse uma frase belíssima por sua escatologia, sente só:

"O carioca é como barata, só sai no calor".

terça-feira, novembro 16, 2004

Uma empresa q fatura, literamente, tubos de dinheiro e apaga as luzes do prédio às 19h para economizar é uma piada. Má uma piada sem igual. São 21h e o péla-saco do Vicente está no ESCURO há duas horas. Vou é na Delegacia Regional do Trabalho jogar isso pro alto. Ridículo.

Mas sabe o q é pior? O banheiro tb fica sem luz. Aí vai o furingudo aqui dar um mijão. Cara, mijar no escuro dá uma estranha sensação de estar mijando no próprio pé. Q derrota...

Haha. Acaba de passar o vigia perguntando, com uma lanterna acesa na mão, se está tudo bem. Tá, né. To terminando a parada aqui pra vazar.

Q diliça...
Isso é ingrato demais...

Ó o naipe da mensagem q eu recebo por e-mail:

"Lembrei muito de vc! Sabe pq? Infelizmente foi pelo seu Flamengo, que vergonha!"

É pra acabar com a alegria do sujeito aqui, né. Só pode ser. Sabe qual é. Eu acredito q essa mulambada não vai ser rebaixada. Acredito, ora, sou torcedor e me dou o direito de acreditar e torcer até o último momento. "Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo sempre eu hei de ser".

Pior foi ter visto na indignada coluna do Fernando Calazans o depoimento de um sujeito q ele identificou como ex-jogador q dizia o seguinte "Só a Segunda Divisão salva o Flamengo". Tenho medo de não ser mentira.
Ai, ai, ai...

Ontem a tarde Seu Carlos me comunica q embarcaria hoje... A essa hora ele já deve estar na P-23. Puts, q dia pro cara embarcar. Rolando uma ressaca na costa fluminense, com uma chuva q não pára... O vôo do cara partia de Macaé às 10h, já são 12h e o cara ainda não disse "oi, tô no meio no mar".

Atualização: Dona Glória e Irmão-Léo ligaram pra esse sujeito q mantém o blógue pra avisar q Seu Carlos já tá no meio o mar. Q alívio. Será q minha cara de pânico é tanto a ponto de fazer com q eles me liguem quase simultaneamente pra me dar a notícia?

sexta-feira, novembro 12, 2004

Tem algo mais impregnante do q um furingudo roubar um pôste teu? Pô, umas criaturas q mantém um blógue supostamente com assuntos ligados à Publicidade fizeram isso com um pôste meu. Q isso, maluco, fala sério. Lá em Bangu o nome disso é ROUBO. E publicitários deveriam saber disso melhor do q ninguém. O pôste q escrevi foi feito em outubro, sobre um comentário do Lula sobre o fato de os jornalistas privilegiarem as coisas ruins e meio q taparem os olhos pras coisas boas.

Bom, na boa, quero mais é q a mão do suejeito q fez isso caia.
O doidão de meio de semana

Saltando do trem na estação de Guilherme da Silveira me deparo com um personagem q mora no mesmo bairro q eu. Vejo q o cara, um marmanjo parrudo de quase dois metros, tava tendo problemas pra passar na roleta q dá saída da estaçao. Cheguei lá, dei uma força e o cara vem e me diz. "Pô, Vicente, tô chegando agora da Mimosa. Tô doidão". haha. Isso, pouco antes das 21h de uma terça-feira. A (Vila) Mimosa é a zona de prostituição mais conhecida e folclórica do Rio de Janeiro.

A figura veio me contando q desceu do trem anterior em Deodoro pra dar uma singela vomitada. "Eu nao tava aguentando ver aquelas coisinhas passar pela janela". hahaha. O sujeito bebeu das 16h até as 20h, levando em conta q é um meio de semana... É, bebeu bem.

Nao satisfeito, veio relatando sua negociaçao com uma das meninas da Mimosa. A menina cobrava por R$27 por um programa de 30 minutos. O sujeito foi alengando q tava consumindo (entenda-se enchendo os cornos) no estabelecimento e o preço foi baixando, foi baixando... Segundo ele, a brincadeira saiu por R$12. DOZE REAIS!!!

Já chegando pelo Parque Leopoldina, passamos em frente a um templo evangélico novo. Aquele mesmo em q eu uma vez escutei o cara falando um monte de bobagem q me rendeu o pôste abaixo:

Segunda-feira, Agosto 16, 2004

Passando por um templo no caminho de casa, após ter vazado do trem na noite de sexta-feira, ouço algo q me assustou:"Rezemos para q o senhor mande seus anjos com suas espadas de fogo para cortar essas correntes. Para nos libertar dessa feitiçaria, dessa 'macumbaria' que alguém deve ter feito no cemitério, pondo seu nome dentro de um crânio. Feita por alguém q jogou um pozinho na sua comida, na sua bebida ou na sua casa...".Confesso q até acelerei o passo pra nao escutar o resto. Peralá, companheiro? O q é isso? Um culto ou uma celebração ao medo? O naipe das paradas q o cara falou é assombrosa pela criatividade macabra. Por o nome num crânio no cemitério?! Acreditar q alguém botou alguma coisa na comida por feitiçaria? Ah, amigo, vá caga no mato e pára de impregnar a vida alhei com bobagem.

Pois é, o grandalhão-doidaralho conhecia o pastor q criou a tal seita. "Ih, toda a vez q passo aqui conto quantos malucos têm lá dentro. Uma vez tinha três". Parou e contou, nesse dia eram nove. E bateu a ficha do tal pastor: "esse maluco aí dirigia kombi no Viegas, mó ruim de jogo. Começou a ler a bíblia outro dia e já montou uma igrejinha. Como tem gente boba, né, q acredita nesses caras q nem sabe de onde saíram". É, blógue, a voz do povo é a voz de Deus...

quinta-feira, novembro 11, 2004

Camelô no trem

Na noite de ontem entra um cara no vagão e começa a gritar:

Bocão!?

Cheguei!

Tá aí, né. Vai encontrar minha irmã mais tarde? Tá com bafo, né?

Três raus por um real!

E eu, bobo, acreditei realmente q tinha um conhecido dele identificado por Bocão no vagão. Vendedores e suas criativas estratégias de venda, até mesmo dentro do trem.
Nem tudo está perdido

Numa noite dessas por Bangu algo me chamou atenção. Era uma noite quente, boa parte das pessoas estavam nas calçadas conversando. Um feliz hábito cultivado no subúrbio dessa cidade. Enquanto em várias partes da cidade as crianças brincavam com seus video-games dentro de seus quartos, naquela rua umas quinze crianças jogavam queimado. Eu demorei a entender q a brincadeira era a mesma q eu fazia há mais ou menos 20 anos, nos idos dos anos 80.

Meninos e meninas misturados em dois times que jogavam uma bola sobre uma linha imaginária pra elimiar os adversários. Bom ver isso, sabe. Dá a impressão que nem todas as crianças estão nesse isoladas pelo medo dos pais, dá impressão que ainda existem aquelas que ficam na rua sujando os pés, encardindo as camisas lavadas pela mamãe com suor e sujeira enquanto convivem com gente de verdade, de carne e osso e não os inimigos do video-game.

Saudosista? Eu? Nem tanto...
E o Arafat? Tb se foi. Zé Maria não perdoou na noite de ontem...

O q será da liderança Palestina?

Engraçado era que Israel dizia q Arafat era um empecilho para a paz. E agora? Qual será a desculpa?
A vida segue, né. Pois vamos em frente.






ODEIO ESTAR GRIPADO!!!
Registro triste

Na noite de ontem fui informado do falecimento de Tio Nilo, q nem era tio à vera, mas era amigo da família. Senhor gente boa, bonachão, daqueles que adoravam a casa cheia de gente, principalmente da família, q era enorme...

Se foi ontem a noite, o enterro é na tarde de hoje, às 15h, no Jardim da Saudade, em Sulacap. Longe do Centro. Nao conseguirei ir. :-( Uma pena.

É o segundo grande baque na família, Tio Nilo perdeu Cássio, filho mais novo, moleque figura q era camarada de Irmão-Léo. Ambos foram levados pelo câncer.

A única certeza q a gente tem na vida é q vai morrer, mas é sempre triste, muito triste quando acontece. Como Tio Nilo era um cara feliz, mesmo com a perda meio recente do Cássio, espero que fique na boa, fique na paz e esteja ao lado da Força.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Ouvindo meu cedezinho "A Tábua de Esmeralda", lançado pelo Jorge Bem nos idos 1970 e brau tem uma música gêncio, "Eu vou torcer". Foi até gravada recentemente pela Fernanda Abreu. Como não custa nada, vou postar aqui pq a música merece.

Eu Vou Torcer

Eu vou torcer pela paz
Pela alegria, pelo amor
Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou

Pelo inverno, pelo sorriso
Pela primavera, pela namorada
Pelo verão, pelo céu azul
Pelo outono, pela dignidade
Pelo verde lindo desse mar
Pelas moças bonitas eu vou torcer, eu vou

Eu vou torcer pela paz
Pela alegria, pelo amor
Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou

Pelas coisas úteis que se pode comprar
Com dez cruzeiros
Pelo bem estar, pela compreensão
Pela agricultura celeste, pelo coração
Pelo jardim da cidade, pela sugestão
Pelo Santo Tomás de Aquino
Pelo meu irmão
Pelo Gato Barbieri,
Pelo mengão
Pelo meu amigo que sofre do coração

Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou
Eu vou torcer pela paz
Pela alegria, pelo amor

Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou
Pelas dondocas bonitas
Eu vou torcer, eu vou.
Maresia

Sair do trabalho naquela pilha, já às 20h, após a infeliz da luz ter apagado às 19h (Não me conformo com uma empresa desse tamanho fazer uma economia tão tacanha...).

Seguir caminhando na direção do ponto do ônibus e ter toda a tensão diluída pela maresia que entra pelo nariz e faz o sujeito, segundo atrás bicudo, sorrir e pensar: "q outra cidade faria meu mau humor ir embora só com o cheirinho da maresia?"

Nem parece, nem dá pra ver o mar ou a Baía de Guanabara, mesmo estando a poucos metros dela e no décimo-primeiro andar, mas é bom demais quando a mesma baía te avisa "ó, tô aqui", como foi ontem.

Mais uma vez eu digo, obrigado, meu Deus, por ser carioca.

terça-feira, novembro 09, 2004

A freiada

Sábado saí do Maracanã após o jogo do Mais Querido. Uma chuvinha fina, um frio q nada tem a ver com o Rio estavam na área. Eu nao ia pra casa, mas levava o companheiro Fabrício q assistiu o jogo comigo o ponto dele (SEMPRE ELE!!!), o 393. Do Maracanã pro ponto final do coletivo se vai pela Radial Oeste, depois se percorre toda a Presidente Vargas até a chegar à Rio Branco, q deve ser percorrida até a Araújo Porto Alegre e aí se chega à Presidente Antônio Carlos, odne está o tal ponto final. Não é longe, "todo esse trajeto" é percorrido em menos de 10 minutos de carro.

A freiada em questão foi no cruzamento da Presidente Vargas com Rio Branco. Vinha eu na pista sozinho. Num raio de 50 metros não havia outro veículo na mesma pista. Lá na frente um ônibus verde, da linha 249 se nao me engano. Velocidade constante entre 50 e 60 km/h. E a chuvinha caindo...

À frente o sinal fechou. Fui no sapatinho e comecei a ouvir uma freiada daquelas horripilantes, de cantar o pneu. Comecei a olhar pros lados, pros retrovisores, pra outra pista. Nada. Não tinha carro algum. Foi botar os olhos pra frente e ver q o tal 249 deslisava pela pista como se estivesse patinando sobre o gelo. Já começava a ficar de lado e eu imaginando q ele ia tomar na pista. Quando começava a imbicar cruzado na Rio Branco consegui parar. Ufa. Sustão, hein. E mais assustado fiquei pensando... e se estivesse na frente do ônibus? Era pasta de asfalto agora.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Como tem desocupado nesse mundo de meu Deus...

http://www.cartoline.it/pics/_zoom_flash.htm?immagine=scherzi_150404_01.swf

Depois de por a moeda e escolher o q quer, clique no 'apri'.
Fale do sol e cadê ele? Chouve no sábado e durante boa parte do domingo. Praia? haha. Acordei tarde no sábado e fiquei na pista... Sorte, hein...

Ao menos vi o Mais Querido ganhar do Guarani no Maracanã. Na boa, q time bunda esse de Campinas... se eles fossem menos ruins tinham até vencido aquela bundice de partida.

Após tanto gritar, cantar, pular e tomar gotas d´água no cucuruto... a garanta meio q morreu.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Ah, como eu queria ter essa certeza do Oswald de Souza... Mas como torcedor q sou, estarei no estádio amanhã, torcendo (e muito) pra não ver meu time rebaixado. Já tá ficando chato, né. É o terceiro ano seguido. Ou ele sai desse mulão q fica brigando pra não ser rebaixando e volta a se comportar como clube grande ou é rebaixado logo e pára de fazer graça com o coração do torcedor.

05/11/2004 - 17h06m
Matemático aposta que Fla não cai

O Globo

RIO - O matemático Oswald de Souza garante que a situação do Flamengo não é tão desesperadora como a tabela do Campeonato Brasileiro sugere. O time rubro-negro ocupa a 21ª posição, com 42 pontos. De acordo com os cálculos de Oswald, divulgados pela assessoria de imprensa do Flamengo, as chances de não cair são de 70%. Ele afirma que o time de Andrade precisa de três vitórias e um empate em sete jogos.

- Quem quiser apostar contra o Flamengo, que me procure. Aposto e dou vantagem. Ponho 50% a mais em qualquer aposta a favor do Flamengo.
Deu hoje no Ancelmo Góis, no Globo.

Paris é um perigo
Um casal de brasileiros hospedado em Paris no Hotel Claridge, na Champs-Elysées, onde a diária média é de 800 euros, encontrou o cofre de seu quarto arrombado, na segunda.

Os dois perderam dinheiro, jóias e passaportes. A mesma coisa ocorreu naquela tarde em 11 apartamentos do hotel. Deve ser terrível viver num lugar tão violento. Há, há, há, há!...
Tô uma máquina postativa hoje...

Então deixa eu só fazer um comentário. O Belo foi preso, né. Tb, pudera, vacilou, cagou no ventilador e queria o q? Foi condenado, oito aninhos no xilindró. Foi preso ontem dentro da própria casa, ali no Recreio. Só q tá na Polinter, na Praça Mauá. Aí, deixa eu pergutnar um coisa, se o cara já foi condenado, p q ele nao é levado pra um presídio? O sujeito vai cumprir a pena em delegacia? E pode? Isso é legal?

Sabe o pior de tudo, não falo do repertório do sujeito, mas ele tem uma voz bem maneira, bem legal. Só o povo da Polinter vai escutar agora. Quem mandou? Vacilou e perdeu.
Planos... programações... e o cartão do banco pra movimentar minha conta sumiu... Eita sorte...

A programação desse carioca suburbano para o fim de semana:

Sábado:

1 - Praia

2 - Aniversário da coleguinha Lizandra e seu filho, em São Cristóvão.

3 - Pagode da Família Portelense

4 - Jogo do Flamengo no Maracanã (Dever cívico do torcedor q nao abandona seu time. Mesmo pq, vamos combinar, se o Flamengo perde pro Guarani amanhã é pq merece ser rebaixando mesmo).

5 - Festa dos protótipos das fantasias da Mocidade pro carnaval 2005 e depois ensaio.


Domingo:

1 - Praia

2 - Festa de aniversário da Agenda do Samba e Choro, no Portelão. Já são oito anos do site... Impressionante. Fui ano passado, foi legal demais. Estava com companheiro Arthur das Firulas, hoje habitante de Pér-nambuco.

3 - Show do Antonio Nóbrega, último show da turnê do Lunário Perpétuo, no Sesc Tijuca.


Óbvio q não vou conseguir fazer tudo, se rolar só a metade vai ser um fim de semana ixpetáculo.
Olha o 393 saindo no jornal! A moça levou um tiro de raspão na bunda dentro do ônibus! Q parada caída!

11/05/2004 - 07h32m
Mulher leva tiro de raspão dentro de ônibus durante assalto

Jorge Martins - O Globo

RIO - Janaína da Silva Eufrázio, de 30 anos, levou um tiro de raspão nas nádegas, dentro do ônibus da linha 393 Castelo-Bangu, disparado por um dos três ladrões que assaltaram os passageiros, na Avenida Brasil, em Coelho Neto. O bandido fez o disparo para o chão, a bala ricocheteou, ferindo a mulher.

Os bandidos depois de roubar os passageiros fugiram, e Janaína foi levada numa ambulância do Corpo de Bombeiros de Guadalupe para o Hospital Carlos Chagas, sendo medicada e liberada.

Os policiais disseram que nenhuma vítima esteve na delegacia.
Meus camaradas manés...

Bol, apelido do companheiro Fábio, q deixou o nosso querido bairro de Bangu para estudar em Florianópolis, tá no Rio de passagem. Bol já tem sotaque de manezinho, ou seja, fala como a galera de Floripa. Ligou pra mim ontem chamando pra tomar cerveja. Eu disse ao mané q sairia por volta das 18h, 19h, o firungudo achou tarde, mas disse q tava valendo. Desmarquei um beberol com um camarada já q o Bol tava na área e ele hoje em dia é novidade na cidade. Pois bem, ligo para o sujeito, o Bol, pra dizer q tava pra vazar daqui. E o bunda rachada me responde o seguinte:

"Vim visitar meu avós em Paquetá, perdi a barca das 17h30. A próxima é só perto das 20h. Acho melhor dormir por aqui e voltar amanhã. Vou pra Bangu e a gente se vê por lá".

Dá vontade de bater num moleque desses, né. O bunda suja foi visitar o avós, perfeito, mas perder a barca?! E não me avisar antes q a perdeu?

Em tempo, Paquetá é uma ilha q fica lá na meiuca da Baía de Guanabara onde só é possível chegar por barca mesmo. É um bairro carioca, um lugar meio bucólico onde não ponho os pés há anos. Tão bucólico q o meio de transporte do lugar é a bicicleta, não há carros ou ônibus. Mais uma coisa da diversidade carioca. Bom, espero q o mané nao tenha perdido a barca de novo e esteja prestes a daras caras por lá pra q dê pra revê-lo.

Bol é dono da "minha casa" em Florianópolis.
E lá vem o fim de semana... Q esse sol maravilhoso continue estampado no céu.


quinta-feira, novembro 04, 2004

E já não teve coleguinha israelense dizendo q Zé Maria buscou o Arafat. Eu hein. Sabia q queriam jogar o palestino no buraco, mas jogando caô, inventando história já é exagero. O hospital e a alta direção do governo palestino correram atrás pra avisar q não tinha essa de Arafat nos braços de Zé Maria.



E lá vai o velhinho, em coma, em Paris.
E o sol, hein? Calorzão... e eu trabalhando...

Bom, se nao estivesse trabalhando estaria reclamando disso tb.
Amandinha em 03/11/04 23:15
Hummmm mané mesmo? Onde estavam as suas havaianas? rs beijo


Vendo esse comentário aí da Amandinha lembrei de um fato não postado. No domingo, Dona Glória ligou de Rio das Ostras para avisar-me q minhas havaianas verde e azul haviam sido encontradas! Estavam, lá em casa, em uma bolsa preta. Ela havia encontrado ao procurar mala pra colocar suas coisas. Como meus chinelos foram aparecer lá dentreo eu não sei.

Em junho eu tinha postado isso:
Quarta-feira, Junho 02, 2004
Cadê o meu chinelo?!Mas enquanto eu continuo vivendo nesse bolo doido social, queria saber qual foi o judas q sumiu com meu par de havaianas verde e azul??? Foi presente de Antônia nos idos de 2002. Algum furingudo entrou lá em casa e levou meus chinelos. Ódio.


Daqui a pouco vou ter a “Saga das minhas havaianas” pra postar se der mole.

quarta-feira, novembro 03, 2004

E lá vem o impregnante horário de verão...

Enquanto vou voltar a ver na imprensa como a classe média carioca q mora na orla vai se divertir aproveitando os fins de tarde ensolarado na praia, vou voltar a pegar o caminho de volta sob sol e ainda no calor.

A iniciativa pode até ser econômica e tal, pode permitir q o Brasil não corra riscos de apagão e tal. Mas inferniza a vida de quem não mora tão perto do trabalho e não mora na beira do mar.
Frases

Enquanto a esperava rolava, conversava com um figuraça que foi meu colega de turma no primeiro grau e encarou comigo o perrengue dessa quarta-feira. Ao falarmos do calor o sujeito, na época do colégio apelidado como Babalu, mas q hoje responde pelo nome de Alexandre, vem e me explica o porquê do calor bangüense q nos maltrava essa manhã.

"É q aqui em Bangu temos dois sóis pra cada morador". É, faz sentido.

Ao ver o relógio correr sem qq idéia se conseguiríamos chegar ao Centro, sugeri darmos aquela boa caminhada para pegar o trem. E le me convenceu com mais uma pérola:

"Eu não sou pão doce pra chegar no trabalho meladinho, né". Puts, sem dúvida o calor e sol nos faria chegar verdadeiramente suados na estação Guilherme da Silveira. Ê perrengue.

Bom, após isso a mané da condução passou e veio, feliz, curtindo todos os engarrafamentos q nossa querida Avenida Brasil nos ofereceu.
Vamos reclamar da vida q tem tempo q nao faço isso...

Imagine um ser q sai de casa para ir trabalhar sob um sol que faz a temperatura passar dos 30 graus. Chega no ponto e não há condução. Simplesmente não há um van q se preste a me trazer para o Centro da cidade. O tempo de espera: 60 minutos. Isso mesmo, uma hora pastando, esperando conseguir vir trabalhar.

Da hora q saí de casa até a hora em q entrei no escritório: algo em torno de 140 minutos. Quase duas horas e meia. O trânsito na cidade tá todo cagado.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Novas aquisições... Meio q de bobeira me deparei com as pérolas abaixo. Comprei-as:


O Puta´s Fever, primeiro CD do Mano Negra de 1988.





E o Patchanka, segundo do Mano Negra, de 1989. Só coisa boa...
Esse embaixo é o início de matérica publicada hoje na Folha Online abaixo. E eu faço a seguinte leitura: é a confirmação de que onde a classe média é mais forte o negócio é se segurar nos seus valores, mesmo que eles sabidamente lasquem e façam com quem os mais pobres fiquem ainda mais pobre e os joguem cada vez mais na direção da miséria.

PSDB avança nos Estados mais ricos e PT domina Norte-Nordeste
Publicidade

JOÃO SANDRINI da Folha Online


Assim como na cidade de São Paulo houve uma divisão entre o eleitorado da periferia e o das regiões centrais, também em todo o país o PSDB conseguiu sagrar-se vitorioso nos Estados mais ricos e o PT teve esmagador domínio nas regiões mais pobres do país.

Na cidade de São Paulo, as regiões centrais foram as principais responsáveis pela eleição de José Serra (PSDB). A periferia, por sua vez, deu mais votos a Marta Suplicy (PT).

Da mesma forma, no mapa político brasileiro, os Estados econômico e socialmente mais desenvolvidos, localizados nas regiões Sul e Sudeste, elegeram majoritariamente candidatos do PSDB.
Tênis na praia

Tive a impressão de ser moda. Cara, o q vi de gente usando tênis na praia ontem foi uma enormidade. Em sua maioria era uma galera mais branquinha... Sabe, eu sei que vou levar pedrada por falar isso, mas vou falar assim mesmo, hehe. A impressao q tive é q boa parte dos nosso companheiros q usavam o tal calçado vinha do estado de São Paulo... Nada contra os paulistas, óbvio, mas andar na areia com essa paradinhas nos pés não é a coisa, digamos, mais apropriada, né. Um chinelinho resolvia bem a situação.

E, pra finalizar, só uma coisinha... Eu esqueci meus chinelos em casa... Tb fui à praia de tênis. Hehe. Mas eu sou mané, eu posso. :-)
Ontem na praia vi dois casais chegarem perto, montarem sua barraca (entenda-se: guarda-sol) e se socaram os quatro na sombra. Um bem pertinho do outro. Ao abrirem a pouco percebi, nao eram do Rio. Eram quatro mineiros. É falta de costume de encarar o sol como a gente. É só dar um tempinho a eles q deixam essa de ficar embaixo da sompra pra lá.
Tripudia q ele merece!!!

Dona Glória liga pro celular e, toda serelepe, diz:

"Estamos na praia, na Costa Azul".

Ai, ai, ai... Tripudia com o Vicente. Tripudia...

Costa Azul fica em Rio das Ostras, a alguns metros da casa de Seu CArlos na cidade...
E as eleições?

O Partido dos Trabalhadores perdeu em São Paulo, o q, infelizmente, já era de se esperar. Mesmo com a população aprovando a administração da marrenta da Marta, a campanha nao soube capitalizar isso a seu favor. Coisas de marketing eleitoral.

Em Porto Alegre nem acho tao grave. É meio complicado mesmo alguém se manter no poder por cinco mandatos seguintes em lugares onde há democracia. Há um desagaste natural. Era meio de se esperar. Se alguém souber em um lugar (onde exista democracia) q um grupo político se mantenha por meio do voto popular por vinte anos no poder, por favor me avise. Eu nao conheço. A derrota só marcante por ser em um das primeiras capitais administradas pelo PT e justo quando o partido tem o presidente da República, perde seu domínio. Em tempo, perderam pra um partido q faz parte da base aliada, nao foi um derrota para a oposição dos tucanos e do PFL, é bom q fique claro.

Enquanto isso... na República das Bananas q é o estado do Rio de Janeiro... vejo, para minha particular alegria, o encolhimento do poderio dos Garotinho. Em Nova Iguaçu o companheiro Lindberg "Lindinho" Farias venceu o candidato do PMDB do Garotinho. Em Campos, base eleitoral do casal q domina esse estado, tb perderam. E perderam até q por muito, dez pontos percentuais. O tal do PUdim rodou na parada. Mas como o processo eleitoral lá parece uma banda de neném com diarréia, é bom esperar pra ver se o Campista (prefeito eleito) vai tomar posse.

Pena foi q os Garotinho ainda conseguiram duas cidades do Grande Rio: Caxias e Meriti. Mas eles vão rodar do poder, ah... vão.
Acabei de ver no Globo Online:

01/11/2004 - 10h05m
Ricardo Gomes anuncia sua saída do Flamengo
Globo OnlineRIO - O técnico Ricardo Gomes acaba de anunciar sua saída do Flamengo. A decisão da diretoria foi comunicada ao treinador na manhã desta segunda-feira, em uma reunião na Gávea com o presidente Márcio Braga, o vice-presidente de futebol Paulo Dantas, o diretor-técnico Júnior e o diretor-executivo José Maria Sobrinho. - Fui informado agora de manhã que não vou continuar. O Flamengo é um grande clube, os resultados não têm sido dos melhores e, sendo assim, não vou dar continuidade ao meu trabalho - afirmou Ricardo Gomes em entrevista ao Sportv, informando que o auxiliar Andrade deverá assumir a equipe.

Esse clube é uma zona. Faltando pouquíssimas rodadas pro fim do campeonato, o time na 20ª posição, precisando se acertar, e neguinho manda o técnico embora. De novo! Olha, "ó, meu Mengão, eu gosto de vc", mas assim é difícil, hein.

Chato q sou, devo ir ao Maracanã no sábado ver Flamengo e Guarani. É vitória obrigatória por dois motivos: é jogo em casa e o Guarani vai pior das pernas q o Flamengo. Ganhar dos campineiros e botar três pontinhos no bolso e meio q condinar os paulistas ao rebaixmanto.
Mais um dia de semana estrangulado entre o fim de semana e um feriado. O dia lindo, luminoso, tranbordando alto astral e onde o Vicente está? Tcharan! No escritório.

Pior, o companheiro q me renderia veio trabalhar hoje. Mas como a chefe já tinha pedido minha folga... estamos todos aqui. Ao menos a tia do companheiro q tinha passado mal e sido socorrida às pressas já tá na boa. E a vida segue. Outros feriados legais chegarão e casarão com momentos de folga.

Mas amanhã eu tô de bob.
Eita Rio de Janeiro...

Fim de semana ixpetáculo. Samba. Sol. Cerveja. Praia. Ê vida mais ou menos...