Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, novembro 09, 2004

A freiada

Sábado saí do Maracanã após o jogo do Mais Querido. Uma chuvinha fina, um frio q nada tem a ver com o Rio estavam na área. Eu nao ia pra casa, mas levava o companheiro Fabrício q assistiu o jogo comigo o ponto dele (SEMPRE ELE!!!), o 393. Do Maracanã pro ponto final do coletivo se vai pela Radial Oeste, depois se percorre toda a Presidente Vargas até a chegar à Rio Branco, q deve ser percorrida até a Araújo Porto Alegre e aí se chega à Presidente Antônio Carlos, odne está o tal ponto final. Não é longe, "todo esse trajeto" é percorrido em menos de 10 minutos de carro.

A freiada em questão foi no cruzamento da Presidente Vargas com Rio Branco. Vinha eu na pista sozinho. Num raio de 50 metros não havia outro veículo na mesma pista. Lá na frente um ônibus verde, da linha 249 se nao me engano. Velocidade constante entre 50 e 60 km/h. E a chuvinha caindo...

À frente o sinal fechou. Fui no sapatinho e comecei a ouvir uma freiada daquelas horripilantes, de cantar o pneu. Comecei a olhar pros lados, pros retrovisores, pra outra pista. Nada. Não tinha carro algum. Foi botar os olhos pra frente e ver q o tal 249 deslisava pela pista como se estivesse patinando sobre o gelo. Já começava a ficar de lado e eu imaginando q ele ia tomar na pista. Quando começava a imbicar cruzado na Rio Branco consegui parar. Ufa. Sustão, hein. E mais assustado fiquei pensando... e se estivesse na frente do ônibus? Era pasta de asfalto agora.