Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, novembro 05, 2004

Meus camaradas manés...

Bol, apelido do companheiro Fábio, q deixou o nosso querido bairro de Bangu para estudar em Florianópolis, tá no Rio de passagem. Bol já tem sotaque de manezinho, ou seja, fala como a galera de Floripa. Ligou pra mim ontem chamando pra tomar cerveja. Eu disse ao mané q sairia por volta das 18h, 19h, o firungudo achou tarde, mas disse q tava valendo. Desmarquei um beberol com um camarada já q o Bol tava na área e ele hoje em dia é novidade na cidade. Pois bem, ligo para o sujeito, o Bol, pra dizer q tava pra vazar daqui. E o bunda rachada me responde o seguinte:

"Vim visitar meu avós em Paquetá, perdi a barca das 17h30. A próxima é só perto das 20h. Acho melhor dormir por aqui e voltar amanhã. Vou pra Bangu e a gente se vê por lá".

Dá vontade de bater num moleque desses, né. O bunda suja foi visitar o avós, perfeito, mas perder a barca?! E não me avisar antes q a perdeu?

Em tempo, Paquetá é uma ilha q fica lá na meiuca da Baía de Guanabara onde só é possível chegar por barca mesmo. É um bairro carioca, um lugar meio bucólico onde não ponho os pés há anos. Tão bucólico q o meio de transporte do lugar é a bicicleta, não há carros ou ônibus. Mais uma coisa da diversidade carioca. Bom, espero q o mané nao tenha perdido a barca de novo e esteja prestes a daras caras por lá pra q dê pra revê-lo.

Bol é dono da "minha casa" em Florianópolis.