Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, abril 28, 2005

Ser mané é

Passar a tarde precisando falar com um sujeito da alta administração da empresa. Ligar, nada. Falar com a secretária, "ele tá em outa ligação". Ok, ligo depois. "Ele vai falar com vc mais tarde". Ok, ligo depois. Cinco horas após a primeira tentativa, nenhuma contato foi estabelecido.

Seu chefe, o novo chefe, chega no setor pra falar com um dos colegas. Vc fala com ele. O chefe fala pra tentar de novo. O mané, cheio de solução, sacou o número do celular e discou. Chamou, chamou. O aparelho foi atendido e comecei a falar "oi, aqui é o Vicente, tava precisando disso, daquilo, daquilo outro". E percebi q minha voz vinha se aproximando pelo outro lado...

O furingudo aqui tinha ligado pro celular do chefe q, de forma singela, aproveitou pra me zoar aproximando seu celular do meu ouvido. Micão, ê, ô. Eu falava num aparelho e me ouvia no outro.

quarta-feira, abril 27, 2005

O irritante oba-oba das quatro décadas da TV Globo parece querer esconder q o senhor Roberto Marinho fez, desfez, mandou, desmandou pra continuar tirando vantagem, se manter por cima da carne seca. Cagam mó goma se dizendo importantes pro país, mas passam por cima de toda a judaria feita nesse país. Não vou ficar escrevendo o q já feito e muito melhor do q eu faria. Resolvi pegar os três primeiros parágrafos do texto do pessoal do Intervozes, onde uma galera conhecida milita.

40 anos de Rede Globo: não há nada para comemorar

Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social*

Na próxima terça-feira (26), a Rede Globo de Televisão comemora 40 anos de vida. Muita gente graúda da elite cultural e política do país vai aproveitar a ocasião para mostrar a “imensa” gratidão do Brasil com a emissora que – entendem eles – expressa como ninguém esse contraditório e tropical país. Mas nós não iremos comemorar. Pelo contrário, usaremos a data para lembrar, protestar e mostrar à sociedade que a Rede Globo não é apenas o rosto bonito do Rodrigo Santoro ou a simpatia da Suzana Vieira.

Em vários lugares do Brasil, capitais e no interior, a sociedade civil organizada prepara atos públicos para contestar a “versão oficial da história” – uma versão que foi construída pela própria emissora aniversariante. Porque, após 40 anos, é preciso que alguém diga, para que todos saibam, que a Rede Globo não é uma empresa cuja marca é a produção de um jornalismo isento e imparcial, o qual se materializa no Jornal Nacional da Fátima Bernardes e do William Bonner.

Muito menos é um grupo que – como eles próprios reivindicam – defende o conteúdo brasileiro do perigo estrangeiro. A Rede Globo é, acima de tudo, uma organização política que atua nos bastidores dos governos brasileiros (sejam eles democráticos ou ditatoriais) em busca de garantir a execução de seus interesses. E que, não uma ou outra, mas muitas vezes, jogou contra a vontade da maioria da população para garantir o seu quinhão.


O link pro texto todo tá aqui.

* Como eles mesmos se intitulam - O intervozes - coletivo brasil de comunicação social e uma associação civil que atua para transformar a comunicação em um bem público e efetivá-la como um direito humano fundamental para a realização plena da cidadania e da democracia.

terça-feira, abril 26, 2005

P q o carioca não gosta de dias chuvosos?

Pq o dia fica feio? Pq invariavelmente a temperatura cai? Pq a gente não gosta de usar guarda-chuva pra não ficar molhado?

Não!

Pq é um martírio ir pra qq lugar. O metrô só atende uma parte pequena da cidade, o trem fica mais devagar por conta da água vindo de cima e o trânsito fica uma josta sem tamanho - os ônibus e carros, q delícia, andam a menos de 20 km/h pelas vias da Santa Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e adjacências...

Dias fofos, não?

segunda-feira, abril 25, 2005

O dia em q o trem andou pra trás

Bom, acabou de passar das 19h e vou conseguir postar sobre a patética vinda para o trabalho. Há tempos as desventuras urbanas cariocas desse mané aqui não são postadas. Mas a de hoje merece. Após contar com uma semana atribulada pós férias em q tive o prazer de ter três chefes diferentes em menos de cinco dias, procuramos voltar a normalidade.

O manual do bom trabalhador braçal da comunicação manda chegar no horário, o chefe novo tem q ir com a cara do sujeito aqui, né. Não é de bom tom ficar chegando tarde. Vou ter q tomar vergonha na cara e sair de casa quase q de madrugada pra chegar aqui às 9h. Devia chegar às 8h, mas aí é demais.

Hoje, sente só o caos, o PPS saiu de sua aprazível residência no querido bairro de Bangu tipo 7h50. Eram 20 minutos de atraso pro q deveria ser o horário ideal de sair. Mas era suficiente. Uma caminhada até o ponto onde passam as vans, aqueles carros com motoristas aloprados que cobram $4,50 pra me trazerem dormindo ainda até o Centro. Após infindáveis 15 minutos... nenhum rascunho de van passou. Conclusão: a Avenida Brasil devia estar uma bunda de neném cagada. O trânsito devia estar um horror e todo mundo devia estar preso.

Delicioso início de semana.

Plano B: pegar o trem.

Mais uma caminhada. Dessa vez até a estação Guilherme da Silveira. Cheguei 8h25, às 8h28 passa o trem q sai da estação de Bangu e vai até a Central. É um parador, mas dá pra ir sentado, entenda-se cochilando. Por singelos R$3,20 eu pego o trem e posso pegar o metrô depois pra chegar ao trabalho.

Vem o cara de lata, o trem. Subo. Sento. Fico na boa. Parte o cara de lata. Próxima estação: Padre Miguel. Depois, estação de Realengo. A seguinte: Magalhães Bastos. Xi. Parou.]

Um voz do teto, do sistema de som do trem, avisa: "a composição anterior se encontra avariada na estação Magalhães Bastos". Ou seja, o trem da frente quebrou. Lindo, lindo, lindo. Uma perfeita manhã de segunda-feira. O trem da frente quebrado, o calor aumentando e eu só querendo chegar na hora no trabalho...

Passou tempo, passou mais tempo. Aí, passou o trem de trás, q era rápido, ou seja, q faz paradas em algumas estações entre Deodoro e a Central. Lotadaço. Nem reclamei muito, eu tava sentado, né.

O trem, q devia ir pra Central do Brasil voltou na direção Santa Cruz. Puts, derrota. Voltou uma estação. A sensaçao de q eu nunca ia chegar ao escritório era mais concreta. Lá foi o trem. Recuou. Fiquei um tempo parado. Só ele parado, pq o ponteirinho do relógio só andava pra frente e correndo.

Enfim a composição manobrou, trocando de linha e passando pra outra q estava livre. São só duas. Uma q teoricamente serve de ida e outra de vinda. Como havia um trem parado em uma delas a parada era usar a livre. É fácil fazer isso brincando, mas não com um trem de verdade.

No fim das contas foi feito. E lá seguiu o cara de lata. Nem falo do sol nas costas porque isso é secundário.

Quando tudo parecia resolvido, encaminhado e rumo ao Centro... sobe um senhor. Ele vem, pára na minha frente e começa a resmungar. Resmungar e balançar. Resmungar, balançar, resmungar. Em dado momento me deu a impressao q ele ia vomitar em cima de mim. Ah, se fizesse isso... Nem sei, deixa quieto. Ele não vomitou. Mas ficou lá, parecendo um zumbi resmungão q ia pra um lado... ia pra outro... e falava coisas q nem ele devia entender.

Sensação suuuper confortável essa de ter alguém assim parado na sua frente no trem. Cheguei a cogitar a possibilidade de descer pra me livrar da condiçao. Descer? Depois de tanto perrengue? Nem pensar. Fiquei lá. Irritado. Louco pro figura descer e sair do lugar. Mas nada, ele parecia estar curtindo...

Prestes a perder a paciência... chegamos a Central. Graças ao bom Deus. Vazei do vagão sem olhar pra trás. Parti pra estação do metro Central (em frente aa gare). Peguei o trenzinho com ar-condicionado. Duas estações, vazei, corri, cheguei. Hora? Só 10h15. O chefe? Não tava. Volto a dizer, o Vicente azarado já nasceu morto. hehe.
Pensei cá comigo "vamos voltar a postar". E lembrei da singela introdução de Wilson Simonal em Nem vem q não tem onde ele começa com um sincero "vamos voltar a pilantragem". Pois bem, voltemos.

E já de cara, posto a letra de Carlos Imperial q o figuraça Simonal cantava nos idos dos anos 60 ou 70 (eu ainda não tava no saco do meu pai, não sei ao certo) e entrou na trilha sonora do filme Cidade de Deus.

Nem Vem Que Não Tem
Nem vem que não tem Nem vem de garfo que hoje é dia de sopa

Esquenta o ferro, passa minha roupa
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!

Nem vem que não tem
Nem vem de escada que o incêndio é no porão
Tira o tamanco, tem sinteco no chão
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!

Nem vem, numa casa de cabloco, já disseram
Um é pouco, dois é bom, três é demais!
Nem vem, guarda seu lugar na fila
Todo homem que vacila, a mulher passa pra trás!

Nem vem que não tem
Pra virar cinza minha brasa demora!
Michô meu papo, mas já vamos'imbora!
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá

sábado, abril 23, 2005

Após três dias no Uruguai voltei pra Buenos Aires de onde partia meu vôo rumo ao Rio. Era mais barato ir a Colônia e de lá pegar o barco. Só q dessa vez o onibus foi sem parar, nao teve o mesmo perrengue da ida. Dormir como um neném. Prar ficar melhor, a senhora q estava do meu lado perguntou se eu era urugaio. haha. Nao, tia, eu sou brasileiro, sou carioca.




Chegando lá, mais tres horas no Rio da Prata e tcharan. Cheguei de novo na Argentina. A impressao q ficou é o q o Uruguai nao tem lá muita identidade. Eles poderiam ser ainda hoje parte do Rio Gradne do Sul. Não fiquei lá muito fã de Montevidéo, mas achei Colônia fofo. Queria ir a Ponta del Este, mas ia ser mais demorado e mais caro. Deixa pra próxima.
Outro albergue e o candombe
Já no dia seguinte, domingao, o mané aqui vazou de um albergue pro outro. Fui pro Albergue da Juventude em Montevidéu. Muito mais barato q o outro. E com uma fauna mais legal de viajantes com quem eu troquei figurinha. Um argentino, um nicaragüense, uma espanhola, um belga, uma estadunidense e uma austríaca.

A noite de domingo parecia perdida quando o argentino sugeriu que procurássemos o Candombe q sairia ali perto. O candombe é uma manifestaçao negra, pq o Uruguai ainda tem os seus negros. O candombe é primo do candomblé, é um ritmo afro-latino super sensual, dançante, bonito de se ver. Os gringos ficaram todos frenéticos ao som dos tambores, todos afinados junto às fogueiras do Bairro Sul, onde rola o mais tradicional candombe da cidade. Em dado momento parece q o ritmo tb tomou conta do Vicente, afinal de contras, pretitude é pretitude em qq lugar do mundo, e aprende a dançar minimamente como os nativos uruguaios pretos.

Descobri q o ritmo é herança banto, o mesmo grupo negro que veio para o Rio e para Recife. A sensaçao de estar em casa foi óbvia. Fiquei a maior parte do tempo acompanhando os tambores. O candombe é o ritmo forete do carnaval de lá q, reza a lenda, tb é legal. Eu nao vi, nunca tive qq informaçao, mas a empolgaçao deles em relaçao a festa é animadora. Conforme os tambores vao andando, as pessoas vao saindo das suas caras pra acompanhar o cortejo. Vao e voltam. Quando vi, várias meninas q estavam super sérias já estavam absolutamente reboaltivas na frente dos tambores. Nao havia canto, só a marcaçao dos tambores e o povo dançando. Salve a cultura popular lantino-americana.

Fotos do site www.candombe.com


Foto de Quique Weitzner


Foto de Mario Schettini

A prova mór de q sou mané e justo na coisa mais maneira do Uruguai eu estava sem minha máquina fotográfica...
E como a noite começa tarde, temina tarde. Eram 4h da manhã e a praça do bairro onde o pessoal fica e estão os bares e restaurantes, o Bairro Velho, estava cheia. Detalhe q era um sábado normal.
Na night uruguaia

Fui pra rua com um cara q tava no mesmo quarto eu, um inglês q tinha um espanhol próximo do macarrônico, mas q tinah tirado meses da sua vida para passear por alguns paises de língua espanhola na América do Sul. Fomos comer uma parada e ver pra onde ia. Entramos num bar onde rolava musica e tal. Legal o bar. Nada de mais, nada demenos. Podia ser um bar em qq lugar. As músicas pareciam ser músicas pop latinas, nao posso dizer q eram uruguaias. Mas chegou uma hora q ficou divertido.

Começou com Festa no Apê, numa versão em espanhol. Já comecei a rir. Aí o carinha q comandava o som desbundou. Mandou "olha a onda, olha a ondá". Emendou com A nova loira do tchan e por aí foi com baianidades de tempos atrás, passando por Daniela Mercury, Araketu e sei lá mais o q. O interessante era ver as figuras se esforçando pra cantar em português e fazer aquelas impregnanets coreografias.

Uma coisa tem q ser dita, eles amam uma brasilidade, seja lá como essa brasilidade for.
Mexicano? Eu??

Pois é, um sujeito mexicano q tava no albergue perguntou se eu era do México. Diatne da minha surpressa com a pergunta, o cara ficou até meio ofendido. Mas fui explicar a ele que nunca na minha vida haviam me perguntado se eu era mexicano, cara.

Devido a origem negra já me perguntaram se sera peruano, colombiano e até uruguaio, mas mexicano foi novidade.
A viagem nao muito feliz
Fui pra rodoviária, q era perto. Dava pra fazer tudo andando. Tomei o onibus rumo a Buenos Aires. A viagem podia levar de duas a tres horas. Claro q comigo no coletivo ela durou tres horas. O onibus fez o favor de parar em todas as cidades entre Colônia e Montevidéu. T O D A S. A situaçao me fez lembrar minha ida, quando ainda morava em Recife, para o Festival de Inverno de Garanhúns, no agreste pernambucano.

Tanto no ônibus uruguaio quanto no pernambucano não parava de subir e sair gente. Sério, na poltrona ao lado da minha sentaram-se durante o trajeto, sem me do de errar, cinco pessoas. Eu já esperava q um porco tb subisse aquele infeliz coletivo. Já me dava ódio da situaçao. Imagina, um viajante solitário, de mochila nas costas, indo de uma cidade pra outra, nao tenho uma hospedagem certa e vendo q nao ia conseguir chegar tao cedo...

Já lá pelas 21h baixei na rodoviária de Tres Cruces. Anda dali, anda pra cá. Pergutna dali, pergutna pra cá. Arrumei onde ficar, um albergue chamado Red Hostel e lá fui eu. Ambiente legal. Gente figura, viajantes de lugares distantes. Tava na Boa. Deu pra toamr um banho e sair pra noite. A noite lá começa na mesma hroa em q Buenos Aires, tipo meia noite, uma da manhã.
No Uruguai

Já vai pra mais de uma semana q voltei e nem falei nada da minha estada pelo Uruguai. Então deixa eu registrar agora. Deixei Buenos Aires de barco, peguei um bicho q parece uma balsa (maior q a q faz a ligaçao Rio - Niterói) pra cruzar o Rio da Prata. O destino inicial era Colônia do Sacramento que todos deram a entender ser um lugar fofo. O tal do barco tinha dois destinos: Montividéu e Colônia. O sujeito-passageiro escolhe qual vai tomar ainda na Argentina. Como já disse, fui pra Colônia ver qual era.

Parece uma Parati portenha. É realmente fofinha. Foi criada por portugueses nos idos de mil seissentos e lá vai bolinha. A cidade começou dentro dos muros de uma fortificação. Construções super antigas construídas pelos lusos, eram seis ou sete museus espalhados. De onde me pergunto, p q os caras nao fizeram tudo num museu só? Ah, vá entender. Bom, a atmosfera de cidade do interior, a beira mar ( q era rio) faz com q Colônia seja um lugar amável.

Fiquei um tempo olhando os barcos a vela no Rio da Prata. No fim da tarde dezenas deles apareceram e ficaram por lá. Navegando, navegando sob aquela água estranhamente marrom.

Colônia é fofo, mas quis sair de lá. Tava sozinho, mochila nas costas. Quis encarar um lugar q tivesse mais agito. Optei por pegar a estrada rumo a Montevidéu. Liguei pro Hi Hostel, rede da qual tenho carteirinha e por onde cosutmo ficar por aí, tava lotado. Xi... Longe de casa, há mais de uma semana e sem ter onde dormir no Uruguai. O q fazer? Ir pra Montevidéu na marra pra ver o q ia acontecer.
Hoje tem jogo do Flamengo. O Mais Querido estréia no Dia de São Jorge, o santo guerreiro. A partida é no Maraca, às 18h. E aí? Vou ou não vou? Não acredito q o Santo Guerreiro, que também é rubro-negro, não vai ajudar a equipe flamenguista a se sair bem. Bom, tô achando q vou pegar minha camisa, minha bandeira e partir pra lá. Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo sempre eu hei de ser.

Vai começar de novo esse campeonato que, como no ano anteriro, deve ficar mais interessante pra ver que vai ficar pelas últimas colocaçoes do q quem vai ganhar. Eu, chato q sou, prefiro a fórmula com elminatórias e finais. E caô de pontos corridos é chato toda a vida e até agora nao me convenceu.

terça-feira, abril 19, 2005

Judaria é receber um e-mail vindo com o título "Parabéns!". O malandro chega lá, abre e recebe as congratulações pelo Dia do Índio. haha. Fala sério.
Ser mané é

Preencher a folha de ponto e no dia 17 do mês corrente perceber q a folha q está sendo usado é referente a fevereiro...

sábado, abril 16, 2005

Luciana, a autoritária, tb tava lá. Encontrei a menina, na véspera dela ir embora e deu pra dar uma passeada com ela. Levia a linha do metro q é super antiga e tem composiçoes com o interior de madeira, q é bem bonito e onde demos a pitna de turistas, pq tiramos uam penca de fotos. Tenho até q enviar pra ela.
Trocamos impressoes sobre argentinices e ainda fomos até a Livra El Ateneo, um ixpetáculo. Linda, lindaça. Fica no q foi um antigo teatro. Lá, um episódio típio de 'ser mané é'.

Ser mané é
Compre dois livros com os últimos 41 pesos argentinos q eu tinha. Eu ia sair e trocar o dinheiro q eu tinha por mais pesos. Detalhe, todos os bancos estavam fechados. Eu nao tinha dinheiro pra fazer nada, mas tinha os dois livros nas maos. Malandro q só eu. Luciana sugeriu q fossemos até a rua nde existia casa de cambio. Pára nao correr o risco de chegar la'e encontrar os lugares fechados, fomos de táxi. Ufa. Etnramos na primeira casa de cämbio q encontramos. Nao aceitaram meu domeunto. Eu tinah deixado a carteira do IFP junto com minah bagagem e só carregava a outra, da Fenaj. Detalhe, nao aceitaram lá. Luciana, q tinha a sua na mao, preencheu lá os papéis e troquei a grana no nome dela. hehe.
Em la Bombonera
O passeio não seria completo se não tivesse ido a La Bombera, o folclório estádio do Club Atlético Boca Juniors, o mais popular da Argentina. Um tipo de Flamengo deles.
O estádio é curioso, curiosíssimo. As arquibancas são íngremes demais. Os torcedores ficam quase em cima dos jogadores. A torcida me lembrou muito as dos jogos no Maracanã. Eles cantam, pulam horrores. São apaixonados. Conversando com um ou outro fiquei sabendo q eles curtem ver as nossas torcidas pela tevê e até acham curiosas e criativas as músicas que cantamos.




Maradona estava lá. Eles vão a loucura com a presença do cara. Calhou de justo naquela partida em q eu estava lá, com Leandro e um tio seu, o Boca venceu o jogo por 4 a 0. O brasileiro do time, o Baiano, fez até um golaço. Pé-quente esse Vicente, hein.Mas me chamou atenção ver um cara com a camisa do Flamengo lá no meio a torcida. Tentei fotografar, não ficou a melhor do mundo, mas coube o registro. Ah, melhor, vi outros caras com a camisa do Mais Querido por Buenos Aires... É o time brasileiro mais querido na Argentina tb.
La abuela
La abuela, a avó do camarada Leandro é um personagem que merece um poste específico. Dona Adriana é argentina, argentiníssima, do bairro da Boca. Conheci seu neto, o tal Leandro, há pouco tempo, em São Paulo onde mora. O referido neto é namorado de Joice, menina fofa e queridinha desde os antigos tempos de Enecos quando todos éramos estudantes. Pois bem, Joice e Leandro estavam em Buenos Aires durante o mesmo período q eu. Nos encontramos por lá e fui conhecer a avó, uma adorável avó que curte cozinhar quantidades nababescas e quase nos matar de comer.
Estive lá duas vezes, comi horrores. Ela pergunta com uma carinha de boazinha se estava gostando. Como a resposta era sempre sim, ela enchia mais o prato. Haha. Um astral e uma clima tão bom rolava naquele apartamento, puts. Mais uma boa lembrança da Argentina.
Eu já dizia sorrindo: “tengo miedo de la abuela”. Hehe. Salve, salve dona Adriana e sua hospitalidade.
Pelos arredores
Já com Daniel, o namorado argentino sangue bom de Kelly, fomos a Feira de Mataderos. Um subúrbio de Buenos Aires. Feira de coisas de vestir, de comer e beber. Lá fui apresentado a coisas como choripan (pão com lingüiça), empanada, locro (uma feijoada de feijões brancos), e tamal (uma coisa q parece pamonha, mas é salgado e com carne dentro).
Depois o destino foi a Feira de San Telmo, do outro lado da cidade. Uma feira de antiguidades com um clima super gostoso, algo meio Santa Teresa.Ainda rolou a Recoleta, bairrozinho bacana onde tem um cemitério igualmente bacana. Bacana e curioso, os caras são sepultados em coisas tipo pequenas capelas super adornadas ou com esculturas. Uma parada que de tão diferente virou turístico. Ao mesmo tempo q é bonito, tem um ar sombrio... É cemitério, né. Mas rendeu fotos bem legais.
La lengua picante
O táxi me desovou na Rua Perón, no bairro chamado Once. O nome todo da calle (a rua) é Tenente Coronel Juan Pablo Perón, ou só Calle Perón. Ah, em tempo, lá tem o clássico lleísmo (leia-se jeísmo), é bom q se leia os ll como fonema j pra q todo mundo entenda. Logo, fala-se caje Perón. Fofo, né.
Kelly (Kelly é Quéli e não Quéji pq é nome não hispano ou latino, a lógica dos caras é essa) me esperava com sua aluna de português. É, a Kelly dá aulas de português.
Já instalado, lá foi Vicente com Kelly e amiga para outro lugar. Kelly faz mestrado lá junto com um grupo de argentinos e estudantes de diferentes nacionalidades. A menina q divide apartamento com ela é uma boliviana e a mãe da menina da Bolívia estava na área no mesmo período q eu. A mãe boliviana tava tocando um almoço típico pra galera. Fui lá ver. O cardápio: lengua picante. Isso mesmo, língua de boi, batatas bolivianas (elas têm um nome fora do meu entendimento) e uma salada muito maneira. Detalhe, a língua e a salda eram as coisas mais apimentadas q já comi. Deixa essa brincadeira de comida baiana no chinelo.

Ironia... minha primeira refeição na Argentina não foi argentina. Mais vou lembrar por bastante tempo... fiquei com a boca literalmente dormente... Puts. Mas foi maneiríssimo.
Traficante de feijão?

Manhã do dia 2 de abril. Cedo, cedo lá tava eu na pista rumo ao Aeroporto do Galeão. Já na entrada, uma surpresa. Um antigo chefe de reportagem chegava ao mesmo tempo.

Passando pela aduana, um pequeno detalhe. Fui obrigado a parar e abrir minha mochila. E sabe p q? Pq os caras queriam ver o q eu carregava no fundo da mochila. O sujeito me perguntou se eu carregava balas. Balas?? Munição?? Haha. Eu levava dois quilos de feijão preto pra Kelly pq ela queria fazer uma feijoada.

E eu devo ter cara de otário, né. Pro cara achar q eu ia levar balas sabe-se lá de que dentro de uma mochila. Melhor, o sujeito pegou sua luvinha de plástico, pediu permissão pra abrir a mochila. Falei “abre aê, mas não fica com os feijões pq é pra uma amiga”. Meio sem graça em confirmar o q eram as bolinhas q viu pelo raio x eram somente e apenas aqueles grãozinhos pretos, liberou o Vicente e lá fui eu pro embarque.

Voltando ao chefe de reportagem
O tal chefe de reportagem, folclórico por gostar de esfolar os seus repórteres, o Joanto, tb rumava para o embarque internacional. Descobri depois q ia junto com um grupo de coleguinhas brasileiros fazer um curso de jornalismo em áreas de risco, o curso era dado em solo argentino. Depois dele, vários outros coleguinhas foram chegando e chegando. Deu saudade de ser repórti.
Eu, que pretendia dormir até Buenos Aires, fui trocando figurinhas com as figuras até a capital Argentina. É, não foi ruim. Foi bem agradável até.

Já no Aeroporto de Ezeiza, distante meia hora do Centro de Buenos Aires, parti pra chamada Capital Federal.

Como existem carros velhos na Argentina. Mas não são carros dos anos 80, que seriam velhos pros padrões brasileiros. Eram carros dos anos 70, alguns com cara de anos 60. Meio estranho ver esse naipe de carros ao lado de importados super ultra uhu! moderníssimos.
Agora vou postar minhas singelas experiências pela Argentina e Uruguai. Tenho q postar logo antes q eu me esqueça do q aconteceu.

quinta-feira, abril 14, 2005

E o péla-saco argentino que foi preso por atitude racista no jogo do Quilmes contra o São Paulo. Ixcroto. Tem mais é q ficar no xilindró mermo. Mas sabe o q é pior, toda a equipe do Quilmes embarcou comigo lá em Buenos Aires. Isso mermo, o mané racista q tá atrás das grades veio coigo pro Brasil. Enquanto ele ficou lá em São Paulo para o jogo, eu vim pro Rio, pra casa.



Olha a fuça do péla-saco.
Pra constar

Vicente está no Rio desde terça. Vicente está no trabalho desde quarta.

Vicente pretente postar tudo o q foi feito em terras portenhas como se fosse em pequenos capítulos. Mas tudo será postado de uma vez só. Só falta tempo pra escrever as paradas.

segunda-feira, abril 11, 2005

Desde sábado estou em Montevideo, a capital daquele país pequeninho que fica abaixo do Rio Grande do Sul. É um lugar simpático e nada mais, acho q já fiz tudo o q a capital uruguaia me permitiria. Daqui a pouco, 16h15, pego o barco para voltar a Buenos Aires, que é incomparavelmente mais legal que Montevideo. Só tem uma coisa q me deixa bolado, tá chovendo a vera por aqui...

Mas em uma coisa Montevido pareceu ser superior a Buenos Aires, as meninas daqui me deram a impressao de serem mais bonitas que as argentinas.

Tenho q lembrar de comprar as "encomendas" que me fizeram... Ih, tem tanta coisa... espero conseguir comprar tudo o q me foi pedido. Ah, e tenho tb q aumentar minha colecao de camisas de times. Hoje, antes de vazar daqui, vou ver se consigo uma do Peñarol e lá em Buenos Aires, uma do Gimnasia Esgrima.

sábado, abril 09, 2005

Quando voltar ao Rio vou postar as histórias como se fossem capítulos mesmo. A novidade de hoje é q cruzei o Rio da Prata de barco e aportei no Uruguai, em Colonia do Sacramento. Ainda to vendo se vou pra Montevidéo hoje. Vi q o albergue tá lotado por lá, se o daqui tb estiver, xi... temos o Vicente em um perrengue uruaguaio, hehe.

Ah, e já tem um "ser mané é" no qual fui salvo pela Luciana q tb dava as caras por aqui.

quinta-feira, abril 07, 2005

Mais pautas para postar:

A ida a La Bombonera no jogo em q o Boca venceu o Pachuca, do México, por 4 a 0.

Como encontrei argentinos com camisa do Flamengo, inclusive na torcida do Boca.

Como fiquei sem um peso na carteira pq quis comprar dois livros e dependi da benevolencia (eu nao sei onde fica o circunflexo nesse teclado portenho) pra me levar de táxi até uma casa de cambio pra voltar a poder fazer coisas que dependem de dinheiro aqui.

terça-feira, abril 05, 2005

Eita preguicca de escrever...

Tenho q me lembrar de escrever sobre minhas experiencias com comidas tipo tamal, empanada, bife de chorizo, e até uma ´lengua picante´, pra boliviano q encarei já nas primeiras horas.

O tempo tá ótimo, dias lindos com céu limpo, limpo. To indo a todo canto pra ver cual é, já to dando as caras sozinho, já sou casí un porteño, hehe.

Já andei por cantos tipo a Feira de Mataderos, por San Telmo, pelo Puerto Madero, pela Boca, pela Plaza de Mayo, q fica na frente da Catedral e da Casa Rosada.

Logo mais vou dar as caras na Recoleta, ver qual é a do tal cemitério bacana q tem lá. Tenho q lembrar tb de dar as caras no lugar q vende a passagem do barco q cruza o Rio da Prata até o Uruguai. Acho q vou lá.

MInha coleccao de camisas de times de futebol já cresceu. E amanha, tcharan, vou até La Bombonera ver um jogo do Boca pela Libertadores.

Me vou agora, vou procurar um lugar pra comer, pegar meu mapa, minha maquina fotográfica e seguir minha aventura super turista por essas terras.

Ainda tenho q lembrar de postar meu caso com a Polícia no Aeroporto, o encontro com Joice e seu namorado portenho, a avó do namorado argentino q me fez comer horrores e aí vai.

domingo, abril 03, 2005

Sim, estou vivo!

Sim, Buenos Aires é legal!

Sim, é frio pra burro.

hehe, mas é maneiro.

Sim, tô com preguicca de escrever, mas deipois eu posto algumas coisas.

sexta-feira, abril 01, 2005

O PPS no meio dos portenhos

Amanhã a essa hora esse sujeito estará por Buenos Aires. A empresa deu aqueles dias pra eu fugir e vou prali, pra terra de los hermanos. Amiga Quéli, aquela mulher maluca de Caxias com quem estudei jornalismo, mora lá. Esteve aqui de férias e pôs mó pilha pra eu dar as caras em sua casa. Eu vou. E vamos ver em q bicho vai dar.

Vou aumentar minha coleção de camisas, vou aprender palavras de baixo calão pra usar e vou a La Bombonera. A idéia é cruzar o Rio da Prata com minha mochila no lombo até o Uruguai, aquele país q a gente só lembra q existe quando tem Libertadores da América, Eliminatórias da Copa e coisas congêneres. Será q vai dar? Será q vou? Sei lá, quando estiver por aqueles cantos eu vejo.