Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sábado, abril 16, 2005

La lengua picante
O táxi me desovou na Rua Perón, no bairro chamado Once. O nome todo da calle (a rua) é Tenente Coronel Juan Pablo Perón, ou só Calle Perón. Ah, em tempo, lá tem o clássico lleísmo (leia-se jeísmo), é bom q se leia os ll como fonema j pra q todo mundo entenda. Logo, fala-se caje Perón. Fofo, né.
Kelly (Kelly é Quéli e não Quéji pq é nome não hispano ou latino, a lógica dos caras é essa) me esperava com sua aluna de português. É, a Kelly dá aulas de português.
Já instalado, lá foi Vicente com Kelly e amiga para outro lugar. Kelly faz mestrado lá junto com um grupo de argentinos e estudantes de diferentes nacionalidades. A menina q divide apartamento com ela é uma boliviana e a mãe da menina da Bolívia estava na área no mesmo período q eu. A mãe boliviana tava tocando um almoço típico pra galera. Fui lá ver. O cardápio: lengua picante. Isso mesmo, língua de boi, batatas bolivianas (elas têm um nome fora do meu entendimento) e uma salada muito maneira. Detalhe, a língua e a salda eram as coisas mais apimentadas q já comi. Deixa essa brincadeira de comida baiana no chinelo.

Ironia... minha primeira refeição na Argentina não foi argentina. Mais vou lembrar por bastante tempo... fiquei com a boca literalmente dormente... Puts. Mas foi maneiríssimo.