Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, abril 25, 2005

Pensei cá comigo "vamos voltar a postar". E lembrei da singela introdução de Wilson Simonal em Nem vem q não tem onde ele começa com um sincero "vamos voltar a pilantragem". Pois bem, voltemos.

E já de cara, posto a letra de Carlos Imperial q o figuraça Simonal cantava nos idos dos anos 60 ou 70 (eu ainda não tava no saco do meu pai, não sei ao certo) e entrou na trilha sonora do filme Cidade de Deus.

Nem Vem Que Não Tem
Nem vem que não tem Nem vem de garfo que hoje é dia de sopa

Esquenta o ferro, passa minha roupa
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!

Nem vem que não tem
Nem vem de escada que o incêndio é no porão
Tira o tamanco, tem sinteco no chão
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá!

Nem vem, numa casa de cabloco, já disseram
Um é pouco, dois é bom, três é demais!
Nem vem, guarda seu lugar na fila
Todo homem que vacila, a mulher passa pra trás!

Nem vem que não tem
Pra virar cinza minha brasa demora!
Michô meu papo, mas já vamos'imbora!
Eu nesse embalo vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá, sacundim, gundim, gundá