Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

A quem interessar possa...

Esse preto, pobre, suburbano e safado se encontra na cidade de Salvador, a aprazível capital baiana. Após o sempre caloroso, colorido, divertido e desgastante fisicamente carnaval recifense. Semana q vem baixo na minha tão amada cidade, o Rio. Mas enquanto nao dou as caras por lá, tamos aí pra aloprar. Ah, muleque!!! Até parece q estou de férias.

Ah, e quem nao se interessar? Tô cagando quilos.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Resolvido!!!

Fernanda Mam?e Galv?o, progenitora de um futuro grande rubro-negro, deu a id?ia de falar com os coleguinhas de reda??o, ver quem estaria de plant?o e l? desovar a mochila. Segui a sugest?o e nao ? q deu certo? Amanh? cedo t? deixando meus bagulhos na Irineu Marinho. Ah, muleque. Tudo sempre d? certo...

Aos q se preocuparam em ajudar esse suburbano folgado, obrigado.
Escravos da Mauá. Sim, eu fui. Uma gentama sem fim, chuva, cerveja, minha máscara de camisinha causando frisson. Gente à vera conhecida. Boníssimo astral. O samba, a meu ver, era bem limitado, mas cumpriu o papel bem, muito bem. E salve os Escravos da Mauá.

Quilombo da Mauá
Pés descalços nus
Os escravos pelo cais
O Mar levou e traz
Do Almirante Negro, a voz.

Quilombo da Mauá
Aqui sou feliz
Cabrocha, chega mais
No palco, todos nós

"Escravos da Mauá"
Me leva com você
A liberdade é
Razão para se viver

Acordo pra sonhar
Evito a marchar ré
Corrente popular
Tira as correntes
dos meus pés
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Esse samba enredo, que ? um dos meus favorit?ssimos, veio a cabe?a hoje. Pertence ao carnaval de 1984, q me marcou por ter sido nele em q descobri o carnaval da minha cidade. Mal ou bem j? ? carnaval em v?rios cantos do pa?s. A?, vim cantarolando pra mim mesmo.... O samba ? ?timo, composto pelo Martinho da Vila pro carnaval de 1984 da Unidos de Vila Isabel.

A grande paix?o
Q foi inspira??o
Do poeta ? o enredo
Que emociona a Velha Guarda
L? na comiss?o de frente
Como a diretoria

Gl?ria a quem trabalha o ano inteiro
Em mutir?o
S?o escultores, bordadeiros, costureiras
Figurinista, desenhista e artes?o
Gente empenha em contruir a ilus?o
E que tem sonhos
Como a velha baiana

Q foi passista, brincou em ala
Dizem que foi o grande amor do mestre-sala

O sambista ?o artista
E o nosso tom ? o diretor de harmonia
Os foli?es s?o embalados pelo pessoal da bateria

Sonhos de rei, de pirata e jardineira
Pra se acabar na quarta-feira
Mas a Quaresma l? no morro ? colorida
Com fantasias j? usadas na avenida
Que cortinas, q s?o bandeiras,
Raz?es pra vida t?o real na quarta-feira

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Escravos agora!

O celular está frenético. Cinco malucos já me ligaram pra ir pros Escravos da Mauá. Já é. Demorô. Vomitão. MInha máscara de camisinha tb está frenética pra ser usada. Vou eu de camisa abotoada pra dentro da calça de pregas e uma máscara de camisinha na cabeça. Hehe. Eu só quero ser feliz.
Cara, só no Rio mermo...

Só aqui tu vai ao banheiro marcar o território como bom mamífero, ouve uma bateria, olha pra baixo e vê uma galera feliz passando com um carro de som cantando "Eu quero", samba do Império Serrano do carnaval 1986. Ah, e passando na Rio Branco pra desespero de motoristas e alegria dos foliões.
Urubu de espuma

Como torcedor do Flamengo e prestes a ganhar uma camisa do Íbis de Pernambuco, preciso de um urubu de espuma pra levar comigo pro carnaval. Preciso, preciso muito. Acho q vou na entrada do Maracanã no sábado pra ver se viabilizo um. Hoje passei na porta de uma das lojas Ninho do Urubu, q vende artigos do Flamengo, e nao me deixaram levar o enorme urubu de espuma da vitrine... gente desumana....
Perrengue de carnaval

É público, notório é divulgado amplamente q fico na santa cidade de São Sebastião até o sábado de carnaval. É público e notório tb q vou pra Escravos da Mauá hoje, vou pro Carmelitas amanhã (depois do expediente) e no sábado para o obrigatório Cordão do Bola Preta.

E aí surge o perrengue: vou de mala e cuia pro Bola Preta, ou melhor, pretendo ir. Meu vôo pra Recife sai do Galeão as 15h30. Só q como vou pro Bola com meu mochilão no lombo? Onde deixar o mochilão? Como ir do Bola pro aeroporto? Se nao conseguir resolver isso... o Bola poderá ser deixado de lado para minha mais profunda tristeza.

Eu preciso de um lugar perto do Centro pra deixar o mochilão e um bonde pro aeroporto!!! Socorro!!!

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Coisas que só o Rio de Janeiro pode proporcionar...

Clima tenso no trabalho. Coisas acontecem, não há entrosamento para resolver a pendenga. A coisa rola de um lado pro outro até tomar prumo e se resolver.

O gerente da galera chama geral pra uma reunião em sua sala. Todos vão. O clima da reunião nao é ruim, rola uma lavagem de roupa suja, mas nada de sangue rolando, tudo bem pacífico. E daí saem encaminhamentos para tomarmos.

E o melhor, do lado de fora, ouve-se o som de uma bateria. O cara do microfome, na muvuca em frente ao prédio, anuncia: "com vcs a baterias da Mocidade Independente de Padre Miguel e da Acadêmicos de Santa Cruz". A minha escola e a do meu avô! As verde e branco da Zona Oeste! Tamos aí!!!

Os colegas, já sabendo do meu gosto por essas orquestas de instrumentos percussão, começam a olhar pra mim e comentam q já repito gestos ritmados, acompanhando a marcação (tum-tum, tum-tum, tum-tum). Uma moleca diz "desce, Vicente". Ahan... Ah q vontade q deu...

A reunião acabou e o bloco tb, mas ter como som de fundo de uma reunião baterias de escolas de samba é coisa q só pode acontecer na santa cidade de São Sebá do RJ, ah, é.
Da série bobagens q chegam por e-mail...

Estudo importante

a) No Japão é consumida POUCA gordura e o índice de ataques cardíacos é
menor que na Inglaterra e nos EUA;
b) Na França é consumida MUITA gordura e, ainda assim, o índice de
ataques
cardíacos é menor que na Inglaterra e nos EUA;
c) Na Índia, se bebe POUCO vinho tinto e o índice de ataques cardíacos
é
menor que na Inglaterra e nos EUA;
d) Na Espanha se bebe MUITO vinho tinto e o índice de ataques cardíacos
é
menor que na Inglaterra e nos EUA;
e) Na Argélia se transa POUCO e o índice de ataques cardíacos é menor
que na
Inglaterra e nos EUA;
f) No Brasil se transa MUITO e o índice de ataques cardíacos é menor
que na
Inglaterra e nos EUA;

Conclusão:

Beba, coma e transe sem parar, pois o que mata é falar inglês!

Eu já parei meu curso!
Portelando

Querem me fazer virar a casaca, mas não mudo. Continuo Mocidade com toda a convicção, por mais q tentem. Ontem não segurei a onda estando na livraria, comprei o livro da série Perfis do Rio sobre o Monarco . O coleguinha Hernique Cazes escreveu a biografia desse q é uma das principais peças da Velha Guarda da Portela, patrimônio cultural carioca - tanto a Velha Guarda quanto o Monarco.

Aí, o companheiro luso chega e me dá dois CDs com gravações (algumas ao vivo, outras de estúdio) com sambas enredo da azul e branco de Osvaldo Cruz. Blógue, tem até o esquenta do desfile de 1998 quando Paulinho da Viola levou "Foi um rio q passou em minha vida" na concentração acompanhado pela bateria! Pra quem curte samba, quem curte escola de samba, isso foi um momento absurdamente memorável. Eu vi pela tevê. Se nao me engano, q tinha acabo de chegar da Lapa e fiquei chapado e arrepiado vendo aquilo diante da tevê.

Bom, passarei o carnaval no Nordeste ao lado da minha família pernambucana, depois vou até Salvador rever parte da camaradagem baiana (a outra parte dessa camaradagem está em Brasília). Mas o coração já está meio partido, eu fico triste em pensar q estarei distante de toda a energia das escolas cariocas...

Bom, vida que segue. A energia de lá tb é ótima. Já tô pilhado pra rever todos os adoráveis maluquinhos de lá. E o firuleiro bônus q já aportou em terras recifenses.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

E se alguém vier me zoar pq to postando poesia nesse blógue grosseiro eu mando tomar atrás do saco. E tenho dito.
Vendo a cidade se preparando para o carnaval me veio à cabeça um verso do samba da Mangueira q homenageou o Drummond, o verso diz "O Rio toma forma de sambista" e é o q estou vendo. Os enfeites na Presidente Vargas, a decoração na Rio Branco, a preparação do sambódromo, tudo remete aos dias de folia. Até o clima na cidade já muda. É algo meio q um espera ansiosa. Assim como eu mesmo me encontro.

Bom, a poesia do Drummond é essa. É uma homenagem ao Rio.

RETRATO DE UMA CIDADE

I
Tem nome de rio esta cidade
onde brincam os rios de esconder
Cidade feita de montanha
em casamento indissolúvel
com o mar.
Aqui
amanhece como em qualquer parte
do mundo
mas vibra o sentimento
de que as coisas se amaram durante a noite.
As coisas se amaram. E despertam
mais jovens, com apetite de viver
Os jogos de luz na espuma,
o topázio do sol na folhagem,
a irisação da hora
na areia desdobrada até o limite do olhar.
Formas adolescentes ou maduras
recortam-se em escultura de água borrifada.
Um riso claro, que vem de antes da Grécia
(vem do instinto)
coroa a sarabanda a beira-mar.
Repara, repara neste corpo
que é flor no ato de florir
entre barraca e prancha de surf,
luxuosamente flor, gratuitamente flor
ofertada à vista de quem passa
no ato de ver e não colher.

II
Eis que um frenesi ganha este povo,
risca o asfalto da avenida, fere o ar.
O Rio toma forma de sambista.
É puro carnaval, loucura mansa
a reboar no canto de mil bocas,
de dez mil, de trinta mil, de cem mil bocas,
no ritual de entrega a um deus antigo,
deus veloz, que passa e deixa
rastro de música no espaço
para o resto do ano.
E não se esgota o impulso da cidade
na festa colorida. Outra festa se estende
por todo o corpo ardente dos subúrbios
até o mármore e o ray-ban
de sofisticados, burgueses edifícios:
uma paixão:
a bola
o drible
o chute
o gol
no estádio-templo onde se celebram
os nervosos ofícios anuais
do Campeonato.
Cristo, uma estátua? Uma presença,
do alto, não dos astros
mas do Corcovado, bem mais perto
da humana contingência,
preside ao viver geral, sem muito esforço,
pois é lei carioca
(ou destino carioca, tanto faz)
misturar tristeza, amor e som,
trabalho, piada, loteria
na mesma concha do momento
que é preciso lamber até a última
gota de mel e nervos, plenamente.
A sensualidade esvoaçante
em caminhos de sombra e ao dia claro
de colinas e angras,
no ar tropical infunde a essência
de redondas volúpias repartidas.
Em torno da mulher
o sistema de gestos e de vozes
vai-se tecendo. E vai-se definindo
a alma do Rio: vê mulher em tudo.
Na curva dos jardins, no talhe esbelto
do coqueiro, na torre circular,
no perfil do morro e no fluir da água,
mulher mulher mulher mulher mulher.

III
Cada cidade tem sua linguagem
nas dobras da linguagem universal.
Pula
do cofre da gíria uma riqueza,
do Rio apenas, de mais nenhum Brasil.
Diamantes-minuto, palavras
cintilam por toda parte, num relâmpago,
e se apagam. Morre na rua a ondulação
do signo irônico.
Já outros vêm saltando em profusão.
Este Rio...
Este fingir que nada é sério, nada, nada,
e no fundo guardar o religioso
terror, sacro fervor
que vai de Ogum e Iemanjá ao
Menino Jesus de Praga,
e no altar barroco ou no terreiro
consagra a mesma vela acesa,
a mesma rosa branca, a mesma palma
à Divindade longe.
Este Rio peralta!
Rio dengoso, erótico, fraterno,
aberto ao mundo como uma laranja
de cinqüenta sabores diferentes
(alguns amargos, por que não?),
laranja toda em chama, sumarenta
de amor.
Repara, repara nas nuvens: vão desatando
bandeiras de púrpura e violeta
sobre os montes e o mar.
Anoitece no Rio. A noite é luz sonhando.
E nao é q o Santa Cruz ganhou o primeiro turno do Campeonato Pernambucano? Vi hoje de manhã, ganhou do Sport com um gol contra. Catirina deve estar se rasgando de alegria.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

A Ilha, a Mocidade, o mexicano e a Mercedes

Todo mundo vive histórias insólitas uma vez ou outra. Nesse sábado, lá fui eu viver uma dessas. Sábado foi aniversário do companheiro lusitano com quem trabalho. Além de lusitano, o ser é insulano e fez festinha na Ilha do Governador.

Fomos, claro. Gente louca, saltitante e encervejada. Maneiro, muito maneiro. Já perto da hora de vazar pinta uma colega nossa do trabalho. A colega, uma gaúcha recém chegada a cidade, tinha como companhia uma mexicano figuraça. Mas figuraça caprichada. Boa gente, bebedor, falador de um português macarrônico próximo do portunhol e parecido com aquele carecão daquele grupo Gengis Khan - q tinha um carecão figura. Geral olha pro mexicano e lembra dele.

Pois bem, ainda na Ilha, digo "vou pra Mocidade. É o último ensaio em q vou dar as caras antes desse carnaval". Disse e chamou a galera. Nao é q todos foram? Já é. Salve a Mocidade.

Chegamos lá eu, Irmão-Léo e Renato Codorna (outra figura q trabalha com a galera), todos no Ervilhão - carro e parceiro. A gaúcha e o mexicano foram no Mercedes pilotado pelo companheiro latino.

Dentro da quadra, samba, suor e cerveja. Nao podia ser diferente. Muitos encontros, alguns desencontros ao som da ixpetacular bateria de Mestre Coé. "Lá vem a bateria da Mocidade Independente. Não existe mais quente, não existe mais quente".

Alegria arregaçada, pernas cansadas. Fim de noite. Voltemos para nosso carros e para nossas casas.

Chegando aos carros, a surpresa: O mexicano perdeu a chave da Mercedes!

Melhor, a Mercedes nem era dele. Sensacional!!!

Voltamos a quadra, entramos, já com o samba encerrado. Procurou-se e nada.

Como já era quase manhã, optou-se por todos pegarem seus rumos e voltarem depois pra resolver a parada.

O perrengue continua

Acordei já tarde e fui a cata de Minduím. A avó de minduba mora perto de onde ficou o carro, a gente ia lá dar um alô q o carro nao era roubado. Imagina, era a primeia parada q iam imaginar. Um carro daqueles, parado num domingo sem ninguém por perto. Passamos pelo carro-sem-chave, continuava no lugar. Fomos à casa da avó do sujeito quando alguém gritou "tão mexendo no carro".

Nao era o mexicano, a gaúcha e um chaveiro já futucavam a Mercedes.

O carro foi aberto e se chamou um reboque. O sol apertava, já era início da tarde e nós lá. Minduim, do alto da sua genialidade bebum, foi ao boteco e voltou com duas Skol. Camarada bom é assim mermo.

Enquanto o reboque não chegava, nos sentamos na rua, em frente ao bar, a uns metros do carro e ficamos matando o tempo.

Sentados encervejando as tripas o mexicano começou a fazer sucesso. Uma galera local adorou quando soube q o mexicano era mexicano. Ou seja, era gringo. Como neguinho curte ter um cara de fora na comunidade. Trataram bem, contaram histórias e tal. É algo meio q de orgulho em ter estrangeiro nos arredores.

E salve essa caracaterística receptiva do povo carioca. Gengis Khan comentara q onde ele morava, na Barra, as pessoas mal se falavam. E ali, no meio de Padre Miguel, tava curtindo a forma com quem estava lá, no perrengue, mas divertindo e sendo bem tratado.

Bom, o reboque chegou. Pagamos as sete ou oito garrafas consumidas em poucos mnutos. E Gengis ainda veio me contar q nem habilitação pra dirigir tinha. Peraí, o cara perdeu a chave do carro emprestado e nao tinha sequer habilitação?! Peraí, parceiro... assim eu morro do coração...

Fui apurar há pouco com a gaúcha e o carro está lá na garagem do mexicano. Mas a chave? Ninguém sabe, ninguém viu. Foi pro samba e, ó, vazou...

Melhor, Gengis se amarrou na parada e já tava querendo voltar.
Cadê o Fábio Lino pra falar do time da colina agora?

Fabulino, tu ainda lê isso aqui?

Hehe.
Ó a cara de felicidade da criança... A foto é do colega Uanderson do Dia. Se encontrar ele po aí, dou os parabéns.



Saudações rubro-negras.
E enfim, lá se foi o horário de verão. Foi tarde.

Eu odeio horário de verão. Ele só legal quando vai embora e nos deixa com uma hora a mais na noite do sábado.


Ele tá começando a me convencer de q realmente tá na pilha de ser ídolo rubro-negro.

Pena q nao vi o jogo. Fui levar Arthur das firulas a rodoviária. O sujeito tá na pista rumo a Pernambuco.

Só fico com pena mesmo de perder a final da Taça Guanabara. Estarei voando rumo a Recife durante a partida. Espero chegar na capital pernambucana já campeão.

E é bonzão ganhar do rival bacalhau. Eliminamos as crianças. Agora a parada é vencer de novo no Fla-Flu. Ixpetáculo, um Fla-Flu de carnaval.

E como cantou muito a maça (escrevi massa com Ç!!! Nem vou corrigir, ficará aqui a prova da brututidão com a língua portuguesa) rubro-negra:

"Poeira!
Poeira!
Poeira!

Levantou poeira!"

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

O macambúzio
Quando seu chefe q nem te vê com muita freqüência passa por vc e solta um "vc tem andado muito macambúzio, hein, garoto", é pq a carranca deve estar muito fechada mermo...

Mas MACAMBÚZIO é esculacho. Se bem q dá até um nome legal de jornal: "O Macambúzio".
MAIS, MAIS, MAIS PINGÜINS!!!!

Esse jogo é muito mais ixpetáculo q o outro. TEm o mesmo homem da neve, rolam váááários pingüins e até um orca (q joga os pingüins pro alto). Show de bola.

http://games.coolegames.com/ysp2.swf

Jogarei muito. Fernanda Galvão vai se amarrar.
Agora eu vou reclamar

Hoje acordei tarde, às 8h. Logo, perdi os telejornais matutinos da Globo. Fui ver o dar Record. Quer dizer, deixei a tevê ligada enquanto começava o processo pra vir pro trabalho. Aí veio uma chamada chamou a atenção "Cenas de guerra civil no Rio de Janeiro". Pensei q tivessem fechado a Linha Vermelha, a Linha Amarela, a Avenida Brasil. Pensei q passariam imagens de papa mikes carregados ensangüentados. Pensei q ia ver mães chorando sobre corpos de filhos q saíam cedo para o trabalho e foram confundidos com marginais.

Mas sabe o q mostraram? Um carro da políicia civil com os papa charles parados, com as portas abertas e o som de tiros. Chegaram mais carros da polícias e o som de tiros continuou. Não tinha uma parade furada, um carro passando pelo local no momento, nao havia pânico, não havia buraco na lataria do carro. Havia sim a repórter rastejando na direção dos policiais perguntando se estava seguro. Claro q estava, se os papa charles deixaram ela se aproximar é pq nao tinha mais risco. Detalhe q o câmera, cuidadosamente filmou o ato heróico da repórter. Ahan...

Guerra civil, né? Vou falar pra eles da tal guerra civil... São essas matérias sobre o nada, sobre flagrantes sobre o nada q criam medo nessa cidade. Nao q nao exista perigo, q nao exista violência, q a chapa nao fique quente. Mas esse caos NÃO EXISTE.

Invariavelmente pessoas de fora do Rio dão as caras aqui e ficam supresas e não encontrar uma cidade sitiada como os jornais dão a entender. O Rio não é esse caos q alguns, principalmente de fora da cidade pensam. Eu sou feliz aqui e aposto q muita gente é. Melhor, tem muita gente q vêm morar aqui, torna-se carioca por adoção e tb é feliz. Logo, nao enetndo essa má vontade em querer fomentar o pânico quando ele nao existe.
Hoje é sexta-feira 13? C A G U E I.
Uma pena

A Paula-que-gosta-de-samba fez seu blógue, o Gosto de Samba, subir no no telhado. Uma pena. Esse pôste é pra registrar a lamentação pela decisão da menina. Bom, espero q ela volte a blogar naquele ou em um novo blógue.

O linque do Gosto de Samba tá no ar, mas aponta para a entrevista q ela fez com outras figuras com Monarco da Portela, em homenagem aos setenta anos do sambista portelense.

Pô, levei meses para acertar o linque pro blógue dela aqui do lado, pena q só fiz isso na semana passada. :-(

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Quem te viu e quem te vê...

Hoje resolvi trazer um CDzinho diferente pro trabalho. Fugi das minhas coisas de samba, roquezinho, música de preto e tal... Trouxe um de Seu Carlos, pessoa q curte jazz. Thelonious Monk with John Coltrane, gravado em Nova Iorque quando eu nem habitava o saco do meu pai.

E nao é q é bom?

Seu Carlos vivia falando pianista figuraça q era o Monk, mas falava tb q o toque do piano do cara era lindo. E, na qualidade de brucutu q prefere coisas percussivas, fiquei tocado.

Mas dá pra gostar de funk, de samba, de punk, de rock e de jazz? Deve dar, né.
P q a página da prefeitura de Olinda é bloqueado nessa empresa? Vá entender o q se passa na cabeça dos sujeitos q fazem isso...
O Boi Voador

Futucando o sítio da prefeitura do Recife dei de cara com essa foto, q remete ao famoso Boi Voador - tremendo caô criado por Maurício de Nassau... E falam q malandragem e caô é coisa de carioca... Ahãn... O tal Maurício, q nao era carioca, mas holandês, jogou o tremendo caozão e a recifensada caiu.



"(...) A história do “Boi Voador” começou no século XVII, quando a Companhia das Índias Ocidentais encomendou a Nassau a construção de uma ponte. Após algumas tentativas frustradas, o príncipe acompanhou a construção pessoalmente e os trabalhos duraram dois meses.

No primeiro dia de funcionamento, Nassau mandou avisar que faria um boi voar. O povo correu curioso para atravessar a ponte. Tanta gente passou de um lado pro outro que a soma dos pedágios rendeu 8,8 mil florins.

Nassau pediu emprestado a Belchior Alves Camelo um boi manso de sua propriedade e o fez entrar em uma casa e subir até o alto da galeria do seu Palácio. Em seguida, um boi empalhado, semelhante ao primeiro, apareceu voando, amarrado por cordas e movido por um engenho. O povo, tão bem enganado, ficou satisfeito."

O endereço da prefeitura é http://www.recife.pe.gov.br
Saiu a programação do Rec Beat desse ano. Pensei q já nao ia sair. Claro q vou ver Nação Zumbi na noite de terça-feira. Eu só achei curioso q Rogério Skylab tb estara lá. Vamos ver se esse ano vejo o Eddie se apresentando pela primeira vez. Eu nunca, mas nunquinha vi os caras. Tem tb o esquema dos DJs da Tenda Eletrônica, mas depois eu posto essa programação. Como Deus é um cara maneiro, esse carnaval vai ser muito bom... Tenho fé.

SÁBADO - 21/02/04

ATRAÇÕES / PALCO

00:25 - 01:25 H DEVOTOS (PE)

23:10 - 00:10 H LANLAN E OS ELAINES (RJ)

22:10 - 22:55 H A RODA (PE)

21:10 - 21:55 H NARGUILÈ HIDROMECÂNICO (PI)

20:20 - 20:55 H ASTRONAUTAS (PE)

19:30 - 20:05 H ALAFIN OYÓ (PE)


DOMINGO - 22/02/04

00:25 - 01:25 H EDDIE (PE)

23:10 - 00:10 H BERNIE'S LOUNGE (HOL)

22:10 - 22:55 H ROGÉRIO SKYLAB (RJ)

21:10 - 21:55 H MACIEL SALU (PE)

20:20 - 20-55 H ELEONORA FALCONE (PB)

19:30 - 20:05 H UNIAO 7 FLEXAS DE GOIANA (PE)

16:00 - 18:00 H CONCENTRAÇÃO - QUANTA LADEIRA


SEGUNDA-FEIRA - 23/02/04
00:25 - 01:25 H DJ DOLORES : APARELHAGEM (PE)

23:10 - 00:10 H NEGA GIZZA (RJ)

22:10 - 22:55 H KENNY BROWN (EUA)

21:10 - 21:55 H TIRA POEIRA (RJ)

20:20 - 20-55 H REFINARIA (PE)

19:30 - 20:05 H MARACATU NAÇÃO PORTO RICO (PE)


TERÇA-FEIRA - 24/02/04

00:25 - 01:25 H NAÇÃO ZUMBI (PE)

23:10 - 00:10 H ABUELA COCA (URG)

22:10 - 22:55 H BOJO E MARIA ALCINA (SP)

21:10 - 21:55 H SAMBA DE COCO RAIZES DE ARCOVERDE (PE)

20:20 - 20-55 H ZAMBO (PE)

19:30 - 20:05 H MARACATU ESTRELA BRILHANTE DE NAZARÉ DA MATA (PE)

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Matéria publicada no Globo Online de hoje

10/02/2004 - 13h49m
Shows em homenagem às velhas guardas da Leopoldina até a zona oeste

Globo Online

RIO - A partir desta sexta-feira até o dia 18 deste mês, aSecretaria Municipal das Culturas através do RioArte, realizará a edição 2004 da série Homenagem - Velhas Guardas. Este ano, a série que anteriormente acontecia em Copacabana, acontecerá nas lonas culturais de Realengo, Guadalupe, Anchieta, Bangu, Vista Alegre e Campo Grande. Serão cinco grandes escolas e o tradicional bloco Cacique de Ramos.

Convidados especiais participarão dos shows. Valter Alfaiate vai se apresentar com o Império Serrano; Wilson Moreira com a Estácio de Sá; Luis Carlos da Vila com a Vila Isabel; Nelson Sargento com a Mangueira e Almir Guineto com o Salgueiro. Os ingressos custarão R$ 5.

AGENDA

13.02 - sexta-feira - VELHA GUARDA DO IMPÉRIO SERRANO Convidado: Valter Alfaiate Local - LONA CULTURAL GILBERTO GIL Avenida Marechal Fontenelle, 5000 - Realengo tel 3462-0774 400 lugares Horário - 21h

14.02 - sábado - VELHA GUARDA DA ESTÁCIO DE SÁ Convidado: Wilson Moreira Local - LONA CULTURAL CARLOS ZÉFIRO Estrada Marechal Alencastro s/nº - Anchieta tel 3355-4318 350 lugares Horário - 21h

15.02 - domingo - VELHA GUARDA DA VILA ISABEL Convidado: Luiz Carlos da Vila Local - LONA CULTURAL HERMETO PASCOAL Praça 1º de Maio s/nº - Bangu tel 3332-4909 350 lugares Horário - 20 h

16.02 - segunda-feira - VELHA GUARDA DA MANGUEIRA Convidado: Nelson Sargento Local - LONA CULTURAL TERRA Praça Edson Guimarães, s/nº - Guadalupe tel 3830-9460 600 lugares Horário - 20 h

17.02 - terça-feira - VELHA GUARDA DO SALGUEIRO Convidado: Guilherme de Brito Local - LONA CULTURAL JOÃO BOSCO Avenida São Felix, nº 601 - VISTA ALEGRE tel 2482-4200 350 lugares Horário - 20 h

18.02 - quarta-feira - VELHA GUARDA DO CACIQUE DE RAMOS Convidado: Noca da Portela Local - TEATRO DE ARENA ELZA OSBORNE Estrada Rio do A, 220 - Campo Grande tel 3406-8552 400 lugares Horário: 20 h


Cara, Velha Guarda do Cacique de Ramos deve ser pra tirar o chapéu e se ajoelhar. Fala sério. TEnho q ver várias coisas dessas aqui.
E o caso do dentista preto q os papa mikes quebraram em SP?

Q isso, meu Deus? Quebraram o cara só pq era preto. Quebraram, puseram um arma na mao do cara, já morto. ONde isso vai parar? Será q o fato de ser preto vai ser pejorativo na frente da polícia até quando? Q raiva ao ver aquilo.

A única culpa do cara foi a cor da pele. O q fazer com policiais assim? Sou absolutamente contrário a pena de morte, mas um cara q faz algo assim nao pode ficar impune. Tem q ficar na cadeia até morrer. Mataram pq acharam legal.

Dessa vez deu galho pq o moleque tinha curso superior, mas e os demais q nao têm curso algum? Quantos já morreram assim? Não só em SP, mas aqui no Rio, em BH, em Recife, nas cidades satélites do Distrito Federal?

Eu fico fulo. E fico mais fulo pq me lembrei de uma história q até já escrevi aqui. De uma vez quando andava por Bangu e uma senhora literalmente fugiu de mim. E o q faz alguém ter aparência suspeita? Diante desse fato, será q tb tenho um aparência dessas a ponto de 'oferecer perigo' a Segurança Pública?
Jogo do bicho

O tal jogo é uma instituição carioca. O Barão de Drummond inventou a parada no século retrasado pra arrumar uma graninha pro antigo zoológico. Mal sabia o barão q a parada ia virar uma contravenção de sucesso pelas terras do Rio e até profundamente enraizada na cultura popular a cidade.

P q comecei a pensar tudo isso? Pq aqui do lado, na Rua Visconde de Itaboraí, q corre paralela a Avenida Presidente Vargas existem SEIS apontadores de jogo do bicho lado a lado. SEIS! Um, dois, três, quatro, cinco e seis. Nunca em toda a minha tinha visto tantos juntos. Aquele ponto dever muito, mas muito bom mermo.
A felicidade
(Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes)

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Prá que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

Até quando, meu Deus??

Três horas pra chegar no trabalho nao pode ser considerado algo normal...

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

É ou nao é uruca?

Há dois meses planejo dar um esticada qq pra fora do Rio. Ir ali, logo ali. Nao dá. Escolho o fim de semana, armo tudo e mela. Sempre mela. E a gripe? A mané da gripe nao larga esse corpo. Nao larga, nao vai embora. Chegou e ficou. Quer tomar conta, mas nao vou deixar.

Conversava sexta ou quinta ou quarta ou Mariana q disse sem dó nem piedade "jogaram uma urucubaca em vc!". Será? Hmmm... sei nao, hein.

Mas aí eu lembrei de quando levei minha prima ao Maracanã junto com amiga-bônus. Quando saíamos do estádio, quer dizer, já pegávamos o portão da rua, a Radial Oeste, na direção da estação do metrô um simples galho caiu quase na minha cabeça. Mas deixa eu ver se explico. Uma árvore estava lá há nao sei quanto tempo parada, sem se mexer, como as árvores fazem, e um galho sequinho, sequinho se soltou do caule e veio caindo, caindo, caindo e passou a pouco menos de 10 centímetros da minha cabeça. Uma senhora q tava ali nos arredores gritou pra mim "menino, reza pq te tacaram mal olhado".

Pô, aí hoje, tá aqui eu, quietinho na minha mesa q fica colocada num lugar horroroso e tal. Existe uma tradicional goteira do lado esquerdo da mesa, q diminui muito o esapaço q utilizo. Só q na manhã de hoje tudo melhora. Surge um goteira do lado direito da mesa! Se me contassem eu nao acreditava. O pior é q reclamo com o síndico e o condomínio e dizem q nao têm como resolver o problema pq a mesa foi colocada sob o ar condicionado e tal. Ah, muito bom. Entao vou ter q fica expremido entre goteiras, bonzão, hein.

Se não jogaram uma urucubaca ou um mal olhado, o q isso pode ser entao?
Nao é um dia exatamente feliz

Há oito anos Seu Roberto morreu. Foi o último carreto q Zé Maria fez na família. Zé Maria veio e levou meu avô. Pô, o pior é q ainda lembro do meu irmão me dando a má notícia depois de eu ter chegado da faculdade, já a noite... após a via crucis q era o retorno, já tarde, pegando dois ônibus ou o trem...

Seu Roberto, velho firuleiro, falador, q punha apelido em todo mundo e sempre estava de bom humor, vivia há anos, muitos anos, corroído por uma doença nos pulmões.... E, pra supresa geral, morreu do coração. Vá entender, né.

Q Deus o tenha.

Ele se foi, mas a vida segue por qui. E vamos em frente.

domingo, fevereiro 08, 2004

E não é q o América ganhou?

Ganhou numa virada emocionante e diante da sua torcida. Ganhou em erros do zagueiro do adversário. Esse jogo, América x Flamengo ou Flamengo x América, tanto faz, não está entre os meus favoritos. Evito assistir. Ao contrário de vibrar com todos os gols visto q torço pelos dois times mesmo, sofro com os erros. Tentei nao ver a partida, nao deu. Vi todos os gols. Torci por um empate, torci mesmo. Mas... 4 a 3 foi o resultado final. Parabéns ao time rubro. E q o rubro-negro abra os olhos com sua zaga nada operante.

Sabe qndo vc fica meio feliz e meio triste com alguma coisa? Pois é. Tô assim.
Sábado no Imprensa que eu Gamo e provocaçoes acidentais

Mesmo doente, lá fui eu com Irmáo-Léo, Ervilhão pro Imprensa q eu gamo, o bloco dos coleguinhas (jornalistas). Parecia o bloco do "coé". A cada cinco pessoas q passava, dizia-se "Coé". O tal "coé" é uma singela corruptela do "qual é", "qualé". Saudaçoes usadas por essas blagas.

Entres os vários "coés", alguns foram dados para Casaquinho, q é pernambucana, e sua amiga baiana, q tb mora na cidade. Ambas, nao sabendo do risco q corriam, vieram me dizer "ih, os cariocas têm muito a aprender pra fazer carnaval"... Mal sabiam q sapateavam no rabo da morte...

Com toda educaçao q Deus me deu, perguntei: "vcs já passaram algum carnaval aqui?". A resposta das duas foi não. Do alto da minha marra respondi q depois passarem o carnaval na minha cidade podem vir falar comigo pra gente discutir de novo quem sabe e quem nao sabe fazer carnaval.

Q absurdo! Tacar pedra naquilo q é a marca cultural mais forte do meu povo! Nem pense em brincar sobre isso do meu lado q a chapa esquenta... E nem com esse caô de q o carnaval carioca nao é feito para o povo... Muito melhor, o carnaval é feito pelo povo.

Voltando ao Imprensa. Vou postar o samba, bem crítico, bem ácido. Diria meio radical livre, mas tá valendo.

Barrados no baile do crescimento. Que espetáculo!
(Paulinho Valença)

Hoje eu vou fingir q acredito
Q tá tudo tão bonito
Enquanto o Lula tá lá
Viajando pelo mundo inteiro
E gastando meu dinheiro
Com o povo de Alá
Dizem que ele agora é pagodeiro
E já convidou o Bush e o Tio Sam
Pra divulgar o samba brasileiro
Lá no buraco do Saddam

A águia voa mais algo que os gaviões da Fiel
E o presidente voador
Trocou o jongo e a serrinha e toda uma tradição
Pela bandeira do Timão (essa não!)


Vem pro nosso mundo mágico
Expulsar toda a tristeza
Veste a fantasia e vem sambar
Com Heloísa Helena e o Babá

Oi abre a roda
Q eu convidei a Portela pra brincar
E o samba bom que vem de lá
E no Imprensa q eu Gamo a alegria
Que o Lula lá não conhecia

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Raiva, muita, mas muita raiva

Não sei o q alguns indivíduos têm na cabeça. Hoje saí pra almoçar com alguns colegas do trabalho. Fomos e tal, nada de errado. Td tranquilo. Até o momento em q volto a minha mesa. Vou pegar minha escova e pasta de dentes por motivos óbvios. Mas quando abro a mochila, q estava bem mais pesada, descubro q todo o conteúdo da lixeira ao lado foi passado para ela. Aí eu me pergunto, p q alguém perderia seu tempo fazendo uma judaria tão mesquinha, tão escrota, tão baixa como essa? Claro q nao posso acusar ninguém. Ninguém sabe, ninguém viu. Mas fiz questão de deixar claro a indignação.

É uma invasão de privacidade combinada com uma faltad e respeito violentíssima. Na única vez em q me senti assim foi no colégio e fui parar na sala da direção com o moleque q cometeu o ato. Hoje em dia nao chegaria às vias de fato com o mega péla-saco q fiz isso, mas um puta mega power ranger esporro ia rolar. Como nao achei culpado, falei pro ar mesmo.
Planejava dar uma fugida da cidade, mas a gripe q insiste em pegar no meu pé me fez mudar de idéia...

Enquanto isso, a chuva voltou a dar as caras na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

E lá se foi...

Meu primeiro chefe de reportagem, de quando era estagiário do Povo do Rio, foi-se. Ele nao era o cara mais legal do mundo, nao era o mais solícito, por vezes era até fura-olho, mas é sempre chato quando ficamos sabendo q Zé Maria veio buscar. Q vá em paz e não persiga ninguém onde quer q esteja.
E futebol ontem

O América mandou mal de novo. Perdeu pro Londrina aqui no Rio. Um a zero pro time da terra do café. O negócio é vencer lá no Norte do Paraná. Mas eu nao acredito nisso.

O time lá do bairro, o Bangu, empatou em 2 a 2 com o Tupi, da cidade quase fluminense q é Juiz de Fora. To pensando em ir ao próximo jogo, vai sem lá perto de casa mermo.

Agora, o Flamengo... O jogo até q nao foi desprezível, mas ficou claro que os baianos não têm vaga no time. Nada contra a baianada, tenho amigos queridos da 'Boa Terra' - onde darei as caras após o carnaval em Pernambuco, mas Fábio Baiano e Júnior Baiano não tem vaga no Flamengo. Sofremos quatro gols, os dois manés estiveram envolvidos dando mole em três. Nao dá, né. Bom, ao menos se descobriu q existe o moleque Diogo q entrou no segundo tempo e fez três golzinhos. 4 a 4 é um resultado pouco usual, mas fazer o q? Parabéns ao time vermelho de Maceió. Vamos ver o q vai rolar agora aqui no jogo de volta, provavelmente no Maracanã.
Pregação por telefone? Tô fora

Em Del Castilho, zona norte carioca, está o maior templo da igreja universal. É uma enorme construção q eles chamam de Maracanã da fé. O enorme prédio fica meio que entre na Avenida Dom Helder Câmara - antiga Avenida Suburbana, o xópin Nova América e a Linha Amarela.

Como o espaço é grande, a transmissão do som dos microfones para as caixas é feita por ondas de rádio. Nisso, a vizinhança de lasca lindamente. Vez por outra, ali nos arredores, a sujeitada pega o telefone pra ligar ali e fica ouvindo o q o pastor tá falando lá de dentro do templo. Eu, hein. Fala sério. Imagina querer ligar pra alguém e o cara ficar me impregnando? Saia desse fone em nome do sangue de jota cê!.
O q o pingüim faz? Voa!!!

O link aponta pra um joguinho onde a parada é dar um lambada no pingüim q pula. Meu recorde foi 321. Ah, muleque.

http://kos.li/Fun/Flash/pinguin.swf

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Papos bizarros e nada familiares na hora do expediente

Rolava uma conversa sobre a enganação q são os cursos de Comunicação. Eu expus minha forma de pensar q o curso realmente deve ser obrigatório, mas bem estruturado, outro colega defendeu o seu q a obrigação do curso deveria ir pro espaço e tal. Aí pintou a grande estrela do papo, a colega Relações Públicas.

Enquanto falávamos de aulas q não diziam nada, a RP lembrou de uma imbatível: uma aula de Psicologia em que o professor apresentou o filme "Meu pônei, meu amante", estrelando Cicciolina. Isso, numa aula durante a manhã! Ela nao lembrou o motivo exato da apresentação do filme. Na boa, nem precisa.

Sensacional!!!! Mas o melhor ainda nao é isso. Surpreendendo todos, a RP nao se conteve e completou dizendo que nao ficou nem um pouco chocada com as cenas, digamos, ousadas entre a estrela pornô italiana e seu amante eqüino. Anos antes, ainda adolescente, havia assistido com a irmã mais velha outra pérola: "Mulheres taradas por animais". Insuperável!!! O q dizer diante disso? Nada. Bizarríssimo ao extremo.
Pequenas coisas q deveriam ser mais usuais

Subida do ônibus (o 393, sempre ele). Passageiros passam pela roleta e pagam a passagem. R$2,80. Carão, vamos combinar. Aí volta uma senhora do fundo na direção do trocador. "O senhor me deu o troco errado. Deu dinheiro a mais. Sei q vc vai pagar do seu bolso, vim devolver", disse. Muito bem. Deu vontade de parabenizar. P q essas coisas nao sao tao corriqueiras a ponto de passarem quase branco?
Links

Ontem a noite acertei boa parte dos links aqui do lado. Obviamente tá faltando gente, mas já foi um início. Espero q algumas maletas parem de ficar pegando no meu pé.
Quando UM imprudente prejudica milhares de pessoas

O trânsito de chegada ao Centro do Rio amanheceu um caos. Um caos completo. A Ponte Rio-Niterói parada até o vão central (que é quase em Niterói); o q dá uns quase 10 quilômetros, a Avenida Brasil com 15 quilômetros de engarrafamento; pessoas andando do início da Rua Francisco Bicalho até a Presidente Vargas pra pegar outra condução; 1.600 litros de óleo diesel vazaram do trem, caíram no Canal do Mangue e chegaram até a Baía de Guanabara...

Tudo pq o senhor Inácio Alves Filho não parou em um sinal durante a última madrugada. O tal sinal estava fechado e pedia aos motoristas para parar. De outra direção vinha um trem q havia descarregado no terminal do porto e voltava para a estação Leopoldina, logo do outro lado da rua. O senhor Inácio, q dirigia uma betoneira, bateu lindamente contra o trem. CONTRA UM TREM!!!! Cara, se fosse um fusca, td bem, é um carro pequeno, mas foi contra um trem, um enorme trem. Q, diga-se de passagem, nao é um veículo silencioso....


Bom, a imprudência levou o senhor Inácio para o hospital, até onde se sabe, ele está internado no Miguel Couto, espero q ele saia dessa. Mas saindo, espero q tb seja responsabilizado por fazer MILHARES de pessoas se lascaram num manhã de sol escaldante, ficarem parados dentro dos seus veículos por horas até chegarem aos seus destinos.

A tal Francisco Bicalho é a via q recebe os veículos q chegam da Ponte Rio-Niterói (vindos dos municípios de Niterói, São Gonçalo e Adjacências) e dos da Avenida Brasil (q recebe a galera da Baixada, de boa parte da Zona Norte e da Zona Oeste). Se ela fecha, melou tudo. E foi o q houve.

Eu ainda estou tomando pela raiva.

Para nao ficar nesse perrengue, parado na Brasil, peguei um ônibus, um trem e um ônibus.... Acho q nao é difícil entender a raiva diante disso... A hora em pus os pés no trabalho? 11h da manhã. Nao há como ser feliz assim.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Ah, muleque. Ó eu de lentes de contato de novo.
Catadores de lixo

? triste, degradante, sofr?vel, simplesmente horroroso, mas existem e, para muitas pessoas, parece q nem est?o ali. Todo santo dia quando saio do pr?dio, atravesso a Presidente Vargas na dire??o do Castelo. Invariavelmente, entre as a Rio Branco com rua da Candel?ria existe uma fam?lia catando lixo.

A coisa ? t?o entristecedora que os caras n?o catam s? lixo seco, digamos assim. Rasgam e metem as m?os no interior dos enormes sacos pretos onde jogaram restos de comida fora. Nunca os vi comendo, mas s? o fato de passar nos arredores, sentir o cheiro e ver o ato... enoja pela degrada??o. E nao ? nojo das pessoas, mas da situa??o a qual est?o submetidos.

Como eles existem v?rios outros q ficam revirandos os sacos de lixo no fim da tarde e in?cio da noite. D? um n? na garganta, uma sensa??o t?o ruim quando estou a caminho de algum bar e vejo os caras futucando pilhas de papel. Mas os q mexem na comida s?o os q mais mexem comigo, mesmo pq ainda levam as crian?as q ficam ali do lado, assistindo a tudo.

S? de pensar na imagem, fico meio enjoado...

Ser? q a mis?ria ? tanta q eles optam por fazer isso ou ser? q ? uma op??o? Hoje em dia eu fico na d?vida, j? vi cada coisa q.... sei l?, deixa quieto.
Marquito no Rio

Pois é, o furingudo do Marquito, mais um q foi meu calouro, enviou e-mail avisando q estará no Rio nesse fim de semana. Marquito, vulgo Marcos Nunes, é repórti no JBr, de Brasília. Tá morando por lá no Planalto Central já há algum tempo. Quando morava por lá, o éramos praticamente vizinhos e vez por outra saíamos juntos.

Dono de uma personalidade pouco expansiva, foi só voltar q ele parou de manda e-mails.

Bom, como ele pediu pra avisar, postei logo aqui pq sei q alguns malucos q o conhecem passam os olhos nesse blógue.

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

O dia em q cheguei ao Centro em um ônibus escolar

Tudo começou como sempre. Segunda-feira normal, café normal. Vitória ixpetacular do Flamengo normal. Atraso normal. Sol na cara no ponto normal. Até q passa a van. Absolutamente normal.

O motorista, por sua vez, parecia não ter mãe. Andava como se nao existisse amanhã ou passageiros dentro do carro. Isso já era tão normal. Mas quando estávamos em Bonsucesso, perto da entrada pra Ilha do Governador, sinto algo estranho. Eu vinha sentado na poltrona da frente, bem ao lado do piloto.

A van seguia pela pista seletiva (teoricamente só destinada aos ônibus) quando ele ligou a seta e foi jogando o carro pra esquerda. Parou no canto direito, fora do recuo. "Ih, quebrou", disse o cara. Pronto, né. O trânsito estava lento e infernal, o sol (ótimo para dias de folga, mas nao tão bom para dias de trabalho) dava móca na cabeça de todo mundo com o calor. Eu já tava pensando "Derrota a vista".

Mas eis q surge um ônibus escolar. Escolar mesmo. Amarelão onde se lia em letras garrafais pretas 'ESCOLAR'. O motorista do tal ônibus era conhecido do piloto da van e ia pra Botafogo. Passou por ali naquele momento por pura coincidência. Parou pouco mais a frente e catou geral. Todo mundo q tava na van passou pra dentro do ônibus.... Surreal...

Agora o estranho foi chegar ao ponto onde desço todo dia e pular de dentro de ônibus escolar... situação estranha, cara... Chegar ao Centro da cidade embarcada num ônibus amarelão desses... sei lá, ainda não formei opinião sobre...
Amigo vazou

Pois é. Léo, camarada coleguinha, pegou suas malas e vazou rumo ao Nordeste. Deixou sua vida carioca e optou por dar continuidade a ela, com sua respectiva, na capital sergipana. O referencial q tenho de Aracaju está ultrapassado, é de 95, e não era muito legal. Achei a cidade muito provinciana. Mas o cara esteve lá há pouco e adorou. Léo vai assumir uma parada legal e seguir a vida como jornalista. Q a Força esteja com ele e com sua respectiva.

Ele criou um blógue, como eu fiz quando fui pra Recife, um tipo de diário do exílio. Cajunews é o nome. O mané vive me dando esporro por nao ter posto um link aqui do lado. Eu juro q vou resolver isso. Vou por todos os links q devo e vou acertar aqueles q estao errados.
Praião

Mas como praia é de graça! Eu fui pra praia. Irmão-Léo, Ervilhão e yo. Vicente está maaaaaaaaais preto.


Eu não fui... Tava sem grana... Fazer o q, né? Perdi um jogo histórico. Saudações rubro-negras.