Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quarta-feira, junho 30, 2004

Só pra contar:

Comprei o CD da Tia Surica.

Comprei meu ingresso pra ver amanhã Los Sebozos Postizos em Uma Noite do Bem, no Rival.


Esse mundo é estranho demais. Carollang, menina linda q foi minha caloura, contou q seu irmão, ao procurar uma casa para morar em São Paulo, deparou-se com essa cena. Olha só com carinho e cuidado o q liga o Chevettão (que deve ser mais velho q eu) ao poste. É uma corrente mesmo. Se o cara queria impedir q roubassem o carro ou q ele fugisse vou ficar sem saber, mas o registro do irmãolang é obrigatório.

E ainda fiquei sabendo q a Carol ainda lê essa josta de blógue. Eu, hein. Cada um...

terça-feira, junho 29, 2004

E lá vai o Rio de Janeiro caminhando para a pular de cabeça no buraco

Vendo o resultado da primeira pesquisa de intenção de votos nessa cidade já nao fico surpreso. Fico triste, mas não suspreso. Em primeiro lugar, Cesar Maia do PFL está com 38%, depois vem o pastor da Universal e senador pelo PL Marcelo Crivella com 20% e em terceiro o candidato dos Garotinho e atual vice-governador Luiz Paulo Conde, com 9%. É, tá sinistro... Eu realmente nao consigo entender. Reclama-se muito da classe política, reclama-se horrores do Rio de Janeiro, do estado da cidade e os principais nomes são caras com altíssimos comprometimentos...

Cesar Maia é o candidato da classe média, direitista com convicção q só administra pra partes abastadas da cidade e mantém o subúrbio com alguns alentos como os seus projetos Rio Cidade - q nao me enchem os olhos - e o Favela Bairro - também de durabilidade constetada.

O Crivella nao é nada além de uma invenção de marketing do Edir Macedo e sua instituição religiosa. Um cara q tem a propaganda fundamentada como o cara q levou água pro sertão baiano. Bom, se fosse tao legal tinha se candidatado por lá pela Bahia. Elegeu-se com facilidade para o senado com o voto dos evangélicos. Nada contra os envangélicos, mas contra essa forma de voto pouco crítica q só vê o credo do indivíduo e nada além.

O Conde? Ah, o Conde é um glutão, todos sabem. É aliado dos Garotinho, os mesmos q se apóiam na mais clássica política populista. Provavelmente vai apostar tudo nas partes mais populares cidade, como a minha Zona Oeste, alguns pontos da Zona Norte e de Jacarepaguá.

Na boa, só de pensar q Cesar e Conde podem voltar a ser meus prefeitos e, principalmente, que o Crivella pode administra essa cidade eu morro de medo e me pergunto: o q se passa na cabeça dos cariocas q apontam esses caras nas suas intençoes de voto?

Medo, tô com medo.

Essa aqui é tabela que a Globo q fez a pesquisa mostrou. Nela tá o link pra matéria:

segunda-feira, junho 28, 2004

Há um ano... Klexton casou com Top, o Flamengo perdeu pro Figueirense no Maracanã e eu quase foi preso por embulachar um moleque escrot, pela-saco o qual odeio com todas as minhas forças após o ocorrido...

Um dia em que eu estava na cidade errada

Dia 28 de junho de 2003. Tudo, mas tudo errado. Primeiro pq havia prometido pra mim mesmo que estaria em Recife no casamento de Kléston, grande figura, designer, paraense, irmão de RMRO, primo de Catirina, amigo de STA e Bicha Superpoderosa, torcedor do Sport, marido da Top e definitivamente sangue bom. Não deu, ficou muiiiito puxado pra esse trabalhador braçal da Comunicação ir até a capital de Pernambuco e voltar num fim de semana. Um vôo básico fica por mais ou menos mil reais.

Nesse vazio do que fazer, optei por assistir o Mais Querido no Maracanã. Seria teoricamente um jogo fácil com três pontos fáceis. Tudo teoricamente. Como o faz-me-rir só sai essa semana, não tinha dinheirinho para bancar o esforço de ir ao jogo. Seu Carlos patrocinou a parada. Mas antes, para dar uma de bom menino ainda atendi um pedido de D. Glória, o que me fez perder a hora.

No fim das contas, após vazar com Ervilhão varadado pela Avenida Brasil, cheguei no Maracanã com 15 minutos de primeio tempo. Faltava encontrar companheiro Jacomo-negão, o único jornalista de dreadlocks que conheço. Já no fim da primeira etapa encontro o companheiro. E aí vem uma supresa. Próximo dele vejo um amigo de infância, que cresceu comigo em Bangu, mas que mora em Fortaleza. Com o maior prazer vou falar com o cara. É sempre bom ver pessoas queridas.

Aí terminaram os bons momentos no Maracanã. Nesse dado instante, parece que um condor cagou bem no meu cucuruto...

O sábado fica ainda mais triste
Meu camarada, irmão do moleque que juntou a galera e comprou um barril de chope semanas atrás pra gente assistir outro jogo do Flamengo, estava com seu irmão mais novo e o cunhado, esse uma alma sebosa sem precedentes.

Sou absolutamente passional nas arquibancadas. Não sou em casa, mas no Maracanã, num jogo do meu time e na minha torcida, eu falo, grito, pulo, choro, vou a loucura. Quem já me acompanhou num momento desses sabe da minha paixão. É justo um momento em que ponho tudo pra fora, saio dali levinho, levinho, ainda mais quando o time ganha.

Pois bem, o tal alma sebosa era torcedor do rival carioca, o time da colina. Ficou todo o resto do tempo cantarolando musiquinhas do referido clube, cantando musiquinhas do Cruzeiro, torcendo contra em voz alta. O incomodo era flagrante. Todos os torcedors nos arredores já olhavam pro moleque de cara feia. Pô, se o cara quer torcer contra, que torça, mas respeite a maioria. Ali é jogo do nosso time e no lado onde a nossa torcida costuma ficar, à esquerda das tribunas.

Quando houve o primeiro pênalti, minha paciência acabou. Olhei pra ele e disse "se rolar gol, vou te encher de porrada". Não deu outra. Foi gol e parti pra cima da criatura que comemorava feliz da vida.

Papa Mike na parada
A ficha caiu logo depois. Pô, não posso fazer isso, não posso bater em um infeliz inconseqüente. Se ele nao tem responsabilidade, eu tenho. Mas já era tarde. Com a ficha já caída, dei-lhe um esporro gritando com os dois dedos na cara da criança. Parei quando um papa mike veio falar comigo.

O moleque, cheio de covardia, veio querer me pegar pelas costas. Perdeu, o papa mike o impediu. Aí veio o caô "quero ir pra DP, quero dar queixa". Haha. Achou que eu fosse arregar. Eu disse, "vâmbora". Já ciente da cagada, não ia ficar sofrendo. Se ele quer levar até as últimas conseqüências, levo da mesma forma. E quero ver me acompanhar.

Quando um dos papa mikes que conduziam o procedimento me pediu para acompanhá-lo enquanto pedia uma viatura para nos conduzir para DP, provavelmente meu camadara e cunhado da alma sebosa mandou a critura se adiantar. Quando todos voltamos, ele havia sumido. E se não há queixante, não há queixa.

Diante da situação, os papa mikes (absolutamente cordiais, é bom que se diga) me pediram para ficar sentado perto deles. Deram-me, como toda razão, um belo sermão. Eles sacaram que eu não era desse tipo de coisa, visto que tenho 20 anos de Maracanã e nunca me envolvi em qq tipo de briga, confusão ou similar. Jacomo-negão chegou, ao meu lado, confirmou minha história.

Castigo
Foi só voltar pra arquibancada e vi outor pênalti pro Figueira e o conseqüente gol. Voltei ainda em tempo hábil para ver o segundo gol dos caras. Some-se a isso, a total ciência de que cometi uma grande cagada e, pior, fiz feio pra burro no reencontro com o camarada de infância. No fim das contas, a consciência é que ficou mal.

Os papa mikes ainda me disseram que dei mole por um simples fato. Era só chegar até eles, relatar o que se passava que ele retirariam o elemento das nossas proximidades. Agora já sei.

"Libera ele!"
Ao menos não foi tudo perdido. Quando voltei para a arquibancada, a galera que estava nos arredores ficou gritando "libera ele! libera ele! libera ele!". Alguns ainda desceram para falar com os papa mikes, dizer o que viram. No fim do jogo, os papa mikes me cumprimentaram e disseram que não queriam mais me ver nessa situação. E eu ídem.

Ironia. Ainda acabei aquela tarde infeliz como herói de alguns. O tal moleque péla-saco tem histórico, é um marrentinho e folgadjo já conhecido, já levou uns belos botadões nos cornos dados por Irmão-Léo anos atrás quando eram adolescentes. Acabei lembrando disso depois. Só que, além de cunhando do parceiro, é sobrinho do meu padrinho, aquele mesmo absurdamente figura e amigo do meu pai. Bom, deixa quieto.

Se meu time ganha eu nao ligo pra ninguém de time derrotado, nao vou gritar na porta de ninguém e nem ficar ficar fazendo piadinho no dia seguinte. Venceu? Blz. Mas nao vou tripudiar. Nao gosto. E da mesma forma que nao gosto, nao admito que faça comigo. A proposta é: tratas as pessoas da mesma forma como deveria ser tratado.

Espero que ao menos aquele moleque seboso tenha aprendido a não mexer com a paixão dos outros. Se eu estivesse em Recife nada disso teria acontecido... :-(
Ah... o ódio...

Olha, eu conheço um mundo de gente. Desse mundo de gente, boa parte é flamenguista. Desses flamenguistas, boa parte queria ir a finalíssima da Copa do Brasil, depois de amanhã no Maracanã. Qual deles conseguiu comprar ingresso? Um. E comprou na mão de cambista.

Como e em q lugar do mundo 72 mil ingressos vão se esgotar em uma tarde? Se cada pessoa podia comprar até três ingressos, devo acreditar q 14 mil pessoas se dirigiram aos pontos de venda. 14 mil pessoas? Entao tá. Caô fortíssimo esse. Normal seria q a metade dos ingressos tivessem sido vendidos, mas já de manhã, na bilheteria do Maracanã, se informava q as arquibancadas verde e amarela estavam esgotadas. Blógue, nao dá nem tempo pra vender tudo.

Onde foram parar os ingressos? Na mão dos cambistas. DE NOVO!!! O q confirma a a existência de uma máfia de filhos de quenga q brincam com a paixão alheia. No próprio Flamengo, na Suderj e sei lá mais onde existem membros dessa quadrilha q somem com os ingressos e os vendem por preços muito, mas muito mais altos na hora do jogo.

O mesmo aconteceu na final do ano passado, contra o Cruzeiro. Eu fui. Comprei o ingresso pelo mesmo preço do guichê, o cambista ficou com medo de q eles queimassem na sua mão.

O radicalismo

Eu já tô pilhado de juntar uns marmajos meio fulos da vida como eu, ir até o Maracanã, cercar uns cambistas, tampar os caras no cacete, pegar os ingressos e ver o jogo. A proposta, embora truculente, nao é pra roubar o sujeito. Deixo na mão dele, limpinho, a grana, os 15 contos ou até mesmo os 20 se for de arquibancada branca. Será q mais insanos topam a idéia comigo?

sexta-feira, junho 25, 2004

E tb vamos pra final no basquete. Após tentarem roubar a gente, o Mais Querido mandou aquele timinho de Goiás de volta pra casa. Vitória de 97 a 85.

E q venha o time do Triângulo Mineiro.
E nao é q o samba foi maneiro ontem? Carmem Camela bebendo todas as cervejas da casa, Aline - pra minha surpresa - tb bebendo e Carol (q foi minha caloura na Comunicação da Uerj no idos de... 95) tb apareceu no CCC. Teresa Cristina cantou, a gente dançou e pronto. Todos saíram felizes. No fim ainda rolou uma fogueira do lado de fora, ali naquele largo entre o CCC, o IFCS, o Real Gabinete Portuguez (tá com Z na fachada deles) de Leitura e o Teatro João Caetano. Fogueirão mermo, homenagem a São João.
E nao é q o samba foi maneiro ontem? Carmem Camela bebendo todas as cervejas da casa, Aline - pra minha surpresa - tb bebendo e Carol (q foi minha caloura na Comunicação da Uerj no idos de... 95) tb apareceu no CCC. Teresa Cristina cantou, a gente dançou e pronto. Todos saíram felizes. No fim ainda rolou uma fogueira do lado de fora, ali naquele largo entre o CCC, o IFCS, o Real Gabinete Portuguez (tá com Z na fachada deles) de Leitura e o Teatro João Caetano. Fogueirão mermo, homenagem a São João.
Sente só a capa do Jornal do Brasil de hoje.



Enquanto geral criticou e fez o maior estardalhaço pq o Lula fez uma festa junina na Granja do Torto, odne pediu pros seus convidados levarem as coisas q ia comer, no Congresso NINGUÉM apareceu no dia de São João. Geral fugiu pras suas bases pra aproveitar a festa.

Ah, tá. Salve a hipocrisia desse país.

quinta-feira, junho 24, 2004

Carmem Camelinha, amiga e bebedora, enviou isso: http://ueba.com.br/go/17512. SENSACIONAL. IXPETÀCULO. Na primeira brincadeira percorri 43 metros.
Mãe é mãe e o resto é o resto

Após ficar na mão com o documento do carro sob posse de Lango-Léo, o irmão caçula, e o carro ao meus cuidados (longe casa) a boa e salvadora presença materna entra em jogo e salva o dia. Dona Glória precisava vir ao Centro. Passou em Irajá, catou o tal documento e o trouxe pra mim. Xou de bola. Salvou o dia.
As vezes ajudar cria mó dor de cabeça

Hoje, como devo ir ao samba no Centro Cultural Carioca com Carmem-camela, Aline e a gnoma tijucana Natalie, vim com Ervilhão.

Antes de sair, Irmão-Léo pediu o bonde. Ganhou o bonde. O mostrinho lango-lango trabalha em Irajá, q é caminho.

Desovei a criança lá. Momentos depois, já pra lá de Bonsucesso... Langoirmão liga pra avisar: "trouxe o documento do carro comigo".

Ah, tá. Moleque sangue bão demais. Eu q sou sempre parado em toda a blitz agora vou ter q andar pela Avenida Brasil a noite sem documento. Bonito...
E q venha o Santo André para o Maracanã. O empatezinho dessa quarta-feira foi sofrido. Mas vai ser sinistro pro time paulista aturar a pressao diante de quase 80 mil rubro-negros aqui.

Nao adianta secar, o Mais Querido tá na fita, mané.

Cheguei em casa já tarde, com o jogo em andamento e com o Santo André na frente, com 2 a 1. Dona Glória meio impregnar a paciencia...
Pus os pés em casa em tempo hábil pra ver o empate com o gol do Athirson.

Pus ela no colo, a joguei pro alto e me enrolei na minha bandeira rubro-negra. E a progenitora nao teve o displante de dizer q isso era idolatria? Idolatria? Fala sério.



quarta-feira, junho 23, 2004

Começa hoje

Vamos a São Paulo! Vamos jogar a primeira partida lá no chiqueiro. Espero q voltemos com uma vitória. O time deles tem valor, mas não tem o mesmo peso que o Mais Querido. Olha eu falando como torcedor...

Bom, torço mermo. Hoje a noite vou ficar esbaforido, com o coração a mil, pilhadaço e pulando pela casa...

E dá-lhe Mengo.

terça-feira, junho 22, 2004

Hoje deu vontade de escrever... Vou relatar minha volta pra casa após o trabalho.

Saí do escritório lá pelas 18h30, fui pegar o trem na Central. Não é normal q eu tome essa opçao, mas olhando o trânsito parado nas principais vias, nao tive dúvida. Fui pra gare.

Entrei, paguei meu R$1,35 e pulei no último vagão do Santa Cruz q sairia às 18h55. Tava lá, pensando na vida. No tudo, no nada...

Já se entrando pela Zona Norte um cheirinho bom começou a pintar. A cada vez q o trem parava numa estaçao próxima às casas um cheirinho bom de feijao entrava pelo vagao. Sabe aquele feijao de mae? Pois é, me enchia de água na boa. Existem algumas estaçoes onde as casas sao separadas só por um muro.

Já com fome, um vendedor anunciada sua paçoca por R$0,10. Dez centavinhos... Geral comprou. Via notinhas de um real pulando na mão do camelô, gente comprava sempre mais de uma paçoca. Tb pudera, depois do cheirinho do feijao de mae o docinho de amendoim até q caía bem pra enganar a fome...

Do lado de fora, os bares (botecoes mermo, aqueles bem copo sujo, bem caga-sangue) cheios. A marmanjada descendo dos onibus e dos trens, tomando um gelolzinho (=cerveja) antes de se dirigir pra casa e encontrar suas 'donas patroas.

Já em Magalhães Bastos surgiu a figuraça do dia. Um senhor com cabelo como o meu, rascunho de bléquipauer, um boné azul surrado de campanha de deputado federal, uma camisa bege tb surrada, óculos de armaçao de arame grosso, uns pouquíssimos dentes espalhados pela gengiva. Mas o visual nao era tudo. Ele era camelô tb, vendia jujuba de menta. Vinha desde o outro extremo do vagão meio q uivando. Quando chegou mais perto pude perceber q nao uivada na realidade, dizia "Vai acabar!". Referia-se ao seu produto. Agora, como ele conseguia fazer o fonema A sair uivado é q nao faço a menor idéia. Mas foi bem na minha frente, eu vi e ouvi.

Tive até vontade de comprar. Era um por R$0,20, dois por R$0,50. O sujeito desceu em Realengo.

Fiquei imaginando como o cara conseguia uivar falando "vai acabar" quando olhei pra frente e tava lá, a quadra da Mocidade Independente. Logo, Padre Miguel. Td na boa, a próxima estaçao já era a minha, Guilherme da Silveira.

Nem vi q já tinham passado as vinte e quatro estaçoes. Desci do trem às 19h 40. Rapidinho.

Hoje nem foi doloroso voltar pra casa.
Burguesinhos em manifestação

Ontem vários burguesinhos, filhos da classe média, estudantes de escolas particulares, fizeram uma manifestaçao contra a política de cotas nas universidades públicas no Centro do Rio.

Classista q sou e nao tenho vergonha de negar, fiquei com vontade de perguntar pq eles nao ia estudar na Puc?

Tavam falando que a culpa nao é deles, que é injusto e desigual que os estudantes de escola pública têm essa 'facilidade' pra entrar no ensino supeior. Ah, moleque playboy, reclame com seus pais, avós e demais q vieram antes q fizeram com q existisse tanta diferença social. Injusto é o cara ter acesso a uma educaçao bunda enquanto ele tá lá, na boa, aproveitando das facilidades do dinheiro do papai.

Engraçado q agora ninguém tem culpa, os tais estudantes, indignados usavam preto e se pintavam de verde e amarelo. Pior, devem achar q a culpa é dos pobres. Ah, fala sério. Ao menos espero q sejam capazes de se tocarem q sao tao classistas como eu.
Como perguntar é de graça, vou fazer uma...

Se o velho Marinho fosse vivo... a Globo puxaria tanto o saco da memória do velho caudilho Leonel de Moura? Sei nao, hein...
Esse blógue está de luto pelo falecimento do mestre Jedi Brizola. Ele pedia ser chato, impregnante, pentelho, implicante e muitas outras coisas. Mas tinha meu inteiro respeito.

Lembro de uma vez em q passei uma tarde com vários repórteres tentando tirar uma declaraçãozinha do velho, ele falou, falou, falou, falou, falou, falou, gravei uma fita inteira de 90 minutos pra ele nao falar nada no fim das contas... O caudilho era divertido e figuraça. Q vá em paz.
Estou sem saco pra brincar de escrever no blógue. Andei vendo coisas, vivendo coisas q até mereciam estar aqui.

O próprio aniversário da Paula-que-gosta-de-samba merece um registro, mas tô meio desestimulado pra postar. Qeum sabe mais tarde, né?

quinta-feira, junho 17, 2004

O Jaguar nao presta, né.

As impressoes sobre Curitiba e os curitibanos

A cidade nao me impressionou. É limpa, deu a impressao de ser organizada, embora eu tenha total noçao de q só circulei pela parte nobre e central da cidade. A sensaçao de q tudo é muito certinho me deixou um pouco acuado, fez-me dar a impressao q nao existe ali aquela coisa cáustica q as vezes nos obriga a improvisar algumas saídas do cotidiano. Parece q tudo está previsto em Curitiba... sensaçao estranha.

Mesmo assim o lugar é bonito, é limpo, mas é muito, mas muito frio.

Uma coisa é certa, nao fui feito para o frio.

Os locais
Falam q eles sao frios e tao, mas eu fui recebido bem, mas muito, muito bem mesmo pelos curitibanos. Desde o pessoal do albergue, passando pelas pessoas na rua e terminandocoma cereja do bolo, a Juliana. Pra completar a amiga local ainda me levou pra beber no Lardo da Ordem com uma galera local. A boa recepção foi igual, absolutamente igual. Só achei estranho q eles bebem Kaiser (isso é deveras estranho...). Ah! e as curitibanas sao bonitas... Todas parecem ter um tipo pré-moldado, têm cabelo longo com chapinha, sao magras, têm peitos e pouca bunda. Todas meio q no tipo físico das modelos. Mesmo sendo lindas, acho q falta alguma coisa...

Bom, isso é só uma opiniao...
E o porto-riquenho?

O q dizer de uma figura q, em tres dias, só tomou um banho? Era uma máquina de falar. Falava, falava, falava SEM PARAR. Detalhe, se negava a falar em português.

O primeiro contato q tive com o sujeito q atendia pelo nome de Rossé (vulgo José) foi ímpar. Entrei no quarto do albergue (eu falei q fiquei num albergue?) e me deparei com o sujeito na cama, coberto até os olhos. Ele me perguntou "hay chicas en el hostel". Eu, ingenuamente, respondi q sim. Havia me deparado com quatro na recepçao. Ele começou a falar repetidamente "traiga las cuatro para cá. Traigalas. Yo me quedo com dos". Ah, tá. O mané queria q eu levasse as quatro meninas pra ele no quarto, mas ele ficaria com duas. Ixperto q só.

No sábado fomos fazer uma volta turística por Ctba. Rossé foi junto. Deixar o cara sozinho no albergue ia ser judaria demais.

Passar o dia com ele nao foi de todo mal. Afinal de contas estava com mais duas pessoas, fora do porto-riquenho. Rossé queria dizer o tempo todo q quer da tal ilha caribenha. Queria o tempo todo dançar merengue e ensinar las chicas a bailar como él. Detalhe, o molejo do Rossé lembrava o molejo de um jequitibá.

Empolgado como ele só, cismou de ir perguntando um a um sobre a popularidade de Julianas Paes. Rossé havia a visto em várias mídias durante sua estada no Rio e queria saber o q pensavam sobre ela.

A pequisa do porto-riquenho evoluiu. Em dado momento ele achava q Juliana Paes era mais popular q Lula da Silva, vulgo Lula, o presidente.

Rossé foi o mais clássico 'sem noçao' que eu já vi. Ele perguntava um por um MESMO. Se apresentava dizendo q era estudante de sociologia de Porto Rico fazendo uma pesquisa. Só q ele nao explicava q ele tava surtado.

A pesquisa nao parou por aí. Após ficar na dúvida sobre quem era mais popular (a atriz boazuda ou ou presidente da República), Rosse' entrou numa de perguntar o q as pessoas achavam sobre o governo de Lula. Após impregnar todos os turistas e nao turistas presentes em Ctba, mais uma mudança.

Ele queria saber se as brasileiras gostavam de tatuagem, se tinham tatuagem e onde era. Eu, na boa, nem ficava perto. Mal acreditava no jeito q ele abordava as pessoas.

Bom, acho até q ele só queria se fazer notar. A impressao q tive era de q ele estava frustado por ter vindo fazer turismo sexual no Brasil e após meses nao tinha tido sucesso... Mas maleta desse jeito, nao seria surpresa.

Rossé era tao figura q além de nao tomar banho, tinha um ronco (segundo depoimentos) mais alto q o meu. Mas o melhor era comer perto dele. Como fazia barulho com a boca, q ficava sempre aberta enquanto mastigava...

O pior de tudo é q embora fosse uma criatura absurdamente chata, era engraçado... Quando vim embora tentei me despedir dele, o ogro latino nao acordou. Chapou pesadamente. Bom, ele jurou q nao bebia. Se ele ficasse bebado, sinceramente, eu fugia dali.

Ai, ai... eu leio e penso q nada disso foi inventado... Mas acho tao absurdo q se nao tivesse presenciado tudo, nao acreditaria.
O celular apareceu!

Ele caiu entre a poltrona e a parede do ônibus durante a viagem. Após ligar pra meio mundo, e já falando com a garagem, o cara do patrimônio da Penha (e Itapemirim) foi lá no carro e encontrou.

Fico feliz, muito feliz em ter a prova de ter gente honesta no mundo. O moleque, Fábio era o nome, no mais clássico visual funkeiro, guardou meu aparelhinho e me devolveu quando estive na garagem da empresa, na Penha.

E lá vai o Mais Querido. Ganhamos o Vitória. 2 a 0. Tâmu na final com o Santo André. Acho q dá pra ganhar, mas final é final e os paulistas nao chegaram lá à toa. Quem sabe eu nao surto e vou ver o jogo de ida lá em SP?

Dá-lhe. Dá-lhe, dá-lhe Mengo
Seremos campeões!


Agora, o q foi o Júlio Cesar pegando o pênalti do péla-saco do Edílson? Eita felicidade...

terça-feira, junho 15, 2004

Amanha eu escrevo sobre o porto-riquenho e sobre minhas impressoes sobre Curitiba e a curitibanada...
Mas o perrengue nao acabou na rodoviária. Ao chegar na cidade corri pro banheiro da Novo Rio. Me fantasiei de trabalhador braçal da Comunicaçao e corri pro escritório.. E deu tudo certo. Doloroso foi vir com a mala do Centro pra Bangu... Andando da Candelária até o Castelo com ela no lombo e depois da Avenida Santa Cruz até o Parque Leopoldina... tudo junto, dá uma meia hora de caminhada... Por isso eu sempre digo, guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.
Ser mané é:

A manezisse me persegue... Já na volta, no fim de tudo, já dentro do onibus... perdi o celular, caiu do bolso e nunca mais foi achado... Ser mané é uma praga...
Cena para ser imaginada:

Vicente, já sem touca, com uma mala no lombo, correndo por uma avenida até a rodoviária para nao perder o ônibus...

Fui o último passageiro a embarcar.
O domingo foi perfeito. Além da companhia de Juliana, do passeio, das conversar, da sensaçao boa e tudo mais... O Flamengo ganhou! E eu passei o dia todo com minha indefectível touca rubro-negra com pompom na ponta (já na altura da coxa). Detalhe, o jogo era justante contra o Atlético de lá. heheheeheheheeheheheheeheheheheeh.
Após tanto andar sozinho pela cidade, minha amiga Juliana passou o domingo comigo. Andamos, andamos, andamos e andamos pelo Centro. Fomos ao Largo da Ordem onde rolava uma feira, lá comprei presentinho rpa Dona Glória q (sabe-se lá como) nao se quebrou até aqui.

Comi pinhão pela primeira vez na minha vida. Nao achei uma maravilha, masn ao achei ruim.

Comi um pastel assado chamado pireogi. Gostei. Maneirinho.

Tomei choconhaque. Bonzao. Meio q expulsa o frio do corpo.

Mas algo me chamou atençao. Sabe o q os curitibanos fazem numa temperatura de mais ou menos 10 graus? Tomam cerveja!!! O q me fez crer, curitibanos sao gente como a gente. Com um pouco menos de sensibilidade ao frio, mas gente como a gnete.
Como quem tem medo nao sai de casa, eu saí. Fui parar no forró do vasquinho. Só eu mermo pra ir a um forró num lugar em Curitiba chamado vasco da gama, né.

O pior é q o forró é maneiro. Do lado de fora, até onde fiquei sabendo, fez dois graus...
Post para agradar Mariana

Fui obrigado a comprar um cachecol e um par de luvas. Mariana vai adorar saber disso... ela me ofereceu o cachecol dela e eu esnobei...
Sábado foi dia de mais turismo e frio. Entrei no ônibus q faz o rolé turístico completo por Curitiba. O turistão passar por uns trocentos pontos de interesse turístico da cidade, desce em quatro e tem o direito a embarcar no mesmo onibus umas cinco, ue acho. Dei as caras no Jardim Botânico, q nao tem nada a ver com o do Rio. E, na boa, gostei do deles nao...

Depois fui pra Universidade Livre do Meio Ambiente. Curti. Lindaço o lugar. Me comportei como uma samambaia debaixo do sol. Fiquei sentado fazendo fontssíntese.

Tomei vergonha na cara e fui pra Ópera de Arame. CAra, lindão. Só fiquei com medo de passar pela passarela q cruza um rio ao algo do gênero é alto pra burro.

O circuito turistõa seguiu até a torre da Telepar onde se vê a cidade do alto, bem do alto. Muito alto. Aí juntei dois medos, a altura e o frio. Q maximo, né.

segunda-feira, junho 14, 2004

Já na área

Sexta-feira fui fazer o reconhecimento. Equipado com um mapinha no bolso e um casaco saí pela cidade com o objetivo de chegar até o Museu Oscar Niemeyer. Até deu certo. Só me perdi umas três vezes. Enquanto me perdi passei por alguns cantos como Passei Público (q ta meio decadente e cheio de bichinhos em exposiçao), pela Rua XV de Novembro onde tem a Boca Maldita, passei por algumas praças e fui até a Igreja Matriz local pra agradecer a boa viagem e pedir proteção pela estada. No fim das contas (do alto do meu orgulho de não pedir informação) acertei o caminho e fui parar no Centro Cívico, com os palácios governamentais e, logo atrás, o tal museu. Diga-se de passagem, o museu é ixepetacular. Vi algumas exposições, inclusive a do João Câmara q me deu saudade de Pernambuco, a tal exposição era sobre Recife e Olinda.

Mestre Afonso na área. Enquanto andava pelas salas de exposição, ele entrou numa delas. Conversamos brevemente e armamos de nos encontras mais tarde pra conversar e tomar cerveja. Só armamos. Mestre Afonso não foi mais encontrado na estada em Ctba.

Procurando me esconder do frio me meti no shopping e acabei vendo Harry Potter, o novo, né. Lembrei o tempo todo do safado do STA, q obviamente comprou seu ingresso pra estréia semanas antes do filme entrar em cataz...

Já na noite, debaixo de chuva e frio, fui contatado por Catirina. Fomos para no Battel (acho q é assim q escreve). Enquanto o companheiro paulista e o companheiro chileno (brotou num chileno na parada) foram atrás da badalação, acabei ficando no esqueminha comportado com a pernambucana. Enchemos os tubos de nachos. Além dos nachos, enchi os tudos tb com Sol, a cerveja mexicana. Noite boa e comportada.
Saída do Rio e chegada em Ctba

Vazei de casa no fim da tarde de quinta-feira. Fui pra rodoviária sem passagem, um pouco receoso de ficar na pista. Mas consegui viajar no ônibus q eu queria. Fui sozinho com duas poltronas só pra mim. Mas quem disse q dormi? Foi um desconforto só. Desconforto premiado com a chegada a Curitiba. Chovia horrores. O frio aí já tinha começado a me rasgar. Entrei numa de tomar um café com leite quando percebi q mal entendi o q o povo local falava. É ridículo, mas é verdade. Levei umas boas duas horas até adequar meus ouvidos ao ritmo e a pronúncia dos fonemas feita pelos curitibanos.

Me hospedei no albergue local, q é super bem localizado. Fiquei num quarto com um cearense q mora em Porto Alegre, um paulista e um porto-riquenho. O companheiro latino merece um post só pra ele.
A ida da Ctba foi muito bem sucedida. Como sempre, tudo feito as pressas. Mas deu pra ir, morrer de frio, curtir a cidade, as pessoas, conhecer gente e me permitir esquecer um pouco essa realidade pentelha atormentadora.

Catirina, minha amiga-amada-recifense, tava lá. Senti mais frio q eu, mas nos encontramos e nos divertimos.

Mestre Afonso, q não é mestre à toa, tb tava lá. Infelizmente só o vi, por acaso, é bom q se diga, quando nos esbarramos no Museu Oscar Niemeyer.

Juliana, amiguinha local, dedicou inteiramente seu domingo a aturar o Vicente e a mostrar coisas curitibanas pro turista-friorento-carioca. Adorei tudo. Menos o frio q pode pegar mais leve.

quinta-feira, junho 10, 2004



Saímos na frente lá na Bahia. Devo estar no jogo de volta - quarta-feira q vem - na nossa casa, o Maracanã.

Mas, vâmu falá a verdade, ganhar do Vitória após todo o clima de 'já ganhou' dos caras e da torcida é bom, né. Gosto do Vitória, um dos meus grandes camaradas baianos, o Baiano (claro), torce pelo rubro-negro baiano, mas... fazer o q?

Enquanto isso, meu outro grande camarada baiano, Iuri, aquela criatura pilhada, deve ter presenciado nossa vitória em terras soteropolitanas. Tomara. O cara é tao rubro-negro quanto eu e nao tem possibilidade de ver o Mais Querido do Brasil jogar por lá.

Q venha a baianda na próxima quarta-feira.

quarta-feira, junho 09, 2004

Esse blógue tem vivido às moscas. Não tenho tido muito vontade de contar histórias e perrengues, não tenho tido o mesmo ouvido e olhos pras coisas bobas e cotidianas como sempre. Meio q o interesse e alegria de ficar observando o q acontece diminuiu... Estranho. Não gosto disso, não.

Bom, acho q vou sumir de mochila no lombo nesse fim de semana. Tudo indica q serei encontrado por Curitiba. P q? Pq sim, ora. Pq deu vontade, pq morro de medo de frio e as vezes cismo de esfregar os medos na cara pra ver se crio logo um trauma ou se passo o medo pro rol das bobagens.

Reza a lenda q encontrei Catirina por lá e Mestre Afonso. Cara, se isso acontece, pô, nem sei. Ia ser espetacular demais.

Catirina, q é uma mulher adoravelmente louca, disse a previsão para sábado é de 0º. Ai, meu Deus... ainda há tempo pra eu desistir dessa idéia...
Puts, ontem foi aniversário de Minduím. E consegui achar o amigo ogro? Achei nada. O mané sumiu no oco do mundo. Nada de celular, nada de telefone de casa. Nada de nada. Bom, um dia acho a criatura por aí. Pena nao ter consegui encontrá-lo no aniversário, né.
Hoje é aniversário de Dona Glória. Tenho q comprar presentinho pra madame materna.

segunda-feira, junho 07, 2004

O Reagan morreu!!

Vaso ruim demora, mas tb quebra.
Sorteio de churrasco

Na tarde de ontem o telefone tocou. Uma voz feminina chamava por Irmão-Léo. Normal. Ele desliga o tel e vem rindo me contar q a menina acabou de ser sorteada por uma rádio local, havia ganho um churrasco.

Isso mesmo, ganhou um churrasco na casa dela. Ela havia ligado antes pra um sorteio de um churrasco na tal rádio. Ganhou.

A rádio tava mandando pra casa dela a carne, quatro caixas de cerveja, aparelho de som e, rezava a lenda, uma banda de pagode. Só restava a ela convidar a galera em cima da hora. Irmão-Léo tava ajudando a mobilizar os sujeitos para irem lá no churrasco bônus...

Coisas q acontecem no subúrbio do Rio...
E o jogo, hein?

Fiquei acordado até sabe-se lá q horas pra ver aquele empatezinho fuleiro. Tb, né, nao se pode reclamar. Roberto Carlos meteu mó mãozão na bola dentro da área e o juiz nao deu nada, aquela criatura brigona do São Paulo fez um gol em impedimento. Como reclamar de uma pênalti estranho marcado para o Chile? A gente mesmo se beneficiou de um pênalti assim contra a Argentina...
Acordar as 5h da manhã numa segunda-feira é ingrato demais. Chegar as 7h30 no ambiente q vc costuma chegar às 10h é muito estranho. Ninguém estava. Quem acordaria tão cedo numa segunda-feira, né? Sinistra é a certeza q hoje será dia de, pelo menos, doze horas de trabalho...

Folga!!! Vicente quer folga!!!

quinta-feira, junho 03, 2004

E o jogo ontem, hein?

Eu, na boa, achei os que os argentinos jogaram com mais consistência. Mas e daí? Tomaram três assim mermo. Ronaldo, q é flamenguista como eu, foi lá e resolveu.

Quando será q vai ter um jogo dessas eliminatórias no Maracanã?
Ser mané é 2...

Ter total ciência q essa visão embaçada no olho direto é pq pus a lente de contato do lado avesso e até agora, mais de 11h da manhã, não ter tido a pachorra de ir ao banheiro acertar.
Ser é mané é...

Comprar no camelô da Uruguiana uma extensão pra ligar as caixinhas de som do seu computador e ao chegar pra por a paradinha na tomada perceber q tá faltando uma tomada pra isso.
"ONDE A ZORRA VAI PARAR
EU TÔ SOFRENDO, MAS EU GOZO NO FINAL
A SÃO CLEMENTE FAZ A GENTE ACREDITAR
QUE NO BRASIL O QUE É SÉRIO É CARNAVAL"

Esse trecho do samba-enredo da São Clemente desse ano veio na hora na minha cabeça quando li q o governo do Estado do Rio de eximiu de culpa pelas trinta e tantas mortes dentro da Casa de Custódia de Benfica no último fim de semana.

Como eu já havia dito, se a o lugar é Casa de Custódia e pertence ao estado, quem é q é responsável pelos sujeitos? Deve ser eu, né.

A única coisa séria nessa josta é o carnaval mesmo, esse sim é muito levado a sério. Enquanto as outras coisas... xi... melhor nem pensar muito.

quarta-feira, junho 02, 2004

Inutilidade por inutilidade...

Lá estou cadastrado naquela parada q mal entendi pra q serve, o tal do Orkut. Pois bem, só nao posso acessar. Essa corporação insana bloqueou a parada. Tento entrar e aparece a mensagem q a página está bloqueada por estar na categoria web chat. Fala sério, né, não.
E a Miss Universo, hein? Só bonitinha, nada mais. Eu mesmo conheço várias mais bonitas. Quer a lista?
Cadê o meu chinelo?!
Mas enquanto eu continuo vivendo nesse bolo doido social, queria saber qual foi o judas q sumiu com meu par de havaianas verde e azul??? Foi presente de Antônia nos idos de 2002. Algum furingudo entrou lá em casa e levou meus chinelos. Ódio.
A neura continua...

Hoje ouvi uma secretária da empresa falar que 'a solução seria jogar um bomba nos presídios'. É, tem gente q pensa assim. Simplista, né, fácil acabar com criminalidade e a violência por aqui. Agora, é funcional? Já começa a pensar em ir morar em Trindade ou numa praia isolada do nordeste pra nao ter q conviver com essa realidade e principalmente com essa forma de pensar nazista.

terça-feira, junho 01, 2004

Urubus me secando

É sabido da minha predileção pelos urubus, aves símbolo da maior torcida do Brasil, da qual orgulhosamente (e mesmo momentaneamente sem vitórias no Brasileirão) faço parte. Só q, imagina só, tu tá lá, vencendo a si mesmo em mais um dia, levantando cedo, enfrentando o sinistro frio do fim da madrugada e início da manhã... Caindo na piscina lá pelas 6h. Fazendo uma série de idas e voltas só de pernadas que fazem seu fôlego praticamente sumir. Eita coisa q cansa. No fim de tudo, tu já tá esbaforido, no osso da minhoca. Pára pra respirar na borda, olha pro canto e lá no cantinho, em cima do muro do , três urubus parece sorrir ao te olhar. Ih, qual é urubuzada. Sou força amiga, pára com essa história de me olhar. Eu, hein.
"Pedi seu amor, negou
Mas meu tamborim ela levou"

Iniciozinho de 'A Baiana levou meu tamborim', do Casquinha. Aconteceu quase q textualmente... Coisas, coisas da vida.
Sociedadezinha nazista de merda

Desde o fim de semana rolava uma rebelião dentro de uma Casa de Custódia, em Benfica, Zona Norte carioca. Desde o fim de semana as autoridades estaduais nao se manifestam a respeito. Mas colocam num mesmo espaço físico, incrustado em uma zona residencial (entre um bairro e uma comunidade favelada, o Parque Arará), personagens q pertencem a a facções rivais. Eu, q nao trabalho com sistema prisional, q nao trabalho com Segurança Pública, sei q nao funcion. O quadro já nao era bom. Só que lá dentro, dentro da Casa de Custódi (o nome bem q já deveria ser claro o suficiente, casa de CUSTÓDIA, onde as pessoas deveriam ficar sob responsabilidade do Estado) pelo menos 30 pessoas MORRERAM. TRINTA MORTOS! E NINGUÉM SE IMPORTA!!!!

Tá, tá bom. Se estavam na Casa de Custódia era pq esperavam julgamento e se esperavam julgamento, tinham envolvimento com parada errada. Mas nem condenados eram.

E daí? São 30 pessoas q tinham mãe, pai, esposa, filhos, parentes q foram MORTOS e a sociedade nao se toca, nao se importa. Parece q todo mundo concorda e acha legal esse tipo de coisa.

Quando foi em São Paulo, no Carandiru, quando 111 presos (condenados) foram mortos por uma invasão policial essa mesma sociedade já tinha achado tudo muito legal. São pobres, né? Q morram. Paulistas e cariocas pensam da mesma forma... é triste constatar que a classe média está chegando a esse ponto.

Aí vem à minha cabeça a parte hipócrita q vive aparecendo na mídia. Fazem passeatas pelas paz, manifestações pela paz. Mas só se importam em paz quando ela afeta a classe média. E quando um monte de gente pobre morre? Nao tem importância?

Ah, são marginais, têm mais é q morrer vão dizer uns. Mas são esses mesmos caras q precisam de oportunidade pra ter instrução, trabalho, saúde, emprego. Sao eles os primeiros a precisar de paz e o q a gente enquanto classe média faz??? NADA!!

Fica todo mundo calado. O q o estado faz??? Diz q fai reforçar as paredes??? Reforçar as paredes!!! Meu Deus, em q mundo eu vim parar...

Tô com nojo disso tudo, de todo mundo, dessa forma escrota de pensamento. Se pudesse voltava pro saco do meu pai agora.

Vidinha inútil. Sociedade inútil. Tudo inútil.