Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, junho 28, 2004

Ah... o ódio...

Olha, eu conheço um mundo de gente. Desse mundo de gente, boa parte é flamenguista. Desses flamenguistas, boa parte queria ir a finalíssima da Copa do Brasil, depois de amanhã no Maracanã. Qual deles conseguiu comprar ingresso? Um. E comprou na mão de cambista.

Como e em q lugar do mundo 72 mil ingressos vão se esgotar em uma tarde? Se cada pessoa podia comprar até três ingressos, devo acreditar q 14 mil pessoas se dirigiram aos pontos de venda. 14 mil pessoas? Entao tá. Caô fortíssimo esse. Normal seria q a metade dos ingressos tivessem sido vendidos, mas já de manhã, na bilheteria do Maracanã, se informava q as arquibancadas verde e amarela estavam esgotadas. Blógue, nao dá nem tempo pra vender tudo.

Onde foram parar os ingressos? Na mão dos cambistas. DE NOVO!!! O q confirma a a existência de uma máfia de filhos de quenga q brincam com a paixão alheia. No próprio Flamengo, na Suderj e sei lá mais onde existem membros dessa quadrilha q somem com os ingressos e os vendem por preços muito, mas muito mais altos na hora do jogo.

O mesmo aconteceu na final do ano passado, contra o Cruzeiro. Eu fui. Comprei o ingresso pelo mesmo preço do guichê, o cambista ficou com medo de q eles queimassem na sua mão.

O radicalismo

Eu já tô pilhado de juntar uns marmajos meio fulos da vida como eu, ir até o Maracanã, cercar uns cambistas, tampar os caras no cacete, pegar os ingressos e ver o jogo. A proposta, embora truculente, nao é pra roubar o sujeito. Deixo na mão dele, limpinho, a grana, os 15 contos ou até mesmo os 20 se for de arquibancada branca. Será q mais insanos topam a idéia comigo?