Salve Seu Roberto.
terça-feira, março 27, 2007
Salve Seu Roberto.
Malandro, carioca, ixcolado... (entenda-se escolado), planejei curtir a cidade no domingo. Ah, os meus planejamentos.... Choveu o dia quase todo. Fora o fato de eu não ter me recuperado do famigerado piriri.
A grande piada foi a manhã de segunda-feira: tremendo céu azul. Haha. Maceió tá me zoando, só pode ser.
E vamos em frente. Vamos voltar para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, minha casa.
segunda-feira, março 19, 2007
Supostamente, às 12h20 da terça levanto vôo mais uma vez para uma viagem a trabalho. Ai, ai... É a segunda ida no ano ao nordeste. Adoro o nordeste, adoro os nordestinos, mas a ida a trabalho me deixa meio descofortável.
A cidade-destino é Maceió, onde estive no fim do ano passado. A missão é a mesma que em outras oportunidades, só espero que tudo dê certo.
Em Goiânia e em Manaus tive boas surpresas com os trabalhos realizados, tanto que pensamos em inscrever pra concorrer em prêmios de comunicação empresarial. Fica a dúvida sobre o que produziremos a partir dessa semana na capital alagoana. Rola uma certa ansiedade.
Algo engraçado é que quando digo pra onde vão logo pensam que é esquemão férias ou folga. Haha. Se soubessem os estresses que essas viagens rendem nem iam me pilhar tanto.
E, já de início, sei que não estarei no Maracanã na quarta-feira, no jogo do Flamengo contra o Paraná. Ai, ai... Ó, vida, ó azar.
domingo, março 18, 2007
"Sonhei com vc".
Pensei logo que não foi maneiro.
"Sonhei que você morreu e foi de repente".
Ui, q delícia. Bom, é certo que vou morrer mesmo. Só espero que dê pra avisar pra meu enterro não ser um fracasso de público.
Mas o grande barato do sonho de Bia foi o seguinte:
"Eu fui ao enterro e me perdi. Não achava o caminho. Aí te liguei pra vc me ajudar a chegar".
Ah, tá. Serei um morto com número de celular... Sensacional.
sexta-feira, março 16, 2007
Recebi por e-mail no trabalho, veio do Seu Paulo:
"Às vezes você chora e ninguém vê as suas lágrimas.
Às vezes você se entristece e ninguém percebe a sua tristeza.
Às vezes você sorri e ninguém percebe o seu sorriso...
Agora PEIDA pra você ver...."
quinta-feira, março 15, 2007
Dia desses foi aniversário de Jófilo, coleguinha, camarada e figuraça. Foi num restaurante árabe, ali em Copacabana. Um ambiente de jornalistas inteligente, conversando sobre coisas inteligentes, algumas molecagens, pequenas provocações.
Falamos sobre Palace II, o prédio que caiu na Barra da Tijuca há mais ou menos dez anos, aquele mesmo construído por Sérgio Naya. Falamos sobre futebol, sobre violência pública, sobre a utilização ou não do famigerado Caveirão. Alguns conversaram sobre aquelas séries que todos assistem nas tevês por assinatura e tal. Assuntos típicos do imaginário de classe média.
Noite agradável com gente agradável.
Como a parada foi em Copa, é necessário voltar para Bangu. Como? Pegando o bom e velho ônibus até o Centro e do Centro, hahaha, encarar o folclórico 393 (o famigerado Castelo-Bangu). Na Praça do Lido, ainda em Copa, peguei o um 175. Gabriel Pensador já cantou esse trajeto, da Central até... a Barra da Tijuca, só que pela orla. Ui, não acaba nunca a viagem. Bom, eu já peguei, digamos, em ponto adiantado. O coletivo estava ocupado só por trabalhadores, dos mesmos que dividem comigo os vagões dos trens. Tinha passado das 23h e a galera partia pra Central pra chegar em casa.
Vazei do 175 na Avenida Antônio Carlos, em frente a Maison de France, e ia tomar a Rua Santa Luzia até mais a frente, onde está o ponto final do 393. Rua atravessada, passei na porta da mais que centenária igreja de Santa Luzia, que viu essa cidade crescer e o mar ir se afastando de suas portas até a criação da Praça XV com constantes aterros. Uma praça em frente a igreja, só que do outro lado da rua, bem pequena e calma servia de passarela pra mim quando resolvi olhar pros lados. Havia uma árvore no meio e alguns bancos ao seu redor. Em cada banco, um senhor dormindo. Sempre o mesmo tipo físico, entre 35 e 50, negros ou mulatos, cabelos grisalhos, rosto enrugado, cobertos por folhas de papelão e com as cabeças deitadas sobre bolsas ou coisas parecidas.
Há tempos não sentia isso, foi como um choque de realidade. Algo do tipo “Vicente, a vida não é só aquilo. Isso aqui também existe, está diante dos seus olhos, é Rio de Janeiro também. Sem glamour, feio, mas faz parte da sua realidade, da sua cidade”.Ok, cabe-me agradecer pelo lembrete. Dia típico na “cidade paraíso, purgatório da beleza e do caos”.
domingo, março 11, 2007
quinta-feira, março 08, 2007
segunda-feira, março 05, 2007
Nada. Porque ninguém diz nada. Pouco importa que o sujeito tá voltando do Centro pra Bangu, pra Guadalupe, Ricardo de Albuquerque ou Santa Cruz. Pouco importa. Tem que ficar lá, parado, esperando sua vez pra conseguir vencer o mega obstáculo e chegar em casa.
A famigerada obra rola no viaduto de Coelho Neto, lá atrás na Zona Norte. Não vai aparecer no noticiário mesmo, podem lascar a vida dos furibundos que passam ali de manhã e a noite pq não vai ter barulho algum mesmo.
Só acontece alguma coisa se acontece nas partes bacanas dessa josta de cidade. Só assim. Saco, odeio esse sectarismo geográfico, odeio essa discriminação social velada que impera nessa cidade, acho q em qualquer cidade. Bom, falo da minha, é minha realidade, meu cotidiano mesmo.
A tal da bora não é nada, não é nada... aumenta em, pelo menos, uma hora o tempo pra chegar no trabalho. Logo... a ida pode durar duas horas e meia. Pra chegar e pra voltar. Na sexta-feira a chefe me perguntou "o q tá havendo que vc tá chegando tarde?". Nem posto o q respondi.
Posso dizer quem péssima sensação de ódio tomou esse coração suburbano nessa noite de segunda-feira.
sábado, março 03, 2007
Pôste curto esse, só um registro. Hoje, 3 de março, é aniversário do Zico. Canta parabéns aê. O Galinho tá na Turquia, mas a gente lembra dele por aqui.
quinta-feira, março 01, 2007
Diazinho movimentado, não exatamente estressante, mas o suficiente pra deixar um cansaço no fim do dia. Dona Glória ligou avisando que iria a Tijuca, aniversário de Severino, um senhor figuraça que completou 80 anos. Fui lá dar um alô, dar os parabéns e tomar o bonde de carro para Bangu.
Do alto dos meus 30 anos era o mais novo na casa, casas daquelas de vila. Por que as pessoas ganham idade e vão morar em vilas? Deve haver alguma explicação sociológica, mas eu desconheço.
Acredito que muita gente arrumaria desculpas não ir numa festa de aniversário de um idoso, mas eu não faria isso. A quantas festas dessas eu vou durante toda a minha vida? Um pequeno momento de esforço, é verdade, mas ver a alegria de um sujeito com oito décadas de vida ao ouvir algumas outras cantando parabéns é difícil medir. Em lugar de ficar cantando preferi observar sua expressão. Ver o sujeito se esforçar pra soprar suas duas velas, uma com o algarismo 8 e outra com o 0 é algo que não existe. O rosto ficou rosado como de uma criança, talvez fosse uma criança mesmo naquele momento, deu pra observa-lo olhando ao redor, talvez não acreditasse que alguém iria vê-lo no seu aniversário. Acho que deve ser isso mesmo porque já havia ouvido de sua boca que "ninguém dá importância aos velhos". Será que ninguém mesmo?
Parece-me importante mostrar pras pessoas que elas têm valor. Pequenos atos contam, fazem a diferença nessas horas. Sei lá, meio boba essa minha forma de pensar, né. Talvez meio romântica até...
Carrego uma certeza, meu estilo de vida não vai me permitir chegar a completar tantas décadas, é legal curtir quem chegou até lá. Minha impressão é que lá pelos 50 anos termina a caminhada do Vicente por aí. Talvez em lugar de um pequeno momento de doação eu esteja sendo egoísta, curtindo a velhice alheia que acredito que não chegarei a ter. Ah, sei lá.
Mas de qualquer forma, parabéns ao Severino por mais um aniversário. Que várias outras pessoas possam estar lá mais vezes pra ver o que vi nessa noite.