Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, março 17, 2003

E eu continuo rubro-negro

“Vai passar, vai passar
o se-tí-mo pelotão!”
*

Perdeu? Perdeu sim e perdeu feio. E continuo torcendo para o time. E torço sem nenhuma vergonha, muito pelo contrário, torço ‘com muito orgulho, com muito amor’.

Após meses em Brasília fui ao Maracanã no jogo da última rodada da Taça Guanabara, partida conta o time a colina. Fomos eu e Baiano, que pela primeira vez pôs os pés no maior estádio do mundo.

Estava com saudade daquela situação... ir subindo a rampa do Belini, rumo ao anel das arquibancadas... Chegar lá encima, ver a multidão de torcedores em vermelho e preto e começar a sentir a vibração que vem do outro lado dos túneis. Começar a entrar por um dos túneis e sentir essa mesma vibração ficar mais forte, o som dos instrumentos das baterias das torcidas tocando mais alto e adrenalina ir subindo.

Chegar na boca do túnel, olhar pros lados e sorrir, pq vc é parte e está lá no meio da nação rubro-negra. “Quero cantar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro. Cante comigo Mengão! Acima de tudo rubro-negro!”.

Lá estávamos eu e Baiano na Jovem Fla, claro, a nossa torcida. Empatamos a partida e perdemos o título da Taça GB por conta de uma má atuação da arbitragem que anulou indevidamente um gol do Athirson. Vida que segue.

* É assim que o Sétimo Pelotão da Jovem Fla abre passagem, em bonde, pelo anel do Maracanã quando sai das arquibancadas rumo à rampa do Belini. O Sétimo Pelotão é a divisão da Zona Oeste da Jovem Fla.