Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

segunda-feira, março 17, 2003

A volta para casa

A ida foi tranqüilíssima. Zero emoção. Mas a volta... Seu Carlos quis fazer social com um amigo de Volta Redonda, onde meu progenitor morou quando trabalhava na cidade. Nessa, acabou anoitecendo, mesmo pq a volta ficou atrasada em duas horas. Na volta ao Rio, após pegar uma mega chuva na estrada que liga a Via Dutra a Avenida Brasil, cruzando todos os quebra-molas que vivem no aprazível município de Seropédica, Irmão-Léo, o piloto da vez, optou por levar adrenalina aos passageiros do carro.

O mané fez o favor de fazer uma contra-mão criminosa, no meio de uma curva, deparando-se com um singelo ônibus (esse, na pista correta). Nem gelei, né. Fiquei até branco. Pra piorar vinha um carro correndo atrás da gente, na pista certa, só que em alta velocidade, o que quer dizer que voltar a faixa signficaria outro acidente. Bom, não sei quem tirou a gente daquela, mas não houve qq impacto. Obrigado, Nossa Senhora.

Já na Avenida Brasil, na altura de Vila Kennedy, um indivíduo atravessou a pista cambaleante logo abaixo de uma passarela. O cara foi andando, bem devagar, enquanto os carros, todos em alta velocidade, pq é uma pista feita para isso, o marmanjo fazia sinal pra diminuírem a velocidade. Ahan. Bom, Irmão-Léo, passou de vilão a herói, desviou do alvo humano, que estava bem na frente do carro e provavelmente seria despedaçado com o impacto. O bom e velho irmão caçula, jogou o carro no esburacado acostamento da Avenida Brasil e manteve o controle do veículo. Tudo pra salvar a vida do péla-saco doidão. Só espero que o mane suicida tenha chegado vivo à sua casa.