Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

domingo, julho 20, 2003

Lentes que jogam contra

Sexta-feira, lépido e saltitante, lá foi Vicente ao cinema. Fui encarar a Viagem de Chihiro. Que é uma filme bem, mas bem legal mesmo. Realmente uma viagem sem tamanho, mas é bom entrar nessas coisas muito desbudadas e imaginativas as vezes.

No meio do filme a lente de contato do olho esquerdo começou a fazer judaria comigo. Embaçou, coçou, tanto pentelhou que, repentinamente, pulou. Eu nem sabia que lente de contato pulava até aquela hora.

A mané da lente foi encontrada sobre o peito. Só que aí rolava o dilema: colocar outra vez ou tirar a outra lente? Do jeito que estava não rolava, era um tipo de caolho.

O que fazer? Saquei da mochila toda a parafernália: estojo das lentes, soluçao para guardar e limpar, óculos e tudo mais. E o filme rolando...Eu queria me ver mtendo a mão no olho direito e procurandoa a lente. Blog, eu costumo fazer isso no espelho, nao no cinema no mó breu foi novidade.

Consegui achar a lente, puxá-la pe pegá-la usando os dedos como pinça. Foi sinistraço. E ainda, no maior cuidado, o que beira o impossível para esse ser lambão que sou, ainda tinha que abrir estojo, colocar lente, colocar soluçao, fechar o estojo com a lente dentro. Isso duas vezes pq são, obviamente, dois olhos e duas lentes.

Após tamanho esforço foi só catar os óculos, lascar o fundo de garrafa no cornos e tcharan! Voltar a ver Chihiro.