Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

terça-feira, agosto 21, 2007

Deu na Carta Maior:

CPI DO PAN
Denúncias de irregularidades no mais caro Pan da história
Investigações podem ser abertas na Câmara Municipal, na Polícia Federal e no TCU. Jogos, segundo vereadores, podem ter custado aos cofres municipais até R$ 4 bilhões. Cinco últimas edições do Pan, somadas, custaram R$ 2,1 bilhões. Prefeito César Maia (DEM) tenta barrar CPI.

O link pra matéria do coleguinha Maurício Thuswohl tá aqui.
Ser mané é:

Há tempos eu não punha aqui um "ser mané é". Não por falta de manezadas, por falta de tempos e inspiração, mas essa eu tenho que contar.

No fim de agosto, início de setembro rola congresso em Santos e vou lá apresentar um artigo, com base no primeiro capítulo da minha dissertação de mestrado. Nada até aí, né.

Já sabendo que estão reservados três dias em hotel na cidade do litoral paulsita, eis que malandrão aqui foi comprar passagem de ônibus. Não só fui, comprei mesmo. Ida na manhã do dia 29 de agosto e volta na tarde do dia 2 de setembro.

Nessa manhã fui olhar no calendário e... qual foi o furibundo que colocou um dia 31 de agosto no calendário!!!! Eu jurava que agosto terminava no dia 30!!!! Pois é, inventei um perrengue. Não tenho onde ficar em Santos do dia 29 para o dia 30 de agosto.

Fala sério, nessa eu caprichei...
Eu mereço...

Fabulino, camarada impregnante que acha maneiro morar em Brasília, fez essa singela homenagem ao Vicente: http://questionandoovicente.blogspot.com/.

É um blógue pra me zoar... O bunda-suja candango merecia uma resposta malcriada, mas acho que ser brasiliense já é sacanagem demais com um ser humano. Mas... Fabulino é humano? haha.

Viu, mané, não só vi como postei aqui, mala candanga.

sexta-feira, agosto 17, 2007

É pouco mais de meia noite, acabo de chegar do Maracanã. Eu e quase 60 mil cabeças, dentre as quais umas 40 mil rubro-negras, fomos ao estádio ver o Mais Querido do Brasil. . Vencemos o Fla x Flu, a meu ver, o clássico mais bonito do futebol. Fora a rivalidade, acho pouco provável que exista uma jogo com esse clima, com esse colorido, com esse charme.

Pois bem, vencemos. Vencemos com menos dois jogadores. Vencemos na raça, no toque de bola, na catimba e com um gol do nosso argentino. Fala a verdade, vi um Flamengo argentinizado em campo. E falo argentizinado como algo positivíssimo, por ser raçudo e catimbeiro mesmo. Se não fosse isso ficaríamos no preju.

Diria mais, que foi uma vitória de um Flamengo argentinizado e de sua torcida que jogou junto, encheu o Maracanã numa noite de quinta-feira pra ver um time ainda na zona de rebaixamento. Curioso, né, fez o novo recorde de público do Brasileirão. Não tenho como formar opinião acerca da expulsão dos dois jogadores do Mais Querido, pareceu-me exagero e má fé do bunda-suja do Román, o péla-saco q apitou a partido. Bom, o q interessa é q vencemos todos, os tricolores e os de preto, inclusive aquele que soprava um apito.

Independente da vitória, toda pessoa que gosta de futebol ou de uma festa bonita deveria ir ver um FlaxFlu. Melhor ainda como vencemos e é só olhar nas estatísticas, eles são nosso fregueses.

"É meu maior prazer -lo brilhar".

quinta-feira, agosto 09, 2007

Há algum tempo estava na Lapa, era uma sexta-feira, quinta-feira, não lembro ao certo, mas era lá pelas 20h. O plano era sentar no Cosmpolita, com seus quase cem anos atendendo por esse canto carioca, tomar um chope, comer uma pizza e pronto. Coisa básica.

Pedi o cardápio, pedi a pizza e... lá foi o relógio rodar. Quando já era tempo suficiente pra chegar a bandeijinha com a massa assadinha com aqueles detalhes gordurosos e gostosos em cima... chamei o garço pra perguntar da demora.

O diálogo a seguir é digno de registro.

PPS: Garçon, minha pizza não está pronta?

Garçon: Vou ver, senhor.

Garçon vai.

Garçon vem.

Garçon: Senhor, fui até cozinha pra saber da sua pizza. O cozinheiro ainda está fazendo a massa, vai demorar. É que está cedo, né.

PPS com cara de incredulidade já que não era a primeira vez que ia no referido Cosmopolita e nunca havia se deparado com tamanho disparate.

PPS: Tá, então não vou ter pizza, é isso?

Garçon com cara de solítico: Eu recomendo a pizzaria aqui ao lado, a pizza é muito gostosa, melhor que a nossa.

Ah, a honestidade...

A tal pizzaria ao lado era a Guanabara, onde fui parar depois mesmo, só que com sem o mesmo ar de boteco e com um custo razoavelmente mais caro. A Lapa ainda me surpreende.
Ah... o Flamengo...

"Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Flamengo sempre eu hei de ser", já diz o hino. E assim eu sigo. Triste, muito triste em ver a situação do time de futebol. A defesa é a coisa mais fácil se se transpor, qualquer ataque de mulambos entrar ali e faz um carnaval. O meio campo me irrita. Os jogadores mostraram em outras oportunidades que sabem jogar, sabem o que fazer com a bola nos pés, mas erram passes insistentemente. Chega a ser irritante. Equanto isso, no ataque... as bolas não chegam e quando chegam não ficam nos pés dos atacantes. Mas mesmo quando ficam, os atacantes as chutam pra longe, muitíssimo longe. Perigo de gol? Só no nosso.

Desde que me entendo por gente torço por esse clube, os mais antigos registros ligados ao esporte são relacionados ao Flamengo. Isso, numa família basicamente tricolor e com um pai que torce pelo folclórico América. O sangue é vermelho e preto. Pronto.

No jogo contra o Santos (sorria Fabulino) vi se configurando o rebaixamento. No último, contra o Atlético do Paraná, tive a mesma impressão. Será que a degola vem? Sei lá. Ainda torço pra que isso não se concretize, tem muito campeonato pra frente, mas seria bom começar a fazer gols, ganhar uma partida ali, outra aqui, somar três pontos, mais três pontos, mais três pontos e ir subindo de posição em posição. Sonho? Fantasia de torcedor? Premonição? Sei lá. Sou um torcedor apaixoando mesmo, isso é o que importa.

Sabe o que é pior? Domingo é dia de voltar ao Maracanã. Uns vão dizer "ah, vai sofrer". Podem falar, eu vou assim mesmo. É dever cívico ir lá fazer barulho. É a volta à nossa casa, é a hora de reencontrar o time, fazer barulho e empurrar aquele bando de furibundos pra frente.

"Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer".