Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

quinta-feira, agosto 09, 2007

Há algum tempo estava na Lapa, era uma sexta-feira, quinta-feira, não lembro ao certo, mas era lá pelas 20h. O plano era sentar no Cosmpolita, com seus quase cem anos atendendo por esse canto carioca, tomar um chope, comer uma pizza e pronto. Coisa básica.

Pedi o cardápio, pedi a pizza e... lá foi o relógio rodar. Quando já era tempo suficiente pra chegar a bandeijinha com a massa assadinha com aqueles detalhes gordurosos e gostosos em cima... chamei o garço pra perguntar da demora.

O diálogo a seguir é digno de registro.

PPS: Garçon, minha pizza não está pronta?

Garçon: Vou ver, senhor.

Garçon vai.

Garçon vem.

Garçon: Senhor, fui até cozinha pra saber da sua pizza. O cozinheiro ainda está fazendo a massa, vai demorar. É que está cedo, né.

PPS com cara de incredulidade já que não era a primeira vez que ia no referido Cosmopolita e nunca havia se deparado com tamanho disparate.

PPS: Tá, então não vou ter pizza, é isso?

Garçon com cara de solítico: Eu recomendo a pizzaria aqui ao lado, a pizza é muito gostosa, melhor que a nossa.

Ah, a honestidade...

A tal pizzaria ao lado era a Guanabara, onde fui parar depois mesmo, só que com sem o mesmo ar de boteco e com um custo razoavelmente mais caro. A Lapa ainda me surpreende.