Preto, pobre e suburbano

Esse aqui é o cotidiano de um simples jornalista carioca que mora e circula pra cima e pra baixo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas acaba sempre voltando pra a base, em Bangu - terra onde só os fortes sobrevivem pq é longe pra burro e tem que ter saco pra aturar as idas e vindas...

sexta-feira, maio 02, 2003

Camelôs e seu impressionante jogo de cintura

Após ficar tanto tempo sem freqüentar o Centro do Rio, estava desacostumado da inventidade desses caras. Existe o Camelódromo na esquina da Rua Uruguaiana, bem na entrada da Saara, é certo, mas eles ainda se espalham pelas principais ruas, principalmente ao logo de toda a Avenida Rio Branco.

As mercadorias ficam todas expostas sobre lonas presas nas pontas por cordas. É só a Guarda Municipal chegar ameaçando o rapa que neguinho vaza fácil. Tem esses que 'ensacam' seus bagulhos em questão de poucos segundos e aqueles que correm com caixotes sobre as cabeças em meio a multidação de passantes.

Não tenho nada contra os caras, eles estão ali procurando trabalhar, defender o seu. Vendem de tudo. Relógio, CDs de música, jogos para computador, programas, uniformes de times, artigos eletro-eletrônicos e sei lá mais o quê. Existem aqueles que até dão garantia! Mas o melhor são dois caras que ficam na Rio Branco, em lados opostos, e tem como público alvo as mulheres que andam montadas pelo Centro.

Os caras são falsificadores profissas dessas bolsas que tanto enchem os olhos das mulherada. Eles aceitam encomendas e entrega na sua casa a bolsa no modelo que vc quiser, sendo Victor Hugo, Louis Vuitton e sabe-se lá o quê. A parada é tão sensacional, que é só chegar lá, conversar com o cara que ele te dá um cartãozinho falando dos serviços. Tem gente aqui do escritório que tem e diz que não fica devendo nada à original.